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Extração de DNA de

células vegetais

15/11/2022
Biologia e Geologia – 11º ano
Escola Marquesa de Alorna

Guilherme Valente Nº8 11ºA


Professora: Fátima Condeço
Índice
Extração de DNA de células vegetais ...................................................................... 1
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................. 4
Material Biológico: ........................................................................................... 4
Material Observado: ......................................................................................... 4
Material Laboratorial: ...................................................................................... 4
Procedimento experimental:............................................................................ 5
RESULTADOS .....................................................................................................6
DISCUSSÃO ......................................................................................................... 7
CONCLUSÃO .......................................................................................................8
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................8

EXTRAÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS 2


INTRODUÇÃO
O objetivo desta atividade laboratorial consiste na extração e observação de DNA
(ácido desoxirribonucleico) presente nas células eucarióticas vegetais de um quivi.

Rosalind Franklin foi a pioneira na descoberta da molécula de DNA, mas foi apenas
mais tarde, em 1953, que Francis Crick e James Watson explicaram as propriedades
químicas desta molécula e propuseram o modelo tridimensional do DNA, recebendo
assim elevado reconhecimento.

É formado por nucleótidos, moléculas orgânicas formadas por uma pentose, uma base
nitrogenada e um grupo fosfato. No caso do DNA, a pentose diz respeito a uma
desoxirribose, glícido formado por cinco carbonos que se diferencia por ter um átomo
de oxigénio a menos que a ribose. É a este monossacarídeo que se liga a base
nitrogenada e o grupo fosfato, podendo os diferentes tipos de bases nitrogenadas ser
divididos em dois grupos: as purinas e as pirimidinas.

As purinas (também denominadas bases púricas)


apresentam um duplo anel de átomos de carbono,
estando presentes no DNA a adenina e a guanina.
Segundo a Regra de Chargaff, a percentagem destas
bazes nitrogenadas presente no DNA é de
aproximadamente 60% Fig. 2 – Bases púricas presentes no DNA

As pirimidinas (podendo também ser denominadas


bases pirimídicas) apresentam apenas um único
anel de átomos de carbono, estando presentes no DNA
a citosina e a timina. Segundo também a Regra de
Chargaff, a percentagem destas bazes nitrogenadas
Fig. 3 – Bases pirimídicas presentes no DNA
presente no DNA é de aproximadamente 40%.

No DNA, as purinas e as pirimidinas estabelecem ligações de hidrogénio aos


pares, encontrando-se sempre ligada com a adenina a timina (restabelecem três
ligações de hidrogénio) e com a guanina a citosina (estabelecem duas ligações de
hidrogénio). A ligação destas bases azotadas à
pentose através de ligações glicosídicas e da
pentose ao grupo fosfato que possibilita a
estrutura em dupla hélice tão característica do
ácido desoxirribonucleico.
Esta estrutura é composta por duas fitas de
nucleótidos, com orientação antiparalela
(enquanto uma se inicia no carbono 3’, a outra
inicia-se no carbono 5’) que se “torce”, em
conjunto com as ligações estabelecidas entre as
bazes nitrogenadas, é possível fornecer maior Fig. 4 – Estrutura do DNA
estabilidade à molécula.

EXTRAÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS 3


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material Biológico:
• Quivi maduro;

Material Observado:
• Filamentos de DNA.

Material Laboratorial:
• Gobelet;
• Filtro de papel;
• Funil;
• Tubo de ensaio;
• Suporte para tubo de ensaio;
• Proveta;
• Placa de Petri;
• Bisturi;
• Álcool etílico a 96% (arrefecido durante pelo menos 1 hora no congelador);
• Esguicho (com água da torneira);
• Detergente líquido da loiça;
• Papel absorvente;
• Sal de cozinha;
• Almofariz e pilão;
• Agulha de dissecação;
• Espátula em meia cana.

EXTRAÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS 4


Procedimento experimental:
1. Começámos por descascar metade de um quivi maduro com o auxílio do
bisturi;

2. De seguida esmagámos o quivi maduro descascado no almofariz com o


pilão até este ficar completamente desfeito;

3. Adicionámos no gobelet 50ml de água da torneira proveniente do


esguicho, três gotas de detergente líquido da loiça e, com o auxílio da
espátula de meia cana, o sal. Misturámos tudo até obter uma solução
homogênea;

4. Juntámos ao gobelet com a solução preparada anteriormente o quivi


maduro inicialmente esmagado. Mexemos tudo até obtermos uma mistura
homogênea;

5. Colocámos no funil o filtro de papel. De seguida colocámos o funil com o


filtro de papel na abertura da proveta. Transferimos a mistura presente no
gobelet para o funil com o filtro de papel na abertura da proveta;

6. Esperámos que a mistura escorresse do funil com filtro de papel para o


interior da proveta;

7. Transferimos a solução obtida na proveta para o tubo de ensaio;

8. Adicionámos álcool etílico a 96% arrefecido ao tubo de ensaio ligeiramente


inclinado, deixando-o escorrer pelas suas paredes.

9. Colocámos o tubo de ensaio com a preparação no interior no suporte para


tubos de ensaio;

10. Observámos a formação de um precipitado com tom esbranquiçado


na fase alcoólica;

11. Com a pinça de dissecação retirámos o precipitado esbranquiçado do tubo


de ensaio e colocámo-lo na placa de Petri de modo a poder ser analisado;

12. Observámos e registámos os resultados obtidos.

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RESULTADOS

Fig. 5 – Solução preparada dentro do tubo de ensaio de


acordo com o procedimento experimental

Precipitado de cor esbranquiçada


formado na fase alcoólica
(filamento de DNA)

Fig. 6 – Precipitado de cor esbranquiçada após ser


retirado do tubo de ensaio (DNA)

EXTRAÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS 6


DISCUSSÃO
Nesta atividade experimental observámos um conjunto de filamentos de DNA.
A observação dos mesmos deve-se à utilização de diversas substâncias, como o
detergente líquido, o sal e o álcool etílico gelado.

Avançando por fases, o esmagamento do quivi é importante uma vez que é este
processo que possibilita o rompimento e a quebra da parede celular e da
membrana citoplasmática da célula, liberando assim o acesso ao seu conteúdo
celular.

A dissolução das proteínas no líquido só é possível devido à ação do sal (NaCl),


uma vez que o cloreto de sódio transfere catiões (iões positivos) para o DNA,
neutralizando assim a sua carga negativa (a molécula de DNA tem naturalmente
uma carga negativa, isto deve-se à integração do grupo fosfato na molécula). Esta
transferência de cargas resulta numa maior estabilidade da molécula.

O detergente foi utilizado para dissolver e corromper a bicamada fosfolipídica


presente na membrana plasmática e na membrana que reveste os organelos, o
núcleo da célula é também revestido por esta membrana, é, portanto, de extrema
importância que esta se destrua, permitindo o acesso ao conteúdo nuclear.

O filtro é usado com o único objetivo de separar aquilo que é relevante à


conclusão da experiência (conteúdo celular) daquilo que não o é (paredes
celulares, membranas citoplasmáticas, restos de polpa do quivi, etc.).

No fim da filtração adiciona-se o álcool etílico gelado para ser possível precipitar
o DNA, uma vez que não é solúvel neste composto. A menor densidade do álcool
faz com que este fique acima da água ano tubo de ensaio, por cima do álcool
ficará o DNA, sendo os seus filamentos precipitados ainda menos densos que o
álcool. Sem o álcool, a precipitação do DNA não seria possível.

Apesar de não nos ter sido possível observar a estrutura em dupla hélice do DNA
nem a sua composição e disposição em pequena escala, foi-nos possível observar
milhões e milhões de filamentos de DNA todos em conjunto.

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CONCLUSÃO
A utilização de diversas substâncias com utilidades diferentes (detergente, sal,
álcool etílico) e a aplicação de diversas técnicas como a filtração e o esmagar do
quivi permitiu-nos extrair o conteúdo nuclear das células vegetais desta fruta.
Conclui-se que o DNA não é uma substância solúvel no álcool etílico, mas que
por ação dos iões presentes no sal, se torna uma molécula de carga neutra e é por
isso solúvel na água.
Não houve erros ou impedimentos na realização da atividade laboratorial, tenso
sido os objetivos iniciais para a atividade todos concluídos com sucesso

BIBLIOGRAFIA
Imagens:
• A Fig. 1 (capa) - https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/1446044-icone-
de-preenchimento-de-molecula-de-dna
• Fig. 2/Fig. 3 - https://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2011/04/bases-nitrogenadas.jpg
• A Fig. 4 - https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/dna.htm
• A Fig. 5 e a Fig. 6 foram obtidas através da própria atividade experimental

Livros:
• Reis, J. & Guimarães, A. & Saraiva, A. B. & Novais H. (2022) Biologia-
Odisseia 11, Porto Editora (17)

Sites para consulta:


• https://www.biologianet.com/biologia-celular/dna.htm
• https://www.infoescola.com/bioquimica/bases-nitrogenadas/
• https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$desoxirribose
• https://www.slideshare.net/margaridabt/relatrio-extrao-dna
• https://notapositiva.com/extraccao-do-dna-celulas-vegetais/#
• http://www.jcmorais.com/documentos/Extracao_DNA_morango.pdf

EXTRAÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS 8

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