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PROFESSOR
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CIÊNCIAS HUMANAS
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PROJETOS INTEGRADORES
MANUAL DO PROFESSOR
PROJETOS INTEGRADORES
CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS APLICADAS
2 0 6 2 0 7
ENSINO MÉDIO
ISBN 978-85-418-2745-4
PROJETOS INTEGRADORES
CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação.
20-33001 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado : Livro-texto : Ensino médio 373.19
1a edição, 2020
SM Educação
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55
Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
Equipe editorial
Vitoriano Junior/Shutterstock.com/ID/BR
PROJETO 5
1
S T E A M
Abertura
Como realizar uma
de projeto ação de educação
patrimonial por
No início de cada meio de instalações
projeto, há uma e novas tecnologias?
primeira aproximação O
s patrimônios culturais se relacionam com o modo de vida das
pessoas e estão inseridos nos espaços que elas frequentam.
Muitos patrimônios recebem intervenções, que contribuem para sua
contextualização e sua valorização. Na imagem desta abertura, vemos
da situação-problema,
o Dique do Tororó, que é o único manancial natural da cidade de Salvador
e recebe uma instalação artística formada por estátuas de orixás criadas
pelo artista plástico Tatti Moreno. O dique foi tombado como patrimônio
histórico de Salvador pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1 PE RC U RS O 2 PE RC U RS O 3 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
DO
PROJETO
8 9
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle-
xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular
Observar e analisar a diversidade de formas de apropriação dos locais e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Na Apresentação, você
públicos pode contribuir para promover e valorizar os patrimônios cultu-
Você vai utilizar o pensamento científico, crítico e criativo ao projetar, prototipar e testar um totem interativo
rais locais. Tendo isso em vista, este Projeto Integrador desafia você a com disponibilidade de inserção de QR code, o que permite o desenvolvimento dessa competência.
produzir uma ação de educação patrimonial por meio de uma intervenção
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
nesses espaços. Ao desenvolver este projeto, você vai aprender a arti-
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam-
cular diferentes tipos de conhecimento e conhecerá, na prática, a impor-
conhece a situação-problema,
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
tância da educação patrimonial e de sua difusão por instrumentos cien- cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
tíficos e tecnológicos. Dessa forma, você vai mobilizar saberes científicos, Nas diversas atividades em grupo ou individual que você precisa argumentar seu ponto de vista sobre diversas
artísticos, tecnológicos, técnicos, históricos e culturais ligados às dife- situações; ao coletar e selecionar dados para divulgar os patrimônios da comunidade local você desenvolve essa
rentes áreas do conhecimento, bem como incluir os conhecimentos competência, uma vez que precisará saber argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis.
10 11
existentes na escola e
José Nelson desenvolveu um aplicativo que auxilia no tratamento de Alzheimer. Em seguida,
ao longo dos
O ativismo juvenil de Greta Thunberg
de percurso
Greta Thunberg é uma adolescente da Suécia que deu início a um movimento internacional de estu-
Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1988 Watterson /
Dist. by Andrews McMeel Syndicatio
dantes que pede medidas concretas para combater as mudanças climáticas. […]
Tudo começou em uma sexta-feira, em agosto de 2018, quando a sueca, então com 15 anos, faltou à
aula para protestar contra as recentes ondas de calor e os incêndios que afetaram o país. Ela se sentou
em frente ao Parlamento da Suécia com um cartaz com os dizeres: “Em greve escolar pelo clima”.
O protesto solitário de Thunberg ganhou o noticiário e inspirou jovens de todo o mundo a criarem
mobilizações às sextas-feiras, para que políticos e autoridades mundiais cumprissem as metas de emissão percursos
Aqui você é
de gases causadores do efeito estufa. O movimento, que ficou conhecido como “Fridays for Future”, culmi-
permitem que
nou em uma greve escolar global no dia 15 de março [de 2019], com protestos em mais de cem países. […]
Cunha, Carolina. Quem é Greta Thunberg e como as mudanças climáticas podem cair no Enem 2019. UOL Educação,
21 out. 2019. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2019/10/21/greta-thunberg.htm. Acesso em: 31 jan. 2020.
os colegas e
que José Nelson Oliveira, de 12 anos, visitou um asilo pela primeira vez. “Eu estava procurando um tema
Você já parou para pensar em quanto tempo você passa na para o meu trabalho. Pesquisei sobre Alzheimer e descobri que a música poderia ajudar no tratamento
escola? Considerando o Ensino Infantil, o Ensino Fundamental dessa doença”, conta o estudante. […]
reflexões sobre o
e o Ensino Médio, são mais de 12 anos. É um longo período convi- O aplicativo, chamado Memory-Game, armazena músicas que despertam a memória e emoção dos
Objetivos pacientes, e pode ser encontrado também na versão on-line para computadores. […]
vendo com pessoas diferentes e vivenciando diversas situações.
sistematize as
Refletir sobre o espaço “A tecnologia está à disposição de todo mundo e pode nos ajudar tanto no tratamento de doenças
escolar e analisar os É muito possível que, ao longo desse tempo, você tenha entrado
tipos de conflito quanto no dia a dia. Logo no primeiro teste, foi incrível a reação dos pacientes. Eles foram muito gentis”,
em conflito com alguém na escola ou que tenha assistido a
existentes nesse espaço. conta João Nelson sobre a experiência. […]
tema do percurso a
pessoas se desentendendo nesse ambiente. Como você agiu
Compreender a Góes, Clarissa. Adolescente cria aplicativo para auxiliar tratamento de pacientes com Alzheimer. G1 Pernambuco, 3 out. 2019.
principais
importância de lidar com nessas situações? Pois saiba que a maneira de cada um agir em Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/10/03/adolescente-cria-aplicativo-para-auxiliar-tratamento-
os conflitos escolares de-pacientes-com-alzheimer.ghtml. Acesso em: 31 jan. 2020.
relação aos inevitáveis conflitos é fundamental para que se esta-
para proporcionar
um bom ambiente de beleça na escola um convívio pacífico e melhor para toda a
partir da análise de
aprendizagem
e convívio.
comunidade.
informações sobre
Identificar os conflitos Calvin e Susan, as personagens da tira acima, ainda são crianças.
que ocorrem na escola e Mas a situação vivida por eles poderia ter ocorrido com alunos de 1. Como esses jovens assumiram o protagonismo nas situações retratadas?
como eles são vistos
pela comunidade qualquer idade. Leia a tira e responda às questões a seguir. 2. Quais impactos esses projetos geraram?
uma imagem e de
escolar.
1. Qual é o motivo do conflito entre as duas personagens da tira? 3. Como você acha que foi o processo da ação promovida pelos jovens?
88
ou conflituosas? Justifique.
Não escreva no livro. discussão. 42 Não escreva no livro.
Saiba mais
meio de medidas como bloqueio, filtragem de conteúdo crítico
Luciana WhitakerWhitaker/Pulsar Imagens
Não escreva no livro. 127 62 Não escreva no livro. 104 Não escreva no livro.
PROJ_CHSB_PNLD21_P6C1_120A129.indd 127 05/02/20 18:37 PROJ_CHSB_PNLD21_P3C2_060A065.indd 62 31/01/20 13:01 PROJ_CHSB_PNLD21_P5C1_098a105.indd 104 05/02/20 18:26
Luciana WhitakerWhitaker/Pulsar Imagens
Cooperativa de
produção cultural
acontecimento que envolve um
Ao longo deste projeto, vocês desenvolveram algumas atividades importantes para formar uma cooperativa. No
Percurso 1, realizaram uma pesquisa e coletaram dados sobre as práticas culturais da comunidade e mapearam os
etapa 1
apresentadas as
gem a seguir trata, por exemplo, da mobilização de vários grupos de jovens para manter coletivos culturais em
ticas e culturais. promover eventos culturais e que tipos de eventos
Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os coletivos não são necessariamente cooperativas, mas também têm como
Lembrem-se de utilizar as informações obtidas du- podem ser realizados nesses locais?
fundamento a economia solidária, a produção colaborativa e o envolvimento com a comunidade.
rante as pesquisas realizadas nos Percursos 1 e 2, como
etapas necessárias
portfólio de artistas que os grupos descobriram e a pes-
Coletivos movimentam a cena cultural da cidade parcerias?
quisa de opinião que identificou as preferências e de-
[…] nos últimos anos, os coletivos culturais se torna- nidade. Não é fácil, mas escolhemos dar continuidade a mandas da comunidade. d) Que época é mais propícia para a realização de cada
sede própria, outros ocupando espaços públicos até questão – é o que, também, serve de suporte. A Vaca
então esquecidos, são eles quem organizam a maior Profana e o Rito Espaço Coletivo, por exemplo, por
parte das atividades culturais que acontecem de forma possuírem um espaço próprio, abrem as portas não
cá (RJ). Foto de 2019. PROJ_CHSB_PNLD21_P6C3_134A143.indd 138 2/4/20 9:32 AM PROJ_CHSB_PNLD21_P6C3_134A143.indd 139 2/4/20 9:32 AM
127
AVA L I AÇ ÃO
Avaliação O produto final deste Projeto Integrador foi o desenvolvimento de uma mídia social para a divulgação de um
canal de entrevistas. Essa atividade envolveu toda a turma e também a comunidade. A proposta de produção de
Avalie as afirmações a seguir com notas de 1 a 5, em que 1 corresponde a “Não estou de acordo” e 5 a “Estou totalmente
de acordo”.
um tipo de mídia tem por objetivo auxiliá-lo na compreensão de como essas novas mídias afetam seu cotidiano,
Na seção Avaliação, você promovendo uma análise crítica e ética sobre a era das novas mídias em que vivemos.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e sua participação no projeto. Primeiro, vocês
vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão verificar, por meio de pesquisa de opinião,
como a comunidade local recebeu o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às questões propostas na ta-
1. O projeto foi amplamente divulgado para a comunidade.
1 2 3 4 5
27 05/02/20 18:37
bela para refletir sobre seu desenvolvimento durante o projeto.
3. As informações disponibilizadas nas mídias sociais são relevantes.
comunidade e se autoavaliar.
A discussão pode ser orientada com base nas ques- 8 O que vocês já sabiam e o que aprenderam durante
pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
tões a seguir. o processo?
1 Qual foi o impacto do projeto na comunidade? 9 Em que momento se sentiram mais desafiados?
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1 PE RC U RS O 2
DO
PROJETO
PE RC U RS O 3 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
Ação de educação
patrimonial
Objetivos
Coletar e selecionar informações sobre patrimônios culturais locais
com base em diferentes saberes e fontes.
Projetar, prototipar e testar um totem informativo.
Criar uma experiência de educação patrimonial a partir de um audioguia.
Divulgar patrimônios culturais locais por meio de diferentes tecnologias.
Justificativa
A ação de educação patrimonial como produto resultante do Projeto
Integrador STEAM envolve uma reflexão sobre as potencialidades das
intervenções em espaços públicos. Para isso, utilizaremos o QR code e
criaremos um audioguia como promotores de vivências educativas. Além
disso, a elaboração de conteúdos provenientes dos conhecimentos e
dos repertórios locais, de levantamentos bibliográficos e da produção
coletiva de ideias e fazeres abre possibilidades para a produção e a dispo-
nibilização de informação de modo criativo, democrático e inclusivo.
Materiais
Durante a realização do projeto, você precisará de: caderno de anota-
ções; canetas; gravador de áudio; câmera fotográfica; materiais e ferra-
mentas diversas de acordo com o projeto do totem; computador com
acesso à internet e com programas de edição de planilha (roteiro)
e edição de áudio; microfone.
10
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle-
xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular
e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Você vai utilizar o pensamento científico, crítico e criativo ao projetar, prototipar e testar um totem interativo
com disponibilidade de inserção de QR code, o que permite o desenvolvimento dessa competência.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Nas diversas atividades em grupo ou individual que você precisa argumentar seu ponto de vista sobre diversas
situações; ao coletar e selecionar dados para divulgar os patrimônios da comunidade local você desenvolve essa
competência, uma vez que precisará saber argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis.
Ao estudar os patrimônios culturais e criar estratégias para valorizá-los e difundi-los por meio da utilização de
tecnologias, você desenvolverá as habilidades EM13CHS101, EM13CHS104 e EM13CHS106.
Ao planejar e construir o totem, você vai aplicar procedimentos matemáticos para solucionar problemas. Essa
abordagem permite o desenvolvimento das habilidades EM13MAT307, EM13MAT308 e EM13MAT309.
Ao elaborar o audioguia e o QR code, você vai explorar os usos e as práticas de linguagem no universo digital.
Essa abordagem permite o desenvolvimento das habilidades EM13LGG701 e EM13LGG702.
As siglas em negrito se referem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais informações sobre elas podem ser
encontradas em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 27 jan. 2020.
11
Como reconhecer um
patrimônio cultural? Como
é possível valorizá-lo?
Ademar Filho/
Futura Press
Objetivos
Compreender o que é
Carnaval em Olinda (PE). Foto de 2019.
patrimônio cultural.
Reconhecer a
importância da A cidade de Olinda, em Pernambuco, é famosa pelos blocos e
valorização dos apresentações que acontecem no Carnaval. Nessa época, milhares
patrimônios culturais,
de foliões se apertam nas ruas de seu centro histórico, formado por
bem como o potencial
de projetos de educação edifícios construídos, principalmente, entre os séculos XVI e XIX.
patrimonial. Além do frevo, a festa é marcada pela presença de bonecos gigan-
Identificar patrimônios tes. Por conta dessas características, Olinda foi declarada Patrimô-
locais e coletar
informações sobre eles. nio Histórico e Cultural da Humanidade, em 1982, pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sobre essas manifestações culturais, responda às questões a seguir.
1. Que elementos materiais e imateriais você identifica na imagem?
1. Como vocês percebem o lugar onde vivem? Consideram que existem patrimônios
culturais?
2. Vocês conhecem os locais públicos do lugar onde vivem e as funções que eles desem-
penham para sua comunidade? Vocês se identificam com eles?
Explore
1. Vocês acham que as ações de educação patrimonial contri-
O último cine drive in. buíram para os sentimentos de identidade e cidadania em
Direção: Iberê Carvalho. Antônio Prado? Por quê?
Brasil, 2014 (100 min).
O filme trata do retorno do
2. Observem a imagem ao lado. Agora,
jovem Marlombrando à sua imaginem que vocês estão em busca
cidade natal, Brasília, e de seu de um projeto de educação patrimo-
reencontro com o pai, que
nial sobre as bonecas Karajá. Elas são
Mario Friedlander/Pulsar Imagens
Saída a campo
Depois de coletar os primeiros dados sobre os patrimônios locais, você deverá ir observá-los
in loco e buscar dados complementares, a partir da observação e da realização de entrevistas.
Ao visitar um local, procure observar aspectos do patrimônio que podem ser investigados,
como seu valor arquitetônico, urbanístico, social, econômico, cultural, histórico e ambiental.
Pode-se analisar, por exemplo, os aspectos construtivos e materiais, a área de entorno, o
interior (se houver), as pessoas que transitam no local, a existência ou não de sinalização e as
transformações pelas quais esse patrimônio passou ao longo do tempo. Essas observações
podem revelar as dinâmicas espaciais que ocorrem no local. Busque identificar e compreender
os significados desse patrimônio para a comunidade e os afetos que ele desperta nas pessoas.
Se possível, realize registros fotográficos dos locais visitados para utilizar como referência
para fazer as descrições que farão parte dos audioguias.
Siga as instruções do professor para que a saída a campo seja planejada de forma segura.
Onde ele está situado (no centro, na periferia, etc.)? Como ele se insere na
4. Onde está localizado
paisagem? Há diálogo com os elementos do entorno? Houve mudanças de
geograficamente?
nomes de ruas e bairros? Como as pessoas se locomovem até ele?
6. Esse é um patrimônio Se sim, desde quando? Qual foi a reação da comunidade em relação ao
tombado? tombamento?
7. Existem informações ou Que informações estão contidas nas placas? As pessoas no local as leem?
placas de sinalização no local? Quem colocou essas placas?
Pós-campo
Ao retornar da saída a campo, compartilhe com os colegas as informações obtidas. Sele-
cionem ao menos três patrimônios para o audioguia, e analisem se é possível, pela distância,
construir um percurso de visita que possa conectá-los. Neste momento do percurso, talvez
seja necessário aprofundar os itens 3 e 11 da tabela, que podem envolver mais pesquisa e/ou
a realização de outras entrevistas.
Agora que você já reuniu as informações de que precisa, organize-as e arquive-as para
consulta posterior. Isso facilitará seu trabalho quando for produzir o audioguia. Reúna as infor-
mações da tabela que você preencheu e demais anotações e sistematize-as em fichas para
cada patrimônio. Além disso, transfira as fotos e os áudios das entrevistas para um computa-
dor ou uma plataforma de armazenamento na nuvem e organize-os em pastas.
Arquivo/Coletivo MUDA
patrimônio cultural local?
Objetivos
Compreender o que são
Painel de azulejos na praia do Arpoador,
intervenções urbanas e
Rio de Janeiro (RJ). Foto de 2013.
instalações artísticas.
Elaborar um projeto de
A foto mostra uma intervenção feita pelo coletivo MUDA. Observe totem criativo para
a imagem e converse com os colegas sobre as questões a seguir. abrigar informações
sobre um patrimônio
1. Você sabe o que é uma intervenção urbana? cultural local.
Planejar e executar a
2. Você já se deparou com alguma intervenção urbana que construção de um totem.
chamou sua atenção? Em caso positivo, o que você achou
interessante nessa intervenção?
Instalação Bicicletas, realizada pelo artista Eduardo Srur na estação Júlio Prestes, em São Paulo (SP). Foto de 2013.
A transgressão dos limites da arte significa também o emprego de novos tipos de materiais
ou modos de apresentação. Instalações, performances, land art, arte corporal, vídeo, fotografias
em cores em grande escala, multimídia e arte cibernética fazem parte do vocabulário básico do
artista contemporâneo. Esta é outra grande diferença em relação à arte clássica e moderna, pois
durante séculos, até o início da década de 1960, as artes visuais eram produzidas com um
pequeno número de materiais bem definidos: óleo, pastel, aquarela, lápis, carvão, água-forte;
papel, tela, gesso, madeira ou pedra, argila, madeira, bronze… Agora, tudo mudou. Mesmo sem
ver a obra, você consegue adivinhar que se trata de arte contemporânea apenas lendo sua
descrição, como: “latão”, “feltro e graxa”, “telas de TV”, “corais e pão”, “módulos acústicos”, ou,
em termos mais amplos, “materiais variados” ou “dimensões variáveis”. [...]
Heinich, Nathalie. Práticas da arte contemporânea: uma abordagem pragmática a um novo paradigma
artístico. Tradução de Markus Hediger. Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 373-390, out.
2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2238-38752014000200373&script=sci_
abstract&tlng=pt. Acesso em: 27 jan. 2020.
1. De acordo com o texto, que mudanças ocorreram com a arte contemporâneo no que se
refere ao uso de materiais?
2. Que materiais foram utilizados pelo artista Cildo Meireles para produzir a instalação
mostrada na foto?
3. Em sua opinião, quais eram as intenções do artista ao produzir essa instalação? Apre-
sente seus argumentos e discuta com os colegas.
4. Que novas modalidades artísticas, citadas no texto, surgiram com a arte contemporânea?
Caso você não conheça alguma dessas modalidades, faça uma pesquisa em sites e livros
e escreva no caderno a definição da modalidade artística que você não conhecia e um
exemplo de obra.
1. Que papéis desempenham os totens mostrados nas fotos? Você acha que esses totens
cumprem bem essas funções?
3. Os totens passam por um processo de produção que se inicia com a sua concepção,
chegando à construção do produto final. Como você acha que foi o processo de produção
dos totens mostrados nas imagens?
4. O que você faria para que esses totens deixem de ser apenas informativos e se tornem
manifestações artísticas? Que materiais você usaria?
Formato,
Maneira como a
tamanho, cores, Materiais Conhecimentos
Ideia informação será
textura, área necessários necessários
disponibilizada
total
1 Exemplos: Exemplos: madeira, Exemplos: Exemplos: adesivo
tridimensional, plástico, papel, matemática (para impresso, manuscrito
circular, vermelho e chapas de metal, cálculos de área), em papel, impressão
branco, 5 m × 3 m. isopor, tinta, etc. engenharia elétrica, em papel.
marcenaria, etc.
Ao finalizarem essa etapa, escolham o projeto que melhor atenda às expectativas do produto.
Considerem também a facilidade de acesso aos recursos necessários, o tempo para realizá-lo,
os gastos financeiros, etc.
O próximo passo é criar o protótipo do projeto selecionado, que é a versão teste do totem.
Durante a execução do protótipo, será possível avaliar todos os processos que envolvem sua
produção e a efetividade de sua funcionalidade depois de pronto.
Nesse momento, é importante pedir auxílio dos professores de outras áreas, como Ciências
da Natureza, Matemática e Arte, para que eles complementem e aprofundem conceitos que
devem ser mobilizados para planejar a montagem do projeto, realizar medidas e cálculos
necessários e dar ao projeto uma dimensão estética adequada.
A construção do protótipo pode ser feita no laboratório da escola ou em um espaço propí-
cio. Será preciso reunir todas as ferramentas e os materiais necessários, conforme orientações
do professor. Organizem-se em grupos e definam a tarefa de cada integrante.
Durante a execução do protótipo e também após sua finalização, avaliem os seguintes
aspectos:
Os recursos necessários para executá-lo foram compatíveis com o orçamento do projeto?
O projeto é funcional do ponto de vista prático? A turma desenvolveu as habilidades
necessárias para desenvolvê-lo e replicá-lo?
O totem é visualmente agradável e cumpre a função de chamar a atenção do público?
Caso o protótipo atenda a todas as expectativas, o projeto deu certo e o totem que vocês
construíram pode ser considerado o primeiro totem de ação de educação patrimonial do
projeto!
Não escreva no livro. 21
VanoVasaio/Shutterstock.com/ID/BR
Objetivos
Entender o que é um Pessoas ouvindo audioguia no Palácio dos
audioguia. Papas de Avinhão, na França. Foto de 2018.
Compreender a
importância da utilização
de audioguias como Observe a imagem e, depois, converse com os colegas sobre as
ferramenta de divulgação questões a seguir.
de patrimônios culturais
locais. 1. Antes de ir a um lugar que ainda não conhece, você costuma
Produzir um buscar informações sobre esse lugar? Como?
audioguia.
2. Você já visitou museus ou outros locais que disponibilizam
visita guiada por audioguias? Em caso positivo, como foi essa
experiência?
• Pense em um lugar que você nunca visitou, mas que tem muita vontade de conhecer.
Imagine agora que está indo visitar esse lugar e nele há audioguias disponíveis para
visitantes. Que informações você gostaria que esse audioguia apresentasse? Seria
interessante que ele tivesse trechos de músicas relacionadas ao lugar? E trechos de
entrevistas ou depoimentos sobre o que outras pessoas acham desse lugar? Faça uma
lista com os tipos de informação que você gostaria de encontrar no audioguia.
• Em seguida, reúna-se em grupos e compartilhe sua lista com os colegas. Argumente
quais informações você acha mais relevantes, respeitando sempre a opinião dos cole-
gas, e faça uma lista com essas informações.
Roteiro
A primeira etapa para produzir o audioguia é criar o roteiro. Ele deverá apresentar a descri-
ção das informações que vão compor o audioguia. Para isso, reúnam-se em grupos e elaborem
uma tabela com a descrição das informações que vão compor o áudio, intercalando as falas
do locutor, as entradas de sons e as músicas, os depoimentos de moradores, entre outros
elementos. Durante a elaboração do roteiro, será preciso produzir os textos que serão narrados
pelo locutor.
Nesta etapa, devem ser determinados os conteúdos que serão inseridos. Retomem as
fichas, as imagens (para auxiliar nas descrições), as gravações das entrevistas com os mora-
dores e todo o material compilado com informações sobre os patrimônios que foram obtidas
no Percurso 1 para fazer essa seleção.
Definam o tempo de duração de cada parte do audioguia e a forma como os arquivos sonoros
serão organizados. Essas informações serão utilizadas para editar o arquivo final. Caso vocês
optem por utilizar músicas, baixem-nas em plataformas disponíveis na internet. É importante
lembrar que as músicas são protegidas por direitos autorais. Por isso, se não forem utilizar músi-
cas de composição própria, será preciso buscar as músicas em plataformas gratuitas.
Cada audioguia deve durar, aproximadamente, de três a cinco minutos, tempo suficiente
para passar as informações necessárias ao visitante. Esse tempo, contudo, pode variar de
acordo com o patrimônio escolhido e o tempo de permanência que o grupo estima que o
visitante gastará para realizar a visita ao local.
Observem a seguir um modelo de roteiro de audioguia. Vocês podem utilizá-lo como refe-
rência para a elaboração do roteiro de vocês. No entanto, ele é apenas um exemplo. Vocês
podem criar outras formas de apresentação, de acordo com a necessidade do grupo.
Som Texto
TEC Trilha fade in (música da vinheta)
LOC O centro histórico da cidade de São Bento do Sapucaí tem casas e outras construções que
remontam...
TEC Trilha fade out (sons de cavalos ou carruagens passando pela rua)
TEC: entrada de música e de outros sons que farão parte do audioguia. As entrevistas po-
derão ser consideradas trilhas sonoras pré-gravadas, assim como os ruídos e as músicas.
LOC: pessoa que vai fazer a locução do audioguia. É possível haver mais de um locutor.
ATOR: vozes que também poderão dizer o texto, mas de modo ficcional. É possível, por
exemplo, ficcionalizar uma situação do passado para contar uma história a respeito dos
patrimônios visitados.
Fade in: aumento progressivo do som.
Fade out: diminuição progressiva do som até o silêncio.
BG: sigla que designa o termo inglês background, cujo significado em português é “som
de fundo”.
Edição de áudio
Após a gravação da locução e a captação dos sons, o arquivo para criar o audioguia deverá
ser editado em um programa de computador de edição de áudio. Atualmente, existem
softwares livres e gratuitos que podem ser baixados e trabalhados no formato off-line, ou seja,
sem precisar de conexão com a internet, o que pode facilitar a experiência em sala de aula.
Esses programas, intuitivos e interativos, permitem editar, cortar e mixar vozes, músicas e
outros sons.
Utilizem o editor de áudio para nivelar o volume das vozes, fazer recortes dos sons captados,
se necessário, além de inserir músicas e sons nos diversos materiais obtidos durante a pesquisa
sobre o patrimônio cultural. Para facilitar a realização desta etapa e evitar perda de tempo, é
importante que o roteiro esteja bem completo e organizado e que as atividades do projeto
sejam definidas entre os integrantes do grupo.
Após a edição, ouçam o áudio para verificar se há algo incompreensível, se a edição ficou
adequada e se todas as partes estão encadeadas, construindo um sentido que se desenrola
ao longo do audioguia. Se julgarem importante, convidem alguém que não tenha participado
da produção do audioguia para testá-lo e dizer se está compreensível e se cumpre o papel de
apresentar informações sobre o patrimônio local de modo interessante.
Ação de educação
patrimonial
Depois de passar pelos três percursos de elaboração da ação patrimonial, vocês vão criar outros audioguias e
instalar os totens. Para isso, vamos percorrer as etapas a seguir.
Para a produção final, será necessário atribuir funções e responsabilidades específicas a cada integrante do
grupo ou mesmo subdividir a turma em grupos menores, duplas ou trios, para que todos possam participar da pro-
dução dos audioguias dos demais patrimônios culturais locais. É importante que, ao longo da elaboração do proje-
to, o grupo chegue a um consenso em relação às decisões tomadas em todas as instâncias ou subdivisões dos
projetos. Por isso, embora você se dedique mais a determinado aspecto do projeto, é fundamental que participe de
todas as etapas e proponha soluções, compartilhando experiências com todo o grupo.
etapa 1 etapa 2
Krysja/Shutterstock.com/ID/BR
mitir uma mensagem ampla. Eles devem se relacionar
com o formato do audioguia, considerando que é pos-
sível fazer visitas autoguiadas aos patrimônios culturais
tanto presencialmente como a distância, virtualmente.
Nos totens informativos, devem constar o nome e
o logo do projeto, um pequeno texto explicativo e o
QR code.
A seguir, vejam algumas dicas para criar o nome para
o produto.
etapa 4
Criação de QR codes
O próximo desafio consiste em criar conexões entre o totem e os dispositivos móveis (celulares ou
tablets), que geralmente acompanham os visitantes em suas experiências turísticas. Para isso, existem
tecnologias que permitem criar interfaces para essa operação. Você sabe como funciona um QR code? Já
teve uma experiência com o uso dessa tecnologia? Em que ambiente?
O QR code, cuja sigla significa quick response code (código de resposta rápida), foi criado para
codificar informações de textos escritos que possam ser lidas em alta velocidade, permitindo o redi-
recionamento de uma mídia para outra. A codificação é feita por programas computacionais que criam
imagens parecidas aos códigos de barra, que podem ser decodificadas por outros programas. Esses
programas fazem com que as câmeras digitais realizem a função de um escâner e decodifiquem, de
certo modo, a informação. Nos dispositivos móveis, esses programas podem ser baixados na forma
de aplicativos.
O processo de decodificação é o redirecionamento ao local onde a informação está armazenada e
ocorre conforme a figura abaixo.
prizma/Shutterstock.com/ID/BR
etapa 6
Testando o produto
O teste do produto pode ser feito antes da instalação dos totens, em dois momentos. No primeiro,
vocês vão verificar se os arquivos de áudio na plataforma de hospedagem estão operando correta-
mente. Ouçam algumas vezes os arquivos para avaliar se estão audíveis ou se apresentam algum
problema. No segundo momento, vocês vão testar a leitura dos QR codes dos totens em celulares ou
tablets. Além disso, algumas questões importantes devem ser discutidas:
O audioguia cumpre a função de descrever o patrimônio em questão?
O audioguia estimula o visitante a contemplar os diversos aspectos do patrimônio?
As músicas escolhidas para a ambientação sonora foram adequadas?
O audioguia é capaz de conduzir o visitante durante a observação do patrimônio cultural escolhido?
Com base nas reflexões que surgirem dessas perguntas, melhorem alguns pontos que julgarem per-
tinentes. Também é possível testar os audioguias com pessoas que não participaram do projeto e coletar
suas impressões e opiniões, que poderão servir de parâmentro para uma avaliação posterior.
Turistas
utilizando
audioguia
enquanto
passeiam pelo
estádio
Panatenaico,
local dos
primeiros Jogos
Olímpicos
Modernos, em
Atenas, Grécia.
Foto de 2018.
Durante este Projeto Integrador você compreendeu a importância da educação patrimonial. Para
tanto, você identificou os patrimônios do lugar onde vive e promoveu uma ação de educação patrimo-
nial utilizando tecnologias digitais e conhecimentos de diversas áreas. Por meio deste projeto, você
colaborou para a valorização e a manutenção da cultura local de modo democrático e inclusivo.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e sua participação no projeto.
Primeiro, vocês vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão verificar
como a comunidade local recebeu o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às questões
propostas na tabela para refletir sobre seu desenvolvimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em roda para avaliar o produto desenvolvido, sua pertinência
para a comunidade e para o público-alvo, o desempenho do grupo e o trabalho em equipe.
Façam uma reflexão e exponham suas ideias de modo claro, objetivo e ético, sempre com respeito a
si mesmo e ao outro, sem preconceitos e promovendo os direitos humanos.
A discussão pode ser orientada com base nas questões a seguir.
1 Vocês ficaram satisfeitos com o produto desenvolvido? Ele atendeu às suas expectativas no que diz
respeito ao objetivo e à qualidade estética?
2 O produto final representa um trabalho coletivo, em que todos os envolvidos puderam colaborar com
ideias e fazeres concretos?
3 Vocês cumpriram os prazos de cada etapa? Como a turma se organizou para distribuir as atividades?
4 A equipe buscou sempre as melhores soluções? Quando algo deu errado, como vocês lidaram com as
mudanças?
7 O produto colabora para a educação patrimonial da comunidade e dos visitantes originários de outros
locais? Como?
1 2 3 4 5
1. Os totens instalados nos patrimônios locais ajudam a
valorizá-los.
Acrescentem outras observações caso julguem necessário. Além disso, se acharem importante, vocês podem
acrescentar um campo para sugestões e comentários.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, promova uma autocrítica e reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se
houve descobertas interessantes durante a realização do projeto, etc. Utilize a tabela para fazer a autoavaliação, que
pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
Como desenvolver
e implementar
uma ação cultural
para enfrentar
um desafio da
comunidade?
A
tuar com criatividade, empatia e protagonismo é uma forma de
promover mudanças em sua vida e na vida das pessoas que fazem
parte da comunidade em que você vive. Além disso, é uma maneira de
participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e demo-
crática. Muitas pessoas, como os jovens mostrados na foto desta aber-
tura, têm atuado de maneira decisiva para isso. Eles fazem parte da inicia-
tiva Fridays for Future (Sextas-feiras para o Futuro, em tradução livre para
português), um movimento global em que jovens se mobilizam às sextas-
-feiras para pressionar os governos a buscar soluções à questão das
mudanças climáticas.
1. Que mudanças a iniciativa desenvolvida pelos jovens da foto pode ter
provocado em suas vidas pessoais?
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1
DO
PROJETO
32
O movimento “Sextas-feiras para o Futuro” começou em agosto de 2018, quando Greta Thunberg passou a boicotar as aulas às
sextas-feiras como forma de chamar a atenção para os problemas climáticos. Na foto, de 2019, jovens participam do movimento
em Roma, Itália. Nos cartazes, lê-se: “Respeite nosso planeta” e “CO2 está no ar” (CO2 é a fórmula química do gás carbônico).
PE RC U RS O 2 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
33
Ação cultural
na comunidade
Objetivos
Analisar ações de protagonismo juvenil para se inspirar.
Identificar desafios e problemas da comunidade por meio de um olhar
cidadão, empático, democrático e respeitoso.
Propor e implementar um plano de ação artístico ou cultural para en-
frentar um dos desafios identificados.
Estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento
dos desafios da comunidade, percebendo o impacto positivo do tra-
balho em equipe.
Promover o diálogo e a solução não violenta de conflitos, mesmo em
situações cujos interlocutores tenham pontos de vista diferentes.
Justificativa
As ações protagonistas demandam a mobilização de competências e
habilidades socioemocionais e cognitivas de diferentes áreas do conheci-
mento. Ser protagonista significa ser autônomo e atuar na resolução de
problemas de forma criativa. Assim, esse projeto permitirá que você reflita
sobre seu papel na sociedade e sobre suas escolhas, valorizando suas
experiências e sua autonomia, tanto de realizar seu projeto de vida como
de transformar a comunidade, além de dar condições para que você
exerça seu protagonismo de forma cidadã.
Materiais
Durante a realização do projeto você utilizará caneta, lápis, canetas hidro-
gráficas, papel sulfite e blocos de papel autocolante para anotar ideias e
informações pesquisadas; computador com acesso à internet para realizar
pesquisas e produzir relatórios e outros produtos resultantes do
projeto; e, ainda, câmera e gravador para as pesquisas de campo.
34
Essa competência está relacionada à ação cultural que você vai propor para enfrentar um desafio da comuni-
dade. A ação envolverá a realização de uma prática artística ou cultural.
O projeto abordará as necessidades da comunidade e, portanto, pressupõe o diálogo contínuo e direto com ela.
Valorizar a diversidade cultural e o saberes locais, respeitar o espaço e as pessoas são atitudes fundamentais
para a realização de todas as etapas deste projeto.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Em todas as etapas do projeto, você será estimulado a debater com os colegas. Aproveite essa oportunidade
para expressar suas ideias, defendê-las e ouvir as opiniões alheias com respeito. Você também entrará em
contato com diferentes metodologias que promovem o trabalho criativo e em equipe, possibilitando o desen-
volvimento da competência 7.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade huma-
na e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
O contato com exemplos de protagonismo e a realização da ação possibilitarão que você reflita sobre sua vida
pessoal – seu projeto de vida –, bem como sobre seu papel na comunidade, além de lidar com suas emoções.
5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
Ao olhar para a comunidade buscando identificar seus desafios e problemas e propor uma ação sociocultural
para combater uma dessas questões, você vai trabalhar as habilidades EM13CHS502 e EM13CHS504.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas ali-
nhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
No decorrer deste projeto, você vai trabalhar as habilidades EM13CHS605 e EM13CHS606, pois terá a opor-
tunidade de dialogar com as pessoas da comunidade de modo empático, identificando seu papel e promo-
vendo uma atitude democrática e cidadã.
As siglas em negrito se referem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais informações sobre elas podem ser
encontradas em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 31 jan. 2020.
35
Como identificar os
desafios da minha
comunidade?
André Lucas/
UOL/Folhapress
Objetivos
Refletir sobre o conceito
de protagonismo juvenil. Jovens em evento de cultura geek no bairro Capão
Analisar exemplos de Redondo, em São Paulo (SP). Foto de 2019.
protagonismo juvenil.
Identificar e selecionar A foto mostra pessoas interagindo durante a Perifacon, evento
um desafio da realizado na Fábrica de Cultura, no bairro Capão Redondo, na cidade
comunidade.
de São Paulo, em 2019. O evento foi organizado por jovens da peri-
Levantar dados e
informações sobre o feria com o objetivo de divulgar as culturas geek e pop produzidas
desafio escolhido. por artistas da comunidade.
1. Você se interessa por cultura pop de modo geral? Você já fre-
quentou algum evento como o mostrado na imagem?
2. Por que você acha que os jovens organizaram esse evento?
Você acha que eles tiveram uma atitude protagonista? Em sua
opinião, o que um evento como esse pode provocar na comu-
nidade onde é realizado?
3. Nas grandes cidades, é comum haver mais ofertas de lazer na
região central do que na periferia. Por que você acha que isso
acontece? Que problemas isso gera? Levante hipóteses para
responder a essas questões e compartilhe-as com os colegas.
Culturas juvenis
As culturas juvenis são expressões culturais e comportamentais da juventude basea-
das nos bens culturais que os jovens consomem, buscando a reafirmação e a construção
de sua identidade. A juventude é marcada pela pluralidade, portanto, existe uma grande
diversidade de culturas juvenis. A cultura geek ou nerd é uma delas e envolve histórias
em quadrinhos, mangás, jogos de tabuleiro, videogames, filmes, séries e tecnologia.
Perifacon mostra que favela também é nerd e que está cheia de novos autores
“Tudo começou com o debate sobre como é difícil acessar cultura nerd na quebrada. E como, apesar
disso, não deixamos de consumir”, conta Mateus Martins, 22, um dos idealizadores da Perifacon, conven-
ção que, no último domingo [24/3/2019], levou o universo geek para a Fábrica de Cultura do Capão
Redondo, na periferia da zona sul de São Paulo. Martins uniu-se a mais sete amigos para criar a primeira
edição do evento, que atraiu mais de 4 mil pessoas em um domingo no bairro conhecido por ser berço
de Mano Brown e Ice Blue, dos Racionais MCs. Enquanto a Comic Con Experience, a maior convenção
geek do país, tem valores que vão de R$ 90 a R$ 1.800, a Perifacon foi gratuita.
“A galera ou não tem dinheiro ou tem que pegar duas, três horas de ônibus para ir ao evento e acaba não
indo. A gente sempre consumiu cultura geek e é muito bom ver um evento desses democratizando o acesso”,
comenta Hugo Rafael, integrante da banda Kuromame, que tocou no início do evento. De fato, a quebrada
não tem o mesmo acesso a espaços culturais. De acordo com o Mapa da Desigualdade 2018, organizado pela
Rede Nossa São Paulo, o bairro do Grajaú, também da periferia da zona sul, tem aproximadamente um centro
cultural para cada 333 mil pessoas. O índice é 117,8 vezes pior que o subdistrito da Sé, no centro da cidade.
Mari, João de; Bernardo, Kaluan. Perifacon mostra que favela também é nerd e que está cheia de
novos autores. UOL TAB. 25 mar. 2019. Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/
redacao/2019/03/25/a-periferia-sempre-consumiu-cultura-nerd-e-a-perifacon-foi-a-
prova-disso.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 31 jan. 2020.
Cidadania
O protagonismo juvenil está relacionado ao exercício pleno da cidadania dos jovens.
Mas o que significa cidadania?
O termo cidadania é polissêmico e seu significado mudou muito ao longo da histó-
ria. Atualmente, no Brasil, cidadania refere-se aos deveres e aos direitos do cidadão.
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, a cidadania é um dos fundamentos
do Estado brasileiro.
Para o exercício pleno da cidadania, os cidadãos devem conhecer seus direitos e
seus deveres frente ao Estado. A convivência exerce papel fundamental nessa relação,
pois é a partir do convívio com o outro que temos consciência e exercitamos nossos
direitos e deveres.
A cidadania baseia-se na justiça social, ou seja, todos têm direitos iguais, indepen-
dentemente de origem, classe social, raça, religião ou gênero, e também deveres iguais.
Quando um cidadão é privado de seus direitos, é privado também de sua cidadania.
Assim, com base na justiça social, é dever do Estado garantir a todos os cidadãos seus
direitos. Portanto, a cidadania é fundamental para o protagonismo juvenil, uma vez que,
assumindo esse protagonismo, os jovens podem reivindicar seus direitos perante o
Estado e, cumprindo seus deveres, usufruir da sua condição de cidadão.
Tempestade de ideias
Brainstorming ou, em português,
Alessandro Romagnoli/Shutterstock.com/ID/BR
“tempestade de ideias” é uma meto-
dologia de resolução de problemas
na qual um grupo de pessoas
expressa suas ideias livremente
com o objetivo de estimular a criati-
vidade e chegar a soluções inovado-
ras. O brainstorming pode ser feito
de diferentes maneiras para identi-
ficar os desafios da comunidade.
Caso o grupo resolva realizar um
brainstorming nesta ou em qualquer
outra etapa deste projeto, as ideias
que surgirem durante sua realização
Durante o brainstorming, é interessante utilizar
devem ser faladas sem a preocupa- canetas coloridas, folhas de papel sulfite, blocos de
ção inicial de estarem acabadas, pois papel autocolantes coloridos, lousa, cartolina ou
elas podem ser aperfeiçoadas e outros materiais para anotar ideias ou palavras-
-chave que surgirem. Na foto, jovens utilizam
complementadas pelos colegas ou cavalete de desenho durante reunião de
até combinadas com outras ideias. brainstorming. Milão, Itália. Foto de 2019.
Objetivos
Greta Thunberg. Estrasburgo,
Analisar um problema da
comunidade e propor
França. Foto de 2019.
um plano de ação para
combatê-lo.
Greta Thunberg é uma ativista sueca. Na foto, ela discursava em Traçar uma proposta de
um encontro do comitê sobre o meio ambiente no Parlamento Euro- divulgação para a
implementação do
peu. Em seu discurso, a jovem chamou atenção para as mudanças
projeto na comunidade.
climáticas do planeta. Observe a foto e discuta as questões a seguir. Construir um mapa
mental para a
1. Em sua opinião, por que Greta decidiu se posicionar sobre essa visualização das ações
questão específica? que serão desenvolvidas.
3. Como você acha que foi o processo da ação promovida pelos jovens?
4. Quais motivos levaram os jovens a tomar a iniciativa nas duas situações exemplificadas?
Com quais desses projetos você mais se identifica? Por quê?
ID/BR
ONDE? O QUÊ?
COMO? QUANDO?
Depois de decidir que tipo de ação cultural será organizado pela turma, vocês devem plane-
jar a produção do evento e estabelecer um plano de ação. As questões do quadro podem
ajudá-los a planejar o desenvolvimento da ação cultural. Para isso, sigam os passos abaixo.
Anotem qual será a ação cultural.
Listem tudo que será preciso fazer e todos os equipamentos e materiais que serão neces-
sários para realizar a ação.
Marquem o tempo que vocês têm para desenvolver o projeto. Decidam quando e onde ele
será realizado.
Organizem os passos que serão necessários para implementar a ação cultural e estabeleçam
as metas, os prazos e os resultados esperados para a conclusão de cada etapa.
Definam os responsáveis para cada atividade que será feita, para que o evento ocorra
com sucesso. Cada aluno deverá enviar relatórios diários ou semanais (conforme a esco-
lha do grupo) para que a equipe tenha uma visão geral do andamento das atividades.
Talvez seja interessante estabelecer um canal de comunicação entre todos os estudantes
da turma.
Mapa mental
Mapas mentais são esquemas gráficos que apresentam palavras-chave em uma
sequência lógica. Eles são utilizados para registrar um conjunto de informações e,
assim, facilitar a organização de ideias. Para elaborá-los, usam-se palavras, expres-
sões, imagens, esquemas e cores diversas. Observe um exemplo de mapa mental
para o planejamento de um evento.
Salão
Ca
Sup Custo
er-h
eró Re
Convites i se
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l
ão
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ca
Te
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Diversões Pinhata
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s Primos
fin
Nã no
ria
uf
Av
ta
M
ós
ge
Ve
Fonte de pesquisa: Buzan, Tony. Dominando a técnica dos mapas mentais: guia completo de aprendizado
e o uso da mais poderosa ferramenta de desenvolvimento da mente humana.
Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Cultrix, 2019.
Ação cultural
na comunidade
Nos percursos anteriores, vocês tiveram a oportunidade de refletir sobre os problemas enfrentados pela comu-
nidade onde vivem e, com a comunidade, propor um plano de ação cultural ou artística para enfrentar esse problema.
Agora, é hora de colocar o planejamento em prática. Para isso, sigam estas etapas.
Etapa 2
Etapa 3
Mão na massa
Dividam as tarefas.
I. Organizem as informações: selecionem os dados da investigação inicial, as fotos, os dados finais
da pesquisa e todos os registros que vocês fizeram do projeto, separando-os por categorias.
II. Nesse momento, vocês podem aproveitar para realizar um making of, ou seja, um registro em vídeo
apresentando a preparação da ação.
III. Façam escolhas: é possível que vocês tenham muitos dados e nem todos sejam necessários. Por
exemplo: caso vocês tenham tirado cem fotos de cada etapa, vocês acreditam que colocar todas
elas, mesmo que seja em um blog ou uma página de rede social, seja necessário e viável? Quan-
to tempo seria necessário para fazer o tratamento e o upload (envio) de cada imagem?
IV. Façam perguntas como essas na análise de tudo aquilo que deve compor ou não o trabalho final
da equipe.
V. Agora, vocês devem redigir, de forma clara, os textos que vão explicar o desen-
volvimento de todo o projeto. Também devem escrever as legendas das ima-
Portfólio: conjunto dos
melhores trabalhos gens, dos gráficos e das tabelas.
realizados por VI. Lembrem-se sempre do senso estético na produção. Um trabalho com bom
qualquer pessoa, como conteúdo pode passar desapercebido com uma apresentação não tão boa.
um artista, um
estudante, um VII. Caso vocês optem pelo uso do portfólio em plataforma digital, lembrem-se
designer gráfico ou de montá-lo com base nos pressupostos da acessibilidade, tornando os dados
qualquer outro possíveis de ser acompanhados também por pessoas com deficiência visual
profissional. Esses ou auditiva.
trabalhos podem ser
apresentados em local
VIII. Organizem o layout do portfólio.
físico ou virtual. IX. Revisem os dados, os textos, as imagens e as legendas.
X. Entreguem o portfólio.
Durante este Projeto Integrador, você, por meio de um olhar empático, identificou um desafio da sua
comunidade e propôs um plano de ação cultural para combatê-lo. Para isso, você argumentou, defendeu
suas ideias e, principalmente, refletiu sobre seu papel na comunidade em que vive e promoveu a cons-
trução de uma sociedade democrática, justa e solidária.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e sua participação no projeto.
Primeiro, você e os colegas vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão
verificar como a comunidade local recebeu o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às ques-
tões propostas na tabela para refletir sobre o seu desenvolvimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em uma roda para avaliar o produto desenvolvido, sua perti-
nência para a comunidade e para o público-alvo, o desempenho do grupo e do trabalho em equipe.
Façam uma reflexão e exponham suas ideias de modo claro, objetivo e ético, sempre com respeito
a si mesmo e ao outro, sem preconceitos e promovendo os direitos humanos.
A discussão pode ser orientada com base nas questões a seguir.
1 Vocês ficaram satisfeitos com a ação desenvolvida? Ela atendeu às expectativas do grupo?
2 A ação social representa um trabalho coletivo, em que todos os envolvidos puderam colaborar com
ideias e fazeres concretos?
4 Como vocês avaliam a pertinência do produto desenvolvido para sua comunidade? Houve engajamento
por parte dela?
1 2 3 4 5
1. A ação cultural promovida é pertinente.
Acrescentem outras perguntas ao questionário caso julguem necessário. Além disso, se acharem importante,
vocês podem acrescentar um campo para sugestões e comentários.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, promova uma autocrítica e reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se
houve descobertas interessantes durante a realização do projeto, etc. Utilize a tabela para fazer a autoavaliação, que
pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
Informação: Como
você recebe, como
você compartilha,
como você produz?
E
m uma sociedade em que as informações circulam cada vez mais rápido
e na qual nos deparamos com as mais variadas mídias a todo momento,
é necessário saber reconhecer o tipo de informação que recebemos,
quem é seu autor e por que uma determinada informação chegou até nós.
Ao mesmo tempo, garantir a pluralidade das mídias e a liberdade de
expressão da imprensa faz parte do processo de democratização do
acesso à informação. Observe a foto desta abertura e converse com os
colegas sobre as questões a seguir.
1. O que você acha que as pessoas da imagem estão fazendo?
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1 PE RC U RS O 2
DO
PROJETO
52
PE RC U RS O 3 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
53
Portal de notícias
Objetivos
Analisar de forma crítica textos de mídias digitais e impressas.
Identificar o papel da mídia na sociedade.
Pesquisar informações, selecionar conteúdos relevantes e em-
pregá-los para produzir conhecimento, utilizando as tecnologias
digitais de informação de forma crítica e ética.
Acessar ferramentas digitais para pesquisa e leitura de infor-
mações.
Desenvolver e aprimorar o pensamento crítico sobre o consumo
de mídia.
Compreender a postura de produtores de conteúdo alinhados
aos direitos humanos e à liberdade de expressão.
Aplicar o conhecimento adquirido com a leitura crítica dos textos
de mídia para resolver problemas no dia a dia, para se expressar,
argumentar e praticar a cidadania.
Criar produtos de mídia seguindo critérios do jornalismo profis-
sional e da escrita técnica e criativa, de forma ética e responsável.
Justificativa
Todos os dias nos deparamos com diversos tipos de informação:
imagens, propagandas, memes, vídeos, podcasts, mensagens
instantâneas, jogos e notícias da mídia tradicional (revistas, jornais,
rádio, etc.). Essas mídias têm pelo menos duas características em
comum: foram criadas por alguém e têm um objetivo específico, que
pode ser convencer, informar ou divertir. Portanto, saber quem é o
responsável pelas informações divulgadas é fundamental
para entender seu objetivo e os valores que traz consigo.
54
Materiais
Neste projeto, você vai precisar de computador com acesso à internet; celular com câmera
ou câmera digital para tirar fotos e gravar vídeos e áudios; canetas e cartolinas ou outros
materiais semelhantes.
Neste projeto, ao produzir vídeos, cartazes e reportagens, você utilizará diversas linguagens,
conforme previsto na competência, além de ampliar sua capacidade de leitura do mundo para
melhor compreendê-lo.
Você desenvolverá aspectos dessa competência ao utilizar plataformas digitais para pesqui-
sar textos de mídia, criar um portal de notícias e refletir sobre questões, como ética na mídia,
cidadania digital, cyberbullying e fake news.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direi-
tos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros
e do planeta.
Você terá oportunidade de desenvolver sua capacidade argumentativa por meio de conversas
e debates com os colegas que são propostos neste projeto e também ao analisar diferentes
notícias e ao elaborar um artigo de opinião.
Essa competência visa estimular a análise de fatos e processos com base em diferentes pontos
de vista. Neste projeto, ao abordar as fake news e a checagem de fatos, você vai desenvolver,
especificamente, as habilidades EM13CHS101, EM13CHS103 e EM13CHS106.
As siglas em negrito se referem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais informações sobre elas
podem ser encontradas em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 30 jan. 2020.
55
Como a mídia
tradicional nos
informa?
Mary F. Calvert/
Reuters/Fotoarena
Objetivos
Analisar de forma crítica
Donald Trump, então presidente dos
os textos de mídias
Estados Unidos, em entrevista coletiva com
digitais e impressas.
jornalistas. Estados Unidos. Foto de 2019.
Identificar o papel da
mídia na sociedade.
Realizar uma leitura
A circulação de informações disponibilizadas por diversos veícu-
crítica dos textos de los midiáticos tem adotado formatos de textos de mídia cada vez
mídia, avaliando suas mais inovadores. O mesmo fato pode dar origem a diferentes textos
intenções, seus
objetivos e sua linha de mídia, além de diversas interpretações. Observe a imagem e
editorial. converse com os colegas sobre as questões a seguir.
Elaborar um artigo de
opinião. 1. Por que você acha que o evento da foto teve uma cobertura
Discutir e delimitar a midiática?
linha editorial de um
portal de notícias. 2. Quais tipos de texto de mídia você acha que foram produzidos
para relatar o evento da foto?
Representatividade na mídia
FNDC/Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Mídia independente
Você já pensou em alternativas à mídia tradicional? Os portais e as agências de mídia
independente são agências jornalísticas que fogem à lógica da grande mídia. Essas agên-
cias geralmente não têm anunciantes e não estão vinculadas a instituições políticas nem
aos grandes grupos de comunicação. Muitas vezes, a mídia independente é financiada por
doações dos próprios leitores.
Esses portais podem ter uma cobertura jornalística ampla ou ser restritos a assuntos espe-
cíficos e relevantes, como cidadania, proteção dos direitos humanos, meio ambiente, segurança,
saúde, participação política, cultura e educação.
2. As reflexões acima podem ser utilizadas como ponto de partida para iniciar o debate
sobre o consumo de mídia. Agora, pesquise na internet mais informações sobre o tema,
para ampliar seu conhecimento e consolidar sua opinião. Para isso, leia blogs e assista a
vídeos. Em seguida, escreva um artigo de opinião sobre o assunto (ver boxe Saiba mais).
3. Reúna os artigos de opinião produzidos e discuta com os colegas que tipo de reportagem
vocês gostariam de disponibilizar no portal de notícias que vocês vão criar. Com base
nisso, determinem as diretrizes que vão orientar a escolha das reportagens que farão
parte do portal de notícias. Em seguida, produzam um texto que delimite a linha editorial
dele. Lembrem-se de que o editorial indica o direcionamento do portal e, consequente-
mente, influencia todas as reportagens produzidas.
Saiba mais
Artigo de opinião
Artigo de opinião é um tipo de texto argumentativo que expressa o
ponto de vista do autor sobre determinado tema. Possui características
de um texto jornalístico, apresentando dados e fatos verdadeiros, e tem
como principal objetivo informar e persuadir o leitor sobre um assunto.
Objetivos
Compreender o
Pessoas em vagão de metrô em
fenômeno das fake news.
Medellín, Colômbia. Foto de 2018.
Analisar criticamente as
informações recebidas
por diversos meios de Observe a imagem e converse com os colegas sobre as questões.
comunicação e
informação. 1. Que meios de comunicação e informação as pessoas da foto
Relacionar os diferentes estão utilizando?
tipos de interesse
(econômicos, políticos e 2. Você costuma repassar notícias recebidas em redes sociais e
sociais) relacionados à aplicativos de mensagens para os seus contatos?
divulgação de
informações.
3. Antes de repassar informações para as pessoas, você confere
Elaborar uma campanha
de conscientização se elas são verdadeiras?
sobre fake news.
4. Que características você considera para concluir se uma
notícia é verdadeira ou falsa?
A desinformação em números
De acordo com o The Reuters Institute Digital News Report 2018, dois terços (66%)
dos brasileiros que estão on-line usam as mídias sociais para receber notícias e um
terço (33%) dos jovens entre 18 e 24 anos de idade usam as mídias sociais como
principal fonte de notícias.
Nani Humor/Acervo do chargista
Bruno Rocha/Fotoarena
Unidos de 2016, o termo fake news se popularizou.
Veículos de imprensa, instituições de defesa da
democracia e especialistas denunciaram que a
campanha que elegeu o presidente estadunidense
Donald Trump foi permeada por informações falsas
que atacavam sua adversária, Hillary Clinton. “Papa
Francisco choca o mundo e apoia Donald Trump”,
“Wikileaks confirma que Hillary vendeu armas para
o Estado Islâmico” e “E-mail de Hillary para o Estado
Islâmico vazou e é pior do que qualquer um poderia
imaginar” são alguns exemplos de manchetes falsas
que circularam amplamente nos Estados Unidos.
As pessoas que produzem esse tipo de informação
Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
tentam aproveitar a credibilidade de veículos tradi-
(CPMI), em Brasília, criada durantes as eleições
cionais de comunicação para convencer o público. presidenciais de 2018, que ocorreram em um
Dessa forma, essas publicações são divulgadas em ambiente de grande polarização, com incontáveis
sites que imitam portais de notícias profissionais e denúncias de uso de fake news. Essa comissão foi
criada para apurar essas denúncias. Foto de 2019.
chegam aos leitores pelas redes sociais.
Embora o compartilhamento de notícias falsas seja um problema grave e urgente, os espe-
cialistas fazem algumas restrições ao uso do termo fake news, cujo significado em português
é “notícias falsas”. Um dos argumentos utilizados por esses profissionais é que só é possível
utilizar o termo “notícia” para designar informações que foram checadas e que apresentam
diferentes pontos de vista, trazendo diferentes perspectivas do fato narrado, como faz o
jornalismo profissional. Se é falso, não é notícia e, se é notícia, não é falso. Outro problema
com o uso desse termo é que ele passou a ser utilizado para desqualificar fatos com os quais
o leitor não concorda, mesmo que baseados em fontes confiáveis. Nesse caso, trata-se de
uma apropriação política do termo.
Saiba mais
Checado!
Checar se a informação é verdadeira, se está exagerada, se há algum dado distor-
cido e se a fonte é correta são atividades que sempre fizeram parte da rotina de
trabalho dos jornalistas. Porém, com o aumento da divulgação de notícias falsas, esse
conjunto de funções acabou se tornando um campo autônomo: o fact-checking, que
tem a responsabilidade de confrontar declarações com base em dados oficiais e citar
a fonte, para confirmar ou desmentir informações falsas.
No Brasil, há algumas agências de fact-checking. Nos sites indicados a seguir você
pode ler informações sobre notícias que circulam na internet ou solicitar a investiga-
ção de uma notícia.
Com base no que você estudou neste percur- Reúna-se em grupo com colegas e, juntos,
so, analise a notícia a seguir e identifique se elaborem o questionário para entrevistar a
ela é verdadeira ou falsa. Escreva um breve comunidade escolar. Ele deve conter as per-
texto no caderno explicando como você che- guntas 2, 3, 4 e 5 da página de abertura deste
gou a essa conclusão. percurso. Além das perguntas, solicite aos
entrevistados que citem uma notícia ou uma
informação que receberam recentemente por
Ícones: Shutterstock.com/ID/BR
P R ÁTI CA S D E CI D A D A N I A D I GI TA L
Nem sempre é possível perceber o tom de uma mensagem virtual. Uma sátira pode
ser entendida como uma verdade, e vice-versa. A clareza é fundamental para evitar
confusões ao redigir textos e postar fotos nas redes sociais.
A internet nos proporciona diversas possibilidades, então por que não utilizar seu
potencial para ajudar pessoas? Use as redes para mostrar talentos e ensinar habili-
dades. Inicie uma campanha e ajude a arrecadar dinheiro para um projeto social. Utilize
os meios digitais para agir positivamente no mundo.
3. De que forma você poderia ajudar uma pessoa que está pas-
sando por esse problema?
No caso dos influenciadores, por exemplo, é bem comum a exibição de produtos enviados por
marcas sem qualquer registro de que se trata de uma ação publicitária. Em sua defesa, muitos anun-
ciantes dizem que o ato de enviar produtos aos [influencers] (que na linguagem da plataforma ganham
o nome de “Recebidos”) não configura publicidade pois não houve pagamento por aquele espaço. Na
interpretação do Conar [Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária], no entanto, algumas
exibições de produtos e marcas contêm apelo de compra e, por isso, deveriam ser sinalizadas como
conteúdo publicitário.
Sacchitiello, Bárbara. Conar condena 8 ações de influenciadores no YouTube. Meio & Mensagem, 6 jun. 2018.
Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2018/06/06/conar-condena-8-acoes-
de-influenciadores-no-youtube.html. Acesso em: 30 jan. 2020.
1. Em sua opinião, o que faz com que um conteúdo Paulo Nós gostamos muito de 0’12’’
produzir memes, mas
viralize? Viralizar é bom ou ruim? Por quê? não tínhamos parado
para pensar que a
2. O que te impacta mais: uma notícia ou um pessoa que aparece em
meme? Por quê? uma foto qualquer na
internet pode ficar
3. Encontrar na internet apenas opiniões, notí- magoada por ser
transformada em uma
cias e debates alinhados com o seu ponto de
piada. Assim, concluí-
vista pode ser perigoso? Quais os riscos desse mos que não precisa-
cenário para você e para a sociedade? mos utilizar imagens de
pessoas para fazer uma
4. Como podemos “furar” a bolha informacional? piada. Para fazer um
meme, podemos, por
5. Você acha que as redes sociais devem ser uti- exemplo, inventar uma
personagem.
lizadas com moderação? Por que não?
6. É possível garantir a liberdade de expressão e
Carlos
conter o discurso de ódio? Como?
Portal de notícias
Ao longo deste projeto, você e os colegas refletiram sobre as notícias produzidas pela grande mídia, definiram
uma linha editorial para o portal de notícias da turma, promoveram uma campanha de conscientização sobre fake
news e produziram um vídeo sobre cidadania digital. Agora, é o momento de construir um portal de notícias. Muitos
portais e agências de notícias on-line são temáticos, ou seja, tratam de um tema específico. Veja dois exemplos:
Para a elaboração do portal, a turma deve escolher um tema que seja de seu interesse, como cidadania, proteção
dos direitos humanos, meio ambiente, segurança, saúde, participação política, cultura e educação. Isso vai ajudar a
direcionar o trabalho de vocês e possibilitará uma abordagem mais profunda dos assuntos.
Neste Projeto Integrador, duas grandes atividades foram propostas: a criação de um portal de notícias para a
comunidade escolar e uma campanha na escola sobre as fake news. Assim, este projeto teve o objetivo de promover
o desenvolvimento da educação midiática, competência fundamental para compreender como os diferentes tipos
de texto de mídia chegam até você.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e a sua participação no projeto. Primeiro, vocês
vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão verificar, por meio de questionário, como
a comunidade local recebeu o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às questões propostas na tabela para
refletir sobre seu desenvolvimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em roda para 5 Vocês conseguiram transmitir de forma clara e preci-
avaliar o produto desenvolvido, sua pertinência para a sa as informações apuradas na reportagem?
comunidade e para o público-alvo, o desempenho do
6 Vocês se sentiram representados pelas reportagens
grupo e o trabalho em equipe.
produzidas pelos colegas?
Façam uma reflexão e exponham suas ideias de modo
claro, objetivo e ético, sempre com respeito a si mesmo 7 Que efeitos o debate gerou na comunidade?
e ao outro, sem preconceitos e promovendo os direitos
humanos. 8 Como esses conhecimentos podem alterar sua atua-
A discussão pode ser orientada com base nas ques- ção nas redes sociais?
tões a seguir.
9 Como avaliam o consumo de informações, tanto seu
1 Como se sentiram ao saber que este Projeto Integrador quanto da comunidade em que vocês vivem?
seria desenvolvido coletivamente?
10 Ao realizar este projeto, vocês alteraram suas atitudes
2 Quais conhecimentos pertinentes ao projeto vocês já em relação aos textos midiáticos? Como?
tinham? E o que aprenderam durante o processo?
11 Qual é a responsabilidade de vocês como usuário de
3 Em que momento vocês se sentiram mais desafiados? redes sociais?
4 Como foi produzir conteúdo pautado por critérios jor- 12 Como pretendem contribuir para que mais pessoas criem
nalísticos? o hábito de avaliar as informações de forma crítica?
1 2 3 4 5
1. O portal de notícias foi amplamente divulgado para a comunidade.
6. Após a campanha sobre fake news, mudei meu modo de consumir notícias.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, promova uma autocrítica e reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se
houve descobertas interessantes durante a realização do projeto, etc. Utilize a tabela a seguir para fazer a autoava-
liação, que pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1
DO
PROJETO
76
PE RC U RS O 2 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
77
Objetivos
Compreender o significado dos conflitos na vida em sociedade.
Conhecer a mediação de conflitos e algumas de suas ferramentas.
Desenvolver a capacidade argumentativa.
Refletir sobre o espaço escolar.
Investigar quais são as situações de conflito na escola e suas causas.
Refletir sobre os conflitos identificados e propor ações que busquem
a solução desses problemas.
Organizar um congresso sobre o convívio escolar.
Melhorar as relações entre as pessoas envolvidas com o espaço escolar.
Criar espaços na escola para diálogo e troca de experiências.
Justificativa
As situações de conflito são próprias da convivência humana. Elas resul-
tam de diferentes visões de mundo, pontos de vista, preferências, anseios
e desejos. No ambiente escolar, que reúne tantas diferenças, é provável
que surjam conflitos, visto que convivemos muito tempo nesse espaço. Por
isso, é fundamental conhecer melhor a nossa escola, identificar os proble-
mas que ali existem ou possam surgir e buscar soluções para eles.
Materiais
Computador com acesso à internet; impressora; projetor multi-
mídia; microfone e caixas de som para a assembleia final.
78
Os diálogos dentro do espaço escolar, respeitando o outro, assim como valorizando a participação de toda
a comunidade, promovem essa competência.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
A promoção de um congresso, ao final deste Projeto Integrador, permite o desenvolvimento dessa compe-
tência ao respeitar princípios democráticos e éticos para exercitar a mediação de conflitos e traçar estraté-
gias de diálogo coletivo em busca da resolução ou mitigação dos conflitos escolares.
Essa competência é desenvolvida ao longo deste Projeto Integrador ao promover um posicionamento críti-
co em relação aos problemas escolares, aprimorando especialmente a habilidade EM13CHS103.
A análise da territorialidade escolar neste projeto contempla essa competência. O estudo da produção do
espaço escolar e das relações sociais existentes nesse espaço propicia o desenvolvimento da habilidade
EM13CHS206.
5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
O congresso busca promover valores democráticos ao propor a discussão ética dos conflitos escolares que
serão levantados com base em situações cotidianas, o que contempla essa competência. São desenvolvidas
especialmente as habilidades EM13CHS501 e EM13CHS502.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinha-
das ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
Essa competência é a principal norteadora do projeto, principalmente a habilidade EM13CHS606, visto que a
realização do congresso visa à proposição de diálogos para a resolução e a mitigação dos problemas da escola
identificados em vias de construir um ambiente escolar mais solidário e empático.
As siglas em negrito se referem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais informações sobre elas podem ser
encontradas em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 31 jan. 2020.
79
Gary Hershorn/Reuters/Fotoarena
Objetivos
Analisar os desafios de
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton (ao centro) em
viver em sociedade.
mediação com o então primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin
Compreender a (à esquerda) e o líder da Organização para a Libertação da Palestina
importância da (OLP) Yasser Arafat (à direita) na Casa Branca. Foto de 1993.
argumentação nos
diálogos e nos debates.
Relacionar diálogo, O diálogo possibilita que situações de conflito se transformem
mediação de conflitos e em oportunidades de mudança. Até mesmo grandes conflitos inter-
política. nacionais podem ser minimizados ou mesmo evitados por meio de
Elaborar diretrizes para
diálogo e mediação, em que todas as partes envolvidas são ouvidas
guiar uma situação de
mediação de conflitos. e levadas em consideração. Observe a imagem e converse com os
colegas sobre as questões a seguir.
1. Em que contexto você acha que a fotografia foi tirada?
2. Qual é a importância de buscar entendimento entre países com
diferentes interesses?
3. Em sua opinião, qual é a forma mais eficiente de lidar com os
conflitos?
4. Você costuma usar o diálogo para resolver os conflitos em que
se envolve?
As instituições e a socialização
Para o sociólogo Émile Durkheim, as instituições desempenham papel
fundamental na socialização, pois são as responsáveis por transmitir aos
indivíduos os valores e as regras necessários à vida harmônica em socie-
dade. São exemplos a família, a escola e o sistema político e econômico em
que estamos inseridos, tendo em vista que são estruturas com um funcio-
namento próprio e que estimulam os indivíduos a se comportar de deter-
minado modo. Há sociólogos que também ponderam que esse processo
de socialização nem sempre é harmônico. Muitas vezes, os indivíduos são
forçados a se comportar de determinado modo ou assumir papeis sociais
com os quais não concordam ou não se sentem bem em desempenhar.
1. De acordo com os textos desta página, o que é socialização? Em sua opinião, quais são
as vantagens e as desvantagens desse processo?
2. Você se lembra de situações em que seus valores foram contestados? Descreva-as.
3. Pense em uma situação em que você teve de assumir um papel social com o qual não se
identificava. Como você reagiu? Por que reagiu dessa maneira?
4. Reflita sobre o seu processo de socialização e comente com os colegas quais espaços
de socialização são mais importantes para você. Em seguida, compare os espaços de
socialização que você e os colegas listaram. Há espaços comuns? E diferentes?
Argumentos coerentes
Um elemento importante no estabelecimento do diálogo é a argumentação. As afirmações
feitas em um diálogo não podem ser compreendidas sem que se ofereçam razões para
sustentá-las. Argumenta-se para convencer alguém de algo, para se certificar da adequação
de uma atitude, para entender e explicar o porquê de alguma conclusão.
Conforme a tradição grega, além de ser feito tendo em vista a coletividade e o bem comum,
o debate deve apresentar coerência e rigor nas argumentações. Enfatizar o argumento é
reconhecer a importância do diálogo e a necessidade de conduzir esse diálogo respeitando
os princípios éticos e democráticos.
É preciso considerar, contudo, que a existência da argumentação não é garantia de esta-
belecimento de um bom diálogo. Para isso, é preciso saber ouvir o outro e buscar entender
suas razões. Não se deve buscar impor um argumento, assim como não se deve aceitar um
argumento passivamente, sem crítica e questionamento.
1. Imagine um conflito entre duas pessoas que está sendo mediado por você. Formule
perguntas aos envolvidos no conflito com os seguintes objetivos:
a. promover reflexão; b. gerar informação; c. oferecer voz aos mediados; d. abrir espaço
de conversação; e. ampliar o entendimento sobre o conflito.
2. Em grupo de seis integrantes, faça um exercício de reformulação, uma das formas
afirmativas utilizadas na mediação de conflito: um dos integrantes do grupo escolherá
uma situação que tenha sido vivida ou presenciada por ele e por outra pessoa que
faça parte do grupo. Esse integrante, sem a presença da outra pessoa, contará ao
grupo o que aconteceu. Em seguida, ele deve se afastar, e a outra pessoa será cha-
mada para contar a mesma história sob o ponto de vista dela. Os outros integrantes
do grupo, então, devem comparar as duas narrativas, buscando explicações para as
diferenças entre elas.
Martin Luther
King Jr. e outros
civis lideram a
marcha por
liberdade,
trabalho e
educação, em
Washington,
Estados Unidos.
Foto de 1963.
A escola é um espaço que, além de acolher conflitos próprios aos indivíduos nela reunidos e à
sociedade em que ela se insere, favorece a ocorrência de conflitos cujos sentidos e fatores desen-
cadeadores são estritamente ligados às especificidades dessa instituição de educação coletiva. Num
universo complexo, onde se encontram crianças ou adolescentes e adultos, profissionais e familia-
res, indivíduos com lugares institucionais, referências culturais e valores distintos, os conflitos são
inevitáveis. E eles se dão entre vários componentes, sob diferentes formas, movidos por diferentes
razões. Mesmo que ligados a fatores exteriores à escola, o simples fato de se manifestarem lá (ou
de lá não poderem se manifestar) já traz marcas do cotidiano escolar, assim como o marca. [...]
Ora, a aposta de aprimorar o olhar para os conflitos consiste na busca, pela escola e seus
atores, de um outro sentido para eles [...]. A possibilidade de resolvê-los ou elaborá-los depende
da busca de compreender seus sentidos. Eximir-se dessa atitude é algo que contribui para a
violência, o fracasso dos alunos, o stress do professor e a frustração da escola.
Neste sentido, a violência ou mesmo formas menos extremadas de tensão decorrem, na grande
maioria dos casos, de conflitos não explicitados. O olhar para os conflitos não significa que iremos
solucioná-los. Alguns, inclusive, não têm solução. Mas o simples fato de serem olhados já é por si
algo que possibilita melhores gestões, uma vez que estimula, nos atores educacionais, a criação
de canais de leitura a partir dos quais se poderia trilhar possíveis caminhos de solução.
Galvão, Izabel. Conflito sim, violência não. 1-3. Documento eletrônico. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/13_galvao.pdf. Acesso em: 3 fev. 2020.
Como mediadora mirim, eu ajudo a fazer a mediação de Antigamente a escola tinha muita droga
conflitos simples que acontecem na escola. Se eu vejo e muita indisciplina. Hoje é difícil ter ocor-
alguma coisa na sala de aula ou no pátio, eu chamo o aluno rência de alunos. Se tem alguma briga ou
para tentar ajudar. A gente respira, faz um exercício de discussão, os mediadores mirins conversam
centramento (meditação) e depois conversa. e fazem o acolhimento.
Aulas mudam depois de resultado de pesquisa com estudantes. Porvir. Disponível em: https://porvir.org/especiais/participacao/
aulas-mudam-depois-de-resultado-de-pesquisa-com-estudantes/. Acesso em: 3 fev. 2020.
Por que, ainda hoje, entre nós, o conflito tem uma conotação mais negativa que positiva?
Porque todo o seu potencial construtivo e criativo desaparece, quando ele é ignorado
ou mal administrado. [...] Em organizações como escolas, por exemplo, conflitos “varridos
para debaixo do tapete” drenam a energia da equipe, bloqueiam o trabalho colaborativo
e fazem os ressentimentos crescer e se acumular, podendo exprimir-se de maneira violenta.
[...]
A boa notícia é que vem se desenvolvendo, através dos tempos, um amplo repertório
de formas para lidar positiva e produtivamente com os conflitos inerentes à vida diária.
E esse repertório está à disposição de quem quiser construir uma cultura do diálogo e
da paz também nas escolas.
Ceccon, Cláudia et al. Conflitos na escola: modos de transformar: dicas para refletir e exemplos de como lidar.
São Paulo: Cecip; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009. p. 31-32. Disponível em: https://www.
imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/conflitos_na_escola.pdf. Acesso em: 3 fev. 2020.
1. Dividindo tarefas
Para a realização dessa atividade, será necessário dividir as tarefas entre a turma, formando
comissões de trabalho de acordo com as habilidades e preferências de cada um. Cada comis-
são ficará encarregada da realização de uma parte do processo da entrevista. Contudo, a
elaboração do roteiro deve contar com a participação de todos.
Comissão 1: Organização do material de entrevista – os integrantes dessa comissão devem
diagramar e reproduzir as fichas de entrevista e providenciar demais materiais necessários.
Comissão 2: Entrevistadores – os alunos dessa comissão vão definir quantos alunos, pro-
fessores e funcionários serão entrevistados e dividir entre eles a tarefa de realizar as en-
trevistas e preencher as fichas. Também devem discutir com o professor se devem orga-
nizar entrevistas com os pais de alunos.
Comissão 3: Tabulação dos dados – os integrantes dessa comissão devem tabular e
organizar visualmente os dados coletados nas entrevistas para apresentação ao res-
tante do grupo.
P ER FI L D O (A ) EN T R EVI S TA D O (A ):
Sexo: F M
Idade: Há quanto tempo está nessa escola:
Perfil: Aluno Professor Funcionário
Número de entrevistados
Conflitos que citou o conflito
detectados
Alunos Professores Funcionários Total
Ao longo deste projeto, você entrou em contato com o conceito e com as técnicas de mediação de conflitos e
produziu, com os colegas, um texto com diretrizes para realizá-la. Você e os colegas também investigaram os confli-
tos existentes na escola onde vocês estudam, elaboraram um diagnóstico e produziram um painel com o resultado
da pesquisa desenvolvida.
O produto final deste projeto será a realização de um congresso em que se discutirá como o convívio escolar pode
melhorar. O objetivo é ampliar as discussões realizadas até aqui, possibilitando que todas a pessoas que vivenciam
os conflitos no cotidiano da escola possam dialogar e propor maneiras criativas de resolvê-los.
Em um congresso, entre outras formas de organização, a discussão sobre o tema pode se dar em palestras, me-
sas-redondas (em que alguns convidados especialistas debatem um tema) ou mesmo oficinas. Ao planejar o evento,
reflitam sobre as características da comunidade escolar e escolham o formato mais adequado.
Neste Projeto Integrador, foram propostas reflexões sobre os conflitos na sociedade como um todo e no
ambiente escolar. Além disso, você e os colegas investigaram os conflitos existentes na escola de vocês e pro-
moveram uma ampla discussão em torno de como solucioná-los, de maneira democrática e participativa.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e sua participação no projeto. Primeiro, vocês
vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão verificar como a comunidade local recebeu
o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às questões propostas na tabela para refletir sobre seu desenvol-
vimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em roda para 5 Em relação ao congresso, qual foi o momento mais
fazer uma avaliação do congresso promovido por vocês, difícil? E o mais prazeroso?
sua pertinência para a comunidade e para o público-alvo,
6 Como vocês se sentiram com a responsabilidade de
o desempenho do grupo e o trabalho em equipe.
Façam uma reflexão sobre as questões e exponham organizar um evento tão significativo e com tantos
suas ideias de modo claro, objetivo e ético, sempre com participantes?
respeito a si mesmo e ao outro, sem preconceitos e pro-
7 Como vocês se sentiram atuando como mediadores
movendo os direitos humanos.
de conflito?
A discussão pode ser orientada com base nas ques-
tões a seguir. 8 Vocês avaliam que a discussão sobre os conflitos
1 O que vocês sentiram quando descobriram que este gerou efeitos na comunidade escolar?
Projeto Integrador seria desenvolvido coletivamente?
9 Ao realizarem este projeto, vocês alteraram a percep-
2 O que vocês já sabiam sobre mediação de conflitos e ção em relação às formas de vivenciar os conflitos
o que aprenderam durante o processo? na escola?
3 Em que momento vocês se sentiram mais desafiados? 10 Como os conhecimentos desenvolvidos ao longo do
4 Como foi fazer uma pesquisa com toda a comunidade projeto podem alterar sua forma de agir na escola e
escolar e organizar os dados coletados? Os resultados fora dela em relação aos conflitos enfrentados no
surpreenderam vocês ou já eram esperados? cotidiano?
1 2 3 4 5
1. O Congresso Como melhorar o convívio escolar? foi bem divulgado pelos
organizadores.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se houve descobertas interessan-
tes durante a realização dele, etc. Utilize a tabela para fazer a autoavaliação, que pode ser plenamente satisfatória,
satisfatória ou insatisfatória.
Quais desafios as
novas mídias
impõem à nossa
vida cotidiana?
O
surgimento de novas mídias, como as redes sociais virtuais e os apli-
cativos de conversa, revolucionou a maneira como nos comunicamos
socialmente , permitindo superar obstáculos físicos, como grandes distân-
cias, e favorecendo a comunicação seja “um com um” ou “muitos com
muitos”. Ao mesmo tempo que elas ampliaram a possibilidade de a popu-
lação se posicionar, manifestar e comunicar, essas novas mídias amplifica-
ram a capacidade de grupos políticos e privados manipularem a opinião dos
cidadãos de acordo com seus interesses, por meio de notícias polêmicas e,
muitas vezes, sem validação científica. Vale ressaltar que nem toda infor-
mação que recebemos é verídica, relevante, correta ou imprescindível.
Por isso, é fundamental refletir sobre os limites da mídia e seu grande poten-
cial de alcance. Qual é o poder das novas mídias em nossas vidas? Converse
com os colegas sobre as questões a seguir.
1. Como a mídia está presente em seu dia a dia?
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1 PE RC U RS O 2
DO
PROJETO
98
PE RC U RS O 3 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
99
Prática de jornalismo de
soluções em mídia social
Objetivos
Compreender o papel das novas mídias na atualidade.
Debater sobre a regulamentação, os limites e a liberdade de expressão
nas novas mídias.
Comparar a liberdade de expressão midiática em diferentes países.
Conhecer o Marco Civil da Internet.
Analisar criticamente as possibilidades proporcionadas pelas mídias
sociais.
Construir uma mídia social inspirada no conceito de jornalismo de
soluções ou jornalismo de engajamento.
Justificativa
Neste projeto, você será incentivado a elaborar uma mídia social que
dê voz aos membros de sua comunidade. A turma vai criar um canal
midiático em que as pessoas da comunidade poderão falar sobre seus
problemas cotidianos e as soluções encontradas por elas. O papel de
autores que você e os colegas vão assumir durante a produção dessa
mídia social é extremamente desafiador e, ao mesmo tempo, comporta
grande responsabilidade, pois trata-se de interesses reais da comuni-
dade, mesmo quando esses se mostrarem conflitantes. Assim, o projeto,
além de desenvolver aspectos relacionados à Midiaeducação, possibilita
o aprendizado de práticas relacionadas à responsabilidade e ao
trabalho em grupo.
100
A produção de uma mídia social exige a familiarização e a utilização de diferentes linguagens. Esse aprendi-
zado possibilita uma avaliação crítica, ética e estética dos conteúdos midiáticos e desenvolve o pensamento
autônomo e colaborativo para se expressar.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significati-
va, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e dis-
seminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
O objetivo principal da Midiaeducação é dar ferramentas para que o cidadão possa fazer uso da cultura digital.
O conceito de jornalismo de soluções propõe a apropriação crítica e ética das novas mídias para o desenvolvi-
mento das comunidades nas quais estamos inseridos.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
A competência argumentativa ocupará uma posição central na execução deste projeto. A construção coletiva
de uma mídia social será viabilizada com base no diálogo e no entendimento entre os membros do grupo
responsável pela nova mídia social.
A construção das novas mídias incentiva você a se posicionar criticamente em relação a questões sociais e
aos conteúdos divulgados nas mídias que fazem parte de seu cotidiano. Destaca-se o trabalho com a
habilidade EM13CHS106.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas ali-
nhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
O produto final deste projeto, ao construir uma nova mídia para a comunidade, inspirada no modelo de
jornalismo de soluções, incentiva o debate público, reforça a importância do respeito aos direitos humanos e
promove uma ação concreta na busca de resoluções de problemas e desigualdades. Destaca-se o trabalho
com a habilidade EM13CHS605.
As siglas em negrito se referem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais informações sobre elas podem ser
encontradas em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 3 fev. 2020.
101
Objetivos
Compreender as
questões da liberdade e Manifestação na Nigéria a favor da liberdade de expressão on-line e contra
da independência um projeto de lei para regular o uso das mídias sociais no país. No cartaz,
midiática. lê-se, em tradução livre do inglês: “Liberdade de expressão é um direito
humano”; e, na parte inferior: “Diga não à proposta de lei de discurso de ódio”
Analisar criticamente a
e “Diga não à proposta de lei de mídias sociais”. Abuja, Nigéria. Foto de 2019.
censura midiática.
Confeccionar um
relatório comparativo As novas mídias utilizam diferentes suportes – smartphones,
sobre a liberdade nas computadores, tablets – e formatos e, por isso, têm grande poder
novas mídias em de alcance e disseminação de informações. A era das novas mídias
diferentes países.
tem mobilizado debates sobre a qualidade das informações dispo-
nibilizadas, a manipulação de dados e a privacidade dos usuários.
1. Qual é a motivação da manifestação retratada na imagem?
Qual é a sua opinião sobre a questão apresentada?
Etiópia 28
liberdade na internet?
2. Formem um grupo e façam uma lista de países com histórico de
censura e restrição na internet. Em seguida, elaborem um rela-
tório descrevendo a situação atual da liberdade nas novas mídias
nesses países e comparem os dados. No relatório, incluam o nome
do país, seu histórico de censura às mídias e a situação atual da
liberdade de expressão. Lembrem-se de pesquisar em fontes
confiáveis e divulgar o resultado da pesquisa na sala de aula.
O mundo on-line
requer novas leis e
regulamentações?
Visual Generation/Shutterstock.com/ID/BR
Objetivos
Contextualizar o
Representação de intimidação
estabelecimento do
Marco Civil da Internet e e bullying pelas redes sociais.
compreender sua
importância. Além de ampliar as formas de comunicação, as novas mídias
Identificar ações possibilitam que os leitores dos veículos midiáticos se posicionem
danosas e ilegais na
internet e conhecer as diante das notícias divulgadas. Desse modo, os profissionais que
leis do país que emitem opiniões nos diversos meios de comunicação ficam mais
protegem os cidadãos expostos, assim como os usuários das redes virtuais. Uma das
contra os crimes
cibernéticos. consequências dessa exposição são os ataques virtuais.
Realizar e compartilhar Se você é agredido verbalmente ou fisicamente na rua por um
uma produção criativa estranho, o recurso mais razoável para se defender é buscar a Justiça
com o objetivo de
conscientizar as
por meio da polícia. Uma vez registrado um boletim de ocorrência
pessoas para que a contra o agressor, haverá uma investigação policial e o caso poderá
internet seja utilizada de ou não ser encaminhado ao Poder Judiciário para que haja um julga-
forma ética e crítica.
mento. Agora, imagine que a agressão tenha ocorrido em uma rede
social ou em qualquer outra mídia on-line e responda às questões.
Quem é Lola?
Nascida na argentina e naturalizada brasileira, Lola Aronovich é professora de literatura
inglesa da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Em 2008, começou a escrever um
blog em que aborda temas como misoginia na internet, feminismo, censura, direitos humanos,
educação, gênero e literatura. Em pouco tempo, o blog atingiu mais de 200 mil visualizações
por mês.
Ameaças e ataques virtuais à Lola começaram quase simultaneamente ao aparecimento
de seu blog, e ela buscou ajuda da polícia. Ao procurar a Delegacia da Mulher em Fortaleza,
Lola se deparou com algo inesperado: a delegacia registrava o boletim de ocorrência, mas as
investigações não evoluíam, pois muitos dos sites utilizados para atacá-la estavam “hospeda-
dos” fora do Brasil, e a polícia não tinha autorização para quebrar seu sigilo. Por sua vez, a
Polícia Federal também dizia não poder levar nenhuma investigação adiante, pois o tipo de
crime relatado por Lola não era responsabilidade dessa polícia.
1. Organize-se em grupos com os colegas para debater que medidas poderiam inibir a ação
de haters na internet. Façam propostas e pensem nos pontos positivos e negativos de
cada uma delas. Considerem também a viabilidade de essas medidas serem implantadas
e executadas. Apresentem as conclusões para a sala e façam uma votação sobre quais
medidas propostas são mais urgentes e viáveis de ser implementadas. Para finalizar,
façam uma lista das três medidas mais votadas com as ações necessárias para sua
implentação de modo eficiente.
2. A jovem Lindsay usou sua criatividade para se manifestar contra os haters que a ata-
cavam. Vamos pensar em outras formas de criticar a ação dos haters e buscar maneiras
de conscientizá-los?
a. Use sua criatividade para fazer um slogan, um meme ou um cartum crítico às formas
de ação dos haters. Sua crítica deve ser construtiva: é importante que o conteúdo de
sua produção busque a conscientização dessas pessoas. Cuide para que a mensagem
seja clara e não ofensiva.
b. Compartilhe sua produção com os colegas. Depois, discutam sobre o assunto.
c. Quando estiver satisfeito com a sua produção, poste-a na rede!
A quem servem as
novas mídias?
Delfim Martins/Pulsar Imagens
Objetivos
Analisar o acesso da
Praça pública em Fortaleza (CE) conta com serviço sociedade brasileira à
de internet via wi-fi gratuito. Foto de 2018. internet.
Refletir sobre a
O acesso à internet é um dos fatores que possibilita o contato representatividade das
com as novas mídias, sendo, portanto, fundamental para promo- comunidades na mídia
tradicional.
ver a inclusão digital da população. Com base nisso, converse
Conhecer experiências
com os colegas sobre as questões a seguir e, se necessário, de mídia social baseadas
pesquise mais informações. no jornalismo de
soluções.
1. A comunidade em que vocês vivem tem acesso a novas tecno- Produzir uma exposição
logias de informação, como transmissão de dados por satélite sobre jornalismo de
soluções.
ou fibra ótica, telefonia celular, internet e informática?
B R AS I L : P E R C E N TU AL D E U S U ÁR I OS QU E
BR A SI L: P E R CEN T UA L D A PO PULA ÇÃ O
AC E S S AM A I N TE R N E T C ON F OR M E A
Q UE A CES S A A I N T ER N ET (2 0 0 8 -2 0 1 8 )
C L AS S E S OC I AL ( 2015- 2018)
ID/BR
ID/BR
100 100 96 95 96
92
A
89 91
80 80 84 86 B
67 70 76
58 61 74 C
60 60 66
46 49 63 DE
(%)
41
(%)
39 51 55 48
40 40 42
34 35
20 20 30
0 0
1 12 013 014 015 016 017 018
08 009 010 01 2015 2016 2017 2018
20 2 2 2 20 2 2 2 2 2 2
Ano Ano
Fonte de pesquisa: TIC Domicílios 2018: principais resultados. Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br). Disponível em: https://cetic.br/media/analises/tic_domicilios_2018_coletiva_de_imprensa.pdf. Acesso em: 4 fev. 2020.
3. Em qual das classes sociais houve maior crescimento de usuários durante o período mos-
trado no gráfico? Em sua opinião, quais os benefícios desse aumento para essa classe social?
Explore
Em 2015, o blog ganhou um site independente e se transformou
Experiências de na Agência Mural de Jornalismo das Periferias, com mais de
engajamento jornalístico cinquenta colaboradores diretos trabalhando e produzindo notícias
No site da Agência Pública há sobre os 96 distritos que formam o município de São Paulo.
uma lista de iniciativas de Outro exemplo de uso das novas mídias para a produção do
jornalismo independente, e
algumas dessas iniciativas
jornalismo de soluções é a plataforma Desabafo Social (http://
praticam o jornalismo de desabafosocial.com.br), que se define como uma plataforma de
soluções. inteligência coletiva para a produção de conteúdo, a resolução de
Disponível em: https://apublica.org/ problemas e a geração de renda por meio de desafios sociais. Esse
mapa-do-jornalismo/. Acesso em: projeto foi criado em 2011 pela jovem Monique Evelle, moradora
4 fev. 2020.
da periferia, em Salvador, na forma de grêmio estudantil. Em entre-
vista, ela explica:
2. Preparem cartazes para divulgar as iniciativas pesquisadas por vocês, seguindo os passos:
a. Façam um cartaz para cada iniciativa.
b. O título do cartaz deve ser o nome do blog, do site ou do veículo selecionado.
c. Utilizem as respostas da atividade 1 para fazer um texto de apresentação das iniciativas.
d. Escolham uma imagem representativa dessa iniciativa e colem-na no cartaz.
Prática de jornalismo de
soluções em mídia social
Chegou a hora de colocar a mão na massa e, com o grupo, produzir a própria mídia social. Durante os
três percursos, vocês conheceram algumas mídias e se familiarizaram com o conceito de jornalismo de
soluções. O objetivo, agora, é produzir uma mídia social inspirada no modelo do jornalismo de soluções
já praticado no Brasil e no mundo.
Mas talvez você e os colegas ainda tenham dúvidas a respeito de como ou por que produzir essa nova
mídia. Afinal, já existem tantas, por que mais uma, não é mesmo? Não é bem assim! Cada comunidade
tem questões, dificuldades ou motivações particulares, que dizem respeito especificamente ao seu co-
tidiano e que merecem ser abordadas e divulgadas na mídia.
Tomando como base alguns exemplos apresentados ao longo deste Projeto Integrador, a proposta
agora é produzir um canal de entrevistas, em vídeo ou no formato de podcast, com membros da comu-
nidade em que vocês vivem que tenham alguma autoridade e legitimidade para falar dos problemas que
vocês decidirem discutir. Também é possível recorrer a entrevistas sobre trabalhos realizados por cole-
gas da própria escola ou de outras escolas. Para isso, sigam este passo a passo.
etapa 1
etapa 2
Pós-produção
Após a realização e a gravação da entrevista, ela deve
ser editada. Nesse momento, vocês podem selecionar
as partes mais importantes e excluir aquelas que consi-
deram menos importantes, ou mesmo aquelas que, na
opinião do grupo, ficaram ruins do ponto de vista técnico.
Apresentem, então, o produto final ao(s) entrevista-
do(s), para que aprovem a edição. Isso é fundamental!
etapa 5
Publicação
Disponível em: http:/desabafosocial.com.br. Acesso
em: 6 jan. 2020.
O produto final deste Projeto Integrador foi o desenvolvimento de uma mídia social para a divulgação de um
canal de entrevistas. Essa atividade envolveu toda a turma e também a comunidade. A proposta de produção de
um tipo de mídia tem por objetivo auxiliá-lo na compreensão de como essas novas mídias afetam seu cotidiano,
promovendo uma análise crítica e ética sobre a era das novas mídias em que vivemos.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma e sua participação no projeto. Primeiro, vocês
vão conversar sobre o processo de realização do projeto. Em seguida, vão verificar, por meio de pesquisa de opinião,
como a comunidade local recebeu o projeto. Por fim, vão responder, individualmente, às questões propostas na ta-
bela para refletir sobre seu desenvolvimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em roda para 5 Houve dificuldade na definição das questões e no
avaliar o produto desenvolvido, sua pertinência para a registro da entrevista?
comunidade e para o público-alvo, o desempenho do
grupo e o trabalho em equipe.
6 Como foi a difusão da entrevista e sua apresentação
à comunidade?
Façam uma reflexão e exponham suas ideias de
modo claro, objetivo e ético, sempre com respeito a si 7 O que poderia ser modificado para melhorar o produ-
mesmo e ao outro, sem preconceitos e promovendo to final do projeto?
os direitos humanos.
A discussão pode ser orientada com base nas ques- 8 O que vocês já sabiam e o que aprenderam durante
tões a seguir. o processo?
1 Qual foi o impacto do projeto na comunidade? 9 Em que momento se sentiram mais desafiados?
1 2 3 4 5
1. O projeto foi amplamente divulgado para a comunidade.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, promova uma autocrítica e reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se
houve descobertas interessantes durante a realização do projeto, etc. Utilize a tabela para fazer a autoavaliação, que
pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
3. Você acha que é possível desenvolver uma ação que seja rentável e
que ao mesmo tempo promova relações justas de trabalho e susten-
tabilidade ambiental? Escreva um texto curto defendendo sua opi-
nião. Depois, compartilhe-o com os colegas.
ETAPAS
A PR ES E N TAÇ ÃO PE RC U RS O 1 PE RC U RS O 2
DO
PROJETO
120
A jovem designer de moda Luci Hidaka expõe peças criadas por ela em
evento de moda sustentável realizado em Curitiba (PR). Foto de 2019.
PE RC U RS O 3 PRO D U TO FI N A L AVA L I AÇ ÃO
121
Cooperativa de
produção cultural
Objetivos
Refletir sobre conceitos como identidade, cultura juvenil, indústria cul-
tural, cooperativismo e economia solidária.
Investigar as ofertas de programação cultural da comunidade.
Verificar onde ocorrem as vivências e a produção cultural dos jovens da
comunidade.
Realizar pesquisa de opinião na comunidade sobre as preferências em
relação à programação cultural.
Criar uma cooperativa, estabelecendo seus objetivos, valores e missão.
Desenvolver uma programação de eventos culturais para a comunidade.
Produzir um evento cultural para a comunidade.
Incentivar formas de ocupação dos espaços públicos com manifestações
culturais que possam incentivar a participação da comunidade.
Justificativa
Este Projeto Integrador pretende proporcionar suportes para que você e
os colegas reflitam sobre seus projetos pessoais e profissionais para a vida
adulta, fazendo-os perceber que há modos alternativos de atuação cons-
ciente na comunidade, com posicionamento ético e responsabilidade diante
dos problemas sociais. Trata-se de uma oportunidade de você se comunicar
com os colegas e também com a comunidade em que vive, expressar seus
gostos, interesses, críticas, angústias diante do futuro e propostas de atua-
ção, valorizar suas potencialidades e compartilhar saberes e experiên-
cias que possam ampliar seus repertórios e os dos colegas.
122
123
Com base na leitura do texto e na observação das imagens, responda às questões a seguir.
4. Você gosta mais de participar de manifestações culturais existentes no lugar onde vive
ou daquelas a que tem acesso pelas diversas mídias?
[…] é o sentido da imagem de si, para si e para os outros. Isto é, a imagem que uma
pessoa adquire ao longo da vida referente a ela própria, para acreditar na sua própria repre-
sentação, mas também para ser percebida da maneira como quer ser percebida pelos outros.
Pollak, Michael. Memória e identidade social. Tradução de Monique Augras (ed). Dória Rocha.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 5, 1992.
1. Quais expressões dos textos sintetizam a definição de identidade de cada um dos autores?
2. Com seus colegas, construa uma definição de identidade. Para chegar a uma definição
na qual todos se sintam contemplados, é importante que vocês respeitem o ponto de
vista de cada um e que utilizem argumentos que tenham como base fontes confiáveis,
como os textos acima.
Explore
[…] [Cultura é] a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa. […] [é] um mapa, um
receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e
modificam o mundo e a si mesmas. É justamente porque compartilham de parcelas importantes deste
código (a cultura) que um conjunto de indivíduos com interesses e capacidades distintos e até mesmo
opostos transformam-se num grupo e podem viver juntos sentindo-se parte de uma mesma totalidade.
Podem, assim, desenvolver relações entre si porque a cultura lhes forneceu normas que dizem respeito
aos modos mais (ou menos) apropriados de comportamento diante de certas situações.
Por outro lado, a cultura não é um código que se escolhe simplesmente. É algo que está dentro e fora
de cada um de nós, como as regras de um jogo de futebol, que permitem o entendimento do jogo e,
também, a ação de cada jogador, juiz, bandeirinha e torcida. Quer dizer, as regras que formam a cultura
(ou a cultura como regra) é algo que permite relacionar indivíduos entre si e o próprio grupo com o
ambiente onde vivem. Em geral, pensamos a cultura como algo individual que as pessoas inventam,
modificam e acrescentam na medida de sua criatividade e poder. […]
DaMatta, Roberto. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 121-128.
[…] O desenvolvimento da humanidade está marcado por contatos e conflitos entre modos diferentes
de organizar a vida social, de se apropriar dos recursos naturais e transformá-los, de conceber a realidade
e expressá-la. A história registra com abundância as transformações por que passam as culturas, seja
movidas por suas forças internas, seja em consequência desses contatos e conflitos […]. Por isso, ao
discutirmos sobre cultura, temos sempre em mente a humanidade em toda a sua riqueza e multiplicidade
de formas de existência. São complexas as realidades dos agrupamentos humanos e as características
que os unem e diferenciam, e a cultura as expressa.
Assim, cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos,
nações, sociedades e grupos humanos. Quando se consideram as culturas particulares que existem ou
existiram, logo se constata a grande variação delas. Saber em que medida as culturas variam e quais as
razões da variedade das culturas humanas são questões que provocam muita discussão. […]
Cada realidade cultural tem a sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam
sentido as suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais estas passam. É preciso
relacionar a variedade de procedimentos culturais com os contextos em que são produzidos. As variações
nas formas de família, por exemplo, ou nas maneiras de habitar, de se vestir ou de distribuir os produtos
do trabalho não são gratuitas. Fazem sentido para os agrupamentos humanos que as vivem, são resul-
tado de sua história, relacionam-se com as condições materiais de sua existência. Entendido assim, o
estudo da cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito
e a dignidade nas relações humanas.
santos, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1984. v. 110 (Coleção Primeiros Passos).
2. Com base na leitura dos textos e de acordo com o que você aprendeu até aqui, o que é
cultura juvenil para você?
Valentin de Souza/Fotoarena
década de [19]60. Nessa época, havia uma
feroz discussão nos guetos norte-america-
nos sobre os direitos humanos. Os negros
(marginalizados pela sociedade da época)
articularam-se e começaram a protestar
contra as atrocidades praticadas pelos bran-
cos, influenciados pela luta de grandes líde-
res, como Martin Luther King e grupos que
lutavam por direitos iguais.
O Hip-Hop chegou ao Brasil na década
de [19]80, por intermédio de revistas, equi-
pes de baile e dos discos vendidos na rua
24 de Maio (São Paulo). Os pioneiros do
movimento foram Nelson Triunfo, Thaíde Jovens participam de batalha de break, dança
[…] & DJ Hum, entre outros. Eles dançavam característica do movimento hip-hop.
São Paulo (SP). Foto de 2018.
break na rua e eram perseguidos por comer-
ciantes e policiais. Em 1988, foi lançado um dos primeiros registros fonográficos desse estilo
no país, a coletânea Hip-Hop Cultura de Rua pela gravadora Eldorado.
Num país catalisador de diferentes raças e culturas, o Hip-Hop cresceu e ganhou forças. As
periferias de São Paulo e Rio de Janeiro identificaram-se com o movimento e reinventaram o
Hip-Hop, dando a ele o que faltava, vocabulário brasileiro. Os que procuravam identificar-se com
algo novo abraçaram o Hip-Hop e seu estilo de vida. Desde os bonés de lado e calças largas até
as gírias e danças, tudo importado.
As grandes gravadoras começaram a dar importância ao Rap e ao Hip-Hop, pois perceberam um
novo mercado. O Hip-Hop está crescendo cada dia mais, o que é bom por um lado, mas ruim por
outro. A cultura que um dia foi emergente está virando pop. Compositores, empresários e até mesmo
rappers estão usando o Hip-Hop de um modo totalmente oposto ao inicial. O que antes era para
bater de frente, agora está servindo para alimentar a mesma sociedade que gerou a periferia.
Barroso, Mário Sérgio. Hip-Hop: a nova vítima da indústria cultural. Carta Maior, 3 mar. 2005.
Disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia-e-Redes-Sociais/
Hip-Hop-a-nova-vitima-da-industria-cultural/12/7323. Acesso em: 4 jan. 2020.
1. Onde e em que contexto surgiu o movimento hip-hop e como ele chegou ao Brasil?
2. Com base no texto, quais são os pontos positivos e os negativos da popularização que
ocorreu com o movimento hip-hop por meio da indústria cultural?
3. O break e o rap são alguns dos elementos que formam o movimento hip-hop. Qual a sua
opinião sobre eles?
Pesquisa de opinião
As pesquisas de opinião são muito utilizadas para obter informações sobre
produtos e serviços utilizados pelo público (pesquisa de satisfação), identifi-
car a aceitação de uma marca ou de um negócio (pesquisa de mercado) ou
coletar opiniões sobre os candidatos a eleições (pesquisa eleitoral).
Arquivo/Pimp my Carroça
Objetivos
Entender o que é
Artistas voluntários revitalizam carroças de integrantes de
cooperativismo e
cooperativa de catadores de material reciclável em ação do
conhecer as principais
etapas para criar uma projeto Pimp Nossa Cooperativa. São Paulo (SP). Foto de 2015.
cooperativa-modelo.
Compreender o A foto mostra uma ação do projeto cultural Pimp Nossa Coope-
conceito de economia rativa, no qual voluntários promovem a revitalização do espaço e
solidária.
dos equipamentos de cooperativas de catadores de materiais reci-
Refletir sobre a
importância de cláveis com pintura de grafites e murais. Nos dias de evento, diver-
atividades econômicas sas atividades culturais são oferecidas aos cooperados e aos
solidárias, que membros da comunidade do entorno.
respeitem o meio
ambiente, os Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
trabalhadores e os
direitos humanos. 1. Em sua opinião, o que leva os voluntários a participar do projeto
Pimp Nossa Cooperativa?
2. Que mudanças as ações promovidas trazem para o trabalho e
a vida dos catadores de materiais recicláveis?
3. Você já participou de alguma ação voltada à prestação de ser-
viços para a comunidade onde vive? Em caso positivo, o que
motivou você a participar?
4. Você sabe o que é uma cooperativa? Caso a resposta seja posi-
tiva, explique.
Cooperativismo
O cooperativismo teve origem na organização dos trabalhadores na Inglaterra, no período da Revo-
lução Industrial. Em 21 de dezembro de 1844, em Rochdale, bairro da cidade [de] Manchester, 28 tecelões,
diante do desemprego e dos baixos salários, reuniram-se para, coletivamente, comprarem produtos de
primeira necessidade. Assim, criaram a Associação dos Probos Pioneiros de Rochdale, mais tarde trans-
formada em cooperativa de Rochdale, formada pelo aporte de capital dos trabalhadores, cuja função
inicial era conseguir capital para aumentar o poder de compra coletiva.
Esses tecelões de Rochdale sistematizaram as regras fundamentais a respeito do funcionamento de
cooperativas. A experiência dos trabalhadores da Inglaterra difundiu-se em outros países, como na
França e na Alemanha, principalmente no ramo “crédito”. Mais tarde, o cooperativismo alastrou-se pelo
mundo inteiro. No Brasil, as cooperativas são reconhecidas legalmente como uma das formas de orga-
nização de empreendimentos coletivos.
[…]
Basicamente, o que se procura ao organizar uma cooperativa é melhorar a situação econômica de
determinado grupo de indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo necessidades e objetivos
comuns, que excedam a capacidade de cada indivíduo satisfazer isoladamente. Desse modo, a coope-
rativa pode ser entendida como uma empresa que presta serviços aos seus cooperados.
A cooperativa é, então, um meio para que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos espe-
cíficos, por meio de um acordo voluntário para cooperação recíproca, o que podemos chamar de finali-
dade. Para tanto, a cooperativa atua no mercado desenvolvendo atividades de consumo, produção, crédito,
prestação de serviços e comercialização para seus cooperados.
Cardoso, Univaldo Coelho; Carneiro, Vânia Lúcia Nogueira; rodrigues, Édna Rabêlo Quirino. Cooperativa. Brasília: Sebrae, 2014
(Série Empreendimentos Coletivos). Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/
bds.nsf/65f0176ca446f4668643bc4e4c5d6add/$File/5193.pdf. Acesso em: 4 jan. 2020.
Cooperativa de
produção cultural
Ao longo deste projeto, vocês desenvolveram algumas atividades importantes para formar uma cooperativa. No
Percurso 1, realizaram uma pesquisa e coletaram dados sobre as práticas culturais da comunidade e mapearam os
locais em que existe ou pode existir protagonismo juvenil na criação de oferta cultural. No Percurso 2, os resultados
da pesquisa os levaram a compreender as expectativas da comunidade em relação a uma programação cultural. E
no Percurso 3, refletiram sobre a cooperativa e estabeleceram seus objetivos, a proposta de obtenção e gestão de
recursos. Agora, vocês vão colocar a cooperativa para funcionar e produzir o primeiro evento cultural.
No Brasil, é possível encontrar várias iniciativas semelhantes à cooperativa que vocês vão organizar. A reporta-
gem a seguir trata, por exemplo, da mobilização de vários grupos de jovens para manter coletivos culturais em
Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os coletivos não são necessariamente cooperativas, mas também têm como
fundamento a economia solidária, a produção colaborativa e o envolvimento com a comunidade.
Guilherme Artigas/Fotoarena
Calendário com a
programação de
eventos culturais de
2019 em Paraty (RJ).
Márcio Pannunzio/Fotoarena
critos no plano de continuidade são:
Ao longo do desenvolvimento deste Projeto Integrador, vocês refletiram sobre diversos temas, como identi-
dade, cultura, cultura juvenil, cooperativa, economia solidária; levantaram ainda, por meio de pesquisas, dados
sobre manifestações artísticas e culturais na comunidade e quais são as necessidades, preferências e expec-
tativas de programação cultural da comunidade. O conhecimento adquirido neste projeto levou vocês à implan-
tação de uma cooperativa de produção cultural.
Agora, chegou o momento de avaliar a ação promovida pela turma de diversas maneiras. Primeiro, conversem
sobre todo o processo de realização do projeto. Em seguida, verifiquem como a comunidade local recebeu o
projeto por meio do questionário sugerido. Por fim, respondam, individualmente, às questões propostas na ta-
bela para que cada um reflita sobre o próprio desenvolvimento durante o projeto.
Roda de conversa
Você e os colegas devem se organizar em uma roda 4 Acreditam que a cooperativa contribuiu para promo-
para avaliar o produto desenvolvido, sua pertinência ver os talentos da cultura juvenil da comunidade?
para a comunidade e para o público-alvo, o desempenho
do grupo e do trabalho em equipe. 5 Acreditam que a cooperativa atendeu às expectativas
Façam uma reflexão sobre as questões e exponham da comunidade?
suas ideias de modo claro, objetivo e ético, sempre com
respeito a si mesmo e ao outro, sem preconceitos e pro- 6 Acreditam que a cooperativa melhorou a oferta cul-
movendo os direitos humanos. tural da comunidade?
A discussão pode ser orientada com base nas ques-
7 O grupo executou bem todos os passos para que a
tões a seguir.
cooperativa fosse concluída?
1 Vocês ficaram satisfeitos com o resultado da coope-
rativa de produção cultural? Por quê? 8 Houve comprometimento com o cumprimento dos
prazos, com a execução das tarefas, com as negocia-
2 Em que momento o grupo se sentiu mais desafiado?
ções necessárias?
Qual foi o momento mais prazeroso?
3 Vocês querem que a cooperativa continue operando? 9 O que poderia ser modificado para melhoria na reali-
Por quê? zação deste projeto?
1 2 3 4 5
1. Gostei da proposta de ter uma cooperativa de produção cultural na
comunidade.
Autoavaliação
A autoavaliação é o momento para que você se aproprie das experiências que teve durante a participação no
projeto e pense como elas influenciaram não apenas o produto final, mas também seu desenvolvimento pessoal.
Para isso, promova uma autocrítica e reflita sobre suas aprendizagens, seu envolvimento ao longo do projeto, se
houve descobertas de interesses pessoais a partir da realização do projeto, etc. Utilize a tabela para realizar a
autoavaliação, que pode ser plenamente satisfatória, satisfatória ou insatisfatória.
9. De modo geral, como foi meu desempenho ao longo deste Projeto Integrador?
Chomsky, Noam. Mídia: política propaganda e manipula- Ribeiro, Neide Aparecida. Cyberbullying: práticas e con-
ção. São Paulo: Martins Fontes, 2013. sequências da violência virtual na escola. São Paulo:
Juspodivm, 2019.
O livro debate o controle que a mídia exerce sobre a informa-
ção e as consequências sociais e políticas desse processo. O trabalho investiga a ocorrência do cyberbullying no am-
biente escolar e chama a atenção para as graves conse-
Costa, Antonio Carlos Gomes da; Vieira, Maria Adenil. quências desse fenômeno e a necessidade de professores,
Protagonismo juvenil: adolescência, educação e par- estudantes e familiares não serem indiferentes a ele.
ticipação democrática. São Paulo: FTD, 2006.
Rios, Gilvando Sá Leitão. O que é cooperativismo. São
Com base em debates teóricos e em depoimentos de jovens
Paulo: Brasiliense, 2007 (Coleção Primeiros Passos).
protagonistas, o livro chama a atenção para o potencial
transformador dos adolescentes na sociedade. O livro define o conceito de cooperativismo, caracterizan-
do-o como um modelo alternativo e democrático de or-
Cymbalista, Renato; Feldman, Sarah; Kuhl, Beatriz M. (org.) ganização social.
Patrimônio cultural: memórias e intervenções urba-
nas. São Paulo: Annablume, 2017. 246 p. Rosenberg, Marshall B. Comunicação não violenta: téc-
nicas para aprimorar relacionamentos pessoais e
Com artigos de diversos autores, o livro aborda como o pa-
trimônio cultural se relaciona com a cidade e o papel das profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.
intervenções urbanas nessa relação. A obra apresenta um guia prático e didático para a resolu-
ção de conflitos, o que pode contribuir para o combate à
Instalação. In: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura violência no ambiente escolar e a melhoria das relações
Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível construídas nesse espaço.
em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3648/
instalacao. Acesso em: 3 dez. 2019. Singer, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo:
Texto didático que explica o conceito de instalação para
Fundação Perseu Abramo, 2002.
as artes visuais. A enciclopédia traz também análises de O autor propõe que a atividade econômica seja baseada na
obras e indicações de fontes de pesquisa para o aprofun- cooperação e na solidariedade, como alternativas para a
damento do tema. construção de uma sociedade mais igualitária.
Aprender para transformar relação aos saberes. Esses são elementos funda-
mentais para que os estudantes assumam o pro-
Na Educação Básica, sobretudo no Ensino Mé- tagonismo de suas ações e suas escolhas e se co-
dio, o trabalho interdisciplinar por meio de proje- loquem como agentes de transformação social.
tos é fundamental para alcançar os objetivos de Os projetos integradores propõem uma práti-
aprendizagem e formar cidadãos críticos, éticos ca de ensino-aprendizagem que contextualiza os
e atuantes. Essa modalidade pedagógica tem o conteúdos do currículo escolar, tornando o apren-
potencial de unir teoria e prática, preparando os dizado mais concreto e aplicável no dia a dia, além
estudantes para entender o mundo e interagir de estimular a criatividade e o interesse em trans-
nele com responsabilidade. formar a realidade. Assim, os projetos integrado-
Para colaborar com esse desafio, esta obra reú- res estabelecem uma relação direta entre o con-
ne projetos integradores com foco na área de teúdo das aulas e os conhecimentos demandados
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, que vão pelos jovens no cotidiano, trazendo significado à
possibilitar ao educador conduzir um trabalho pe- aprendizagem e aproximando a escola da reali-
dagógico interdisciplinar alinhado com as ques- dade dos estudantes.
tões do mundo contemporâneo e com as deman- A aprendizagem por projetos tem ainda o po-
das dos jovens do século XXI. tencial de atender às recomendações da Organi-
Tais demandas são pensadas a partir de uma zação das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-
perspectiva sociocultural. Os jovens imprimem cia e a Cultura (Unesco) previstas no relatório
dinâmicas próprias às redes e aos espaços de Educação, um tesouro a descobrir, que reúne os
sociabilidade dos quais fazem parte, conferindo- seguintes objetivos:
-lhes sentido de acordo com suas experiências,
n aprender a conhecer, com o propósito de mo-
suas necessidades e o contexto cultural no qual
tivar nos estudantes o prazer em descobrir e
estão inseridos.
investigar, ajudando-os a compreender que a
aprendizagem é um processo, e não algo que
Diante dos múltiplos olhares sobre juventude, termina em si;
destaca-se a expressão culturas juvenis, que
aponta para os diversos modos, práticas e atitudes
n aprender a fazer, eixo que trabalha autonomia,
experenciadas no cotidiano juvenil, permitindo que criatividade e desenvolvimento de aptidões, a
a dimensão do simbólico seja assumida em sua traje- partir de estratégias inovadoras, não ligadas
tória de vida como um elemento de comunicação apenas à apreensão de conteúdos;
significativa em relação às formas de posiciona- n aprender a conviver, um processo de tomada
mento diante de si mesmo e da sociedade. de consciência dos estudantes sobre o outro e
Silva, Cristiane Rodrigues; Silva, Pâmela Costa da. Juventude a interdependência, reconhecendo semelhan-
e cultura: reflexões acerca das culturas juvenis no currículo
escolar. Artifícios, v. 2, n. 3, p. 10, ago. 2012. ças e diferenças e desenvolvendo o prazer em
trabalhar em equipe;
n aprender a ser, proposta que motiva o aluno a
Assim, os significados atribuídos à juventude e
ser livre para pensar sobre seus atos e para bus-
aos seus modos de ser são muito heterogêneos,
car seu desenvolvimento.
já que comportam distintas trajetórias de vida, prá-
ticas socioculturais e subjetividades. Tendo isso Para alcançar esses objetivos, os projetos da
em vista, a escola tem o importante papel de dia- obra colocam os estudantes diante de situações-
logar com as culturas juvenis, construindo um es- -problema que os convidam a refletir e propor
paço de sociabilidade que valorize a pluralidade de soluções utilizando diferentes competências e
vivências e visões de mundo. habilidades, como a criatividade, a comunicação
O acolhimento das distintas juventudes é po- e o uso de novas tecnologias.
tencializado quando a estrutura curricular é dialó- Os projetos também orientam a elaboração
gica e significativa, uma vez que possibilita aos jo- de um produto final (ação cultural, mídia digital,
vens adotar uma postura crítica e autônoma em etc.), que deve ser construído de modo coletivo
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digi-
tal para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma socie-
dade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle-
xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular
e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar
de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional
e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tec-
nológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes
pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das
relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
3. Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produ-
ção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de al-
ternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo
o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base nacional comum curricular:
educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 570.
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procedimentos diagnósticos
Os processos avaliativos podem ser utilizados
Utilizar instrumentos de avaliação e procedi-
com objetivos diversos: identificar competên-
mentos diagnósticos é fundamental para a orien-
cias e habilidades que os estudantes já têm ao
tação do trabalho do professor e a organização
iniciar uma nova etapa no processo educacional;
de estratégias didáticas. A identificação dos re- verificar as habilidades adquiridas ao longo do
pertórios dos estudantes e o acompanhamento processo e as possíveis dificuldades enfrenta-
de suas trajetórias de aprendizagem permitem das; e identificar todo conhecimento construído
ao educador modular o trabalho com conheci- por um estudante ao longo de um processo, ou
mentos, competências, habilidades, atitudes e seja, a avaliação final. Utilizados conjuntamente,
valores, conforme as características e as deman- esses processos permitem ao educador ter um
das dos alunos. painel preciso sobre que métodos e instrumen-
A construção de aprendizagens significativas tos estão dando resultado e quais precisarão ser
está diretamente relacionada ao acompanha- repensados.
mento diagnóstico e avaliativo, que permite o Esta obra oferece instrumentos de avaliação
direcionamento do processo de ensino e apren- e procedimentos diagnósticos em diferentes
dizagem. Com esse mecanismo, o educador po- oportunidades, que podem ser adaptados de
de identificar os diferentes perfis dos estudan- acordo com as necessidades de aprendizagem
tes das turmas, realizando um diagnóstico e o perfil da escola e dos estudantes. A abertura
constante e cumulativo do progresso e das difi- do projeto e a abertura do percurso permitem um
culdades deles. O projeto didático pode, desse primeiro contato com o repertório dos estudan-
modo, ser revisitado e aperfeiçoado conforme tes acerca dos temas que serão trabalhados e
as necessidades. que podem conduzir estratégias pedagógicas.
O trabalho com projetos facilita o processo de As atividades são um instrumento de acompa-
avaliação de modo contínuo, processual e cumu- nhamento de aprendizagem, já que demandam
lativo, pois permite que o educador seja media- que os estudantes reflitam sobre situações e
dor de vivências pedagógicas que consideram apliquem conceitos trabalhados no percurso.
os diferentes níveis de aprendizagem e que pro- Também permitem a observação das atitudes
piciam aos jovens o protagonismo na aquisição dos estudantes, sobretudo em atividades que
dos saberes. envolvem a discussão e o trabalho em equipe,
Sobre o tema, o pedagogo espanhol Antoni dando oportunidade ao educador de verificar se
Zabala reflete: há respeito, empatia e comprometimento.
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Competências
Competências específicas de
Número
Tema Situação- gerais da Ciências Humanas
do Produto final
integrador -problema Educação e Sociais Aplicadas
projeto
Básica (CECHSA) e suas
habilidades
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gov.br/. Acesso em: 22 jan. 2020. projetos: levando a prática para o ensino de Ciên-
Documento elaborado pelo Ministério da Educação, cias. In: congresso nAcionAl de educAção (educere),
conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da curitiBA, 2017. Disponível em: https://educere.bruc.
Educação Nacional, de 1996. Estabelece os conheci- com.br/arquivo/pdf2017/23884_11929.pdf.
mentos, as competências e as habilidades que se es- Acesso em: 23 jan. 2020.
pera que todos os estudantes desenvolvam em todas O artigo apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre
as etapas da Educação Básica. a metodologia de ensino por projetos.
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PROJETO 1
STEAM
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2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,
a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
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Habilidades em destaque
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com
vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores,
crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e
no espaço.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais,
incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
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Resposta à atividade
PERCURSO 3Como desenvolver uma
experiência de educação patrimonial 1. Espera-se que os estudantes mencionem que
por meio de audioguias? o audioguia precisa apresentar informações
básicas sobre a história e os aspectos cultu-
Página 22 rais do lugar, a fim de contextualizá-lo. Auxi-
n Neste percurso, os estudantes vão refletir so- lie-os a sistematizar essas informações e a
bre o papel dos audioguias e ter contato com o utilizar a criatividade na utilização de músicas
modo de fazê-los: elaborar roteiros, captar e e entrevistas.
gravar sons e aprender princípios de edição Página 24
desses recursos.
n Os estudantes devem buscar soluções para
n Caso você ainda não tenha tido contato com compor as informações no roteiro, de modo que
esse tipo de linguagem e mídia, pode fazê-lo elas sejam transmitidas de maneira clara. Vale
com os estudantes e outros professores. destacar que, como os textos são sonoros, de-
Respostas às atividades vem ser priorizados períodos curtos e uma lin-
guagem de fácil compreensão.
1. Resposta pessoal. É possível que os estudantes
mencionem que pesquisam informações do n Os trechos de entrevistas e as vinhetas devem
lugar que vão visitar no site da prefeitura, em prender a atenção do ouvinte, instigando sua
blogs de turismo, em material educativo de curiosidade. Ressalte a importância de os estu-
museus e institutos culturais, em conversas dantes respeitarem os direitos autorais e orien-
com conhecidos, entre outras possibilidades. te-os a buscar músicas em sites gratuitos.
2. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a n Se julgar pertinente, sugira que elaborem tex-
relatar suas experiências. Você pode tomar tos para serem interpretados, com base nas
como base questões como: “Que informações entrevistas e nos dados coletados. Isso pode
foram disponibilizadas no material com que ser uma boa solução para caracterizar um con-
vocês tiveram contato? Se não tiveram essa texto histórico, por exemplo.
experiência, como imaginam que seja?”. n Utilize o modelo de roteiro disponibilizado na
3. Estimule a curiosidade dos estudantes. Solicite página do Livro do Estudante ou solicite aos es-
a eles que imaginem jeitos dinâmicos e intera- tudantes que busquem outras estratégias para
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Os problemas que envolvem uma comunidade garantiu direitos à sociedade brasileira no campo
dizem respeito a todos que fazem parte dela, e é das políticas públicas, incluindo a participação
importante que cada integrante dessa comunida- dos cidadãos na elaboração dessas políticas e no
de se sinta responsável por resolvê-los. controle de sua execução em âmbito local.
Estabelecendo um diálogo com essas ques- Assim, a nova Constituição ampliou os instru-
tões, este Projeto Integrador mobiliza formas mentos de participação política, com possibilida-
conscientes de construir uma ação para intervir des concretas de inclusão social nos espaços
em problemas e desafios presentes na comuni- institucionais de gestão das políticas públicas.
dade onde os estudantes vivem. A proposta Nesse contexto, setores ligados à educação pas-
é que os estudantes possam distinguir, depurar saram a discutir como a escola poderia colaborar
e compreender esses desafios e, assim, enfren- com a formação de jovens engajados na vida pú-
tá-los. Dessa forma, este Projeto Integrador bus- blica. Um dos pioneiros nessa discussão foi o
ca incentivar os jovens a serem protagonistas e educador Antonio Carlos Gomes da Costa, que
a descobrirem formas de agir para melhorar sua define, no texto a seguir, o significado da expres-
comunidade. são protagonismo juvenil:
É importante que os estudantes compreen-
dam, desde cedo, que seus projetos de vida têm, Ao nos perguntarmos acerca do tipo de jovem que
necessariamente, impacto na comunidade onde queremos formar, concluímos que é aquele autônomo,
vivem. Por isso, é fundamental que eles cons- solidário, competente e participativo. Refletindo sobre
truam seus projetos de forma consciente, esta- essa questão, surgiu-nos a ideia de protagonismo
belecendo relações com a melhoria da qualidade juvenil, conceito que veio preencher uma lacuna
de vida de outras pessoas. teórico-prática nesse campo.
Este Projeto Integrador pode ser liderado por […]
O centro da proposta é que, através da participação
qualquer professor da área de Ciências Humanas
ativa, construtiva e solidária, o adolescente possa
e Sociais Aplicadas que tenha interesse em
envolver-se na solução de problemas reais na escola,
conduzir o planejamento e a execução de uma na comunidade e na sociedade.
ação cultural, pois os temas desenvolvidos são de […]
domínio de todas as disciplinas da área. O profes- No interior dessa concepção, o educando emerge
sor atuará como mediador nesse processo de como fonte de iniciativa (na medida em que é dele
aprendizagem, sendo responsável por oferecer que parte a ação), de liberdade (uma vez que na raiz
mentoria e apoio aos estudantes. Além disso, o de suas ações está uma decisão consciente) e de
educador deve estar atento aos interesses e às compromisso (manifesto na sua disposição em
responder por seus atos).
dificuldades dos jovens, e, sempre que possível,
Assim, quando o adolescente, individualmente
deve buscar trabalhar com colegas de outras
ou em grupo, se envolve na solução de problemas
áreas do conhecimento. reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade
e compromisso, temos diante de nós um quadro de
Abordagem teórico-metodológica participação genuína no contexto escolar ou socio-
comunitário, o qual pode ser chamado de protago-
A Constituição de 1988 refletiu algumas das nista juvenil.
conquistas dos movimentos sociais e, assim,
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6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e
ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
Habilidades em destaque
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e
problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os
Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais,
históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de
indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Habilidades em destaque
(EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e
fraternidade, identificar os progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades
contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes
espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e cada indivíduo.
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na análise de
documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os problemas
identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos
e promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
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Orientações didáticas
Cronograma
Abertura
Para o desenvolvimento deste Projeto Integra-
dor, você vai precisar de 12 encontros, ao longo Páginas 32 e 33
de um trimestre. A pesquisa de campo, a imple- n Para o trabalho inicial com o projeto, sugerimos
mentação da ação cultural e a apresentação do que a sala seja organizada em círculo, permitin-
portfólio à comunidade serão desenvolvidas fora do que todos possam ficar frente a frente. Inicie
do horário das aulas, e por isso não estão conta- a conversa com os estudantes explicando que
bilizadas. Sua realização, contudo, deve ser pla- eles vão participar de um projeto integrador
nejada para ocorrer em intervalos entre algumas com duração de um trimestre, cujo objetivo é
das aulas. Se julgar pertinente, também devem desafiá-los a assumir o papel de protagonistas.
ser previstos diálogos e atividades com profes- No desenvolvimento do projeto, os estudantes
sores de outras áreas. Todos os professores en- vão conhecer várias experiências de jovens pro-
volvidos no projeto devem participar do planeja- tagonistas que estão fazendo a diferença em
mento do cronograma. suas comunidades.
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Outras fontes
n Neste tópico, os estudantes deverão criar uma Buzan, Tony. Dominando a técnica dos mapas mentais.
estratégia de divulgação para mobilizar a comu- São Paulo: Cultrix, 2019.
nidade. Levante os conhecimentos prévios de-
Esse livro, sobre técnicas de elaboração de mapas
les, perguntando o que eles entendem por mo- mentais, pode auxiliar no planejamento e na execução
bilização social e com quais estratégias de do projeto.
mobilização já tomaram contato.
n É necessário que os estudantes compreen-
dam que é preciso criar ações específicas de PRODUTO FINAL Ação cultural na
comunicação para subsidiar as ações relativas comunidade
ao engajamento social da população, que pro-
movam a boa interação entre os grupos e a Páginas 46 a 49
formação de relações solidárias para o cum- n Ao conduzir a criação do canal de divulgação,
primento dos objetivos do projeto. São exem- de modo que ele colabore para a efetivação da
plos: ações que esclareçam dúvidas e que ação cultural, é importante esclarecer aos es-
difundam conhecimento. Também é interes- tudantes a importância de utilizar diferentes
sante adotar ações que enfatizem a conexão meios de comunicação, pois cada um tem po-
com os diferentes públicos-alvo envolvidos na tencial para atingir determinado público. Pes-
ação cultural. quisar quais são os canais de comunicação que
n Os estudantes devem exercitar a criatividade a comunidade mais utiliza para obter informa-
e buscar coletivamente soluções que respon- ções locais é extremamente relevante nesse
dam aos desafios propostos. Após definirem o caso. Fazer um levantamento a respeito do uso
público-alvo e os recursos que serão utilizados, desses canais pode ser uma boa estratégia.
peça a eles que criem um slogan e um título n Para a implementação e o monitoramento da
para a ação. É interessante que a comunidade ação cultural, solicite aos estudantes que te-
também possa participar, dando sugestões. nham em mãos o plano de ação que elaboraram
n Oriente os estudantes a sistematizar todas as no percurso anterior, para fazerem um checklist
informações do plano de ação em um mapa de todas as atividades elencadas. Se necessário,
mental. Como se trata de representar por meio eles podem redefinir algumas estratégias ou os
de fluxogramas os passos para a resolução de responsáveis pelas ações.
uma problema, a atividade de criar o mapa men- n Certifique-se de que os estudantes entenderam
tal da ação e do plano de divulgação é uma for- o que é um portfólio e os formatos em que ele
ma de introduzir com os estudantes o trabalho pode ser construído: blog, página em rede social,
com pensamento computacional. apresentação digital, cartazes, livro, etc. Se pos-
n É fundamental que os responsáveis pelas ativi- sível, mostre a eles exemplos de portfólios.
dades estejam definidos e o cronograma este- n Apresente o passo a passo da construção do
ja organizado. Para esse planejamento, é inte- portfólio e peça aos estudantes que se organi-
ressante levar em consideração os diferentes zem segundo suas afinidades para construí-lo.
perfis de estudantes, valorizando interesses e Aqueles que conhecem melhor as ferramentas
afinidades na divisão de tarefas. de edição de imagens e vídeos podem, por exem-
n Caso os estudantes tenham dificuldade na plo, se dedicar ao making of ou ao tratamento
sistematização de informações, é possível tra- das imagens; os que têm mais afinidade com a
balhar com eles alguns exercícios prévios de escrita podem se dedicar à elaboração dos textos
elaboração de mapas mentais, como o apre- e à sua revisão; os que sabem lidar com editores
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5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
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Habilidades em destaque
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com
vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos,
econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de
diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos,
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais,
incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
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7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito
ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial
em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a
compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando
decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Habilidade em destaque
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos,
econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de
diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos,
gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações
de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
Habilidade em destaque
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de
localização, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o
raciocínio geográfico.
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Habilidades em destaque
(EM13CHS501) Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços, identificando processos
que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a cooperação, a autonomia, o
empreendedorismo, a convivência democrática e a solidariedade.
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e
problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam
os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Habilidade em destaque
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na análise de
documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os problemas
identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos
e promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
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4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –,
bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial
em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a
compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando
decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Habilidade em destaque
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais,
incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Habilidade em destaque
(EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade
e fraternidade, identificar os progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades
contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes
espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e de cada indivíduo.
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Leitura e
discussão do texto
Materiais Percurso 1
e realização das
2
atividades.
O desenvolvimento de uma mídia social depen-
de, em primeiro lugar, de um suporte ou meio que
Leitura e
possibilite a comunicação de textos, áudios, vídeos discussão do texto
ou imagens. Nesse sentido, é necessário que os Percurso 2 3
e realização das
estudantes tenham acesso a alguns suportes tec- atividades.
nológicos, como smartphone, computador, máqui-
na fotográfica, caixas de difusão sonora, meios de Leitura e
discussão do texto
impressão e de reprodução de textos. Percurso 3
e realização das
3
Contudo, esses materiais não são todos neces- atividades.
sários, ou seja, é possível criar uma mídia social
tendo acesso a apenas um deles. Caso um grupo Organização dos
de estudantes opte, por exemplo, por desenvolver grupos e
2
planejamento da
um jornal impresso, o acesso a uma máquina foto- pesquisa.
gráfica ou smartphone com câmera será mais do
que suficiente, mas o acesso a papel e impressora Produto final Realização das
será essencial. Caso um grupo opte por construir entrevistas,
uma mídia social com o recurso das novas mídias, organização e
2
edição,
então deverá ter acesso a um smartphone ou a um
construção das
computador conectados à rede mundial de com- mídias sociais.
putadores. Os materiais necessários, portanto, po-
dem variar conforme o tipo de mídia social que os Roda de conversa,
grupos decidam produzir. apresentação dos
O uso de equipamentos de áudio e vídeo preci- resultados da
Avaliação 1
pesquisa feita
sa ser feito com cautela. Instrua os estudantes a com a comunidade
respeito dos constrangimentos legais que podem e autoavaliação.
implicar o mau uso das mídias.
O desenvolvimento do produto final depende
de muitos recursos que os estudantes encontra-
rão na internet. Nesse sentido, oriente-os quanto
Orientações didáticas
a procedimentos de busca na rede, indicando sites Abertura
e métodos de pesquisa.
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3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artísticocultural.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
8. Conhecerse, apreciarse e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendose na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial
em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a
compreender e posicionarse criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando
decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Habilidades em destaque
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores,
crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e
no espaço.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais,
incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
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Habilidades em destaque
(EM13CHS303) Debater e avaliar o papel da indústria cultural e das culturas de massa no estímulo ao consumismo, seus
impactos econômicos e socioambientais, com vistas à percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo e à
adoção de hábitos sustentáveis.
(EM13CHS304) Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de
empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas práticas, selecionando, incorporando e promovendo aquelas que
favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel
dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
Habilidades em destaque
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas
distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do
tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos
históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em consideração, na
atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Habilidade em destaque
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na análise de
documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os problemas
identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e
promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
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1. Michael Pollak: imagem de si; representação 1. Conforme Roberto DaMatta, cultura é a maneira
percebida pelos outros. de viver de um grupo, uma sociedade, um país
ou uma pessoa; é um mapa, um receituário, um
Roque de Barros Laraia: modo de ver o mundo;
código segundo o qual as pessoas de um dado
apreciações de ordem moral, valorativa, compor-
grupo pensam, classificam, estudam e modi-
tamentos; posturas corporais; herança cultural.
ficam o mundo e a si mesmas. Para José Luiz dos
Manuel Castells: produto da cultura/construção Santos, a cultura expressa toda a riqueza, reali-
fornecida pela história, geografia, biologia, ins- dade, complexidade e multiplicidade de formas
tituições, memória coletiva, etc.; processada de existência, assim como as características que
pelos indivíduos, grupos sociais e sociedade, unem e diferenciam os agrupamentos humanos.
que organizam seu significado em função de
2. Resposta pessoal. Cultura juvenil pode ser com-
tendências sociais e projetos culturais; visão
preendida como uma espécie de gênero cul-
tempo/espaço.
tural. As culturas juvenis destacam aspectos
Stuart Hall: identidades não são unificadas; são específicos da cultura mais geral na qual se
contraditórias; as identidades são continua- inserem. Isto é, “modos de sentir, celebrar,
mente deslocadas. pensar e atuar sobre o mundo” podem ser rea-
lizados de um modo particular pelos jovens.
2. Resposta pessoal. Garanta que todos os estu-
Muitos estudos feitos com e sobre jovens des-
dantes tenham a oportunidade de se posicionar
tacam algumas dessas particularidades, sobre-
e participar da construção coletiva da definição
tudo relacionadas às formas como acontece a
de identidade.
socialização. Entre elas, destacam-se o desejo
Página 127 de mobilidade dos jovens (caminhar e transitar
n Se achar conveniente, leia coletivamente o texto pelos espaços e pela cidade), a aglutinação em
da página, em que se reforça a ideia desenvolvida grupos, engajamento em atividades que prio-
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Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Edu- Corrêa, Cecília Araújo Rabelo et al. A sociedade da
cação Básica. Base nacional comum curricular: informação e do conhecimento e os estados bra-
educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Dis- sileiros. Informação & Informação, Londrina, v. 19,
ponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov. n. 1, p. 31-54, jan./abr. 2014. Disponível em: http://
br/. Acesso em: 22 jan. 2020. www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/
Documento elaborado pelo Ministério da Educação, con- article/view/12176/14206. Acesso em: 28 jan. 2020.
forme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação O artigo investiga a participação do Brasil na chamada
Nacional, de 1996. Estabelece os conhecimentos, as Sociedade da Informação e do Conhecimento (SIC) em
competências e as habilidades que se esperam que to- relação a outros países. Além disso, os autores também
dos os estudantes desenvolvam em todas as etapas da debatem as consequências da desigualdade no desen-
Educação Básica. volvimento econômico interno do Brasil no que diz
respeito à SIC.
Brown, Tim. Design thinking: uma metodologia po-
derosa para decretar o fim das velhas ideias. São Garofalo, Débora. Como as metodologias ativas fa-
Paulo: Alta Books, 2018. vorecem o aprendizado. Nova Escola, 25 jun. 2018.
O livro trabalha com o conceito de design thinking, que Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/
preconiza a resolução de problemas de maneira inova- 11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-
dora e criativa. o-aprendizado. Acesso em: 27 dez. 2019.
O texto faz uma abordagem crítica sobre a importância
Carrano, Paulo César Rodrigues. Juventudes e cida-
de trabalhar com metodologias ativas em sala de aula,
des educadoras. Petrópolis: Vozes, 2003. incentivando os alunos a aprender de forma autônoma
O livro aborda como os espaços da escola e da cidade e participativa.
são educativos, abrangendo as relações sociais entre
os jovens e os lugares onde vivem. Também leva os edu- maChado, Clarissa da Silva. Ensino de arte contempo-
cadores a reconhecer os jovens como sujeitos de seu rânea na atualidade. Revista de Educação, Ciência
próprio processo de conhecimento e transformação. e Cultura, Canoas, v. 18, n. 2, p. 49-54, jul./dez. 2013.
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PROJETOS INTEGRADORES
MANUAL DO PROFESSOR
PROJETOS INTEGRADORES
CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS APLICADAS
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ENSINO MÉDIO
ISBN 978-85-418-2745-4