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NP

Norma EN ISO 9227


2014
Portuguesa
Ensaios de corrosão em atmosferas artificiais
Ensaios de nevoeiro salino
(ISO 9227:2012)
Essais de corrosion en atmosphères artificielles
Essais aux brouillards salins
(ISO 9227:2012)

Corrosion tests in artificial atmospheres


Salt spray tests
(ISO 9227:2012)

ICS HOMOLOGAÇÃO
77.060 Termo de Homologação n.º 81/2014, de 2014-05-13
Esta Norma anula e substitui a NP EN ISO 9227:2011 (Ed. 1)

CORRESPONDÊNCIA
Versão portuguesa da EN ISO 9227:2012 ELABORAÇÃO
CT 43 (RINAVE)

EDIÇÃO
2014-05-15

CÓDIGO DE PREÇO
X007

 IPQ reprodução proibida

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Rua António Gião, 2
2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel + 351 21 294 81 00 Fax + 351 21294 81 01


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN ISO 9227:2012, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2012-09-26 (Termo de
Adoção nº 994/2012 de 2012-09-26.
Esta versão portuguesa foi preparada pela CT 43, coordenada pelo Organismo de Normalização Sectorial,
RINAVE – Bureau Veritas Rinave, Lda. (ONS/RINAVE).
NORMA EUROPEIA EN ISO 9227
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENN
EUROPEAN STANDARD maio 2012

ICS: 77.060 Substitui a EN ISO 9772:2006

Versão portuguesa
Ensaios de corrosão em atmosferas artificiais
Ensaios de nevoeiro salino
(ISO 9227:2012)

Korrosionsprüfungen in Essais de corrosion en Corrosion tests in artificial


Künstlichen Atmosphären atmosphères artificielles atmospheres
Salzsprühnebelprüfungen Essais aux brouillards salins Salt spray tests
(ISO 9227:2012) (ISO 9227:2012) (ISO 9227:2012)

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 9227:2012, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2012-05-14.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países
Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2012 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN ISO 9227:2012 Pt


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Sumário Página

Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2 

Preâmbulo ................................................................................................................................................ 6 

Nota de endosso ........................................................................................................................................ 6 

Introdução ................................................................................................................................................ 7 

1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................ 8 

2 Referências normativas ........................................................................................................................ 8 

3 Soluções de ensaio ................................................................................................................................. 9 

4 Aparelhos e utensílios ........................................................................................................................... 10 

4.1 Proteção dos componentes ................................................................................................................... 10 

4.2 Câmara de nevoeiro salino................................................................................................................... 10 

4.3 Aquecimento e controlo de temperatura .............................................................................................. 10 

4.4 Dispositivo de nebulização .................................................................................................................. 10 

4.5 Colectores ............................................................................................................................................ 11 

4.6 Reutilização ......................................................................................................................................... 11 

5 Método de avaliação da corrosividade na câmara ............................................................................. 12 

5.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 12 

5.2 Ensaio NSS .......................................................................................................................................... 12 

5.3 Ensaio AASS ....................................................................................................................................... 13 

5.4 Ensaio CASS ....................................................................................................................................... 15 

6 Provetes de ensaio ................................................................................................................................. 16 

7 Disposição dos provetes de ensaio ....................................................................................................... 16 

8 Condições operacionais ........................................................................................................................ 17 

9 Duração dos ensaios.............................................................................................................................. 18 

10 Tratamento de provetes depois de ensaio ......................................................................................... 18 


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11 Avaliação dos resultados ..................................................................................................................... 18 

12 Relatório de ensaio .............................................................................................................................. 19 

Anexo A (informativo) Representação esquemática de um modelo possível de câmara de


nevoeiro salino munida de meios de tratamento da exaustão do nevoeiro e de drenagem da água
residual ...................................................................................................................................................... 21 

Anexo B (informativo) Método complementar para avaliação da corrosividade na câmara


utilizando provetes de referência de zinco ............................................................................................. 23 

Anexo C (normativo) Preparação de provetes com revestimentos orgânicos para ensaio.................. 25 

Anexo D (normativo) Informação suplementar requerida para ensaio de provetes com


revestimentos orgânicos ........................................................................................................................... 26 

Bibliografia ............................................................................................................................................... 27 


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Preâmbulo
A presente Norma (EN ISO 9227:2012) foi elaborada pelo Comité Técnico ISO/TC 156 “Corrosion of
metals and alloys” em colaboração com o Comité Técnico CEN/TC 139 “Paints and varnishes”, cujo
secretariado é assegurado pelo DIN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em novembro de 2012, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas, o mais tardar em novembro de 2012.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
Esta Norma substitui a EN ISO 9227: 2006.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre,
Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino
Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

Nota de endosso
O texto da presente Norma Internacional ISO 9227:2012 foi aprovado pelo CEN como norma europeia sem
qualquer modificação.
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Introdução
Raramente existe uma relação direta entre a resistência à ação do nevoeiro salino e a resistência à corrosão
em outros meios, uma vez que vários fatores que influenciam o progresso da corrosão, tal como a formação
de películas protetoras, variando consideravelmente com as condições encontradas. Por isso, os resultados
dos ensaios não deverão ser considerados como uma indicação direta da resistência à corrosão de materiais
metálicos em todos os meios onde eles possam ser utilizados. Também, o comportamento de diferentes
materiais, durante o ensaio não deverá ser considerado como uma indicação direta da sua resistência à
corrosão em serviço.
Contudo, o método descrito fornece um meio de controlo para que a qualidade relativa de um material
metálico, com ou sem proteção anticorrosiva, seja mantida.
Os ensaios de nevoeiro salino são geralmente adequados como ensaios de avaliação da proteção
anticorrosiva, para análise rápida de descontinuidades, poros e danos em revestimentos orgânicos e
inorgânicos. Adicionalmente, para efeitos de controlo de qualidade, a comparação pode ser feita entre
provetes com o mesmo tipo de revestimento. Porém, como ensaios de comparação, os ensaios de nevoeiro
salino são somente adequados se os revestimentos forem de natureza suficientemente similar.
Muitas vezes, não é possível utilizar os resultados obtidos nos ensaios de nevoeiro salino como referência
para verificar o comportamento a longo prazo de diferentes revestimentos, porque as condições de
corrosividade durante estes ensaios diferem significativamente das encontradas na prática.
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1 Objetivo e campo de aplicação


A presente Norma especifica os aparelhos e utensílios, os reagentes e o procedimento para a realização dos
ensaios de nevoeiro salino neutro (NSS), nevoeiro salino acético (AASS) e nevoeiro salino cupro-acético
(CASS) para avaliar a resistência à corrosão de materiais metálicos, com ou sem proteção anticorrosiva
permanente ou temporária.
Também descreve o método para avaliar a corrosividade do ambiente da câmara de ensaio.
Não especifica as dimensões dos provetes, o período de exposição a ser usado para um determinado produto,
nem a interpretação dos resultados. Esses aspetos estão indicados nas especificações apropriadas do produto.
Os ensaios de nevoeiro salino são particularmente úteis para detetar descontinuidades, tais como poros e
outros defeitos em certos revestimentos metálicos, orgânicos, de óxidos anódicos e de conversão.
O ensaio de nevoeiro salino neutro é o método de ensaio no qual uma solução de cloreto de sódio a 5 % na
gama de pH entre 6,5 e 7,2 é atomizada numa atmosfera controlada. Aplica-se a:
 metais e suas ligas,
 revestimentos metálicos (anódicos e catódicos),
 revestimentos de conversão,
 revestimentos de óxidos anódicos, e
 revestimentos orgânicos sobre materiais metálicos.
O ensaio de nevoeiro salino acético é o método de ensaio no qual uma solução de cloreto de sódio a 5% com
adição de ácido acético glacial na gama de pH entre 3,1 e 3,3 é atomizada numa atmosfera controlada. É
especialmente útil para ensaiar revestimentos decorativos de cobre + níquel + crómio ou níquel + crómio.
Também se tem verificado ser adequado para ensaiar revestimentos anódicos sobre alumínio.
O ensaio de nevoeiro salino cupro-acético é método de ensaio no qual uma solução de cloreto de sódio a 5%
com adição de cloreto de cobre e ácido acético glacial na gama de pH entre 3,1 e 3,3 é atomizada numa
atmosfera controlada. É útil para ensaiar revestimentos decorativos de cobre + níquel + crómio ou
níquel + crómio. Também se tem verificado ser adequado para ensaiar revestimentos anódicos sobre
alumínio.
Os métodos de nevoeiro salino são todos apropriados para verificar que é mantida a qualidade relativa de um
material metálico, com ou sem proteção anticorrosiva. Não se pretende que sejam usados em ensaios
comparativos para classificar tipos de materiais diferentes no que respeita à resistência à corrosão.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para as referências
datadas aplica-se a edição citada. Para as referências não datadas aplica-se a última edição do documento
referenciado (incluindo as emendas).
ISO 1514 Paints and varnishes – Standard panels for testing
ISO 2808 Paints and varnishes – Determination of film thickness
ISO 3574 Cold-reduced carbon steel sheet of commercial and drawing qualities
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ISO 8407 Corrosion of metals and alloys – Removal of corrosion products from corrosion
test specimens
ISO 17872 Paints and varnishes – Guidelines for the introduction of scribe marks through
coatings on metallic panels for corrosion testing

3 Soluções de ensaio

3.1 Preparação da solução de cloreto de sódio


Dissolver uma massa suficiente de cloreto de sódio em água destilada ou desionizada com uma
condutibilidade não superior a 20 S/cm a 25 ºC  2 ºC, de modo a obter uma concentração de
50 g/L  5 g/L. A concentração de cloreto de sódio da solução coletada, após nebulização, deve ser
50 g/L  5 g/L. A variação da massa volúmica de uma solução de 50 g/L  5 g/L é 1,029 a 1,036 a 25 ºC.
O cloreto de sódio deve conter menos do que 0,001 % em massa de cobre e menos do que 0,001 % em massa
de níquel, quando determinado por espetrofotometria por absorção atómica ou outro método analítico de
sensibilidade similar. Não deve conter mais do que 0,1 % em massa de iodeto de sódio, ou mais do que
0,5 % em massa no total das impurezas calculadas a partir do sal seco.
NOTA: Se o pH da solução preparada a 25 ºC  2 ºC estiver fora do intervalo entre 6,0 e 7,0, investigar a presença de
impurezas indesejáveis no sal e/ou na água.

3.2 Ajuste do pH

3.2.1 pH da solução salina


Ajustar o pH da solução salina ao valor desejado com base no pH da solução nebulizada coletada.

3.2.2 Ensaio NSS


Ajustar o pH da solução salina (3.1) de modo a que o pH da solução nebulizada coletada no interior da
câmara de ensaio (4.2) esteja entre 6,5 e 7,2 a 25 ºC  2 ºC. Controlar o pH usando medidas eletrométricas
ou em controlos de rotina, com um papel indicador de pH de gama estreita, que pode dar leituras com
incrementos de 0,3 unidades de pH ou menos. Fazer as correções necessárias juntando ácido hidrolorídrico,
hidróxido de sódio ou solução de hidrogenocarbonato de sódio de grau analítico.
Poderá haver variações de pH devido a perdas de dióxido de carbono no momento da nebulização da
solução. Estas variações poderão ser evitadas por redução do teor de dióxido de carbono na solução, p. ex.,
aquecendo-a a uma temperatura superior a 35 ºC antes de a colocar na câmara, ou preparando a solução com
água recentemente fervida.

3.2.3 Ensaio AASS


Juntar uma quantidade suficiente de ácido acético glacial à solução salina (3.1) para garantir que o pH das
amostras coletadas da solução nebulizada na câmara de ensaio (4.2) esteja entre 3,1 e 3,3. Se o pH da solução
inicialmente preparada estiver entre 3,0 e 3,1, é provável que o pH da solução nebulizada esteja dentro dos
limites especificados. Verificar o pH usando uma medição eletrométrica a 25 ºC ± 2 ºC, ou em controlos de
rotina, com um papel indicador de pH de gama estreita, que pode dar leituras com incrementos menores ou
iguais a 0,1 unidades de pH. Fazer qualquer correção necessária adicionando ácido acético glacial ou
hidróxido de sódio de grau analítico.
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3.2.4 Ensaio CASS


Dissolver uma massa suficiente de cloreto de cobre (II) di-hidratado (CuCl2.2H2O) na solução salina (3.1)
para obter uma concentração de 0, 26 g/L ± 0,02 g/L [equivalente a (0,205 ± 0,015) g de CuCl2 por litro].
Ajustar o pH usando os procedimentos descritos em 3.2.3.

3.3 Filtração
Se necessário, filtrar a solução antes de a colocar no reservatório da câmara, para remover qualquer matéria
sólida que possa bloquear as saídas dos nebulizadores.

4 Aparelhos e utensílios

4.1 Proteção dos componentes


Todos os componentes em contacto com a solução de ensaio ou nebulizada, devem ser feitos de/ou
revestidos com, materiais resistentes à corrosão pela solução nebulizada, e que não influenciem a
corrosividade das soluções de ensaio nebulizadas.

4.2 Câmara de nevoeiro salino


A câmara deve ser tal, que assegure condições de homogeneidade e de distribuição do nevoeiro. As partes
superiores da câmara devem ser concebidas de modo a que as gotas da solução condensadas na sua superfície
não pinguem sobre os provetes em ensaio.
A dimensão e forma da câmara devem ser tais, que o caudal de solução coletada dentro da câmara, esteja
entre os limites especificados no Quadro 2, medido como especificado em 8.3.
Preferencialmente, o aparelho deve ter meios para tratar adequadamente o nevoeiro depois do ensaio, antes
de o libertar para o exterior por razões ambientais, e também para drenar a água antes de a descarregar no
sistema de esgotos.
NOTA: O Anexo A mostra um diagrama esquemático de um possível desenho de câmara de nevoeiro salino.

4.3 Aquecimento e controlo de temperatura


Um sistema apropriado deve manter a câmara e o seu conteúdo na temperatura especificada (ver Quadro 2).
A temperatura deve ser medida a pelo menos 100 mm das paredes.

4.4 Dispositivo de nebulização


O dispositivo de nebulização da solução salina compreende uma fonte de alimentação de ar limpo, de
humidade e pressão controladas, um reservatório para conter a solução a ser nebulizada, e um ou mais
nebulizadores.
O ar comprimido fornecido aos nebulizadores deve ser filtrado para remover todos os vestígios de óleo ou
matéria sólida, a uma sobrepressão de 70 kPa1) a 170 kPa. A pressão deverá ser 98 kPa ± 10 kPa.

1)
1 kPa = 1 kN/m2 = 0,01 atm = 0,01 bar = 0,145 psi.
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NOTA: Os bicos nebulizadores podem ter uma “pressão crítica” para a qual ocorre um aumento anómalo da
corrosividade do nevoeiro salino. Se a “pressão crítica” de um bico não tiver sido estabelecida com exatidão,
controlar as flutuações de pressão do ar a  0,7 kPa, instalando uma válvula reguladora de pressão adequada, que
minimize o risco do bico funcionar à sua “pressão crítica”.
A fim de se evitar a evaporação da água das gotículas nebulizadas, o ar deve ser humidificado antes de entrar
no nebulizador por passagem através de uma torre de saturação contendo água quente destilada ou
desionizada, aquecida a uma temperatura superior em 10 ºC à da câmara. A temperatura adequada depende
da pressão usada e do tipo do bico nebulizador, e deve ser regulada de modo a manter o caudal de recolha e a
concentração da solução nebulizada na câmara dentro dos limites especificados (ver 8.3). No Quadro 1, são
indicados valores de referência para a temperatura da água quente na torre de saturação a diferentes pressões.
O nível da água deve ser mantido automaticamente para garantir a humidificação adequada.

Quadro 1 – Valores de referência para a temperatura da água quente na torre de saturação


Sobrepressão de Valores de referência para a temperatura, em ºC, da água quente na torre de
nebulização saturação para os diferentes ensaios de nevoeiro salino
Nevoeiro salino neutro (NSS) e Nevoeiro salino cupro-acético
kPa
nevoeiro salino acético (AASS) (CASS)
70 45 61
84 46 63
98 48 64
112 49 66
126 50 67
140 52 69

Os nebulizadores devem ser feitos de material inerte. Poderão ser usados defletores para evitar um impacto
direto da solução nebulizada sobre os provetes, e a utilização de defletores reguláveis pode ser útil para obter
uma distribuição uniforme do nevoeiro dentro da câmara. Para esta finalidade poderá também ser utilizada
uma torre de dispersão equipada com um nebulizador. O nível da solução salina deve ser mantido no
reservatório salino por meios automáticos para assegurar uma alimentação uniforme, de nebulização, durante
o ensaio.

4.5 Coletores
Devem dispor no mínimo de dois coletores apropriados, consistindo em funis feitos de material
quimicamente inerte, com o tubo da extremidade inserido em provetas graduadas, ou recipientes similares.
Funis com um diâmetro de 100 mm são apropriados, correspondendo a uma área de recolha de
aproximadamente 80 cm2. Os coletores devem ser colocados na zona da câmara onde foram colocados os
provetes, um deles perto do nebulizador e o outro afastado do nebulizador. Devem ser colocados de modo a
recolherem apenas o nevoeiro e não o líquido que escorre dos provetes, dos suportes ou de partes da câmara.

4.6 Reutilização
Se a câmara foi usada para um ensaio AASS ou CASS, ou para qualquer outra finalidade com uma solução
diferente da especificada para o ensaio NSS, então não deve ser usada para o ensaio NSS.
É quase impossível limpar uma câmara que foi usada para ensaios AASS ou CASS, de modo a pode ser
usada para um ensaio NSS. Contudo, nestas circunstâncias, a câmara deve ser rigorosamente limpa, e
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posteriormente controlada pelo método descrito na secção 5, em particular é necessário garantir que o pH da
solução coletada esteja correto, ao longo de todo o período de nebulização. Após este procedimento, são
colocados na câmara os provetes para ensaio.

5 Método de avaliação da corrosividade na câmara


5.1 Generalidades
Para verificar a reprodutibilidade e repetibilidade dos resultados do ensaio obtidos na câmara ou em câmaras
semelhantes, situadas em diferentes laboratórios, é necessário verificar a câmara a intervalos regulares, como
descrito de 5.2 a 5.4.
NOTA: Numa operação contínua, o período de tempo razoável entre duas verificações de corrosividade na câmara é
geralmente de 3 meses.
Para determinar a corrosividade dos ensaios, devem ser usados provetes de referência de aço.
Como complemento aos provetes de referência de aço, poderão ser ensaiados provetes de referência em
zinco de alta pureza, para determinar a corrosividade relativamente a este metal, conforme descrito no
Anexo B.

5.2 Ensaio NSS

5.2.1 Provetes de referência


Para verificar a câmara, usar quatro ou seis provetes de referência de 1 mm ± 0,2 mm de espessura
e 150 mm × 70 mm, de aço classe CR4 de acordo com a ISO 3574, com uma superfície praticamente sem
imperfeições2) e um acabamento mate (desvio médio aritmético do perfil Ra = 0,8 m ± 0,3 m). Cortar
estes provetes de referência a partir de chapas ou fitas laminadas a frio.
Limpar cuidadosamente os provetes de referência, imediatamente antes do ensaio. Além das especificações
referidas em 6.2 e 6.3, a limpeza deve eliminar todos os vestígios de contaminantes que possam influenciar
os resultados do ensaio (sujidade, óleo ou outras matérias estranhas).
Limpar meticulosamente os provetes de referência com um solvente orgânico apropriado (p. ex. um
hidrocarboneto com ponto de ebulição entre 60 ºC e 120 ºC), usando uma escova macia e limpa ou um
aparelho de limpeza por ultra-sons. Efetuar a limpeza num recipiente cheio de solvente. Após a limpeza,
lavar os provetes de referência com solvente novo e depois secá-los.
Determinar a massa dos provetes de referência a ± 1 mg. Proteger uma das faces de cada provete de
referência com um revestimento removível, p. ex. uma película, de plástico, adesiva. As arestas dos provetes
de referência para ensaio poderão ser igualmente protegidas com a película adesiva.

5.2.2 Disposição dos provetes de referência


Posicionar quatro provetes de referência de aço nos quatro quadrantes (se estiverem disponíveis seis provetes
colocá-los em seis posições diferentes, incluído os quatro quadrantes) da zona da câmara onde habitualmente

2)
Praticamente sem imperfeições” significa isenta de poros, marcas, riscos e qualquer alteração de cor mesmo ligeira.
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são colocados os provetes de ensaio, com a face não protegida virada para cima, e segundo um ângulo de
20º ± 5º com a vertical.
O suporte dos provetes de referência deve ser feito ou revestido com materiais inertes, tais como plásticos. A
aresta inferior dos provetes de referência deve estar ao mesmo nível do topo do coletor do nevoeiro salino. A
duração do ensaio deve ser de 48 h.
Durante o procedimento de verificação, a câmara de ensaio deve ser preenchida de provetes falsos de
material inerte tais como plástico ou vidro.

5.2.3 Determinação da perda de massa (massa por unidade de superfície)


No final do ensaio, retirar imediatamente da câmara os provetes de referência e remover o revestimento
protetor. Remover os produtos de corrosão por limpeza mecânica e química como descrito na ISO 8407. Para
limpeza química, usar uma solução com uma fração em massa de 20 % de citrato de diamónio
[(NH4)2HC6H5O7)] (de qualidade analítica reconhecida) em água, durante 10 min a 23 ºC.
Após cada limpeza, lavar bem os provetes de referência com água à temperatura ambiente, depois com
etanol, seguido de secagem.
Pesar os provetes de referência com uma aproximação de 1 mg. Dividir a perda de massa determinada pela
área da superfície exposta do provete de referência, para calcular a perda de massa de metal por metro
quadrado do provete de referência.
Recomenda-se o uso da solução, recentemente preparada em cada remoção dos produtos de corrosão.
NOTA: Os produtos de corrosão poderão também ser removidos por limpeza química como descrito na ISO 8407,
usando uma solução com uma fração em volume de 50 % de ácido hidroclórico (ρ20 = 1,18 g/mL) de qualidade
analítica reconhecida, em água, contendo esta última 3,5 g/L de hexametilenotetramina como inibidor de corrosão.

5.2.4 Verificação do funcionamento do aparelho para o ensaio NSS


O funcionamento do aparelho é satisfatório se a perda de massa de cada provete de referência for
de 70 g/m2 ± 20 g/m2 após 48 h de ensaio, usando provetes de referência de aço3).

5.3 Ensaio AASS

5.3.1 Provetes de referência


Para verificar a câmara, usar quatro ou seis provetes de referência de 1 mm ± 0,2 mm de espessura e
150 mm × 70 mm, de aço classe CR4, de acordo com a ISO 3574, com uma superfície praticamente sem
imperfeições4) e um acabamento mate (desvio médio aritmético do perfil Ra = 0,8 m ± 0,3 m). Cortar
estes provetes de referência a partir de chapas ou fitas laminadas a frio.
Limpar cuidadosamente os provetes de referência, imediatamente antes do ensaio. Além das especificações
referidas em 6.2 e 6.3, a limpeza deve eliminar todos os vestígios de contaminantes que possam influenciar
os resultados do ensaio (sujidade, óleo ou outras matérias estranhas).
Limpar meticulosamente os provetes de referência, com um solvente orgânico apropriado (p. ex. um
hidrocarboneto com ponto de ebulição entre 60º C e 120º C) usando uma escova macia e limpa ou um

3)
Ver bibliografia, referência [21].
4)
Praticamente sem imperfeições” significa isenta de poros, marcas, riscos e qualquer alteração de cor mesmo ligeira.
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aparelho de limpeza por ultra-sons. Efetuar a limpeza num recipiente cheio de solvente. Após a limpeza,
lavar os provetes de referência com solvente novo e depois secá-los.
Determinar a massa dos provetes de referência a ± 1 mg. Proteger uma das faces de cada provete de
referência com um revestimento removível, p. ex. uma película, de plástico, adesiva. As arestas dos provetes
de referência para ensaio poderão ser igualmente protegidas com a película adesiva.

5.3.2 Disposição dos provetes de referência


Posicionar quatro provetes de referência de aço nos quatro quadrantes (se estiverem disponíveis seis provetes
colocá-los em seis posições diferentes, incluindo os quatro quadrantes) na zona da câmara onde
habitualmente são colocados os provetes de ensaio, com a face não protegida virada para cima, e segundo um
ângulo de 20º ± 5º com a vertical.
O suporte dos provetes de referência deve ser feito ou revestido, com materiais inertes tais como plásticos. A
aresta inferior dos provetes de referência deve estar ao mesmo nível do topo do coletor do nevoeiro salino. A
duração do ensaio deve ser de 24 h.
Durante o procedimento de verificação, a câmara de ensaio deve ser preenchida de provetes falsos de
material inerte tais como plástico ou vidro.

5.3.3 Determinação da perda de massa (massa por unidade de superfície)


No final do ensaio retirar imediatamente da câmara os provetes de referência e remover o revestimento
protetor. Remover os produtos de corrosão por limpeza mecânica e química como descrito na ISO 8407. Para
limpeza química, usar uma solução com uma fração em massa de 20 % de citrato de diamónio
[(NH4)2HC6H5O7)] (de qualidade analítica reconhecida) em água, durante 10 min a 23 ºC.
Após cada limpeza lavar bem os provetes de referência com água à temperatura ambiente, depois com
etanol, seguido de secagem.
Pesar os provetes de referência com uma aproximação de 1 mg. Dividir a perda de massa determinada pela
área da superfície exposta do provete de referência para calcular a perda de massa de metal por metro
quadrado do provete de referência.
Recomenda-se o uso de solução recentemente preparada em cada procedimento de remoção dos produtos de
corrosão.
NOTA: Os produtos de corrosão poderão também ser removidos por limpeza química como descrito na ISO 8407,
usando uma solução com uma fração em volume de 50 % de ácido hidroclórico (ρ20 = 1,18 g/mL) de qualidade
analítica reconhecida, em água, contendo esta última 3,5 g/L de hexametilenotetramina como inibidor de corrosão.

5.3.4 Verificação do funcionamento do aparelho AASS


O funcionamento do aparelho é satisfatório se a perda de massa de cada provete de referência for
de 40 g/m2 ± 10 g/m2 após 24 horas de ensaio utilizando provetes de referência de aço5).

5)
Ver bibliografia, referência [21].
NP
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2014

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5.4 Ensaio CASS

5.4.1 Provetes de referência


Para verificar a câmara, usar quatro ou seis provetes de referência de 1 mm ± 0,2 mm de espessura
e 150 mm × 70 mm, de aço classe CR4 de acordo com a ISO 3574, com uma superfície praticamente sem
imperfeições6) e um acabamento mate (desvio médio aritmético do perfil Ra = 0,8 m ± 0,3 m). Cortar
estes provetes de referência a partir de chapas ou fitas laminadas a frio.
Limpar cuidadosamente os provetes de referência, imediatamente antes do ensaio. Além das especificações
referidas em 6.2 e 6.3, a limpeza deve eliminar todos os vestígios de contaminantes que possam influenciar
os resultados do ensaio (sujidade, óleo ou outras matérias estranhas).
Limpar meticulosamente os provetes de referência com um solvente orgânico apropriado (p. ex. um
hidrocarboneto com ponto de ebulição entre 60 ºC e 120 ºC) usando uma escova macia e limpa ou um
aparelho de limpeza por ultra-sons. Efetuar a limpeza num recipiente cheio de solvente. Após a limpeza,
lavar os provetes de referência com solvente novo e depois secá-los.
Determinar a massa dos provetes de referência a ± 1 mg. Proteger uma das faces de cada provete de
referência com um revestimento removível, p. ex., uma película, de plástico, adesiva. As arestas dos provetes
de referência para ensaio poderão ser igualmente protegidas com a película adesiva.

5.4.2 Disposição dos provetes de referência


Posicionar quatro provetes de referência de aço nos quatro quadrantes (se estiverem disponíveis seis provetes
colocá-los em seis posições diferentes, incluídas nos quatro quadrantes) da zona da câmara onde
habitualmente são colocados os provetes de ensaio, com a face não protegida virada para cima, e segundo um
ângulo de 20º ± 5º com a vertical.
O suporte dos provetes de referência deve ser feito ou revestido com materiais inertes, tais como plásticos. A
aresta inferior dos provetes de referência deve estar ao mesmo nível do topo do coletor do nevoeiro salino. A
duração do ensaio é de 24 h.
Durante o procedimento de verificação, a câmara de ensaio deve ser preenchida de provetes falsos de
material inerte tais como plástico ou vidro.

5.4.3 Determinação da perda de massa (massa por unidade de superfície)


No final do ensaio retirar imediatamente da câmara os provetes de referência e remover a película de
proteção. Remover os produtos de corrosão por limpeza mecânica e química como descrito na ISO 8407.
Para limpeza química, usar uma solução com uma fração em massa de 20 % de citrato de diamónio
[(NH4)2HC6H5O7)] (de qualidade analítica reconhecida) em água, durante 10 min a 23 ºC.
Após cada limpeza lavar bem os provetes de referência com água à temperatura ambiente, depois com
etanol, seguido de secagem.
Pesar os provetes de referência com a aproximação de 1 mg. Dividir a perda de massa determinada pela área
da superfície exposta do provete de referência para calcular a perda de massa de metal por metro quadrado
do provete de referência.

6)
“Praticamente sem imperfeições” significa isenta de poros, marcas, riscos e qualquer alteração de cor mesmo ligeira.
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Recomenda-se o uso de solução recentemente preparada em cada procedimento de remoção dos produtos de
corrosão.
NOTA: Os produtos de corrosão podem também ser removidos por limpeza química como descrito na ISO 8407,
usando uma solução com uma fração em volume de 50 % de ácido cloridríco (ρ20 = 1,18 g/mL), de qualidade analítica
reconhecida, em água, contendo esta última 3,5 g/L de hexametilenotetramina como inibidor de corrosão.

5.4.4 Verificação do funcionamento do aparelho para o ensaio CASS


O funcionamento do aparelho é satisfatório se a perda de massa de cada provete de referência for
de 55 g/m2 ± 15 g/m2 após 24 horas de ensaio utilizando provetes de referência de aço7).

6 Provetes de ensaio
6.1 O número e o tipo de provetes de ensaio e a sua forma e dimensões devem ser selecionados de acordo
com as especificações para o material ou produto a ensaiar. Na ausência de uma especificação, estes aspetos
devem ser definidos por acordo entre as partes interessadas. Salvo especificação ou acordo em contrário, os
provetes para ensaio de revestimentos orgânicos devem ser de aço preparados de acordo com a ISO 1514 e
de dimensões aproximadamente de 150 mm × 100 mm × 1 mm. O Anexo C descreve como devem ser
preparados para ensaio os provetes com revestimentos orgânicos. O Anexo D fornece informação
suplementar necessária para ensaio de provetes com revestimentos orgânicos.

6.2 Os provetes de ensaio devem ser cuidadosamente limpos antes do ensaio, se de outro modo não for
especificado. O método usado para limpeza deve depender da natureza do material, da sua superfície e
contaminantes, e não deve incluir quaisquer abrasivos ou solventes que poderão atacar a superfície dos
provetes.
Deve assegurar-se que os provetes não voltam a ser contaminados após a limpeza, por manuseamento
descuidado.

6.3 Se os provetes de ensaio forem cortados a partir de uma peça maior revestida, o corte deve ser executado
de modo que o revestimento não seja danificado na área adjacente ao corte. Salvo especificação em
contrário, as arestas de corte devem de ser protegidas adequadamente revestindo-as com um material
apropriado, estável nas condições do ensaio, tal como tinta, cera ou fita adesiva.

7 Disposição dos provetes de ensaio

7.1 Os provetes de ensaio devem ser colocados na câmara de modo a não estar sob a incidência direta do jato
de solução nebulizada proveniente do nebulizador.

7.2 Na câmara, o ângulo de exposição da superfície do provete a ensaiar é muito importante. O provete deve,
em princípio, ser plano e ser colocado na câmara com a face de ensaio virada para cima, e formando um
ângulo tão próximo, quanto possível de 20º em relação à vertical. Este ângulo deve, em todos os casos, estar

7)
Ver bibliografia, referência [21].
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compreendido entre 15º e 25º. No caso de superfícies irregulares, p. ex., componentes inteiros, estes limites
devem ser respeitados tanto quanto possível.

7.3 Os provetes de ensaio devem ser dispostos de forma a não tocarem na câmara, e de modo a que as
superfícies de ensaio fiquem expostas à livre circulação do nevoeiro. Os provetes poderão ser colocados em
níveis diferentes dentro da câmara, desde que a solução não pingue dos provetes ou dos seus suportes
colocados num dado nível sobre outros provetes colocados num nível inferior. Contudo, para uma nova
observação ou para ensaios com uma duração total superior a 96 h, é permitida a permuta do local dos
provetes em ensaio8).

7.4 Os suportes para os provetes de ensaio devem ser feitos de um material inerte e não metálico. Se for
necessário suspender os provetes, o material usado não deve ser metálico e deve de ser de fibra sintética, fio
de algodão ou outro material inerte isolante.

8 Condições operacionais

8.1 As condições operacionais estão resumidas no Quadro 2.


Quadro 2 – Condições operacionais
Parâmetros do método Nevoeiro salino neutro Nevoeiro salino acético Nevoeiro salino
de ensaio (NSS) (AASS) cupro- acético (CASS)
Temperatura 35 ºC ± 2 ºC 35 ºC ± 2 ºC 50 ºC ± 2 ºC
Caudal médio de
recolha numa área 1,5 mL/h ± 0,5 mL/h
horizontal de 80 cm2
Concentração de
cloreto de sódio 50 g/L ± 5 g/L
(solução coletada)
pH (solução coletada) 6,5 a 7,2 3,1 a 3,3 3,1 a 3,3

8.2 Antes de um ensaio, confirmar primeiro o caudal de recolha da solução e outras condições de ensaio na
câmara, quando esta estiver vazia ou completamente cheia com provetes falsos. Depois de ter sido
confirmado que as condições de ensaio estão dentro de uma gama especificada, parar a nebulização, colocar
os provetes de ensaio na câmara e iniciar o ensaio.

8.3 A solução recolhida em cada um dos coletores (4.5) deve ter uma concentração de cloreto de sódio e um
valor de pH dentro das gamas indicadas no Quadro 2.
O caudal médio de recolha da solução em cada coletor deve ser medido durante um período mínimo de 24 h
de nebulização contínua.

8)
Neste caso, o número e a frequência de alterações da posição dos provetes na câmara, são deixadas ao critério do operador e
devem ser indicadas no relatório de ensaio.
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8.4 A solução de ensaio nebulizada não deve ser reutilizada.


Durante a operação, a solução deverá ser livre de poeira e deverá ser isolada a partir do ar ambiente para
evitar a concentração de cloreto de sódio e o pH da flutuação.

9 Duração dos ensaios

9.1 O período do ensaio deve ser o designado pela especificação referente ao material ou produto ensaiado
Quando não especificado, a duração do ensaio deve ser acordada entre as partes interessadas.
Os períodos de exposição recomendados são de 2 h, 6 h, 24 h, 48 h, 96 h, 168 h, 240 h, 480 h, 720 h e
1000 h.

9.2 A nebulização não deve ser interrompida durante o período de ensaio prescrito. A câmara só deve ser
aberta para breves inspeções visuais dos provetes de ensaio na sua posição e para reabastecer a solução salina
no reservatório, se tal reabastecimento não puder ser feito fora da câmara.

9.3 Se o fim do ensaio depender do aparecimento do primeiro sinal de corrosão, os provetes de ensaio devem
ser inspecionados frequentemente. Por esta razão, este tipo de provete não deverá ser ensaiado com outros
provetes que requerem ensaios com durações pré-determinadas.

9.4 Poderá ser efetuado exame visual periódico dos provetes em ensaio com uma duração pré-determinada,
mas as superfícies a ensaiar não devem ser perturbadas e o tempo de abertura da câmara deve ser o mínimo
necessário para observar e registar qualquer alteração visível.

10 Tratamento de provetes depois de ensaio


No fim do período de ensaio, remover os provetes da câmara e deixá-los secar durante 0,5 h a 1 h antes de
enxaguar, para reduzir o risco de remover produtos de corrosão. Antes de serem examinados, remover
cuidadosamente os resíduos de solução nebulizada das suas superfícies. Um método adequado é enxaguar ou
imergir os provetes de ensaio cuidadosamente em água corrente limpa, a uma temperatura que não exceda
40 °C, e depois secá-los imediatamente com um fluxo de ar, a uma pressão que não ultrapasse os 200 kPa e a
uma distância de aproximadamente 300 mm.
NOTA: A ISO 8407 poderá ser usada para tratamento do provete após ensaio.

O tratamento dos provetes após o ensaio deverá ser incluído na especificação do mesmo, seguindo as boas
práticas de engenharia.

11 Avaliação dos resultados


A avaliação dos resultados de ensaio poderá ser efetuada segundo vários critérios diferentes, em função de
requisitos particulares, por exemplo:
a) aspeto após o ensaio;
b) aspeto após remoção dos produtos de corrosão superficiais;
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c) número e distribuição de defeitos, tais como, picadas, fissuras, empolamentos, corrosão ou destacamentos
nos cortes no caso de revestimentos orgânicos, etc.; os quais poderão ser avaliados pelos métodos
descritos na ISO 8993 ou na ISO 10289, e para revestimentos orgânicos na ISO 4628, Partes 1, 2, 3, 4, 5 e
8 (ver Anexo D);
d) tempo que decorreu antes do aparecimento dos primeiros sinais de corrosão;
e) variação de massa;
f) alteração revelada por exame micrográfico;
g) alteração de propriedades mecânicas.
NOTA: É boa prática de engenharia especificar para um revestimento ou um produto a ser ensaiado, critérios
apropriados para a sua avaliação.

12 Relatório de ensaio

12.1 O relatório de ensaio deve indicar o resultado do ensaio de acordo com os critérios de avaliação
especificados ou acordados. Registar o resultado obtido para cada provete ensaiado e, quando apropriado, o
resultado médio para um grupo de réplicas de provetes de ensaio. Se solicitado, o relatório poderá conter
registos fotográficos dos provetes ensaiados.

12.2 O relatório de ensaio deve conter informação sobre o método de ensaio. Esta informação poderá variar
de acordo com objetivo do ensaio e com as instruções prescritas, apresentando-se seguidamente uma lista
geral das informações provavelmente exigidas:
a) referência a esta Norma;
b) tipo e pureza do sal e água usados;
c) descrição do material ou produto ensaiado;
d) dimensões e forma do provete de ensaio, e a natureza e área da superfície ensaiada;
e) preparação do provete de ensaio, incluindo qualquer tratamento de limpeza e qualquer proteção aplicada
nas arestas ou em outras áreas especiais;
f) características conhecidas de qualquer revestimento, com indicação da área da superfície;
g) número de provetes ensaiados relativamente a cada material ou produto;
h) método utilizado para limpeza dos provetes de ensaio depois do ensaio com, quando apropriado,
indicação da perda de massa resultante da operação de limpeza;
i) ângulo de inclinação das superfícies ensaiadas;
j) frequência e número de permutas do local dos provetes, se for o caso;
k) duração do ensaio e resultados de quaisquer inspeções intermédias;
l) propriedades de qualquer provete de referência colocado na câmara para verificar a estabilidade das
condições de funcionamento;
m) temperatura de ensaio;
n) volume de solução coletada;
o) pH da solução de ensaio e da solução coletada;
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p) concentração salina ou massa volúmica da solução coletada;


q) resultado da velocidade de corrosão dos provetes de referência de aço, ou de aço e zinco (perda de
massa, g/m2);
r) qualquer anomalia ou incidente ocorrido durante todo o procedimento de ensaio;
s) intervalos de inspeção.
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Anexo A
(informativo)

Representação esquemática de um modelo possível de câmara de nevoeiro salino


munida de meios de tratamento da exaustão do nevoeiro e de drenagem da água
residual

a) Vista frontal

Figura A.1 (continua)


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b) Vista lateral

Legenda:
1 torre de nebulização 11 eletroválvula
2 nebulizador 12 manómetro
3 cobertura 13 reservatório da solução
4 câmara de ensaio 14 controladores de temperatura
5 provete de ensaio 15 dispositivo de exaustão do nevoeiro
6 suporte dos provetes de ensaio 16 orifício de saída de ar
7 coletor do nevoeiro 17 dispositivo de drenagem da água
8 câmara 18 tina do sal
9 saturador de ar 19 elementos de aquecimento
10 compressor de ar

Figura A.1 – Representação esquemática de um modelo possível de câmara de nevoeiro salino

O equipamento deve, de preferência, ser dotado de meios que permitam o tratamento adequado do nevoeiro
após o ensaio, antes da sua exaustão, de modo a respeitar o ambiente, e também para drenar a água antes de a
enviar para o esgoto.
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Anexo B
(informativo)

Método complementar para avaliação da corrosividade na câmara utilizando


provetes de referência de zinco

B.1 Provetes de referência


Como método complementar para medida da corrosividade na câmara de acordo com a presente Norma,
poderão ser usados quatro ou seis provetes de referência de zinco com um nível de impureza inferior a 0,1 %,
em massa.
Os provetes de referência devem ter as dimensões de 50 mm × 100 mm × 1 mm.
Antes de ensaio, os provetes de referência devem ser cuidadosamente limpos com um solvente de
hidrocarboneto, de modo a remover toda a sujidade, gordura ou outra matéria estranha capaz de influenciar o
resultado da determinação da velocidade de corrosão. Depois de secos, os provetes de referência devem ser
pesados com a aproximação de 1 mg.
Proteger uma face dos provetes de referência com um revestimento removível, p. ex., uma película de
plástico adesivo.

B.2 Disposição dos provetes de referência


Posicionar quatro provetes de referência em quatro quadrantes diferentes (se forem usados seis provetes,
colocá-los em seis posições diferentes, incluídas nos quatro quadrantes) na câmara de ensaio, com a face
desprotegida para cima, e segundo um ângulo de 20° ± 5° com a vertical.
O suporte dos provetes de referência deve ser feito ou revestido com materiais inertes, tais como plásticos, e
deve ser colocado ao mesmo nível dos provetes de ensaio.
A duração recomendada do ensaio é: 48 h para NSS, 24 h para o AASS e 24 h para o CASS.

B.3 Determinação da perda de massa


Imediatamente após o fim do ensaio, remover em primeiro lugar a película protetora. Seguidamente remover
os produtos de corrosão por limpeza repetitiva, como descrito na ISO 8407. Para a limpeza química dos
provetes de referência de zinco usar uma solução de glicina saturada, 250 g ± 5 g de glicina, C2H5NO2 (p.a.)
por litro de água desionizada.
O procedimento de limpeza química é realizado de preferência em passos repetitivos de imersão de 5 min.
Depois de cada imersão, limpar completamente o provete de referência à temperatura ambiente por lavagem
com água e com ligeiro escovamento, depois com acetona ou etanol, seguido de secagem. Pesar o provete de
referência com a aproximação de 1 mg e traçar um gráfico de massa versus número de ciclos de limpeza
conforme descrito na ISO 8407.
NOTA: Para a dissolução eficiente dos produtos de corrosão durante o passo de imersão, é importante que a solução
seja continuamente agitada. Para aumentar a velocidade de dissolução poderá, preferencialmente, ser utilizado um
banho de ultrassons.
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A partir do gráfico da massa versus número de ciclos de limpeza, determinar a verdadeira massa do provete
depois da remoção dos produtos de corrosão, como descrito na ISO 8407. Subtrair este número ao da massa
inicial do provete de referência antes do ensaio, e dividir o número resultante pela área da superfície exposta
do provete de referência, para avaliar a perda de massa de metal por metro quadrado do provete de
referência.

B.4 Funcionamento satisfatório da câmara


A câmara funciona satisfatoriamente se a perda de massa de cada provete de referência de aço e de zinco
estiver dentro dos intervalos dados no Quadro B.1.

Quadro B.1 – Intervalo permitido de perda de massa dos provetes de referência de aço e de zinco durante a
verificação da corrosividade na câmara
Intervalo permitido da perda de Intervalo permitido da perda de
massa dos provetes de massa dos provetes de
Método de ensaio Duração do ensaio
referência de zinco referência de aço
h
g/m2 g/m2
NSS 48 50 ± 25 70 ± 20 (ver 5.2.4)
AASS 24 30 ± 15 40 ± 10 (ver 5.3.4)
CASS 24 50 ± 20 55 ± 15 (ver 5.4.4)
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Anexo C
(normativo)

Preparação de provetes com revestimentos orgânicos para ensaio

C.1 Preparação e revestimento dos provetes


Salvo especificação em contrário, cada provete de ensaio com revestimento orgânico deve ser preparado
conforme a ISO 1514 e depois revestido, pelo método especificado, com o produto ou sistema a ensaiar.
Salvo especificação em contrário, o verso e as arestas do provete devem ser revestidas com o sistema de
revestimento a ensaiar.
Se o revestimento do verso ou arestas do provete diferir do revestimento a ensaiar, este deve ter uma
resistência à corrosão maior do que a do revestimento a ensaiar.

C.2 Secagem e condicionamento


Secar ao ar (ou em estufa) e envelhecer (se aplicável) cada provete de ensaio revestido durante o tempo e
condições especificadas e, salvo especificação em contrário, acondicioná-los a uma temperatura de
23 °C ± 2 °C e uma humidade relativa de 50 % ± 5 % durante pelo menos 16 h, com livre circulação de ar e
sem exposição direta à luz solar. O procedimento de ensaio deve então ser executado logo que possível.

C.3 Espessura do revestimento


Determinar a espessura do revestimento seco, em micrómetros, por um dos métodos não destrutivos descrito
na ISO 2808.

C.4 Preparação de cortes


Todos os cortes devem ser feitos conforme ISO 17872 e devem estar distanciados pelo menos 25 mm entre si
e de qualquer aresta do provete.
Se especificado, fazer um corte retilíneo através do revestimento até ao substrato.
Para fazer o corte, usar um instrumento cortante com uma ponta dura. O corte deve ter lados paralelos ou um
corte transversal alargado na parte superior que mostre o substrato metálico, com uma largura de 0,2 mm a
1,0 mm, salvo acordo em contrário.
Poderão ser feitos um ou dois cortes. Os cortes devem ser paralelos à aresta mais comprida do provete de
ensaio, salvo acordo em contrário.
A ferramenta usada para fazer os cortes deverá conferir uma forma uniforme. Não deverão ser usados
canivetes.
Para provetes de alumínio, devem ser feitos dois cortes perpendiculares, mas sem se intercetarem. Um dos
cortes deve ser paralelo à direção de laminagem e o outro perpendicular.
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Anexo D
(normativo)

Informação suplementar requerida para ensaio de provetes com revestimentos


orgânicos

Os itens de informação suplementar listados neste anexo devem ser fornecidos conforme o caso.
A informação requerida deverá ser de preferência acordada entre as partes interessadas e poderá provir, no
todo ou em parte, de uma norma internacional ou nacional, ou de qualquer outro documento relativo ao
revestimento a ensaiar.
a) Natureza do substrato e preparação da superfície usada (ver C.1).
b) Método de aplicação no substrato, do esquema de revestimento a ensaiar (ver C.1).
c) Duração e condições de secagem (ou estufagem) e envelhecimento (se aplicável) do provete, antes do
ensaio (ver C.2).
d) Espessura(s), em micrómetros, dos revestimento(s) seco(s), e método de medição de acordo com a
ISO 2808, se é um esquema mono ou de multicamada (ver C.3).
e) Número e localização dos cortes efetuados antes da exposição (ver C.4).
f) Duração do ensaio.
g) Características consideradas para avaliação da resistência do revestimento ensaiado e método(s) de
inspeção usado(s).
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Bibliografia

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copper plus nickel plus chromium
[2] ISO 1458:2002 Metallic coatings – Electrodeposited coatings of nickel
[3] ISO 1513:2010 Paints and varnishes – Examination and preparation of test samples
[4] ISO 3270:1984 Paints and varnishes and their raw materials – Temperatures and humidities
for conditioning and testing
[5] ISO 3613:2000 Metallic and other organic coatins – Chromate conversion coatings on zinc,
cadmium, aluminium-zinc alloys and zinc-aluminium alloys – Test methods
[6] ISO 3696:1987 Water for analytical laboratory use – Specification and test methods
[7] ISO 4520:1981 Chromate conversion coatings on electroplated zinc and cadmium coatings
[8] ISO 4527:2003 Metallic coatings – Autocatalytic (electroless) nickel-phosphorus alloy
coatings – Specification and test methods
[9] ISO 4628-1:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 1: General introduction and designation system
[10] ISO 4628-2:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 2: Assessment of degree of blistering
[11] ISO 4628-3:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 3: Assessment of degree of rusting
[12] ISO 4628-4:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 4: Assessment of degree of cracking
[13] ISO 4628-5:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 5: Assessment of degree of flaking
[14] ISO 4628-8:2005 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance
– Part 8: Assessment of degree of delamination and corrosion around a scribe
[15] ISO 7253:1996 Paints and varnishes – Determination of resistance to neutral salt spray (fog)
[16] ISO 7599:2010 Anodizing of aluminium and its alloys– General specifications for anodic
oxide coatings on aluminium
[17] ISO 8993:2010 Anodizing of aluminium and its alloys – Rating system for the evaluation of
pitting corrosion – Chart method
NP
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2014

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[18] ISO 8994:2011 Anodizing of aluminium and its alloys – Rating system for the evaluation of
pitting corrosion – Grid method
[19] ISO 10289:1999 Methods for corrosion testing of metallic and other inorganic coatings on
metallic substrates – Rating of test specimens and manufactured articles
subjected to corrosion tests
[20] ISO 15528:2000 Paints, varnishes an draw materials for paints and varnishes – Sampling
[21] SHIGERU SUGA and SHIGEO SUGA, “Report on the results from the ISO/TC 156/WG 7
International Round Robin Test Programme on ISO 9227 Salt spray tests”; J. Surface Finish. Soc.
Japan, Vol 56, p.28 (2005)

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