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Norma NP

EN 10346

Portuguesa
2016

Produtos planos de aço revestidos em contínuo por imersão a quente


para conformação a frio
Condições técnicas de fornecimento

Produits plats en acier revêtus en continu par immersion à chaud pour formage à froid
Conditions technique de livraison

Continuously hot-dip coated steel flat products for cold forming


Technical delivery conditions

ICS HOMOLOGAÇÃO
77.140.50 Termo de Homologação nº 75/2016, de 2016-05-05

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN 10346:2015 CT 18 (CATIM)

EDIÇÃO
2016-05-16

CÓDIGO DE PREÇO
X011

 IPQ reprodução proibida

Instituto Português da ualidade


Rua António Gião, 2
2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351 212 948 100 Fax. + 351 212 948 101
E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 10346:2015, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2015-09-10 (Termo de
Adoção nº 971/2015, de 2015-09-10).
NORMA EUROPEIA EN 10346
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD julho 2015

ICS: 77.140.50 Substitui a EN 10346:2009

Versão portuguesa
Produtos planos de aço revestidos em contínuo por imersão a quente para conformação a frio
Condições técnicas de fornecimento

Kontinuierlich Produits plats en acier revêtus Continuously hot-dip coated


schmelztauchveredelte en continu par immersion à steel flat products for cold
Flacherzeugnisse aus Stahl chaud pour formage à froid forming
Technische Lieferbedingungen Conditions technique de Technical delivery conditions
livraison

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 10346:2015, e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2015-04-16.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Brussels

 2015 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 10346:2015 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2
Preâmbulo ................................................................................................................................................ 6
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................ 7
2 Referências normativas ........................................................................................................................ 7
3 Termos e definições .............................................................................................................................. 8
4 Classificação e designação.................................................................................................................... 10
4.1 Classificação ........................................................................................................................................ 10
4.2 Designação........................................................................................................................................... 11
5 Informação a ser fornecida pelo cliente .............................................................................................. 11
5.1 Informação obrigatória ........................................................................................................................ 11
5.2 Opções ................................................................................................................................................. 12
6 Fabrico e tratamento ............................................................................................................................ 13
6.1 Fabrico ................................................................................................................................................. 13
6.2 Tratamento ........................................................................................................................................... 13
7 Requisitos .............................................................................................................................................. 13
7.1 Composição química ........................................................................................................................... 13
7.2 Características mecânicas .................................................................................................................... 18
7.3 Tipos de revestimento e massa do revestimento .................................................................................. 24
7.4 Acabamento do revestimento .............................................................................................................. 26
7.5 Qualidade de superfície ....................................................................................................................... 27
7.6 Tratamento da superfície (proteção de superfície) .............................................................................. 30
7.7 Pregas transversais e dobragens (ondulações) ..................................................................................... 31
7.8 Vermiculares ........................................................................................................................................ 32
7.9 Massa de revestimento......................................................................................................................... 32
7.10 Aderência do revestimento ................................................................................................................ 32
7.11 Estado da superfície ........................................................................................................................... 32
7.12 Tolerâncias nas dimensões e forma ................................................................................................... 33
7.13 Aptidão a processamentos adicionais ................................................................................................ 33
8 Inspeção ................................................................................................................................................. 33
8.1 Tipos de inspeção e de documentos de inspeção ................................................................................. 33
8.2 Unidades de ensaio .............................................................................................................................. 33
8.3 Ensaios a realizar ................................................................................................................................. 33
8.4 Amostragem......................................................................................................................................... 34
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8.5 Métodos de ensaio ................................................................................................................................ 34


8.6 Contra-ensaios ...................................................................................................................................... 35
9 Marcação ................................................................................................................................................ 36
10 Embalagem .......................................................................................................................................... 36
11 Armazenamento e transporte ............................................................................................................. 36
Anexo A (normativo) Método de referência para a determinação da massa do revestimento de
zinco, zinco-ferro, zinco-alumínio, zinco-magnésio e alumínio-zinco .................................................. 37
A.1 Princípio .............................................................................................................................................. 37
A.2 Reagentes e preparação da solução ..................................................................................................... 37
A.3 Equipamento ........................................................................................................................................ 37
A.4 Procedimento ....................................................................................................................................... 37
Anexo B (normativo) Método de referência para a determinação da massa do revestimento de
alumínio-silício .......................................................................................................................................... 38
Anexo C (normativo) Método para a determinação da massa da camada da liga Al-Fe-Si ............... 40
C.1 Princípio............................................................................................................................................... 40
C.2 Reagentes ............................................................................................................................................. 40
C.3 Procedimento ....................................................................................................................................... 40
C.4 Avaliação ............................................................................................................................................. 40
Anexo D (informativo) Alterações técnicas à edição anterior ............................................................... 41
D.1 Introdução ............................................................................................................................................ 41
D.2 Alterações técnicas .............................................................................................................................. 41
Bibliografia ............................................................................................................................................... 43
 
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Preâmbulo
O presente documento (EN 10346:2015) foi elaborado pelo ECISS/TC 109 “Coated and uncoated flat
products to be used for cold forming”, sendo o secretariado assegurado pela AFNOR.
A esta Norma Europeia deve ser dado o estatuto de uma Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em janeiro de 2016, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas, o mais tardar em janeiro de 2016.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses direitos.
O presente documento substitui a EN 10346:2009.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República Jugoslava da
Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, República Checa, Suécia, Suíça e
Turquia.
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1 Objetivo e campo de aplicação


A presente Norma europeia especifica os requisitos relativos aos produtos de aço revestidos em contínuo por
imersão a quente, produzidos a partir de aços de baixo carbono para conformação a frio, de aços de
construção, de aços de alto limite de elasticidade para conformação a frio e revestidos a zinco (Z), a liga de
zinco-ferro (ZF), a liga de zinco-alumínio (ZA), a liga de alumínio-zinco (AZ), a liga de alumínio-silício
(AS) ou a liga de zinco-magnésio (ZM) e para os produtos produzidos a partir de aços multifase para
conformação a frio, revestidos em contínuo por imersão a quente, a zinco (Z), a liga de zinco-ferro (ZF), a
liga de zinco-alumínio (ZA) ou a liga de zinco-magnésio (ZM) com espessuras de 0,20 mm ≤ t < 3,0 mm.
Por acordo no ato da consulta e encomenda, a presente Norma é aplicável aos produtos planos de aço
revestidos em contínuo por imersão a quente de uma gama alargada para espessuras t < 0,20 mm ou
espessuras 3,0 mm ≤ t ≤ 6,5 mm, com requisitos acordados para as características mecânicas e provetes de
ensaio, aderência do revestimento e estado de superfície.
A espessura a considerar é a espessura final do produto fornecido, após revestimento.
Este documento aplica-se a bandas de todas as larguras e chapas cortadas a partir das mesmas (largura
≥ 600 mm) e formatos cortados ao comprimento (largura < 600 mm).
NOTA 1: Produtos revestidos a alumínio (puro) podem também ser fornecidos, porém não são abrangidos pela presente Norma.
NOTA 2: Os produtos abrangidos pela presente Norma são utilizados quando os fatores mais importantes a considerar são a
conformação a frio, a alta resistência, um limite de elasticidade mínimo definido e/ou a resistência à corrosão. A resistência do
produto à corrosão é proporcional à espessura ou massa do revestimento (ver também 7.3.2). Os produtos abrangidos pela presente
Norma podem ser utilizados como substratos para os produtos planos com revestimentos orgânicos especificados na EN 10169 para
aplicações de construção e aplicações técnicas gerais.
NOTA 3: Por acordo no ato da consulta e encomenda, a presente Norma é aplicável a outros produtos planos de aços laminados a
quente revestidos em contínuo por imersão a quente (por exemplo, em conformidade com a EN 10149-2).

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação da presente Norma. Para as
referências datadas aplica-se a edição citada. Para as referências não datadas aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo as emendas).
EN 606 Bar coding – Transport and handling labels for steel products
EN 10020:2000 Definition and classification of grades of steel
EN 10021:2006 General technical delivery conditions for steel products
EN 10027-1 Designation systems for steels – Part 1: Steel names
EN 10027-2 Designation systems for steels – Part 2: Numerical system
EN 10049 Measurement of roughness average Ra and peak count RPc on metallic flat products
EN 10079:2007 Definition of steel products
EN 10143 Continuously hot-dip coated steel sheet and strip – Tolerances on dimensions and
shape
EN 10204:2004 Metallic products – Types of inspection documents
EN 10325 Steel – Determination of yield strength increase by the effect of heat treatment (Bake-
Hardening-Index)
EN ISO 6892-1:2009 Metallic materials – Tensile testing – Part 1: Method of test at room temperature
(ISO 6892-1:2009)
ISO 10113 Metallic materials – Sheet and strip – Determination of plastic strain ratio
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ISO 10275 Metallic materials – Sheet and strip – Determination of tensile strain hardening
exponent

3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma Europeia, são aplicáveis os termos e definições dados nas EN 10020:2000,
EN 10021:2006, EN 10079:2007, EN 10204:2004 e os seguintes:
NOTA 1 à secção: As definições e linhas de orientação gerais para a proteção do ferro e do aço podem ser encontradas na
EN ISO 14713.

3.1 revestimento por imersão a quente de uma camada de zinco (Z)


Deposição de um revestimento de zinco, por imersão da banda preparada, num banho de zinco fundido.
NOTA 1 à secção: Teor de zinco de pelo menos 99 %.
NOTA 2 à secção: Ver também 7.4.2.

3.2 revestimento por imersão a quente de uma camada de liga zinco-ferro (ZF)
Deposição de um revestimento de zinco, por imersão da banda preparada, num banho de zinco fundido e
subsequente recozimento.
NOTA 1 à secção: Teor de zinco no banho de pelo menos 99 %.
NOTA 2 à secção: O recozimento produz um revestimento de ferro-zinco com um teor de ferro variando normalmente entre 8 % e
12 %.
NOTA 3 à secção: Ver também 7.4.3.

3.3 revestimento por imersão a quente de uma camada de liga zinco-alumínio (ZA)
Deposição de um revestimento de zinco-alumínio, por imersão da banda preparada, num banho de zinco-
alumínio fundido.
NOTA 1 à secção: O banho é constituído por aproximadamente 5 % de alumínio, pequenas quantidades de mischmetal e o restante
em zinco.
NOTA 2 à secção: Ver também 7.4.4.

3.4 revestimento por imersão a quente de uma camada de liga zinco-magnésio (ZM)
Deposição de um revestimento de zinco-magnésio, por imersão da banda preparada, num banho de zinco-
alumínio-magnésio fundido.
NOTA 1 à secção: O banho é constituído pela soma de alumínio e magnésio de 1,5 % a 8 %, contendo no mínimo 0,2 % de
magnésio e o restante em zinco.
NOTA 2 à secção: Para informações sobre a composição química e a massa volúmica, o produtor pode ser solicitado para
aconselhamento.
NOTA 3 à secção: Ver também 7.4.5.

3.5 revestimento por imersão a quente de uma camada de liga alumínio-zinco (AZ)
Deposição de um revestimento de alumínio-zinco, por imersão da banda preparada, num banho de alumínio-
zinco-silício fundido.
NOTA 1 à secção: O banho é constituído por 55% de alumínio, 1,6 % de silício e o restante em zinco.
NOTA 2 à secção: Ver também 7.4.6.

3.6 revestimento por imersão a quente de uma camada de liga alumínio-silício (AS)
Deposição de um revestimento de alumínio-silício, por imersão da banda preparada, num banho de alumínio-
silício fundido.
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NOTA 1 à secção: O banho é constituído por 8 % a 11 % de silício e o restante em alumínio.


NOTA 2 à secção: Ver também 7.4.7.

3.7 aço com tratamento térmico bake-hardening (B) 1


Aço que apresenta um aumento da tensão de cedência na sequência de um aquecimento na zona dos 170 ºC
durante 20 min.
NOTA 1 à secção: Estes aços têm uma boa aptidão à conformação a frio e demonstram uma resistência elevada à deformação
plástica (a qual é incrementada nos produtos acabados durante o tratamento térmico) e uma boa dureza.

3.8 aço de fases complexas (C)1)


Aço com uma microestrutura multifásica contendo principalmente bainite, ferrite, zonas martensíticas,
martensite revenida, podendo a austenite e perlite estar presentes como fases adicionais.
NOTA 1 à secção: A extrema afinação do grão pode ser causada por recristalização retardada ou por precipitação de elementos de
micro-liga.

3.9 aço bifásico (X)1)


Aço com matriz principalmente ferrítica e martensítica e eventualmente bainite como uma fase
complementar.
NOTA 1 à secção: Devido ao seu elevado nível de resistência à tração, os aços bifásicos apresentam uma baixa relação de limite de
elasticidade e uma taxa de encruamento elevada.

3.10 aço ferrítico-bainítico (F)1)


Aço que contém bainite ou bainite endurecida numa matriz constituída por ferrite ou ferrite endurecida.
NOTA 1 à secção: O endurecimento da matriz é devido a uma elevada taxa de deslocações, à afinação do grão e à precipitação de
elementos de micro-liga.

3.11 aço de alta resistência sem interstícios (Y)1)


Aço cuja composição é controlada tendo em vista a obtenção dos valores do coeficiente de anisotropia
plástica r e do coeficiente de encruamento n melhorados.
NOTA 1 à secção: Estes aços têm em simultâneo uma resistência mecânica elevada e uma excelente aptidão à conformação a frio,
devido ao seu endurecimento em soluções sólidas e à sua microestrutura sem interstícios.

3.12 aço de baixa liga/aço micro-ligado (LA)1)


Aço que contém um ou mais elementos de liga tais como Nb, Ti e V para se obterem os níveis requeridos de
limite de elasticidade.
NOTA 1 à secção: Os modos de endurecimento combinados, por precipitação e afinação do grão, permitem atingir uma resistência
mecânica elevada enquanto se reduz o teor de elementos de liga.
NOTA 2 à secção: Alternativamente pode ser utilizada liga carbono-manganês em combinação com o refinamento do grão.

3.13 aço de baixo carbono


Aço com baixo teor de carbono caracterizado pela reduzida tensão de cedência e elevada ductilidade.

3.14 aço de construção


Aço com níveis mínimos de resistência e sem exigência de aptidão para conformação a frio.

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Símbolo usado para a designação do nome do aço (ver Quadros 3, 4 e 5).
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3.15 aço com plasticidade induzida por transformação (T) 1


Aço com matriz principalmente ferrítica contendo austenite residual. Durante o processo de conformação, a
austenite residual pode transformar-se em martensite (efeito TRIP).
NOTA 1 à secção: Devido ao seu coeficiente de encruamento elevado, o aço atinge valores elevados de extensão após rotura e
níveis elevados de resistência à tracção.

3.16 massa de revestimento


Massa total de revestimento depositado sobre as duas superfícies (ver 7.9).
NOTA 1 à secção: Em combinação com o símbolo do tipo de revestimento (Z, ZF, ZA, ZM, AZ, AS), a massa nominal de
revestimento é utilizada como designação do revestimento.
NOTA 2 à secção: A massa de revestimento é expressa em gramas por metro quadrado.

4 Classificação e designação
4.1 Classificação

4.1.1 Generalidades
Os aços abrangidos pela presente Norma são classificados como aços de qualidade ligados (aços de acordo
com os Quadros 1, 3, 4 e 5) ou de qualidade não-ligados (aços de acordo com o Quadro 2), em conformidade
com a EN 10020:2000.

4.1.2 Aços de baixo carbono para conformação a frio


As classes de aço são classificadas por ordem crescente de aptidão à conformação a frio (ver Quadro 7):
 DX51D: qualidade para dobragem e perfilagem;
 DX52D: qualidade para estampagem;
 DX53D: qualidade para estampagem profunda;
 DX54D: qualidade especial para estampagem profunda;
 DX55D: qualidade especial para estampagem profunda (somente +AS);
 DX56D: qualidade especial para estampagem extra-profunda;
 DX57D: qualidade superior para estampagem profunda.

4.1.3 Aços de construção


As classes de aço são classificadas por ordem crescente da tensão limite convencional de proporcionalidade
Rp0,2 (ver Quadro 8).

4.1.4 Aços de alto limite de elasticidade para conformação a frio


As classes de aço são classificadas por ordem crescente da tensão limite convencional de proporcionalidade
Rp0,2 (ver Quadro 9).

1
Símbolo usado para a designação do nome do aço (ver Quadros 3, 4 e 5).
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4.1.5 Aços multifase para conformação a frio


As classes de aço são classificadas por ordem crescente da tensão de rotura Rm (ver Quadros 10 e 11).

4.2 Designação

4.2.1 Nome do aço


Os nomes dos aços da presente Norma são atribuídos de acordo com a EN 10027-1.

4.2.2 Número do aço


Os números dos aços da presente Norma são atribuídos de acordo com a EN 10027-2.

5 Informação a ser fornecida pelo cliente


5.1 Informação obrigatória
As informações a seguir indicadas devem ser fornecidas pelo cliente no acto da consulta e encomenda:
a) a quantidade a ser fornecida;
b) o tipo de produto (banda, chapa ou formato);
c) o número da norma dimensional (EN 10143);
d) as dimensões nominais e as tolerâncias sobre as dimensões e a forma e, se aplicável, letras indicando as
tolerâncias especiais relevantes;
e) o termo «aço»;
f) o número deste documento, EN 10346;
g) o nome do aço ou número do aço e símbolo do tipo de revestimento por imersão a quente, conforme
indicado nos Quadros 1 a 5;
h) o número correspondente à massa nominal do revestimento (exemplo: 275 = 275 g/m2 para as duas
superfícies, ver Quadro 12);
i) a letra indicativa do acabamento do revestimento (N ou M, ver 7.4.2 e Quadro 13);
j) a letra indicativa da qualidade de superfície (A, B ou C, ver 7.5 e Quadros 13 a 15);
k) a letra indicativa do tratamento de superfície (C, O, CO, P, PO ou S, ver 7.6).

EXEMPLO:
1 chapa, fornecida com tolerâncias sobre as dimensões em conformidade com a EN 10143, com uma espessura nominal
de 0,80 mm, encomendada com uma tolerância de espessura especial (S), uma largura nominal de 1200 mm,
encomendada com uma tolerância de largura especial (S), um comprimento nominal de 2500 mm, encomendado com
uma tolerância especial de planeza (FS), de aço DX53D + Z (1.0951 + Z) conforme a EN 10346, uma massa de
revestimento de 100 g/m2 (100), uma flor minimizada (M), uma qualidade de superfície (B) e um tratamento de
superfície por oleamento (O):
1 chapa EN 10143 — 0,80S×1200S×2500FS — aço EN 10346 — DX53D+Z100-M-B-O
ou:
1 chapa EN 10143 — 0,80S×1200S×2500FS — aço EN 10346 — 1.0951+Z100-M-B-O.
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5.2 Opções
As várias opções especificadas na presente Norma estão abaixo indicadas. Se o cliente não indicar a sua
intenção de utilizar qualquer uma destas opções, os produtos devem ser fornecidos de acordo com a
especificação de base da presente Norma (ver 5.1).
1) especificação de espessuras de produto que se desviem das que são geralmente abrangidas pelo campo
de aplicação (por exemplo: t < 0,20 mm ou 3 mm ≤ t ≤ 6,5 mm) (ver secção 1);
2) especificação de produtos laminados a quente que se desviem dos que são geralmente abrangidos no
campo de aplicação (ver NOTA 3 da secção 1);
3) verificação da análise do produto (ver 7.1);
4) data do fornecimento dos produtos isentos de vermiculares aquando da conformação a frio (ver
7.2.1.3);
5) produtos fornecidos aptos para o fabrico de uma peça específica (ver 7.2.2.2 e 7.2.4.2);
6) massas de revestimento diferentes das indicadas no Quadro 12 e/ou requisitos especiais de massas de
revestimento diferentes em cada face (ver 7.3.2);
7) revestimentos especiais e/ou qualidades de superfície especiais (ver Quadros 13 e 15, nota de rodapé
a));
8) revestimento galvanizado a quente com flor pronunciada (ver 7.4.2.1 ou 7.4.6);
9) requisitos especiais para uma massa máxima de liga Al-Fe-Si que se forma durante a operação de
imersão a quente num banho de alumínio-silício (ver 7.4.7);
10) revestimento galvanizado com uma qualidade de superfície A sem ligeiro encruamento a frio (skin
pass) (ver 7.5.2.1);
11) para aplicações especiais, requisitos de aspecto brilhante para produtos revestidos a alumínio-silício
(superfície do tipo B, ver NOTA de 7.5.2.2);
12) gama e verificação da rugosidade de superfície (ver 7.5.3);
13) seleção do óleo de proteção (ver 7.6.1);
14) revestimento do tipo S (ver 7.6.6);
15) produtos isentos de pregas transversais (ver 7.7.1);
16) valor máximo ou mínimo da massa de revestimento em cada face do produto (ver 7.9);
17) tipo de inspeção e, se aplicável, tipo de documento de inspeção a fornecer (ver 8.1);
18) determinação, por cálculo, das características de tracção e/ou do índice de Bake-Hardening BH2 e/ou
da massa de revestimento (ver 8.3);
19) indicação da superfície a ser inspecionada (ver 8.5.4.2);
20) marcação pretendida por estampilhagem dos produtos (ver 9.2);
21) requisitos para embalagem (ver secção 10).
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6 Fabrico e tratamento
6.1 Fabrico
Os procedimentos utilizados para a elaboração do aço e fabrico dos produtos, salvo se existirem restrições
para a classe de aço selecionada, devem ser deixados ao critério do fabricante.

6.2 Tratamento

6.2.1 Envelhecimento
Em consequência do envelhecimento pode ocorrer uma redução da aptidão à conformação, em todos os
produtos fornecidos de acordo com este documento. No decurso do tratamento podem surgir sulcos ou
nervuras. O risco de sulcos ou nervuras aumenta com o tempo de armazenamento, em particular para
espessuras > 0,9 mm.
O utilizador deverá então processar os produtos tão rápido quanto possível após a sua receção (ver 7.2.1.3).

6.2.2 Aspeto do revestimento


A superfície do revestimento pode variar e apresentar um aspeto escuro devido à oxidação.
Devido ao envelhecimento do revestimento, pode-se produzir uma certa fissuração da superfície durante o
tratamento e consequentemente reduzir-se a resistência à abrasão.
O utilizador deverá ter estas características em consideração.

6.2.3 Proteção da superfície


No que diz respeito à proteção da superfície durante o transporte e armazenamento, devem ter-se em
consideração os seguintes pontos:
 Apenas uma resistência à corrosão temporária durante o transporte ou armazenamento é conferida por
qualquer proteção de superfície aplicada. Podem ocorrer alterações de cor.
 Em particular, a proteção com óleo é dependente do tempo de armazenamento. O filme de óleo,
inicialmente uniforme, torna-se cada vez mais desigual, podendo desenvolver-se pontos nus. Óleos
distintos podem apresentar diferentes comportamentos.

7 Requisitos
7.1 Composição química

A composição química determinada pela análise de vazamento deve estar conforme com os valores
indicados nos Quadros 1 a 5.
Se no ato da consulta e encomenda for acordada a análise do produto, os desvios admissíveis em relação à
análise do vazamento indicada nos Quadros 1 a 5 devem cumprir com os requisitos do Quadro 6.
NP
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Quadro 1 – Composição química (análise de vazamento) de aços de baixo carbono para conformação a frio
Composição química
Designação % em massa
máx.
Classe de aço
Símbolos dos tipos de
Nome Número do C Si Mn P S Ti a)
revestimento disponíveis
do aço aço

DX51D 1.0917 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 0,18 1,20 0,12

DX52D 1.0918 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

DX53D 1.0951 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

DX54D 1.0952 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS


0,12 0,50 0,60 0,10 0,045 0,30
DX55D 1.0962 +AS

DX56D 1.0963 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

DX57D 1.0853 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AS


a)
Por acordo no ato da consulta e encomenda, o teor de Ti para as classes de aço mencionadas neste Quadro pode ser reduzido para <
0,05 %, significando que a classe de aço é não ligada.

Quadro 2 – Composição química (análise de vazamento) de aços de construção


Composição química
Designação % em massa
máx.
Classe do aço
Símbolos dos tipos de
Nome do Número C Si Mn P S
revestimento disponíveis
aço do aço

S220GD 1.0241 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ

S250GD 1.0242 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

S280GD 1.0244 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

S320GD 1.0250 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS

S350GD 1.0529 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 0,20 0,60 1,70 0,10 0,045

S390GD 1.0238 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ

S420GD 1.0239 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ

S450GD 1.0233 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ

S550GD 1.0531 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ

Por acordo no ato da consulta e encomenda, se forem acrescentados outros elementos químicos, os mesmos devem ser
mencionados no documento de inspeção, o qual pode necessitar de uma alteração da classificação.
NP
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Quadro 3 – Composição química (análise de vazamento) de aços de alto limite de elasticidade para
conformação a frio
Designação Composição química
% em massa
Classe do aço
Símbolos dos tipos de C Si Mn P S Nb Ti
Número do Altotal
Nome do aço revestimento disponíveis máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx.
aço

HX160YD 1.0910 0,01 0,30 0,60 0,060 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX180YD 1.0921 0,01 0,30 0,70 0,060 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX180BD 1.0914 0,06 0,50 0,70 0,060 0,025 ≥ 0,015 0,09 0,12

HX220YD 1.0923 0,01 0,30 0,90 0,080 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX220BD 1.0919 0,08 0,50 0,70 0,085 0,025 ≥ 0,015 0,09 0,12

HX260YD 1.0926 0,01 0,30 1,60 0,10 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX260BD 1.0924 0,10 0,50 1,00 0,10 0,030 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX260LAD 1.0929 0,11 0,50 1,00 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,09 0,15
+Z, +ZF, +ZA,
HX300YD 1.0927 0,015 0,30 1,60 0,10 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12
+ZM, +AZ, +AS
HX300BD 1.0930 0,11 0,50 0,80 0,12 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX300LAD 1.0932 0,12 0,50 1,40 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,09 0,15

HX340BD 1.0945 0,11 0,50 0,80 0,12 0,025 ≥ 0,010 0,09 0,12

HX340LAD 1.0933 0,12 0,50 1,40 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,10 0,15

HX380LAD 1.0934 0,12 0,50 1,50 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,10 0,15

HX420LAD 1.0935 0,12 0,50 1,60 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,10 0,15

HX460LAD 1.0990 0,15 0,50 1,70 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,10 0,15

HX500LAD 1.0991 0,15 0,50 1,70 0,030 0,025 ≥ 0,015 0,10 0,15
NP
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Quadro 4 – Composição química (análise de vazamento) de aços multifase para conformação a frio (produtos
laminados a frio)
Designação Composição química
% em massa
Classe do aço Símbolos dos tipos C Si Mn P S Cr+Mo Nb+Ti V B
Número de revestimento Altotal
Nome do aço máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx.
do aço disponíveis

Aços bifásicos (X)

HCT450X 1.0937 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,14 0,75 2,00 0,080 0,015 0,015 a 1,0 1,00 0,15 0,20 0,005

HCT490X 1.0995 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,14 0,75 2,00 0,080 0,015 0,015 a 1,0 1,00 0,15 0,20 0,005

HCT590X 1.0996 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,15 0,75 2,50 0,040 0,015 0,015 a 1,5 1,40 0,15 0,20 0,005

HCT780X 1.0943 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,18 0,80 2,50 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,40 0,15 0,20 0,005

HCT980X 1.0944 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,20 1,00 2,90 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,40 0,15 0,20 0,005

HCT980XG a) 1.0997 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,23 1,00 2,90 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,40 0,15 0,20 0,005

Aços com plasticidade induzida por transformação (T)

HCT690T 1.0947 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,24 2,00 2,20 0,080 0,015 0,015 a 2,0 0,60 0,20 0,20 0,005

HCT780T 1.0948 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,25 2,20 2,50 0,080 0,015 0,015 a 2,0 0,60 0,20 0,20 0,005

Aços de fase complexa (C)

HCT600C 1.0953 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,18 0,80 2,20 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,20 0,005

HCT780C 1.0954 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,18 1,00 2,50 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,20 0,005

HCT980C 1.0955 +Z, +ZF, +ZA, +ZM 0,23 1,00 2,70 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,22 0,005
a)
XG significa aço bifásico com tensão de cedência aumentada.
NP
EN 10346
2016

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Quadro 5 – Composição química (análise de vazamento) de aços multifase para conformação a frio (produtos
laminados a quente)
Designação Composição química
% em massa
Classe do aço Símbolos dos
tipos de C Si Mn P S Cr+Mo Nb+Ti V B
Nome do aço Número do Altotal
revestimento máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx. máx.
aço disponíveis

Aços ferrítico-bainíticos (F)

HDT450F 1.0961 +Z, +ZF, +ZM 0,18 0,50 2,00 0,050 0,010 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,15 0,005

HDT580F 1.0994 +Z, +ZF, +ZM 0,18 0,50 2,00 0,050 0,010 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,15 0,01

Aços bifásicos (X)

HDT580X 1.0936 +Z, +ZF, +ZM 0,14 1,0 2,20 0,085 0,015 0,015 a 1,0 1,40 0,15 0,20 0,005

Aços de fase complexa (C)

HDT750C 1.0956 +Z, +ZF, +ZM 0,18 0,80 2,20 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,00 0,15 0,20 0,005

HDT760C 1.0998 +Z, +ZF, +ZM 0,18 1,00 2,50 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,00 0,25 0,20 0,005

HDT950C 1.0958 +Z, +ZF, +ZM 0,25 0,80 2,70 0,080 0,015 0,015 a 2,0 1,20 0,25 0,30 0,005
NP
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Quadro 6 – Desvios admissíveis à análise do produto a partir dos limites da análise do vazamento indicados
nos Quadros 1 a 5
Elemento Limite especificado da análise do vazamento nos Desvio admissível da análise
Quadros 1 a 5 do produto
% em massa % em massa
C ≤ 0,32 + 0,02
≤ 0,60 + 0,03
Si > 0,60 ≤ 0,80 + 0,05
> 0,80 ≤ 2,20 + 0,10
Mn ≤ 2,90 + 0,10
P ≤ 0,12 + 0,01
≤ 0,015 + 0,003
S
> 0,015 ≤ 0,045 + 0,005
≥ 0,010 - 0,005
Altotal
≤ 2,00 + 0,10
Cr + Mo ≤ 1,40 + 0,05
Nb ≤ 0,09 + 0,02
Ti ≤ 0,15 + 0,02
Nb + Ti ≤ 0,25 + 0,02
V ≤ 0,30 + 0,02
B ≤ 0,005 + 0,001

7.2 Características mecânicas

7.2.1 Generalidades

7.2.1.1 Os valores obtidos no ensaio de tração aplicam-se à direção de ensaio indicada nos Quadros 7 a 11 e
em 7.2.5.2. Eles referem-se à secção transversal do provete ensaiado sem revestimento.

7.2.1.2 O coeficiente de anisotropia plástico r (ver Quadros 7 e 9) e o coeficiente de encruamento n (ver


Quadros 7 e 9 a 11) devem ser determinados na gama de deformação homogénea com uma taxa de
encruamento de 10 % a 20 %.
O alongamento uniforme Ag do material ensaiado poderá ser inferior a 20 %. Neste caso, o alongamento
uniforme Ag representa o limite superior da taxa de encruamento, devendo ser acordado no ato da consulta e
encomenda o limite inferior da taxa de encruamento.
NP
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7.2.1.3 As características mecânicas especificadas (e ausência de vermiculares para a qualidade de superfície


B ou C, ver 7.5.2 e 7.8) são aplicáveis às seguintes classes de aço e períodos a partir da data acordada à qual
os produtos são disponibilizados:
a) Características mecânicas:
1) 1 mês para as classes de aço DX51D, DX52D e DX53D e para as classes de aço de construção;
2) 3 meses para os aços endurecidos por aquecimento e para os aços multifase;
3) 6 meses para as classes de aço DX54D, DX55D, DX56D e DX57D e para os aços de alto limite de
elasticidade, com exceção dos aços endurecidos por aquecimento.
b) Ausência de vermiculares para a qualidade de superfície B ou C:
1) 3 meses para os aços endurecidos por aquecimento, se a temperatura de armazenamento for inferior a
50 ºC;
2) 6 meses para as classes de aço DX54D, DX55D, DX56D e DX57D e para os aços sem interstícios;
3) sem requisito de período fixado para todos os outros aços.

7.2.2 Aços de baixo carbono para conformação a frio

7.2.2.1 Os produtos devem cumprir com os requisitos do Quadro 7.

7.2.2.2 Se acordado no ato da consulta e encomenda, os produtos especificados no Quadro 7, exceto a classe
de aço DX51D, podem ser fornecidos com base na aptidão para o fabrico de uma peça em particular. Neste
caso os valores dados no Quadro 7 não se aplicam. As tolerâncias de rejeição resultantes do processamento
do material não devem exceder a proporção específica acordada no ato da consulta e encomenda.
NP
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Quadro 7 – Características mecânicas (direção transversal) de aços de baixo carbono para conformação a frio
Coeficiente
Extensão Coeficiente
Designação Tensão de Tensão de de
após de
cedência rotura anisotropia
rotura encruamento
plástica
Classe do aço A80 b)
Símbolos dos tipos de Re a) Rm r90 n90
Nome do Número %
revestimento disponíveis MPag) MPag) mín. mín.
aço do aço mín.
DX51D 1.0917 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS - 270 a 500 22 - -
DX52D 1.0918 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 140 a 300 c) 270 a 420 26 - -
DX53D 1.0951 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 140 a 260 270 a 380 30 - -
DX54D 1.0952 +Z, +ZA 120 a 220 260 a 350 36 1,6 d) 0,18
d)
DX54D 1.0952 +ZF, +ZM 120 a 220 260 a 350 34 1,4 0,18
DX54D 1.0952 +AZ 120 a 220 260 a 350 36 - -
DX54D 1.0952 +AS 120 a 220 260 a 350 34 1,4 d) e) 0,18 e)
DX55D f) 1.0962 +AS 140 a 240 270 a 370 30 - -
d)
DX56D 1.0963 +Z, +ZA 120 a 180 260 a 350 39 1,9 0,21
DX56D 1.0963 +ZF, +ZM 120 a 180 260 a 350 37 1,7 d) e) 0,20 e)
DX56D 1.0963 +AZ, +AS 120 a 180 260 a 350 39 1,7 d) e) 0,20 e)
DX57D 1.0853 +Z, +ZA 120 a 170 260 a 350 41 2,1 d) 0,22
d) e)
DX57D 1.0853 +ZF, +ZM 120 a 170 260 a 350 39 1,9 0,21 e)
)
DX57D 1.0853 +AS 120 a 170 260 a 350 41 1,9 d) e) 0,21 e
a)
Se a cedência não for pronunciada, os valores aplicam-se à tensão limite convencional de proporcionalidade a 0,2 % (Rp0,2);
se a cedência for pronunciada, os valores aplicam-se para a tensão de cedência inferior (ReL).
b)
Os valores mínimos de extensão são diminuídos
de 2 unidades para espessuras t > 0,50 mm e ≤ 0,70 mm,
de 4 unidades para espessuras t > 0,35 mm e ≤ 0,50 mm e
de 7 unidades para espessuras t ≤ 0,35 mm
c)
Para a qualidade de superfície A, o valor superior para a tensão de cedência Re é de 360 MPa.
d)
Para t > 1,5 mm e t < 2 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,2.
Para t ≥ 2 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,4.
e)
Para t > 0,5 mm e t ≤ 0,70 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,2,
Para t > 0,35 mm e t ≤ 0,50 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,4 e
Para t ≤ 0,35 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,6.
Para t > 0,5 mm e t ≤ 0,70 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,01,
Para t > 0,35 mm e t ≤ 0,50 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,03 e
Para t ≤ 0,35 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,04.
f)
A extensão mínima de produtos em DX55D+AS que sistematicamente não cumpre a encomenda deverá ser registada. O
DX55D+AS é caracterizado por uma melhor resistência térmica.
g)
1 MPa = 1 N/mm2.
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7.2.3 Aços de construção


Os produtos devem cumprir com os requisitos do Quadro 8.
Quadro 8 – Características mecânicas (direção longitudinal) de aços de construção
Designação Características mecânicas
Classe do aço Limite de Tensão de rotura Extensão após
elasticidade rotura
Símbolos para os tipos de Rm b) A80 c)
Nome do Número do revestimento disponíveis Rp0,2 a)
%
aço aço MPad)
d)
MPa mín. mín.
mín.
S220GD 1.0241 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ 220 300 20

S250GD 1.0242 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 250 330 19

S280GD 1.0244 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 280 360 18

S320GD 1.0250 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 320 390 17

S350GD 1.0529 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ, +AS 350 420 16

S390GD 1.0238 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ 390 460 16

S420GD 1.0239 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ 420 480 15

S450GD 1.0233 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ 450 510 14

S550GD 1.0531 +Z, +ZF, +ZA, +ZM, +AZ 550 560 -


a) Se a cedência for pronunciada, os valores aplicam-se para a tensão de cedência superior ReH.
b) Para todas as classes exceto S550GD, pode ser esperada uma gama de variação para a resistencia à tração de 140 MPa.
c) Os valores mínimos de extensão são diminuídos
de 2 unidades para espessuras t > 0,50 mm e ≤ 0,70 mm,
de 4 unidades para espessuras t > 0,35 mm e ≤ 0,50 mm
e de 7 unidades para espessuras t ≤ 0,35 mm.
d)
1 MPa = 1 N/mm2.

7.2.4 Aços de alto limite de elasticidade para conformação a frio

7.2.4.1 Os produtos devem cumprir com os requisitos do Quadro 9.

7.2.4.2 Se acordado no ato da consulta e encomenda, podem ser fornecidos produtos com aptidão para o
fabrico de um determinado componente. Nesse caso não se aplicam os valores do Quadro 9. As tolerâncias
de rejeição resultantes do processamento do material não devem ultrapassar uma determinada percentagem
acordada no ato da consulta e encomenda.
NP
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Quadro 9 – Características mecânicas (direção transversal) de aços de alto limite de elasticidade para
conformação a frio
Coeficiente
Índice de Extensão Coeficiente
Limite de Tensão de de
Designação Bake- após de
elasticidade rotura anisotropia
hardening rotura encruamento
plástica
Rp0,2 a)
Classe do aço Símbolos para BH2 A80 b) c) r90 c) d) e) n90 e)
MPaf)
os tipos de Rm
Número MPaf) %
Nome do aço revestimento MPaf)
do aço disponíveis mín. mín. mín. mín.

HX160YD 1.0910 160 a 220 - 300 a 360 37 1,9 0,20


HX180YD 1.0921 180 a 240 - 330 a 390 34 1,7 0,18
HX180BD 1.0914 180 a 240 30 290 a 360 34 1,5 0,16
HX220YD 1.0923 220 a 280 - 340 a 420 32 1,5 0,17
HX220BD 1.0919 220 a 280 30 320 a 400 32 1,2 0,15
HX260YD 1.0926 260 a 320 - 380 a 440 30 1,4 0,16
HX260BD 1.0924 260 a 320 30 360 a 440 28 - -
HX260LAD 1.0929 260 a 330 - 350 a 430 26 - -
+Z, +ZF, +ZA,
HX300YD 1.0927 +ZM, +AZ, 300 a 360 - 390 a 470 27 1,3 0,15
+AS
HX300BD 1.0930 300 a 360 30 400 a 480 26 - -
HX300LAD 1.0932 300 a 380 - 380 a 480 23 - -
HX340BD 1.0945 340 a 400 30 440 a 520 24 - -
HX340LAD 1.0933 340 a 420 - 410 a 510 21 - -
HX380LAD 1.0934 380 a 480 - 440 a 560 19 - -
HX420LAD 1.0935 420 a 520 - 470 a 590 17 - -
HX460LAD 1.0990 460 a 560 - 500 a 640 15 - -
HX500LAD 1.0991 500 a 620 - 530 a 690 13 - -
a)
Se a cedência for pronunciada, os valores aplicam-se para a tensão de cedência inferior ReL.
b) Os valores mínimos de extensão são diminuídos
de 2 unidades para espessuras t > 0,50 mm e ≤ 0,70 mm,
de 4 unidades para espessuras t > 0,35 mm e ≤ 0,50 mm e
de 7 unidades para espessuras t ≤ 0,35 mm
c) Para revestimentos AS, AZ, ZF e ZM, os valores mínimos A80 são reduzidos de 2 unidades e os valores mínimos r90 são reduzidos de 0,2.
d) Para t > 1,5 mm e t < 2 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,2.
Para t ≥ 2 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,4.
e)
Para t > 0,5 mm e t ≤ 0,70 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,2,
Para t > 0,35 mm e t ≤ 0,50 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,4 e
Para t ≤ 0,35 mm, aplica-se um valor mínimo de r90 reduzido de 0,6.
Para t > 0,5 mm e t ≤ 0,70 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,01,
Para t > 0,35 mm e t ≤ 0,50 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,03 e
Para t ≤ 0,35 mm, aplica-se um valor mínimo de n90 reduzido de 0,04.
f)
1 MPa = 1 N/mm2.
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7.2.5 Aços multifase para conformação a frio

7.2.5.1 Os produtos devem cumprir com os requisitos do Quadro 10 ou do Quadro 11.

7.2.5.2 Os valores do ensaio de tração aplicam-se a provetes longitudinais. Se encomendada de acordo com
7.2.5.1, os valores das características mecânicas dos Quadros 10 e 11 aplicam-se por um período de três
meses, para todas as classes, com início a partir da data em que os produtos são disponibilizados pelo
produtor.

Quadro 10 – Características mecânicas de aços multifase para conformação a frio (produtos laminados a frio)
Classe do aço Limite de Tensão de Extensão após Coeficiente de Índice de
elasticidade rotura rotura encruamento Bake-hardening
+Z, +ZF, +ZA, +ZM
Rm A80 b) c) n10-UE BH2
Rp0,2
Número do MPa a)
% MPaa)
Nome do aço MPaa)
aço
mín. mín. mín. mín.

Aços bifásicos (X)

HCT450X 1.0937 260 a 340 450 27 0,16 30

HCT490X 1.0995 290 a 380 490 24 0,15 30

HCT590X 1.0996 330 a 430 590 20 0,14 30

HCT780X 1.0943 440 a 550 780 14 - 30

HCT980X 1.0944 590 a 740 980 10 - 30

HCT980XGd) 1.0997 700 a 850 980 8 - 30

Aços com plasticidade induzida por transformação (T)

HCT690T 1.0947 400 a 520 690 23 0,19 40

HCT780T 1.0948 450 a 570 780 21 0,16 40

Aços de fase complexa (C)

HCT600C 1.0953 350 a 500 600 16 - 30

HCT780C 1.0954 570 a 720 780 10 - 30

HCT980C 1.0955 780 a 950 980 6 - 30


a)
1 MPa = 1 N/mm2.
b)
Os valores mínimos de extensão são diminuídos de 2 unidades para espessuras t < 0,60 mm
c) Para revestimentos ZF aplica-se o valor mínimo da extensão reduzido de 2 unidades. Para revestimentos ZF em produtos com espessuras t
< 0,60 mm, aplica-se o valor mínimo da extensão reduzido de 4 unidades.
d)
XG significa aço bifásico com tensão de cedência aumentada.
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Quadro 11 – Características mecânicas (direção longitudinal) de aços multifase para conformação a frio
(produtos laminados a quente)
Classe de aço Limite de Tensão de Extensão após Coeficiente de
elasticidade rotura rotura encruamento
+Z, +ZF, +ZM
Rm A80 n10-UE
Número do Rp0,2
Nome do aço MPaa) %
aço MPa a)
mín. mín. mín.

Aços ferrítico-bainíticos (F)

HDT450F 1.0961 300 a 420 450 24 -

HDT580F 1.0994 460 a 620 580 15 -

Aço bifásico (X)

HDT580X 1.0936 330 a 450 580 19 0,13

Aços de fase complexa (C)

HDT750C 1.0956 620 a 760 750 10 -

HDT760C 1.0998 660 a 830 760 10 -

HDT950C 1.0958 720 a 950 950 9 -


a)
1 MPa = 1 N/mm2.

7.3 Tipos de revestimento e massa do revestimento

7.3.1 Os produtos devem ser fornecidos com revestimentos de zinco (Z), liga zinco-ferro (ZF), liga
zinco-alumínio (ZA), liga zinco-magnésio (ZM), liga alumínio-zinco (AZ) ou liga alumínio-silício (AS)
como especificado nos Quadros 1, 2, 3, 4 ou 5.

7.3.2 As massas de revestimento disponíveis são dadas no quadro 12. Desvios nas massas de revestimento
e/ou diferentes massas em cada superfície podem ser fornecidos se acordado no acto da consulta e da
encomenda.
Revestimentos mais espessos podem limitar a aptidão à conformação e soldabilidade dos produtos. Portanto,
os requisitos de conformação e soldabilidade devem ser tidos em consideração no ato da encomenda da
massa do revestimento.
As superfícies podem ter uma aparência diferente, como resultado do processo de fabrico.
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Quadro 12 – Massa do revestimento


Massa total mínima Valores indicativos teóricos para a Massa volúmica
do revestimento a), para as duas faces espessura do revestimento por
Designação do
g/m2 superfície no ensaio em um ponto
revestimento
µm g/cm3
Ensaio em três Ensaio em um Valor típicob) Gama
pontos ponto
Massas do revestimento de zinco (Z)
Z100 100 85 7 5 a 12
Z140 140 120 10 7 a 15
Z200 200 170 14 10 a 20
Z225 225 195 16 11 a 22
7,1
Z275 275 235 20 13 a 27
Z350 c) 350 300 25 17 a 33
c)
Z450 450 385 32 22 a 42
c)
Z600 600 510 42 29 a 55
Massas do revestimento da liga de zinco-ferro (ZF)
ZF100 100 85 7 5 a 12
7,1
ZF120 120 100 8 6 a 13
Massas do revestimento da liga de zinco-alumínio (ZA)
ZA095 95 80 7 5 a 12
ZA130 130 110 10 7 a 15
ZA185 185 155 14 10 a 20
6,6
ZA200 200 170 15 11 a 21
ZA255 255 215 20 15 a 27
c)
ZA300 300 255 23 17 a 31
Massas do revestimento da liga de zinco-magnésio (ZM)
ZM060 60 50 4,5 4a8
ZM070 70 60 5,5 4a8
ZM080 80 70 6 4 a 10
ZM090 90 75 7 5 a 10
ZM100 100 85 8 5 a 11
ZM120 120 100 9 6 a 14
ZM130 130 110 10 7 a 15 6,2 a 6,6 d
ZM140 140 120 11 8 a 16
ZM150 150 130 11,5 8 a 17
c)
ZM160 160 130 12 8 a 17
c)
ZM175 175 145 13 9 a 18
c)
ZM190 190 160 15 10 a 20
c)
ZM200 200 170 15 10 a 20
(continua)
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Quadro 12 – Massa do revestimento (conclusão)


Massa total mínima Valores indicativos teóricos para a Massa volúmica
do revestimento a), para as duas faces espessura do revestimento por
Designação do
g/m2 superfície no ensaio em um ponto
revestimento
µm g/cm3
Ensaio em três Ensaio em um Valor típicob) Gama
pontos ponto
ZM250 c) 250 215 19 13 a 25
c)
ZM300 300 255 23 17 a 30
c)
ZM310 310 265 24 18 a 31
ZM350 c) 350 300 27 19 a 33
c)
ZM430 430 365 35 26 a 46
Massas do revestimento da liga de alumínio-zinco (AZ) e)
AZ100 100 85 13 9 a 19
AZ150 150 130 20 15 a 27 3,8
AZ185 185 160 25 19 a 33
Massas do revestimento da liga de alumínio-silício (AS) e)
AS060 60 45 10 7 a 15
AS080 80 60 14 10 a 20
c)
AS100 100 75 17 12 a 23 3,0
c)
AS120 120 90 20 15 a 27
c)
AS150 150 115 25 19 a 33
a)
Ver 7.9.
b)
A espessura do revestimento pode ser calculada a partir da massa do revestimento (ver 7.9). Os valores de
espessura obtidos pelo cálculo são apenas para informação.
c)
Apenas classes de aço conformes com os Quadros 7 e 8 e classes de aço LAD conformes com o Quadro 9.
d)
Para a determinação da espessura de revestimentos ZM, pode ser utilizado como valor de orientação para os
cálculos a massa volúmica de 6,2 a 6,6 g/m3 (ver também 3.4, NOTAS).
e)
Exceto para aços multifase.

7.4 Acabamento do revestimento

7.4.1 Generalidades
Os possíveis acabamentos do revestimento estão indicados nos Quadros 13 a 15 para os tipos relevantes de
revestimento.
Dependendo das condições de revestimento, surgem cristais de diferentes tamanhos e brilho. A qualidade do
revestimento não é afetada.
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7.4.2 Produtos revestidos a zinco (Z)

7.4.2.1 Flor normal (N)


Este acabamento é obtido quando o revestimento de zinco é deixado a solidificar naturalmente. Dependendo
das condições de galvanização, pode não aparecer flor ou cristais de zinco de diferentes tamanhos e brilho. A
qualidade do revestimento não é afetada.
Se for pretendida uma flor pronunciada, tal deve ser especificado no ato de consulta e encomenda.

7.4.2.2 Flor minimizada (M)


Este acabamento é obtido pela influência de uma maneira específica no processo de solidificação. A
superfície terá flores reduzidas, em alguns casos, não visíveis a olho nu. Este acabamento pode ser
encomendado se a flor normal (ver 7.4.2.1) não satisfizer os requisitos de aparência de superfície.

7.4.3 Produtos revestidos a liga de zinco-ferro (ZF)


O revestimento de liga de zinco-ferro normal é obtido por um tratamento térmico de difusão do ferro no
zinco. A superfície tem uma aparência uniforme de cinza mate.

7.4.4 Produtos revestidos a liga de zinco-alumínio (ZA)


O acabamento do revestimento apresenta um brilho metálico, o qual resulta do crescimento livre dos cristais
de zinco-alumínio durante a solidificação normal. Dependendo das condições de fabrico, cristais de
diferentes tamanhos e brilho podem aparecer. A qualidade do revestimento não é afetada.

7.4.5 Produtos revestidos a liga de zinco-magnésio (ZM)


Como resultado de uma solidificação normal do revestimento, a superfície apresenta uma aparência metálica
uniforme e poderá ser ligeiramente mate para brilhante. Também poderá apresentar variações de aparência e
tendência para o escurecimento.

7.4.6 Produtos revestidos a liga de alumínio-zinco (AZ)


Os produtos são fornecidos com uma flor normal. A flor normal é um acabamento do revestimento que
apresenta um brilho metálico, o qual resulta do crescimento livre dos cristais de alumínio-zinco durante a
solidificação normal.
Se for pretendida uma flor pronunciada, tal deve ser especificado no ato de consulta e encomenda.

7.4.7 Produtos revestidos a liga de alumínio-sílício (AS)


Contrariamente aos outros produtos revestidos por imersão a quente, uma camada de liga (Al-Fe-Si)
relativamente pronunciada é formada sobre o material de base durante o revestimento por imersão a quente.
Tal deve ser tido em consideração no processamento posterior. Se um valor máximo para a massa desta
camada é requerido, tal deve ser especialmente acordado aquando da consulta e encomenda. O método de
ensaio é descrito no anexo C.

7.5 Qualidade de superfície

7.5.1 Generalidades
Os produtos podem ser fornecidos com uma das qualidades de superfície descritas em 7.5.2 (Ver Quadros 13
a 15).
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Quadro 13 – Revestimentos, acabamentos e qualidades de superfície disponíveis para revestimentos


de zinco (Z)
N M
Designação do Qualidade da superfície a)
revestimento a)
A A B C
Z100 X X X X
Z140 X X X X
Z200 X X X X
Z225 X X X X
Z275 X X X X
(Z350) (X) (X) (X) -
(Z450) (X) (X) - -
(Z600) (X) (X) - -
a)
Os revestimentos e qualidades de superfície entre parêntesis estão disponíveis por acordo.

Quadro 14 – Revestimentos e qualidades de superfície disponíveis para revestimentos de liga


zinco-ferro (ZF)
Designação do revestimento Qualidade da superfície
A B C
ZF100 X X X
ZF120 X X X
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Quadro 15 – Revestimentos, acabamentos e qualidades de superfície disponíveis para revestimentos de ligas


zinco-alumínio (ZA), zinco-magnésio (ZM), alumínio-zinco (AZ) e alumínio-silício (AS)
Designação do revestimento Qualidade da superfície a)
A B C
Revestimentos de zinco-alumínio (ZA)
ZA095 X X X
ZA130 X X X
ZA185 X X X
ZA200 X X X
ZA255 X X X
ZA300 X - -
Revestimentos de zinco-magnésio (ZM)
ZM060 X X X
ZM070 X X X
ZM080 X X X
ZM090 X X X
ZM100 X X X
ZM120 X X X
ZM130 X X X
ZM140 X X X
ZM150 X X X
(ZM160) (X) (X) (X)
(ZM175) (X) (X) (X)
(ZM200) (X) (X) (X)
(ZM250) (X) (X) (X)
(ZM300) (X) (X) (X)
(ZM310) (X) (X) (X)
(ZM350) (X) (X) (X)
(ZM430) (X) (X) (X)
Revestimentos de alumínio-zinco (AZ)
AZ100 X X X
AZ150 X X X
AZ185 X X X
Revestimentos de alumínio-silício (AS)
AS060 X X (X)
AS080 X X X
AS100 X X X
AS120 X X (X)
AS150 X (X) (X)
a)
As qualidades de superfície entre parêntesis estão disponíveis por acordo.
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7.5.2 Tipos de qualidades de superfície

7.5.2.1 Superfície revestida em bruto (A)


São admissíveis imperfeições tais como pequenos grãos, marcas, arranhões, variações na aparência, pontos
negros e leves manchas de passivação. Podem aparecer sulcos de uniformização por tração ou marcas de
escorrimento, bem como pregas transversais e vermiculares. Uma superfície revestida em bruto (A) poderá
ser fornecida com ou sem ligeiro encruamento a frio (skin pass) ao critério do produtor.

7.5.2.2 Superfície melhorada (B)


A qualidade de superfície B é obtida por ligeiro encruamento a frio (skin pass). Com esta qualidade de
superfície são admissíveis pequenas imperfeições tais como sulcos de uniformização por tração, marcas do
ligeiro encruamento a frio (skin pass), ligeiras pregas transversais, marcas de escorrimento e leves manchas
de passivação.
NOTA: Para aplicações especiais e condições acordadas no ato de consulta e encomenda, os produtos revestidos a alumínio-silício
(AS) podem ser fornecidos com aspeto brilhante. Neste caso a superfície é do tipo “B”.

7.5.2.3 Superfície de qualidade superior (C)


A qualidade de superfície C é obtida por um ligeiro encruamento a frio (skin pass). A superfície controlada
deverá possibilitar a aplicação de um acabamento uniforme de nível superior a tinta. A face oposta deve ter
no mínimo as características de superfície B (ver 7.5.2.2).
NOTA: Para produtos revestidos a alumínio-silício (AS) pontos pequenos não revestidos ( < 1 mm) não podem ser totalmente
excluídos. Este produto não pode ser utilizado para aplicações exteriores no fabrico de automóveis.

7.5.3 Rugosidade
Uma gama para rugosidades de superfície (valores de Ra) e a sua verificação, pode ser acordada no ato da
consulta e encomenda. Este conceito não é aplicável para superfícies sem um ligeiro encruamento a frio (skin
pass) (superfície de qualidade A).

7.6 Tratamento da superfície (proteção de superfície)


7.6.1 Generalidades
No ato de consulta e encomenda uma das seguintes condições de tratamento da superfície deve ser acordada:
– quimicamente passivada C
– oleada O
– quimicamente passivada e oleada CO
– fosfatada P
– fosfatada e oleada PO
– selada S
NOTA 1: O efeito da proteção da superfície “oleada” depende especialmente do impacto temporário das condições de
armazenagem e transporte (ver 6.2.3).

Os produtos apenas são fornecidos sem tratamento da superfície (não tratado (U)) se expressamente desejado
e assumido pelo cliente à sua própria responsabilidade (ver também Nota 2 no final desta secção).
Habitualmente os produtos são fornecidos quimicamente passivados e/ou oleados. No caso oleado, ambos os
lados são protegidos da corrosão por uma camada neutra de óleo não secativo, liberto de impurezas e
uniformemente espalhado. Sob condições normais de embalagem, transporte, manuseamento e
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armazenamento, não deverá ocorrer corrosão no espaço de três meses após a data de fabrico disponibilizada
pelo produtor. Seja como for o período proporcionado de proteção depende das condições atmosféricas e de
armazenagem.
Deve ser possível remover a camada de óleo por soluções alcalinas ou usuais solventes. A escolha dos óleos
de proteção deve ser acordada no ato de consulta e encomenda.
O cliente deve indicar claramente no ato da consulta e encomenda que não requer superfícies oleadas e/ou
quimicamente passivadas.
Perante condições de transporte ou armazenagem tais que a proteção especial contra a corrosão é requerida, o
cliente deve informar o produtor no ato da consulta e encomenda.
NOTA 2: No caso de encomendas de produtos não protegidos, o produtor não é responsável pelos riscos de corrosão. O cliente deve
ser também alertado que há grande risco de aparecimento de arranhões durante o manuseamento, transporte e aplicação.

7.6.2 Passivação química (C)


A passivação química protege a superfície da humidade e reduz o risco de formação de produtos da corrosão
durante o transporte e o armazenamento.
Este tratamento pode originar colorações locais que não comprometem a qualidade.
7.6.3 Oleamento (O)
Este tratamento reduz o risco de formação de produtos da corrosão.
Deve ser possível remover a camada de óleo com um solvente desengordurante adequado que não afecte o
revestimento de forma adversa.

7.6.4 Passivação química e oleamento (CO)


É possível um acordo sobre esta combinação de tratamento da superfície, conforme 7.6.2 e 7.6.3, caso seja
requerida uma proteção reforçada contra a formação de produtos da corrosão.

7.6.5 Fosfatação (P)


Este tratamento melhora a aderência e o efeito protetor do revestimento aplicado pelo processador. De igual
modo, também reduz o risco de corrosão durante o transporte e o armazenamento.
A fosfatação combinada com o oleamento (PO) pode melhorar a aptidão à conformação.

7.6.6 Selagem (S)


A aplicação de uma película de revestimento orgânico, em um ou ambos os lados, com uma taxa de
deposição de aproximadamente 1 g/m2.
Este tratamento oferece uma proteção adicional contra a corrosão, incrementando um bom desempenho
contra dedadas. Pode melhorar as características de deslizamento durante operações de conformação e pode
ser usado como revestimento primário para subsequente pintura.
Este tipo de revestimento S, deverá ser acordado no ato da consulta e encomenda.

7.7 Pregas transversais e dobragens (ondulações)

7.7.1 Isenção de pregas transversais


Se acordados no ato de consulta e encomenda requisitos específicos de ausência de pregas transversais, é
recomendável encomendar qualidade de superfície melhorada B (ver 7.5.2.2).
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7.7.2 Dobragens (ondulações) por enrolamento da bobina no tambor


Para bandas de espessura ≥ 0,90 mm podem ser esperadas dobras (ondulações) devido ao enrolamento da
banda no tambor. Quando em processamento tem de ser utilizado equipamento para nivelamento (com rolos
de pequeno diâmetro).

7.8 Vermiculares
Com o objetivo de evitar a formação de vermiculares aquando da conformação a frio, é recomendado
encomendar qualidade de superfície melhorada B (ver 7.5.2.2). Dado haver uma tendência para que os
vermiculares reapareçam de novo após algum tempo, é de todo o interesse do cliente utilizar os produtos o
mais cedo possível.

7.9 Massa de revestimento


A massa de revestimento deve corresponder aos valores indicados no Quadro 12. Estes valores
correspondem à massa total do revestimento em ambas as superfícies para o ensaio de três pontos e o ensaio
de ponto único (ver 8.4.3 e 8.5.5).
A massa de revestimento não se encontra sempre uniformemente distribuída em ambas as superfícies do
produto. Pode no entanto assumir-se que existe em cada superfície do produto uma massa de revestimento de
pelo menos 40 % do valor indicado no Quadro 12 para o ensaio de ponto único.
Para cada revestimento indicado no Quadro 12, um valor máximo ou mínimo para a massa de revestimento
por superfície do produto (ensaio de ponto único) deve ser acordada no ato de consulta e encomenda.
A espessura do revestimento pode ser calculada através das massas de revestimento, conforme o
exemplificado:
Uma massa de revestimento de zinco de 100 g/m2 em ambas as superfícies, corresponde a uma espessura de
revestimento de cerca de 7,0 µm por superfície.
mz
 tz (1)
2d
onde:
mz = massa de revestimento de zinco em ambas as superfícies (g/m2)
d = massa volúmica do zinco (g/cm3)
tz = espessura do revestimento de zinco (m por superfície)
Um cálculo similar pode ser aplicado para outros revestimentos (ver Quadro 12).

7.10 Aderência do revestimento


A aderência do revestimento deve ser ensaiada utilizando um método apropriado. A seleção do método é
deixada ao critério do produtor.

7.11 Estado da superfície

7.11.1 A superfície deve estar conforme os requisitos das secções 7.4 a 7.6.

7.11.2 Quando o fornecimento da banda é feito em bobinas, existe um risco maior de defeitos de superfície
quando são fornecidas chapas e formatos pois o produtor não tem possibilidade de eliminar todos os defeitos
numa bobina. Tal deve ser tomado em consideração pelo cliente na avaliação dos produtos.
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7.12 Tolerâncias nas dimensões e forma


Devem ser aplicados os requisitos da EN 10143.

7.13 Aptidão a processamentos adicionais

7.13.1 Os produtos de acordo com os requisitos desta norma (exceto a qualidade S550GD) devem ser
adequados para soldadura utilizando métodos normais. Se apropriado, para maiores massas de revestimentos
devem ser tomadas medidas especiais relativamente a soldadura.

7.13.2 Os produtos em conformidade com os requisitos desta norma podem ser adequados para uma ligação
por colagem, se for previamente aplicado um tratamento de superfície adequado.

7.13.3 Todas as qualidades de aço e estados de superfície são adequados para revestimentos orgânicos, se for
previamente aplicado um tratamento de superfície adequado. A aparência final do produto e a sua aptidão ao
uso dependem do acabamento do revestimento (ver 7.4).

8 Inspeção

8.1 Tipos de inspeção e de documentos de inspeção

8.1.1 Salvo indicação em contrário no ato da consulta e encomenda (ver 8.1.2 e 8.1.3), os produtos devem ser
fornecidos com inspeção não específica sem documento de inspeção.
8.1.2 Ensaios específicos de acordo com os requisitos 8.2 a 8.6 podem ser definidos no ato de consulta e
encomenda.

8.1.3 O tipo de documento de inspeção a ser fornecido de acordo com a EN 10204:2004, se requerido no
caso de uma inspeção não específica (documento de inspeção 2.1 ou 2.2) ou requerido obrigatoriamente no
caso de uma inspeção específica (documento de inspeção 3.1 ou 3.2), deve ser especificado no ato de
consulta e encomenda.
Se especificado um certificado de inspeção tipo 3.2, o cliente deve notificar ao produtor, o nome e endereço
da organização ou pessoa que realiza a inspeção e produz o documento de inspeção. Também deve ser
acordado quem deve emitir o certificado.

8.2 Unidades de ensaio


A unidade de ensaio consiste num máximo de 20 t ou uma fração de 20 t de produtos planos revestidos por
imersão a quente da mesma qualidade e espessura nominal, massa do revestimento e estado de superfície. No
caso de bandas, uma bobina pesando mais de 20 t deve ser considerada uma unidade de ensaio.

8.3 Ensaios a realizar


Uma série de ensaios deve ser efetuada por unidade de ensaio como especificado na secção 8.2 para
determinar:
– as características mecânicas (ver 8.5.1);
– os valores de r e n se especificados nos Quadros 7, 9, 10 ou 11 (ver 8.5.2);
– o índice de Bake-Hardening BH2, se especificado nos Quadros 9 ou 10 (ver 8.5.3);
– a massa do revestimento (ver 8.5.5).
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Se acordado no ato da consulta e encomenda, o produtor pode determinar as características à tração e/ou o
índice de Bake-Hardening BH2 e/ou a massa do revestimento por cálculo de acordo com um método
aprovado.

8.4 Amostragem

8.4.1 No caso de bandas, as amostras devem ser tomadas no princípio ou fim da bobina. No caso de chapas e
formatos, a seleção da amostra deve ser deixada ao critério do fornecedor.

8.4.2 A amostra para o ensaio de tração (ver 8.5.1) deve ser tomada na direção especificada (ver Quadros 7,
8, 9, 10 e 11), a uma distância de pelo menos 50 mm do bordo do produto.

8.4.3 As três amostras para ensaiar a massa do revestimento (ver 8.5.5) devem ser tomadas conforme
indicado na Figura 1, se a largura o permitir. As amostras podem ser redondas ou quadradas e cada uma deve
ter individualmente pelo menos uma área de 5000 mm2.

Dimensões em milímetro

Legenda:
b largura da banda ou chapa
Figura 1 – Posição das amostras para determinação da massa do revestimento
Se a amostragem, como mostra a Figura 1, não for possível devido à largura do produto ser demasiado
pequena, deve ser tomada apenas uma amostra com uma área de pelo menos 5000 mm2. A massa do
revestimento determinada desta amostra deve estar conforme com os requisitos relativos ao ensaio de ponto
único, especificados no Quadro 12.

8.4.4 Todas as amostras devem ser tomadas e maquinadas, se necessário, de modo que os resultados dos
ensaios não sejam afetados.

8.5 Métodos de ensaio

8.5.1 Ensaio de tração


O ensaio de tração deve ser efetuado como especificado na EN ISO 6892-1:2009 (ver também 7.2.1.1). O
ensaio de tração deve ser efectuado utilizando provetes com ou sem revestimento, ao critério do produtor.
Para produtos com espessura inferior a 3 mm o provete utilizado (comprimento inicial entre referências
Lo = 80 mm, largura b = 20 mm) deve ser do tipo 2 de acordo com o Anexo B da EN ISO 6892-1:2009.
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8.5.2 Coeficientes de anisotropia plástica e de encruamento


A determinação do coeficiente de anisotropia plástica r e do coeficiente de encruamento n deve ser efetuada
de acordo com a ISO 10113 e ISO 10275, respetivamente.

8.5.3 Índice de Bake Hardening


A determinação do incremento da tensão de cedência por efeito de tratamento térmico (Bake-Hardening –
Índice BH2) deve ser efetuada de acordo com a EN 10325.

8.5.4 Inspeção da superfície

8.5.4.1 A superfície do produto deve ser visualmente inspecionada para verificação da conformidade com os
requisitos da secção 7.4 a 7.6.

8.5.4.2 Salvo acordo em contrário no ato da consulta e encomenda, somente uma das superfícies deve ser
inspecionada no produtor. Se requerido, o produtor deve informar o cliente qual é a superfície inspeccionada,
a superfície de topo ou a superfície inferior.
Pequenas fissuras que possam ocorrer no caso de bordos naturais não são justificação para rejeição.
8.5.4.3 As medições de rugosidade (Ra), quando aplicável (ver 7.5.3), devem ser efetuadas de acordo com a
EN 10049.

8.5.5 Massa de revestimento

8.5.5.1 Generalidades
A massa de revestimento deve ser determinada pela diferença de massa das amostras antes e depois da
remoção química do revestimento. Quando o ensaio se efetua utilizando provetes que cumprem as indicações
da Figura 1, o resultado do ensaio em três pontos é a média aritmética dos três resultados do ensaio. Cada
resultado individual deve cumprir os requisitos do ensaio de ponto único indicados no Quadro 12.
Outros métodos. por exemplo, ensaios não destrutivos, podem ser utilizados pelo produtor para medições e
relatórios.
Em caso de litígio, devem ser utilizados os métodos descritos no Anexo A (Z, ZF, ZA, ZM e AZ) ou no
Anexo B (AS).

8.5.5.2 Método especial para a determinação da massa da camada da liga Fe-Al-Si


Se for acordado determinar a massa da camada da liga de Al-Fe-Si resultante do revestimento da liga
alumínio-silício (AS) (ver 7.4.7), esta determinação deve ser efetuada segundo o método descrito no
Anexo C.

8.6 Contra-ensaios
Os requisitos da EN 10021:2006 devem ser aplicados. No caso de bobinas, os provetes de contra-ensaio
devem ser recolhidos com intervalos de pelo menos uma espira, mas com um máximo de 20 m da
extremidade da bobina.
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9 Marcação
9.1 Uma etiqueta deve ser colocada por cada bobina ou formato, contendo no mínimo a seguinte informação:
a) o nome ou marca do fabricante;
b) a designação (ver 5.1b) e 5.1f) a 5.1k));
c) as dimensões nominais do produto;
d) o número de identificação;
e) o número da encomenda;
f) a massa da bobina ou do formato.
A utilização de códigos de barras conformes com a EN 606 pode completar a marcação quando a informação
mínima acima mencionada seja também fornecida de forma clara.

9.2 A marcação dos produtos por estampilhagem pode ser acordada no ato da consulta e encomenda.

10 Embalagem
Os requisitos para a embalagem do produto devem ser acordados no ato da consulta e encomenda.

11 Armazenamento e transporte
11.1 A humidade e mais particularmente a condensação entre as chapas, as espiras da bobina ou outras partes
adjacentes fabricadas a partir de produtos planos revestidos por imersão a quente, podem conduzir à
formação de produtos da corrosão. Os diferentes tipos possíveis de proteção temporária das superfícies são
indicados em 7.6. Por precaução, os produtos devem ser transportados e armazenados secos e protegidos
contra a humidade.

11.2 Durante o transporte, podem aparecer manchas escuras nas superfícies revestidas por imersão a quente
em resultado da fricção. Geralmente, as mesmas apenas afetam a aparência. A fricção pode ser reduzida
oleando os produtos. Adicionalmente, uma embalagem fechada, com o eixo de enrolamento das bobinas na
horizontal e uma ausência de cargas de compressão pontuais, reduz o risco de manchas escuras.
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Anexo A
(normativo)

Método de referência para a determinação da massa do revestimento de zinco,


zinco-ferro, zinco-alumínio, zinco-magnésio e alumínio-zinco

A.1 Princípio
O provete deve ter uma superfície mínima de 5000 mm2. Utilizando um provete com uma superfície de
5000 mm2, a perda de massa em gramas após a dissolução do revestimento, multiplicada por 200, representa
a massa total do revestimento em gramas por metro quadrado do produto, incluindo as duas faces.

A.2 Reagentes e preparação da solução


A.2.1 Reagentes

A.2.1.1 Ácido clorídrico (HCl 20 = 1,19 g/ml).

A.2.1.2 Hexametilenotetramina (C6H12N4).

A.2.2 Preparação da solução


O ácido clorídrico é diluído com água destilada ou desionizada à razão de uma parte de HCl puro por uma
parte de água (diluição de 50 %). O hexametilenotetramina é adicionado em seguida, agitando, à razão de
3,5 g/l de solução diluída de ácido clorídrico.
Esta solução preparada permite a execução de numerosas dissoluções sucessivas sob condições satisfatórias
de ataque do revestimento, do ponto de vista de rapidez e exatidão.

A.3 Equipamento
Balança que permita a pesagem dos provetes com uma aproximação de 0,001 g. Para o ensaio, utilizar um
dispositivo escoador.

A.4 Procedimento
As seguintes operações são aplicadas a cada amostra:
a) se necessário, desengordurar o provete com um solvente orgânico que não ataque o revestimento, depois
secar o provete;
b) pesar o provete com uma aproximação de 0,001 g;
c) mergulhar o provete na solução de ácido clorídrico com o inibidor hexametilenotetramina (ver A.2), à
temperatura ambiente (20 ºC a 25 ºC). Manter o provete imerso na solução até que cesse a libertação do
hidrogénio ou até que apenas se libertem algumas bolhas;
d) após o ataque, lavar e escovar o provete em água corrente, secá-lo com um pano, aquecê-lo a cerca de
100 ºC e de seguida arrefecê-lo ou seca-lo com uma corrente de ar quente;
e) pesar novamente o provete com uma exatidão de 0,001 g; determinar a diferença entre a massa do
provete com e sem revestimento. Esta diferença, calculada em gramas, representa a massa m do
revestimento.
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Anexo B
(normativo)

Método de referência para a determinação da massa do revestimento de


alumínio-silício

B.1 Princípio
O método a seguir descrito é utilizado para a determinação da massa do revestimento de produtos planos
revestidos por imersão a quente com uma liga de alumínio-silício. Os provetes são pesados antes e depois da
remoção do revestimento.

B.2 Reagentes
B.2.1 Ácido clorídrico (HCl 20= 1,19 g/ml).

B.2.2 Solução de hidróxido de sódio concentrada a 20 %, obtida dissolvendo 20 g de hidróxido de sódio em


80 ml de água.

B.3 Procedimento
B.3.1 Amostras
Os provetes são retirados dos produtos em conformidade com 8.4.3 e 8.4.4.
Os provetes devem ser limpos. Se necessário, devem ser primeiramente lavados utilizando solventes
adequados que não ataquem o revestimento e depois com álcool. Finalmente os provetes devem ser
cuidadosamente secos.

B.3.2 Método
Após a lavagem conforme especificado em B.3.1, os provetes são pesados com uma aproximação de 0,001 g,
depois mergulhados na solução de hidróxido de sódio aquecida até que a reação cesse. Os provetes de ensaio
são em seguida retirados da solução, esfregados com água, cuidadosamente secados com um pano e
colocados em ácido clorídrico frio durante 2 s a 3 s.
Os provetes são em seguida passados por água e novamente imersos na solução de hidróxido de sódio até
que cesse completamente qualquer reação. Este processo deve ser repetido até à total ausência de qualquer
reação visível quando o provete é imerso na solução de hidróxido de sódio. Os provetes são então lavados,
secados e novamente pesados (aproximação de 0,001 g).

B.4 Avaliação
A massa do revestimento, em gramas por metro quadrado de produto (nas duas faces), é obtida com a
seguinte fórmula:
m0  m1
(B.1)
A
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onde:
m0 é a massa do provete antes da remoção do revestimento, em gramas
m1 é a massa do provete após a remoção do revestimento, em gramas
A é a superfície do provete utilizado, em metros quadrados
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Anexo C
(normativo)

Método para a determinação da massa da camada da liga Al-Fe-Si

C.1 Princípio
O método a seguir descrito é utilizado para a determinação da massa da camada de liga em provetes de
produtos planos revestidos por imersão a quente com alumínio-silício. Em primeiro lugar é removida a
designada camada não ligada, depois a camada de liga, de acordo com o método no Anexo B. O método é
baseado na reação da solução de cloreto de estanho (II) com o alumínio, que forma o estanho metálico
(esponjoso); esta solução não reage com a liga ou com o material ferroso de base. A massa dos provetes é
determinada antes e depois da remoção da camada de liga.

C.2 Reagentes
C.2.1 Solução de cloreto de estanho (II)

C.2.1.1 Para produzir a solução base, dissolver 1000 g de SnCl2 × H2O em 500 ml de ácido clorídrico
diluído (1:1). Completar a 1000 ml adicionando 5 g a 10 g de estanho metálico. Aquecer até que a solução
fique clara.

C.2.1.2 Para produzir a solução de ensaio, adicionar 20 ml da solução base a 200 ml de H2O imediatamente
antes da utilização.

C.3 Procedimento
C.3.1 Remoção da camada não ligada
Limpar os provetes, recolhidos em conformidade com 8.4.4, com éter de petróleo e mergulhá-los em 200 ml
da solução de ensaio (ver C.2.1.2) até à cessação da reação.
Após os provetes de ensaio serem retirados da solução, raspar a camada de estanho esponjoso com a ajuda de
uma pequena espátula. Repetir a operação até à cessação completa da reação. Em seguida lavar e secar os
provetes.

C.3.2 Determinação da camada de liga


Tratar os provetes de ensaio preparados de acordo com C.3.1 conforme descrito em B.3.2.

C.4 Avaliação
A massa da camada ligada é calculada utilizando a fórmula (B.1) a partir da diferença de massa dos provetes
antes e depois do ensaio.
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Anexo D
(informativo)
Alterações técnicas à edição anterior

D.1 Introdução
Este anexo informativo destina-se a orientar o utilizador para as secções onde foram introduzidas as
alterações significativas em relação à edição anterior desta norma europeia. As alterações editoriais e a
atualização das referências normativas não estão referidas no presente anexo. As referências a seguir
referidas dizem respeito a esta edição.
Dado que este anexo se destina a ser esclarecedor, os utilizadores devem assegurar-se que compreendem
inteiramente as alterações que foram introduzidas. Os utilizadores são responsáveis por reconhecer as
diferenças entre esta edição e a edição anterior do documento.

D.2 Alterações técnicas


D.2.1 Mudança no campo de aplicação: a espessura passa para 0,20 mm ≤ t < 3,0 mm (em vez de 0,35 mm
a 3 mm).

D.2.2 É introduzido novo revestimento metálico "+ZM" com 17 massas de revestimento diferentes. Ver:

3.4;
7.1(Quadros 1 a 5);
7.2.1.1 (Quadros 7 a 11);
7.3 (Quadro 12);
7.4.5;
7.5.1 (Quadro 15);
8.5.5.1.

D.2.3 Determinação das propriedades mecânicas remanescentes "os valores de ensaio de tração aplicam-se
ao provete com seção transversal sem revestimento", mas é permitida a medição com o revestimento. Ver:
7.2.1.1;
8.5.1.

D.2.4 "Como a superfície revestida (A)" pode ser fornecida com ou sem encruamento a frio (skin pass). Uma
nova opção permite a encomenda de aço sem encruamento a frio (skin-pass). Ver:
5.2, Opção 10;
7.5.2.1.
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D.2.5 Três novas classes para aços de construção: S390GD, S420GD e S450GD. Ver:
3.14;
7.1 (Quadro 2);
7.2.3 (Quadro 8).

D.2.6 Aços multifásicos existentes para conformação a frio têm a sua análise química e características
mecânicas modificadas. Introduziram-se na norma novos aços multifásicos para conformação a frio. Trata-se
do HCT490X, HCT590X, HCT980XG, HDT580F e HDT760C.
Consultar os Quadros seguintes no documento: Quadros 4; 5; 10 e 11, dependendo da classe relevante e
propriedades relacionadas.

D.2.7 Aço MS HDT 1200M é excluído da norma. Dessa forma a família inteira dos aços MS desapareceu
(incluindo a sua definição na secção 3)

D.2.8 Determinação das propriedades mecânicas é feita somente no sentido longitudinal. Ver:
7.2.5.2 (Quadros 10 e 11) para aços multifásicos laminados a quente para conformação a frio.

D.2.9 Realizaram-se várias reformulações e correção de erros.


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Bibliografia

[1] EN 10149-2 Hot rolled flat products made of high yield strength steels for cold forming –
Part 2: Technical delivery conditions for thermomechanically rolled steels
[2] EN 10152 Electrolytically zinc coated cold rolled steel flat products for cold forming –
Technical delivery conditions
[3] EN 10169 Continuously organic coated (coil coated) steel flat products – Technical
delivery conditions
[4] EN ISO 14713-1 Zinc coatings – Guidelines and recommendations for the protection against
corrosion of iron and steel in structures – Part 1: General principles of design
and corrosion resistance (ISO 14713-1:2009)
[5] EN ISO 14713-2 Zinc coatings – Guidelines and recommendations for the protection against
corrosion of iron and steel in structures – Part 2: Hot dip galvanizing
(ISO 14713-2:2009)

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