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ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRARIAS DE ITAPEVA

A CONSTRUÇÃO CIVIL E OS DIREITOS AMBIENTAIS

Itapeva – São Paulo – Brasil


2015
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRARIAS DE ITAPEVA

A CONSTRUÇÃO CIVIL E OS DIREITOS AMBIENTAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


a Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias,
Associação Cultural e Educacional de Itapeva,
como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil.

Novembro/2015
Itapeva-SP
A CONSTRUÇÃO CIVIL E OS DIREITOS AMBIENTAIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação


pela Banca Examinadora para a obtenção do Título de:

Bacharel em ENGENHARIA CIVIL

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRARIAS DE ITAPEVA

_____________________________________________

Coordenador

BANCA EXAMINADORA:

______________________________
Prof.ª MSC Aline Vieira
Orientadora

________________________________
Prof.

_______________________________
Prof.
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares, que


com seu amor grandioso sempre me
estimularam e acreditaram na minha
capacidade de progredir, tornando possível
assim que eu completasse mais uma etapa da
minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que sempre esteve ao meu lado, não permitindo que eu
desanimasse nessa batalha, me dando paz e me mostrando sempre qual o melhor
caminho.
Antes de qualquer outro agradecimento, preciso agradecer a minha professora
orientadora por toda sua paciência e dedicação e por me mostrar o caminho que
deveria seguir quando me encontrava perdido e sem rumo.
Aos meus familiares;
A todos os amigos que conquistei durante a minha graduação acadêmica.
A todos que direta e indiretamente contribuíram para a elaboração deste trabalho
A todos meu muito obrigado!
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................8

2.1 CONTEXTUALIZANDO A CONSTRUÇÃO CIVIL...............................................8

2.2 GERENCIAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL................................................10

. 2.2.1 Os Programas da Qualidade na Construção Civil....................................13

2.3 DIREITO AMBIENTAL.......................................................................................16

2.3.1 Alguns Conceitos e Princípios Importantes sobre a Questão Ambiental. . .17

2.3.2 Princípios.....................................................................................................19

2.3.3 Princípios do Direito Ambiental...................................................................19

2.4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA........................................................26

2.4.1 Efetividade do Direito Ambiental.................................................................27

2.5 SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL................................................28

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................31

REFERÊNCIAS...........................................................................................................32
GODOI, A. de: A Construção Civil e os Direitos Ambientais trabalho de conclusão de
curso (Engenharia Civil) - Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias, Associação
Cultural e Educacional de Itapeva.

RESUMO

A construção civil é um setor que apresenta certas particularidades


dentro do universo produtivo da economia brasileira, desempenhando um papel
fundamental no seu desenvolvimento. O presente trabalho tem o objetivo de
discorrer acerca da importância algumas medidas que vêm sendo tomadas por
empresários e órgãos competentes, visando minimizar o consumo de recursos
naturais, maximizar a reutilização dos mesmos e proteger o Meio Ambiente através
de estudos bibliográficos e referenciais, e seus reflexos na indústria da construção
civil, caracterizando sua importância.
Atualmente, o chamado desenvolvimento sustentável é o único capaz de
propiciar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida saudável
para as gerações futuras. Para que isto ocorra a educação ambiental, juntamente
com o direito ambiental possuem uma importância extraordinária porque
conscientiza e altera os padrões de comportamento e atitude do ser humano em
relação à natureza, pois estamos vivenciando um novo “drama social”, que se
desenrola num “palco’, que é, ao mesmo tempo, o cenário e um dos “atores”, junto
com a sociedade e o Poder Público.

Palavras-chave: Construção Civil; Meio Ambiente; Sustentabilidade.


ABSTRACT

The construction industry is a sector that has certain peculiarities in the


production of the Brazilian economy universe, playing a key role in its development.
This paper seeks to discuss about the importance of some measures being taken by
businessmen and bodies in order to minimize the consumption of natural resources,
maximize the reuse of the same and protect the environment through bibliographic
studies and references, and its effects on industry construction, featuring its
importance.
Currently, the so-called sustainable development is the only one able to
provide conditions to conserve natural resources and healthy living conditions for
future generations. For this to happen environmental education, along with the
environmental law they have an extraordinary importance because it raises
awareness and alter patterns of behavior and attitude of man towards nature,
because we are experiencing a new "social drama" that takes place in a " stage ',
which is at the same time, the scenery and one of the "actors", along with society and
the Government.

Keywords: Construction; Environment; Sustainability.


LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Figura 1- Fluxograma estratégico para um Obra na construção Civil...................... 9


7

1 INTRODUÇÃO

A preocupação com a conservação da natureza, vêm se acentuando nos


dias atuais em função das atividades humanas, as quais têm ocasionado seríssimos
problemas de degradação ambiental, a ponto de comprometer, caso não sejam
tomadas medidas emergenciais, os recursos naturais, as condições de vida e
consequentemente, toda a vida futura no planeta.
É importante observar, entretanto, que as inovações tecnológicas na
construção civil não excluem necessariamente materiais e sistemas construtivos
tradicionais. Estas inovações cumprem a função de dar maior flexibilidade a
projetos, apresentando-se como possibilidades que servem a determinados nichos
de construção (é o caso, por exemplo, da utilização de estruturas metálicas em
substituição ao concreto armado – mais barato -, em determinadas situações onde
este se mostra inviável) e minimização de custos.
Essas tendências, embora não sejam inexoráveis, tendem a ganhar espaço
em certos segmentos da indústria sem, entretanto, mudar por completo o padrão
construtivo do setor.
O estudo desse tema justifica-se pela sua propriedade e atualidade, diante
dos problemas da economia moderna, da necessidade que as empresas têm de
controlar seus gastos, manter sua postura de eficiência e produtividade, além de
contribuir para a melhoria do ambiente e redução do desperdício.
A experiência empresarial reconhece que, as melhorias de qualidade
implicam, muitas vezes, em aumentos de custos que precisam ser controlados
rigorosamente para evitar que os produtos desenvolvidos sejam inviabilizados
economicamente.
Este trabalho foi organizado da seguinte maneira:
No primeiro momento parte da realização a contextualização da Construção
Civil, Gerenciamento na Construção Civil; Os Programas da Qualidade na
Construção Civil; Direito Ambiental; Alguns Conceitos e Princípios Importantes sobre
a Questão Ambiental; Princípios; Princípios do Direito Ambiental; Legislação
Ambiental Brasileira; Efetividade do Direito Ambiental; Sustentabilidade na
Construção Civil.
E para finalizar, uma conclusão sintetizando a opinião sobre o assunto.
8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONTEXTUALIZANDO A CONSTRUÇÃO CIVIL

A indústria da construção civil é um dos mais importantes setores da


economia brasileira, o mesmo apresenta uma dupla importância social, pois além de
fazer uso de mão-de-obra intensiva, o que a torna uma grande fonte de empregos, o
setor é responsável por edificar moradias habitacionais, função associada a uma das
necessidades básicas do ser humano, a de proteção.
No Brasil, observa-se que os estudos sobre este setor também ganham
importância, sob o ponto de vista social, na proporção em que o país possui um
apreciável déficit habitacional, principalmente junto à população carente e de baixa
renda. Por conseguinte, para se ter conhecimento de como atuam as organizações
neste setor e seu comportamento no âmbito institucional, pode levar também, a
compreensão da forma como determinados agentes sociais neste setor, se articulam
buscando a proteção de seus interesses particulares.
Conforme se observa na legislação brasileira, sindicatos patronais recebem
uma contribuição anual obrigatória das empresas filiadas. No entanto, nem todos
filiados são associados, pois para isto é exigida uma contribuição mensal.
Independentemente da quantidade de associados o sindicato é o
representante oficial da categoria.
Deste modo, com esta atribuição legal, os sindicatos, representantes legais
de todos os filiados, mas que, contudo, defende com maior ênfase, os interesses de
seus associados, se articulam em torno de poderosas coalizões com o governo.
Estas articulações visam preservar uma parte do mercado, cada vez maior, para
seus associados, por intermédio do estabelecimento de programas setoriais da
qualidade, derivados do modelo ISO-9001.
Diferentemente do que ocorre na grande maioria das empresas, o setor da
Construção Civil, apresenta um processo trabalhista baseados em três (3)
características que tornam difícil o seu rastreamento e controle, que são (LEONE,
1996):
• Unidades de produção temporárias e migrantes;
• Operários móveis em torno de um produto fixo; e
• Produtos, normalmente únicos.
9

Este fator contribui e dificulta a avaliação de todos os custos a serem


incorridos e, em consequência do acompanhamento, situação está, para o ganho de
experiência com decorrência na expressão do lucro almejado em cada novo
empreendimento, pois não há continuidade ou repetição durante este processo
industrial (NAKAGAWA,1998).
Sendo assim, o reconhecimento de todo processo construtivo do projeto à
entrega da obra ser faz necessário a todos aqueles que desejam dele participar sem
frustrar os ganhos almejados, conforme apresentado na figura 1.
Figura 1 : Fluxograma estratégico para um Obra na construção Civil
Pesquisa de
Pesquisa de
Mercado
Mercado

Planejamento e Projeto conceitual


Planejamento e Projeto conceitual

Aquisição do Terreno
Aquisição do Terreno

Elaboração do Anti-Projeto
Elaboração do Anti-Projeto

Estudo de Viabilidade
Estudo de Viabilidade
Orçamento Preliminar
Orçamento Preliminar

Elaboração do Projeto - Definitivo


Elaboração do Projeto - Definitivo

Orçamento & Cronograma


Orçamento & Cronograma
Definitivos
Definitivos

Lançamento e Suprimento e
Lançamento e Suprimento e
Publicidade Logística
Publicidade Logística

VENDAS EXECUÇÃO
VENDAS EXECUÇÃO

Fonte: O autor/2015
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As peculiaridades da construção civil como, baixa produtividade, alto custo


da construção, mão-de-obra despreparada, incerteza quanto a prazo e a qualidade
do produto final, vêm recebendo cada vez mais crítica quanto ao modo de
gerenciamento do processo. Isto vem refletir, uma questão problemática que vem
provocando uma imagem negativa ao setor.
A indústria da construção civil, não se diferenciando das demais indústrias,
compõe-se de inúmeros setores produtivos, sendo que, destes, um dos mais
empregados e analisados, é o setor de produção de edifícios. Muito embora,
considera-se que por décadas este setor preocupou-se apenas em gerenciar
funções, deixando de lado o gerenciamento dos seus processos construtivos (LIMA,
1998).
Como se observa, lidar com a qualidade não é uma tarefa fácil. Contudo,
com o emprego do GP pode-se implantar e melhorar o processo de forma a
conseguir a qualidade desejada.

2.2 GERENCIAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo os conceitos gerenciais modernos estão por trás do sucesso de


muitas empresas do setor da construção civil. O avanço tecnológico e o princípio do
gerenciamento têm possibilitado ganhos considerável em termos de qualidade,
produtividade, minimização de custos em geral, e consequentemente,
competitividade das empresas.
As transformações econômicas que ocorrem no mundo globalizado e o alto
nível de competitividade no setor forçam as empresas construtoras a buscarem
melhorias nos seus processos empresarias.
Por consequência, Santos (2000) leciona que a maneira mais simples de
obter vantagens nesse mercado cada vez mais competitivo, é gerenciar o processo
produtivo de maneira clara e fácil de ser com compreendida. As empresas estão
percebendo que um processo de produção “transparente” aumenta a motivação para
melhorias, reduz a propensão a erros, e ao mesmo tempo, aumenta a visibilidade de
eventuais erros.
Observa-se que são inúmeras as alterações que vem ocorrendo no país, e
sempre com a finalidade de melhorar e assegurar a qualidade de seus processos, o
11

qual, irá minimizar as perdas geradas pelo desperdício, retrabalhos e ociosidade da


mão-de-obra.
No que se refere a esta questão, Martins (apud MARCON, 1997) ressalta
que as alterações são processos naturais numa organização e são respostas às
ameaças e pressões internas.
Para as empresas construtoras a transformação organizacional força a
adoção de novas tecnologias da qualidade, demandando mudanças na forma de
realização das atividades de seus processos com visão globalizada, onde deve
haver cooperação interfucional e atendimento às exigências dos clientes e
fornecedores internos (LIMA, 1998 e OLIVEIRA, 1998).
A realidade atual deste cenário, reflete a necessidade de mensurar o
desempenho das empresas de forma a obter dados específicos e necessários para
que se possa conquistar uma possível melhora no desempenho construtivo.
O gerenciamento do processo (GP) necessita estabelecer indicadores que
realizem comparativos com o planejado e o realizado.
O GP gera determinadas alterações nos diversos processos obtendo
resultados tanto para empresa como para clientes internos e externos. Para
mensurar e ponderar a eficácia desses processos e os resultados obtidos com sua
implantação faz-se necessário definir e adotar indicadores.
Conforme, afirma Souza (1995), os indicadores incidem em expressões
quantitativas que representam uma informação gerada, a partir da mensuração e
avaliação de uma estrutura de produção, dos processos que a compõem e/ou dos
produtos resultantes.
A mensuração e a avaliação referem-se à identificação dos dados e
informações ou valores para comparação entre resultados obtidos e padrões ou
metas definidas. Por conseguinte, os indicadores constituem-se em instrumentos de
apoio à tomada de decisão com relação a uma determinada estrutura, processo ou
produto.
Tipos de Indicadores
• Indicador de capacitação – é uma medida que gera informações relativas a
uma estrutura de produção;
• Indicadores de desempenho – quando indicar um resultado atingido em
determinado processo ou características dos produtos finais. Este indicador refere-
se ao comportamento do processo ou produto em relação a determinadas variáveis;
12

indicador de desempenho poderá ser dividido em indicadores de qualidade e


produtividade;
• Indicadores de qualidade – Indicadores de qualidade são elementos que
medem os níveis de eficiência e eficácia de uma organização (ROLT, 1998).
Por conseguinte, mensurar o desempenho do processo produtivo em relação
às necessidades do cliente interno e externo Ö Indicadores de produtividade –
medem o desempenho do processo, a partir dos recursos utilizados e resultados
atingidos.
Os indicadores de qualidade e desempenho determinam ações de correção
ou melhorias no processo. Contudo, a ação derivada da avaliação de um indicador
da qualidade proporciona, pode ser uma ação sobre o produto (SOUZA, 1995).
Os indicadores de desempenho ainda podem ser classificados em
indicadores globais e específicos:
• Indicadores de desempenho global – indica o grau de competitividade da
empresa, é utilizado para decisões de planejamento estratégico;
• Indicadores de desempenho específico – geram informações sobre o
processo ou sobre estratégias e práticas gerenciais dos mesmos, de forma
individualizada, orientado a tomada de decisões sobre características dos processos
em termos operacionais ou gerenciais (SOUZA, 1995)
Para implantar os indicadores em uma empresa de construção civil é
necessário desenvolver uma metodologia para determinar quais indicadores, coleta
de dados e informações serão utilizadas, bem como, o processamento e a análise
dos indicadores.
A metodologia uma determinada sequência de etapas para o seu
desenvolvimento, que segundo Souza (1995), são os seguintes:
• Estabelecimento do tipo de avaliação pretendida;
• Identificação dos aspectos que propiciam a avaliação pretendida;
• Definição dos indicadores devendo considerar o que tem melhor utilidade à
empresa. A definição requer alguns princípios como, seletividade, simplicidade,
baixo custo, rastreabilidade, estabilidade, experimentação;
• Definição do método de coleta de dados;
• Definição do método de processamento;
• Definição de avaliação dos indicadores; e
• Unidades de medida dos indicadores.
13

. 2.2.1 Os Programas da Qualidade na Construção Civil

A NBR ISO 9001 estabelece que o controle do processo produtivo deva


ser executado conforme o plano de qualidade da empresa ou em procedimento
documentado. O procedimento e controle têm como finalidade estabelecer
conformidade do produto ou serviço com os requisitos especificados através do
monitoramento. Todos os procedimentos de inspeção devem ser documentados e
registrados para os mesmos fins do controle de materiais.
Souza (1995) considera fundamental a documentação do processo produtivo
e da forma de controle da qualidade como forma de garantir a manutenção do
acervo tecnológico das empresas construtoras. Este tipo de documentação tem sido
de grande proveito nas empresas construtoras no sentido de promover a
racionalização dos processos e conferir um caráter industrial à construção civil uma
vez que, pelo menos, procura garantir que os processos sejam conforme o método
estabelecido pela construtora, independente do engenheiro, mestre ou operário que
esteja realizando a tarefa. Os registros da qualidade dos serviços devem ser
anotados em formulários, mostrando que o controle foi efetivamente executado.
Deve possibilitar a rastreabilidade de prováveis patologias e realimentar o sistema.
A seguir cita-se os modelos de controle de qualidade empregados no
Brasil, no setor de Construção Civil.
 QUALIHAB: O Primeiro Modelo
O setor da construção civil no Brasil, apresenta determinadas
características que prejudicam sua evolução, dentre as quais citam:
1.Baixa produtividade;
2.Ocorrência de graves problemas de qualidade de produtos intermediários
e finais da cadeia produtiva, que geram elevados custos de correções; e
3.Manutenção pós entrega; desestímulo ao uso mais intensivo de
componentes industrializados devido à alta incidência de impostos;
4.Falta de conhecimento do mercado consumidor, no que se refere às
necessidades do consumidor; e falta de capacitação técnica dos agentes da cadeia
produtiva nas novas técnicas gerenciais (PRADO, 2002).
A procura de minimizar reduzir esses problemas foi assinada o Decreto nº.
41.337/1996 pelo Governo de São Paulo, através da qual foi instituído o Programa
QUALIHAB (Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São
14

Paulo) e os acordos setoriais. Por conseguinte, foi implantado o primeiro programa


da qualidade, visando minimizar os problemas do setor. Este programa envolvia 22
entidades de classe, diversos construtores e fabricantes de materiais, coordenado
pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São
Paulo (CDHU), responsável pela compra das unidades habitacionais, cujas
operações englobavam recursos por volta de 1 bilhão de reais por ano (PRADO,
2002).
A CDHU tem empregado o respectivo programa para viabilizar o seu
poder de compra junto ao mercado da Construção Civil a CDHU, através do
Programa QUALIHAB, objetivando induzir os segmentos do meio produtivo a
firmarem os “acordos setoriais” que visam o desenvolvimento de programa da
qualidade, em cada um dos setores representados.
 O PBQP-H
Como um desdobramento do projeto estratégico da indústria no
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) lançado em 1992, o
PBQP-H foi instituído em dezembro 1998, pela Portaria MPO n° 134, do Ministério
do Planejamento e Orçamento.
Em 2000, o PBQP-H foi ampliado, passando a integrar o Plano
Plurianual Avança Brasil (PPA) e englobando as áreas de Saneamento,
Infraestrutura e Transportes Urbanos. Desta forma, o "H" do Programa passou de
"Habitação" para "Habitat", conceito mais amplo e que reflete a nova área de
atuação. Atualmente o PBQP-H é também um dos instrumentos do Governo
Federal, para cumprimento dos compromissos firmados na Carta de Istambul
(CONFERÊNCIA DO HABITAT II, 1996).
O PBQP-H se propõe a organizar o setor da construção civil em torno
de duas questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização
produtiva. A qual envolve um espectro relativamente amplo de ações entre as quais
se salientam as seguintes: qualificação de construtoras e de projetistas, [...] O
objetivo de longo prazo é criar um ambiente de isonomia competitiva que propicie
soluções mais baratas e de melhor qualidade para a redução do déficit habitacional
no país e, em especial, o atendimento das famílias consideradas de interesse social
(PBQP-H, 2003).
Ressalta-se, que se pode observar as seguintes características:
• é um programa de adesão voluntária;
15

• concebido com o objetivo de ser, no futuro, integralmente assumido pelo


setor privado; busca estimular o uso mais eficiente dos recursos existentes, das
distintas fontes (FGTS, Poupança etc.) e aplicados por diversas entidades (CAIXA,
BNDES, FINEP, SEBRAE, SENAI, etc.);
• conta com grande contrapartida privada, sendo os recursos novos
destinados basicamente para custeio e divulgação (PBQP-H, 2003).
Por conseguinte, uma das grande benefício observados com a criação e
aplicação do PBQP-H é a geração e a estruturação de um novo ambiente
tecnológico e de gestão para o setor, [...], mas também em tecnologias de
organização, de métodos e de ferramentas de gestão, tais como:
• Gestão e organização de recursos humanos;
• gestão da qualidade;
• gestão de suprimentos;
• gestão das informações e dos fluxos de produção;
• gestão de projetos. (PBQP-H, 2003)
O PBQP-H é coordenado pela Secretaria Especial de Desenvolvimento
Urbano da Presidência da República (SEDU/PR), que atualmente, ganhou o status
de ministério, passando a ser denominado Ministério das Cidades (PBQP-H, 2003).
A coordenação nacional de projetos e obras cabe à Câmara Brasileira
da Indústria da Construção, que é o representante nacional, dos sindicatos patronais
da construção. A coordenação nacional de materiais, componentes e sistemas
construtivos é função do Fórum da Indústria e do Comércio de Materiais de
Construção (PBQP-H, 2003).
O PBQP-H tem como objetivos gerais:
Apoiar o esforço brasileiro de modernidade pela promoção da qualidade e
produtividade do setor da construção habitacional, com vistas a aumentar a
competitividade de bens e serviços por ele produzidos, estimulando projetos que
melhorem a qualidade do setor (PBQP-H, 2003).
Quantos aos objetivos específicos, podemos definir o PBQP-H, como a:
Busca continuada como forma de promover a melhoria da qualidade de gestão nas
diversas formas de projetos e obras habitacionais. (PBQP-H, 2003).
Observa-se, contudo, conforme se observa na Portaria 134, que
estabelecer o Programa, a adesão ao PBQP-H é realizada de forma voluntária,
sendo assim formalizada:
16

Em se tratando de agentes da cadeia produtiva do setor privado, por meio


de Programa Setorial de Qualidade, a ser elaborado, operacionalizado e
acompanhado pelo proponente, após ter sido submetido às Coordenações
Nacionais e Geral, e por elas aprovado; Em se tratando de agentes do setor público,
por meio de Termo de Adesão firmado entre o representante da entidade e
representante da Coordenação Geral, prevendo, no mínimo, o uso do poder de
compra e o desenvolvimento de ações articuladas em suporte aos projetos
componentes do Programa; Em se tratando de agentes financiadores e de fomento,
pela participação em projetos que busquem utilizar o poder de compra como indutor
da melhoria da qualidade e aumento da produtividade do setor da construção
habitacional. (PBQP-H, 2003).
Pelo exposto, pode-se concluir que a referida adesão ao programa é
teoricamente voluntária, mas que na prática, desde sua concepção, é previsto que o
setor público e os agentes financiadores, utilizem o seu poder de compra, como
instrumento “indutor” de desenvolvimento do programa. Neste aspecto, observa-se a
formação de uma contradição.

2.3 DIREITO AMBIENTAL

Direito ambiental é um conjunto de normas jurídicas relacionadas à proteção


do meio ambiente. Pode ser conceituado como direito transversal ou horizontal, pois
abrange todos os ramos do direito, estando intimamente relacionado com o direito
constitucional, direito administrativo, direito civil, direito penal, direito processual e
direito do trabalho.
A legislação ambiental faz o controle de poluição, em suas diversas formas.
A quantidade de normas dificulta a complexidade técnica, o conhecimento e a
instrumentalização e aplicação do direito neste ramo do direito. O ideal é a extração
de um sistema coerente, cuja finalidade é a proteção do meio ambiente. Para a
aplicação das normas de direito ambiental, é importante compreender as noções
básicas e adequá-las à interpretação dos direitos ambientais.
Os antecedentes históricos da legislação ambiental brasileira remontam às
Ordenações Filipinas que estabeleciam normas de controle da exploração vegetal
no país, além de disciplinar o uso do solo, conspurcação de águas de rios
regulamentar a caça.
17

Na Lei n° 4.717/65 foram tratados de forma pioneira assuntos relacionados a


direito material fundamental. Todavia, a matéria do meio ambiente só foi introduzida
no ordenamento jurídico através da Lei 6.938/81, que estabeleceu a PNMA -Política
Nacional do Meio Ambiente. Em 1985 foi editada a Lei 7.347, que proporcionou a
oportunidade de agir processualmente, através da Ação Civil Pública, toda vez que
houvesse lesão ou ameaça ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
No projeto da citada Lei, em seu artigo 1º, inciso IV, foi a primeira
oportunidade onde se falou de defesa dos direitos difusos e coletivos do cidadão;
porém, este inciso foi vetado pelo Presidente da República.
A Constituição Federal de 1988, no entanto, trouxe ao nosso ordenamento
jurídico a defesa dos bens coletivos, através da inclusão da redação constante no
artigo 225. Admite, inclusive, a existência de uma terceira espécie de bem: o bem
ambiental. Este bem é caracterizado por não ter uma propriedade definida, isto é,
não é interesse único do particular, nem tampouco é considerado bem público: é um
bem comum, de uso coletivo de todo um povo.
A ação civil pública, entretanto, foi introduzida novamente em nosso
ordenamento jurídico quando da edição da Lei 8.078/90, que acrescentou o inciso
IV, do artigo 1º, da Lei 7.347/85, anteriormente vetado. A Lei 8.078/90 também
definiu os direitos metaindividuais, criando os institutos dos direitos difusos,
coletivos, individuais e homogêneos.

2.3.1 Alguns Conceitos e Princípios Importantes sobre a Questão Ambiental

Para uma maior compreensão sobre a questão ambiental, bem como sobre
seus conceitos, vale ressaltar alguns princípios que englobam o Direito Ambiental:
a) Meio ambiente
Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas suas formas. (Lei
6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente). O conceito legal não abrange
amplamente todos os bens jurídicos tutelados, se restringindo ao meio ambiente
natural.
b) Bem ambiental
18

Definido constitucionalmente como sendo de uso comum do povo e


essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações. (Art. 225,
caput, CF/88).
c) Desenvolvimento sustentável
Modelo de desenvolvimento amplamente discutido na ECO 92, resultando
no documento conhecido como Agenda 21, onde se busca basicamente a harmonia
entre o desenvolvimento econômico e a utilização dos recursos naturais de forma
consciente, equilibrada ou sustentável.
d) Degradação da qualidade ambiental
Alteração adversa das características do meio ambiente. (Lei 6.938/81 da
Política Nacional do Meio Ambiente).
e) Poluição
Degradação da qualidade ambiental resultantes de atividades que ou
indiretamente: prejudiquem saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem
condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente
a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lance
matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. (Lei
6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente).
f) Poluidor
Pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, indiretamente, por
atividade causadora de degradação ambiental. (Lei 6.938/81 da Política Nacional do
Meio Ambiente).
g) Recursos ambientais
A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o
mar territorial, o solo, subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Lei
6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente).
h) Direito Ambiental
O Direito Ambiental, como o meio ambiente, não possui um conceito preciso
acerca de sua definição. Contudo, pode-se afirmar que o Direito Ambiental trabalha
as normas jurídicas dos vários ramos do direito, bem como se relaciona com outras
áreas do saber humano como a biologia, a física, a engenharia, o serviço social, etc.
É, portanto o Direito Ambiental uma matéria multidisciplinar que busca
adequar o comportamento humano com o meio ambiente que o rodeia. Outra
19

importante constatação é o fato de ser um direito difuso, ou seja, pertence a todos


os cidadãos e não a uma ou outra pessoa ou conjunto de pessoas determinadas.

O Direito do Ambiente é considerado como o complexo de princípios e


normas reguladoras das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
possam afetar a sanidade do ambiente sua dimensão global, visando a sua
sustentabilidade para a presente e futuras gerações. (MILARÉ,2004, p. 134)

2.3.2 Princípios

Princípios são os mandamentos básicos e fundamentais nos quais se


alicerça uma ciência. São as diretrizes que orientam uma ciência e dão subsídios à
aplicação das suas normas. Os princípios são considerados como normas
hierarquicamente superiores as demais normas que regem uma ciência.
Em uma interpretação entre a validade de duas normas, prevalece aquela
que está de acordo com os princípios da ciência.
Apesar de ser uma ciência jurídica nova, o Direito Ambiental já conta com
princípios específicos que o diferenciam dos demais ramos do direito, apesar dos
autores divergirem um pouco na colocação dos princípios. Aliás, nomes de alguns
princípios diferenciam de autor para autor.

2.3.3 Princípios do Direito Ambiental

São muitos os princípios que norteiam o Direito Ambiental, porém para que
ele se efetive é necessário não só medidas por parte do Poder Público, mas também
uma maior conscientização por parte da população sobre suas atitudes, o que é fato
primordial nesse processo.

O direito, como ciência humana e social, pauta-se também pelos postulados


da Filosofia das Ciências, entre os quais está a necessidade de princípios
constitutivos para que a ciência possa ser considerada autônoma, ou seja,
suficientemente desenvolvida e adulta para existir por si e situando-se num
contexto científico dado. Foi por essas vias que, do tronco de velhas e
tradicionais ciências, surgiram outras afins, como rebentos que enriquecem
a família; tais como filhos, crescem e adquirem autonomia sem, contudo,
perder os vínculos com a ciência-mãe (MILARÉ,2004, p. 136):
20

É por isso que a maioria dos estudiosos não tem medido esforços para
legitimar o Direito Ambiental como ramo autônomo da árvore da ciência jurídica, a
fim de identificar os princípios ou mandamentos básicos que fundamentam essa
doutrina, dando sentido à suas concepções.
São muitos os princípios que formam o Direito Ambiental, sendo que
também são muitos os autores que escrevem sobre eles. Dessa forma, pode-se
perceber uma grande divergência entre eles, que muitas vezes transcrevem sobre o
mesmo princípio, porém dando a eles significados diferentes. Isso ocorre porque o
Direito Ambiental está vinculado direta e indiretamente com várias áreas de
conhecimento

Os princípios dos Direito Ambiental estão voltados para a finalidade básica


de proteger a vida, em qualquer fora que está se apresente, e garantir um
padrão de existência digno para os seres humanos desta e das futuras
gerações, bem como de conciliar os dois elementos anteriores com
desenvolvimento econômico ambientalmente sustentado. (ANTUNES,2002,
p. 30),

Para Antunes, os princípios do Direito Ambiental devem estar


associados ao bem-estar da população em geral, onde as medidas
adotadas para tal questão devem estar vinculadas à proteção da vida do
ser humano, bem como a uma sobrevivência digna, onde o
desenvolvimento econômico adote medidas responsáveis de
sustentabilidade.

Entre ciências afins, um princípio não pode ser exclusivo, cabendo na


fundamentação de mais de uma ciência; isto ocorre, sabidamente, quando
os princípios são mais gerais e menos específicos. Com esta advertência
interessa destacar aqui, não apenas os princípios fundamentai
expressamente formulados nos textos do sistema normativo ambiental como
também os decorrentes do sistema de direito positivo em vigor, a que a
doutrina apropriadamente chama de princípios jurídicos positivados.
(MILARÉ,2004, p. 136)

Daí percebe-se porque existe uma correlação no pensamento de diversos


autores sobre o mesmo assunto.
21

Para Machado (2002) é possível abordar 7 (sete) princípios como sendo


princípios gerais do direito ambiental. São eles:
1) Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais;
2) Princípio usuário pagador e poluidor-pagador;
3) Princípio da precaução;
4) Princípio da prevenção;
5) Princípio da reparação;
6) Princípio da informação; e
7) Princípio da participação.
Porém, cada autor aborda de uma forma, explicitando esses princípios
conforme compreende sua importância no meio em que vivemos.
Assim, pode-se dizer que isso depende apenas e exclusivamente da forma
de interpretação desses princípios.
Nesta pesquisa faremos um estudo mais aprofundado sobre os princípios
sugeridos pelo autor Milaré (2004).
1) Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito
fundamental da pessoa humana
A par dos direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º,
acrescentou o legislador constituinte, no caput do art. 225, um novo direito
fundamental da pessoa humana, direcionando ao desfrute de adequadas condições
de vida em um ambiente saudável, ou na dicção da lei, ecologicamente equilibrado.
(MILARÉ,2004, p. 136, 137):
Esse princípio para ele é de fundamental importância, visto que todos os
indivíduos têm o direito de uma vida de qualidade, onde possam fazer parte de um
ambiente equilibrado, usufruindo de sua existência física de forma saudável, sem
riscos para a sua saúde e, consequentemente para a sua vida.
2) Princípio da natureza pública da proteção ambiental
A proteção ao meio ambiente deve partir de ações e práticas
individuais, já que todos nós precisamos dele para sobreviver, contudo
este princípio surge como um elo norteador, a fim de despertar nos
indivíduos uma maior conscientização ecológica, assegurando o equilíbrio
harmonioso entre o homem e o seu ambiente.
Pode-se perceber isso muito claramente na fala de Milaré, quando
diz que:
22

Em nosso ordenamento jurídico, este princípio aparece com muita ênfase, já


que não só a lei ordinária reconhece o meio ambiente como um patrimônio
público, a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o
uso coletivo, mas também a Lei Fundamental brasileira a ele se refere com
“bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”,
impondo ao Poder Público e à coletividade como um todo a
responsabilidade por sua proteção. (MILARÉ, 2004, p. 139).

Assim sendo, a proteção do ambiente não cabe apenas ao Estado, mas


também a todos aqueles que precisam e usufruem dele para sobreviver, cabendo
cada um de nós atitudes e ações voltadas para a conservação e preservação
ambiental.

3) Princípio do controle do poluidor pelo Poder Público

É um princípio voltado em intervenções do Poder Público em medidas para a


manutenção, preservação e restauração dos recursos ambientais, onde haja uma
maior conscientização dos indivíduos, levando-os a refletirem e a utilizarem esses
recursos de forma racional e nociva, resultando em um ambiente mais equilibrado.
Segundo Milaré (2004, p. 139), “toda política ambiental tem características
pedagógicas, no sentido de que é um trabalho mais educativo que propriamente
repressivo”.
Dessa forma, esse controle do poluidor não diz respeito a um controle
apenas punitivo, muito pelo contrário esse princípio quer desencadear medidas
educativas e pedagógicas e não repressivas, causando no indivíduo uma tomada de
consciência de seus atos.

4) Princípio da consideração da variável ambiental no processo decisório de políticas


de desenvolvimento

As políticas de desenvolvimento dizem respeito à percepção de que o


desenvolvimento muitas vezes é algo negativo, pois com ele vem a poluição
ambiental e muitas outras agressões à natureza.
Segundo Milaré (2004, p. 140), “esse princípio diz com a elementar
obrigação de se levar em conta a variável ambiental em qualquer ação ou decisão –
pública ou privada – que possa causar algum impacto negativo sobre o meio”.
23

Concluindo, este princípio parte da ideia de que os efeitos da ação do


homem sobre seu meio provocam no mesmo, muitas mudanças e transformações
negativas, causando danos à população.
Dessa forma, é preciso considerar o meio ambiente como prioritário antes de
qualquer medida com relação ao seu processo de desenvolvimento.

5) Princípio da participação comunitária

O princípio da participação comunitária presume que a participação


comunitária é essencial para que se implemente a política ambiental, pois está só
alcançará os resultados almejados a partir do momento em que todos s
conscientizarem de suas responsabilidades, contribuindo para proteger e melhorar
meio ambiente.Deste modo, é preciso ainda salientar a importância de que todo
compreendam que essa participação comunitária é um dever de nós todos enquanto
cidadãos. E para que ocorra essa participação é preciso também que haja
informação ambiental, para que dessa forma, todos tenham discernimento em suas
ações, tendo mais condições de atuar na sociedade de forma articulada consciente.
Para Milaré (2004, p. 140, 141), tal princípio “[...] expressa a ideia de que a
resolução dos problemas do ambiente deve ser dada ênfase à cooperação entre o
Estado e a sociedade [...]”.
Cabe assim deixar esclarecido que, para que isso se concretize de fato
preciso não só uma conscientização, mas também uma participação dos diferentes
grupos sociais na formulação e na execução da política ambiental, e, não apena em
seu cumprimento

6) Princípio do poluidor-pagador

Este é o princípio que leva o poluidor a arcar com custo social a poluição por
ele gerada. Pode-se dizer que é a internalização dos custos externos. Já que esse
custo social não abrange apenas a poluição referente aos bens e as pessoas, mas
sim de toda a natureza em geral.
Ao se produzir um produto, também se produz com ele externalidades
negativas, provenientes dessa produção. E com a aplicação do princípio do poluidor
pagador procura-se corrigir este custo adicionado à sociedade, através de
24

internalização. Nessa perspectiva, este princípio também é conhecido como


princípio da responsabilidade.
Mas isso não quer dizer que é pago um preço para tolerar a poluição e muito
menos compensar os danos causados por ela, e sim, evitar maiores danos à
ambiente.

7) Princípio da Prevenção

Para compreender esse princípio é preciso entender a diferença entre


prevenção e precaução. A prevenção diz respeito a prevenir-se mesmo, adotando
medidas que evitem o nascimento de danos ao ambiente, reduzindo e eliminando
qualquer forma de ação que provoque alteração ambiental, e consequentemente
alteração na forma de vida do ser humano, tornando-a de baixa qualidade. E
precaução significa ter cuidados antecipados, ter cautela de seus atos, para que isso
não resulte em resultados indesejáveis.
Mas como destaca Milaré (2004, p. 145), “a prevenção é a melhor,
quando não a única solução”. O referido autor aborda que de nada adianta
prevenir-se, reparando e reprimindo alguns dos danos ambientais se o
ambiente já possui aspectos que são irreparáveis, como por exemplo,
alguns animais que já estão em extinção.
São muitas as medidas preventivas, porém muitas vezes a falta de
certeza científica acaba servindo de pretexto para a adoção legítima
dessas medidas, contribuindo ainda mais para a degradação do meio
ambiente.

8) Princípio da função socioambiental da propriedade

A propriedade é um direito fundamental, porém desde que não cause


prejuízo a ninguém.
Como ressalta Milaré (2004, p. 146, 147), “afirma-se cada vez mais forte seu
sentido social, tornando-se, assim, não instrumento de ambição e desunião dos
homens, mas fator de progresso, de desenvolvimento e bem-estar de todos”.
É nesse sentido que, a nova Lei Civil Brasileira contempla a função ambienta
como o principal elemento do direito de propriedade:
25

Tal direito deve ser exercitado em consonância com as suas finalidades


econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade
com o estabelecimento em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais,
o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada
a poluição do ar e das águas. (MILARÉ, 2004, p. 146, 147).

Com isso, pode-se perceber que o direito de propriedade não diz respeito
somente à propriedade rural, e, dessa forma, não deve se limitar apenas ao uso
individual e sim a um todo coletivo, à comunidade em geral, visto que muitas vezes
ameaça a qualidade de vida do ser humano.

9) Princípio do direito ao desenvolvimento sustentável

Neste princípio encontramos tanto os direitos como os deveres de nós seres


humanos com relação ao meio ambiente. Afinal, todos nós temos o direito à vida, a
buscar sempre melhores condições de sobrevivência, mas, contudo, com ações e
atitudes responsáveis.
Devido à globalização e ao crescente aumento dos índices de produção no
mercado de trabalho, acabou acarretando sérios problemas ao meio ambiente,
amenizando a qualidade de vida no planeta. Dessa forma, o chamado
desenvolvimento sustentável tem sido muito abordado nos últimos tempos.
Nesse sentido, ele deve ser visto como algo que vem para tentar solucionar
a vida futura no planeta, com medidas para a própria sobrevivência das presentes e
futuras gerações.

10) Princípio da cooperação entre os povos

O princípio da cooperação entre os povos também é considerado muito


importante, pois contribui para o progresso da humanidade, pois nem sempre os
danos ambientais são provocados apenas nos limites territoriais de um país, se
estendendo também a países vizinhos.
26

Este princípio segundo Milaré (2004, p. 151) parte da premissa que “o meio
ambiente não conhece fronteiras, embora a gestão de recursos naturais possa – e,
às vezes, deva – ser objeto de tratados e acordos bilaterais e multilaterais”.
De nada adiantarão a existência desses tratados se não houver mesmo a
cooperação entre os povos, conscientizando-se da importância do cuidado,
conservação e preservação do ambiente de forma geral, contribuindo assim para um
progresso saudável, sem maiores prejuízos para o planeta.

2.4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

Em todos os países, são muitas as leis em defesa do meio ambiente


e, no Brasil, o Direito Ambiental sustenta-se sobre 4 disposições legais
fundamentais:
1) A Constituição Federal de 1988: que dá proteção ao meio
ambiente, pois é considerada uma das mais avançadas do mundo,
traduzindo em vários dispositivos aquilo que pode ser considerado um dos
sistemas mais abrangentes e atuais do mundo sobre a tutela do meio
ambiente. É bastante inovador, procurando enfatizar a importância da
busca de uma melhor qualidade de vida para a população atual, bem
como para as futuras gerações.
Ressalta-se, porém, que não basta apenas legislar, é imprescindível
que todos, tanto cidadãos atuantes na sociedade como autoridades
vigentes, busquemos tirar essa teoria do papel, colocando-a na prática.
Afinal, é a vida e a nossa sobrevivência no planeta que está em jogo.
2) A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no 6.938/81):
essa lei foi um passo pioneiro na vida pública nacional, no que diz respeito
à realidade ambiental. O principal papel desta lei foi a de sistematizar a
legislação ambiental no Brasil, ganhando também significado na história
da Administração Pública brasileira. Essa lei instituiu o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA), definindo sua composição e atribuições,
além de elencar e consagrar os mais importantes instrumentos para a
execução da política nacional para o meio ambiente.
27

Nessa perspectiva, pode-se então concluir que essa lei tem a


principal intenção de contribuir para a efetivação da legislação ambiental
brasileira, instituindo os princípios, objetivos e instrumentos da Política
Nacional do meio ambiente.
3) A Lei dos Crimes Ambientais (Lei no 9.605/98): esta lei dispõe
sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, sendo que também dá outras
providências. Traz de forma mais clara e precisa as infrações,
uniformizando e estabelecendo o nível de cada pena criminal. Também
parte da ideia de sistematizar e uniformizar os crimes ambientais,
responsabilizando tanto as empresas públicas como as privadas por
delitos contra o meio ambiente.
Nesse sentido, de responsabilização, acabou abrangendo tanto a
esfera administrativa como outros campos do direito ambiental (o civil e o
penal), visto que sua preocupação não se baseou apenas em apresentar
as infrações, mas também em apresentar os crimes contra o ambiente,
resgatando de certa forma uma lacuna que existia no Código Penal no que
se refere às questões ambientais.
4) A Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.437/85): esta lei é
considerada um marco histórico na defesa judicial do meio ambiente e
outros interesses sociais.
Aborda temas como a defesa do consumidor, do patrimônio
público, da criança e do adolescente.
É uma lei voltada para ações coletivas, pois não mais é
individualizada. Através dela se instituiu legitimidade ao Ministério Público
e às Entidades Civis (ONG’s) em propiciar ações contra infrações
ambientais e de outros direitos difuso e coletivos.
Além destas quatro leis acima, muitas outras merecem aqui
destaque, pois muito contribuiu para que a Legislação Brasileira se
efetivasse de fato:
a) Lei da Política Nacional dos Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/97);
b) Código Florestal (Lei nº 4.477/65 alterada pela Medida Provisória
nº 1956/50, de 26/05/2000;
28

c) Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservação da


Natureza - SNUC (Lei nº 9.985/2000)
d) Lei dos Agrotóxicos (Lei nº 9.974/2000);
e) Resoluções do CONAMA: nº 01/86 e no 237/97 (sobre
licenciamento de obras) e no 20/86 (sobre classes de água);
f) Portaria do IBAMA: nº 348/90 (sobre a qualidade do ar).

2.4.1 Efetividade do Direito Ambiental

A existência de normas, princípios, leis e doutrinas referentes ao meio


ambiente não significa que dentro do Direito Ambiental todas elas estejam sendo
cumpridas. A efetividade do Direito Ambiental em uma sociedade bem organizada
pode se dar de forma natural e espontânea, visto que todos os envolvidos n
processo são pessoas conscientes e cumprem sua parte perante a legislação
vigente.
Mas infelizmente nem sempre isso acontece, e o Poder Judiciário na
maioria das vezes tem que cumprir o seu papel, através de ações judiciais
contra todos aqueles que infringem a lei, causando danos muitas vezes
irreversíveis ao meio
ambiente.
Para Destefenni (2005, p. 36): “a Educação Ambiental, pois, é
indissoluvelmente ligada à dimensão ética, impondo um constante debate e um
interminável questionamento dos valores que regulam a relação do ser humano com
o ambiente”.

2.5 SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Nos dias atuais as construtoras devem ter responsabilidade com o meio


ambiente como por exemplo reutilização de água, formas alternativas de iluminação
acabam barateando o custo da obra que ao final reflete no cliente.
A preocupação ambiental é a uma preocupação recente de algumas
construtoras e uma obra por exemplo de 156 apartamentos divididos em 3 torres é
preciso muita organização, além de prevenir acidentes de trabalho a separação de
29

materiais, a reutilização da água e a luz solar no lugar da energia elétrica são


maneiras sustentáveis de se evitar o desperdício. Economiza-se em torno de 40%
com a economia da luz;60% de economia com a reutilização da água, com a
redução de entulho das obras com a separação de resíduos há conscientização e
geração de menos desperdícios.
As problemáticas ambientais envolvendo a grande geração de resíduos da
construção civil são notórias, bem como as inúmeras interferências no meio
ambiente devido ao acúmulo e destinação inadequada para tal resíduo. Mesmo
diante desse quadro, percebe-se ainda uma tímida reação, tanto por parte do setor
público como do setor privado, no sentido de buscar saídas eficazes transcritas em
mecanismos de absorção desse resíduo como agregado que possa ser incorporado
ou mesmo substituir recursos naturais em linhas de produção, ou até mesmo no seu
retorno para as fontes geradoras, como insumo. Aliada a tal reação desses setores
tem-se a dificuldade por parte das empresas e governos municipais em criar
mecanismos de gerenciamento eficazes, capazes de: i) nortear um uso mais
inteligente dos materiais nas frentes de trabalho, visando com isso uma redução no
volume de material a ser descartado mais tarde; ii) contribuir com a segregação
desses resíduos in loco, de modo a facilitar o seu reuso posterior e iii) realizar e
controlar a disposição do que não pode ser submetido a processos de reciclagem ou
reuso direto em locais apropriados, diminuindo com isso o surgimento de áreas
clandestinas de bota-fora, que ocorrem em muitas vezes em áreas de preservação
ambiental (OLIVEIRA, 2005).
Os produtos inflamáveis têm lugar certo para não se misturarem com os
outros materiais, o lixo é separado para reciclagem, até a agua suja de tinta que sai
da lavagem dos pinceis é filtrada para não contaminar o solo. No lugar de lâmpadas
usa-se garrafas pets cheias de água são adaptadas ao teto para garantir iluminação
natural aos escritórios, a água dos lavatórios e vestiários é conduzida para o filtro
depois aproveitada para a descarga dos banheiros.
A preocupação ambiental ainda é novidade para muitos funcionários que
participam ativamente da nova ideia.
Como a preocupação mundial é com o meio ambiente acredita –se que
sempre é uma ideia acertada das construtoras adotarem essa ideia que possui esse
sistema viável financeiramente para qualquer tipo de construção há de se montar
30

apenas essa infraestrutura, menos desperdício e mais economia e o meio ambiente


agradece.
Toda obra gera entulhos é o dono da obra que deve assegurar a destinação
correta desses materiais que normalmente são os aterros, quando isso não
acontece, cerâmica, gesso, concreto, vergalhão, madeiras e outros materiais
aparecem abandonados em terrenos baldios, encostas de morros ou os leitos de
rios e lagos.
No Brasil são recolhidas oficialmente 33 milhões de toneladas por ano,
material suficiente para construir 500 mil casas populares de 50 metros quadrados
cada.
Mas quem estuda o setor de construção civil admite que a quantidade
gerada é muito maior que essa. Há quem não veja no entulho problema e sim uma
solução em Belo Horizonte por exemplo, o que é coletado nas ruas é levado para
uma usina de reciclagem tudo que chega é despejado e espalhado no pátio, a agua
ajuda a baixar a poeira, então começa a coleta das impurezas, a cada dia são
separadas 10 toneladas de impurezas e isso sim é o que vai para o aterro.
Um britador tritura todos os materiais em cinco diferentes tamanhos de grão.
Uma usina de reciclagem de entulho na verdade é uma linha de montagem de
diferentes materiais de construção como por exemplo brita, que substitui a brita
natural na elaboração de blocos, pavimentação, meio fio. Essas usinas tem a
importante função de transformar 460 toneladas de resíduos por dia em matéria
prima para a construção civil.
Não é difícil encontrar na capital mineira construções feitas a partir de
entulho reciclado.
No setor privado também passou a se interessar pelo entulho há uma
empresa paulista que instalou cinco unidades de reciclagem pelo país, duas delas
em São Paulo é uma economia de até 30% mediante o produto natural. Para o
empresário responsável o potencial de crescimento deste mercado é proporcional a
quantidade de entulho que ainda é abandonado no lugar errado, atualmente estima-
se que metade do entulho gerado ainda não vai para aterros licenciados.
A construtora deve treinar e conscientizar os funcionários para gerarem o
mínimo e reaproveitar o máximo do material isso reduz em 35% o entulho gerado
em cada obra e o que é produzido deve ir para uma empresa contratada para a
reciclagem.
31

São exemplos que aos poucos o Brasil vai descobrindo a riqueza do entulho
menos mineração, menos custo, mais inteligência na hora de construir o novo
reaproveitando o que nunca mereceu ser chamado de velho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido à grande problemática nos dias atuais referente à questão ambiental,


o “direito ambiental” surge na tentativa de amenizar essa questão, procurando meios
para proteger e assegurar tanto os direitos como os deveres dos cidadãos com
relação ao ambiente, promovendo os conhecimentos e conceitos básicos sobre o
meio ambiente e uma melhor qualidade de vida no planeta.
Neste estudo, partimos da premissa básica de que a educação e a
problemática ambiental são, antes de tudo, questões políticas que envolvem valores,
interesses e concepções de mundo divergentes, e que podem assumir direções
mais conservadoras ou emancipatórias. Daí a importância de investigar os
conteúdos políticos e éticos que fundamentam as propostas educativas praticadas
na vida sociocultural.
32

Esse estudo mostrou-se muito viável para que os engenheiros possam ter
mais conhecimento sobre o assunto, observou-se que as novas construções não
reutilizam as matérias das construções antigas por conta do processo demorado de
separação dos resíduos assim as empresas o descartam sem saber aproveitá-los e
sem poder obter uma fonte diferencial de renda e benéficos como corte de gastos e
reuso.
Verificou-se ainda como a obra pode fica mais barata, as dificuldades de
reciclagem de matérias seus reuso em outros tipos de obras e mostrar porque se
deve reciclar para o prol do meio ambiente.

REFERÊNCIAS

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Qualidade- Modelo para garantia da qualidade em projetos e desenvolvimento,
produção, instalação e assistência técnica. Rio de Janeiro, 1994.

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Janeiro: Lúmen Juris, 2002.
BRASIL. Decreto-lei n.º 2.848, de 7-12-40. Código Penal. São Paulo: Saraiva:
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BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da União,
Brasília,13. Fev. 2000, seção 1, p. 1.
BRASIL, Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil.
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CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ASSENTAMENTOS HUMANOS -


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