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INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS NOVA ANDRADINA

BACHARELADO EM AGRONOMIA

CLAUDIO BENEDITO DE JESUS JORGE JUNIOR

ISAQUE FERNANDES SIQUEIRA

JAQUELINE CARDOSO

LUCAS FONSECA

RELATÓRIO DA APLICAÇÃO DO POSTULADO DE KOCH PARA


IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMATOLOGIA

NOVA ANDRADINA – MS

2021
INTRODUÇÃO

O tema da aula prática 2 sobre o postulado de Koch e as técnicas que devem


ser feitas para descobrir surgimento de novas doenças e um determinado lugar
ou cultura, o trabalho do relatório será uma simulação de como é feito a
aplicação do postulado de Koch para a identificação de uma sintomatologia que
começou a aparecer na região de Nova Andradina MS, em plantações de
tomate. De fato, que o patógeno suspeito seja o Tomato ringspot virus – vírus
(frutíferas e tomate).

As técnicas que são utilizadas hoje para descrever a diagnose de doenças


desconhecidas são conhecidas como postulados de Koch, criada no século
XIX, pelo médico alemão Robert Koch (1843-1940). Koch descreveu
procedimentos onde fossem possíveis chegar no agente causal de uma
determinada doença desconhecida.

Koch descobriu o agente bacteriano causador do carbúnculo (ou antraz) a


primeira doença biótica infecciosa a ser descrita no mundo e descreveu, pela
primeira vez, como a transmissão da doença se dá através dos esporos – este
foi seu primeiro grande trabalho científico, publicado em 1876. Logo após, em
Berlim, Koch conseguiu detectar o agente causal da tuberculose (Jeppesen
2010).

Os postulados de Koch (1881), possui uma sequência de procedimentos


utilizados para estabelecer a relação causal entre um microrganismo e uma
doença.

1 – Associação constante patógeno-hospedeiro (O microrganismo deve estar


associado com a doença em todas as plantas sintomáticas e não deve estar
presente em plantas sadias);

2 – Isolamento / cultivo (O microrganismo deve ser isolado da planta doente e


cultivado em cultura pura);
3 – Inoculação do organismo em plantas sadias (O microrganismo em cultura
pura deve ser inoculado sobre plantas sadias (mesma espécie ou variedade) e
produzir a mesma doença nas plantas inoculadas);

4 – Reisolamento do patógeno (O microrganismo deve ser isolado em cultura


pura novamente e suas características devem ser as mesmas das observadas
em 2).

O objetivo desse relatório é apresentar os resultados e técnicas do postulado


(positivo ou negativo), e falar quais medidas de prevenção deverão ser
tomadas. A incidência da doença em determinada área exposta ao
microrganismo deve ser elevada comparados a áreas não expostas, ao ser
exposto pelo microrganismo suspeito, deve logo em seguida haver a doença,
tendo sua distribuição e tempo de incubação seguindo um parâmetro.

Uma aparição patológica do hospedeiro, quando exposto ao microrganismo


suspeito de nível biológico podendo ser benigno ou maligno, uma resposta
notável do aparecimento de sintomas no hospedeiro ao entrar em contato com
o agente infeccioso pela primeira vez, ou a amplitude dos sintomas se já tiver
sido contaminado anteriormente. A reintrodução da doença acontece com mais
frequência nos expostos adequadamente ao agente infeccioso comparado aos
não expostos.

Interferências no agente infeccioso como modificações e eliminação podem


diminuir a taxa de existência da doença, os métodos com prevenção e
modificação dos hospedeiros quando expostos podem diminuir a incidência da
doença ou eliminá-la. Todos os estudos presentes na doença e seus agentes
infecciosos devem apresentar características que entrem nos ramos da biologia
e da epidemiologia.
MATERIAIS E MÉTODOS

FASE 1 DO EXPERIMENTO - Primeiro postulados de Koch é composto por


quatro critérios que são: 1 encontrado em todos casos de doenças que neste
caso de vírus é causado por microferimentos cujo vetores são insetos,
nematoides, etc, 2 ser cultivado em cultura pura, 3 provocar a doença quando
inoculado num animal de experiência, 4 pode ser isolado dos animais e
cultivado em cultura pura. Na década de 1880 foi estabelecido uma relação
causal com o micróbio. Essa técnica foi desenvolvida pelo Robert Koch e
Friendrich Loeffler, para descrever a etiologia da cólera e da tuberculose, mas
têm sido controversamente gerados a outras doenças. Os postulados são
gerados antes da compreensão de conceitos modernos de patogênese
microbiana que não podem ser examinados usados postulados de Koch,
incluindo vírus no caso de parasitas celulares.

FASE 2 DO EXPERIMENTO - O microrganismo patógeno (vírus) tem que ser


isolado e cultivado em um meio de cultura nutritiva, contendo o vírus em
ambiente adequado e com os nutriente para o crescimento de sua população
para verificação dos sintomas e de sua imagem. Com o isolamento do
patógeno deve ser crescido em meio de cultura nutritivo cujo suas
características são descritas (parasitas não-obrigatórios) ou em placa/cortes
de lâmina do hospedeiro suscetível (parasitas obrigatórios) e sua aparência e
sintomas registrados.

FASE 3 DO EXPERIMENTO - inoculação do patógeno suspeito Tomato


ringspot virus – vírus a planta da Batata (Solanum tuberosum), sadias.

Foram feitos 2 métodos para a inoculação do vírus, se utiliza vetores na


disseminação de vírus ou microferimentos. A inoculação deve ser feita em uma
planta sadia, a cultura sadia para a infecção foi a Batata (Solanum tuberosum)
para reproduzir os sintomas do vírus, é feita a maceração do tecido foliar do
tomate infectado, para extrair o vírus de dentro do interior da célula da planta.
Numa solução tampão que tem o ph próximo ao do ph do interior da planta
sadia, obtendo o inóculo, logo após, é feito a transferência do vírus para a
planta sadia, com microferimentos, usando uma rocha carborundum para moer
uma gramatura bem fina de cristais duros, logo em seguida espalhe sobre a
superfície da folha e faz pressão fazendo o ferimento, e com o algodão
embebido com a suspensão distribuindo o inóculo.

FASE 4 DO EXPERIMENTO - foi identificado que se tratava de um vírus,


fizemos com base no postulado de Koch, sem fazer isolamento em cultura, já
que para o vírus sobreviver ele precisa de um hospedeiro vivo. utilizamos
folhas do tomateiro com sintomas, logo em seguida foram feito a desinfestação
em solução de álcool 70% junto com cloro, em seguida as folhas foram
maceradas em água destilada para que ocorra a extração do patógeno
presente nas estruturas das folhas, após a extração, foi aplicado carborundum
nas folhas de plantas sadias, logo em seguida foram utilizados algodões com a
solução que se encontrava o patógeno e foi aplicado sobre as folhas que já
tinham depositado carborundum para que fossem feitos microferimentos como
citado anteriormente na fase 3 e consequentemente ocorre a inoculação do
patógeno na planta. para ter certeza que não ocorreu interferência externa de
patógenos, foram feitos outros testes em em plantas testemunhas, com água
destilada e em seguida aguardamos um certo período onde ficaram submetidos
em temperatura ambiente para o aparecimento de sintomas, logo após o
re-isolamento deve se notar as suas características, que devem ser as mesma
que a da fase 2.

Métodos de controle do vírus

De acordo com LIMA, M. F. et al. 2018, o controle de ToRSV em plantas


perenes é complexo. Recomenda-se o emprego de medidas de controle
preventivas e o manejo eficiente de plantas daninhas suscetíveis. Para
algumas culturas há cultivares com resistência à infecção, como, por exemplo,
em videira e ameixeira, que devem ser, preferencialmente, utilizadas para
produção ou como porta-enxerto no estabelecimento de plantios em regiões de
ocorrência endêmica do vírus. Na produção de mudas, é essencial o emprego
de material vegetativo que tenha passado por testes de indexação e que esteja
livre do vírus. Para pelargonium, plantas matrizes importadas de países com
ocorrência do ToRSV apenas podem ser utilizadas para multiplicação quando
provenientes de áreas livres do nematoide vetor X. americanum sensu lato, que
estejam livres do vírus com comprovação mediante realização de testes de
detecção e que não tenham apresentado sintomas da virose quando avaliadas.
E, nesse caso, a multiplicação não deve exceder a quatro gerações. Para os
vírus transmitidos por sementes, como em rubus e dente-de-leão, as sementes
a serem utilizadas na produção de mudas devem ser extraídas apenas de
matrizes sadias. Para plantas perenes em locais com constatação de
infestação pelo nematoide vetor e da presença do vírus, utilizar porta-enxertos
com resistência. 452 Priorização de pragas quarentenárias ausentes no Brasil
Métodos de erradicação são recomendados, porém são de difícil execução.
Dentre esses métodos destacam-se a destruição da planta infectada, evitar o
plantio no mesmo local por pelo menos dois anos e a fumigação do solo. A
eliminação do vírus da área é extremamente difícil. A fumigação profunda do
solo para a eliminação dos nematoides é inviável. Quando a distribuição do
vírus é limitada, deve-se tentar restringir ao máximo a sua dispersão no pomar.
Neste sentido, deve-se evitar realizar operações de manejo da cultura,
incluindo a movimentação do solo e irrigação por sulco ou inundação. As
árvores infectadas devem ser removidas imediatamente, assim como também,
pelo menos duas linhas em volta das plantas infectadas. Caso a dispersão seja
mais ampla, todo o bloco de árvores deve ser removido. Antes de retirar as
plantas, estas devem ser mortas pela aplicação de herbicida ou com
anelamento para induzir a morte das raízes. A remoção deve ser a mais
completa possível, incluindo as raízes finas. A área infestada deve ser mantida
em pousio por dois anos e depois fumigada para matar os nematóides.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUER, C.G.; GRIGOLETTI, J.A.. SANTOS, A. F. Doenças em Pinus:


identificação e controle. Embrapa Florestas. Circular técnica. 48. 28p.Colombo.
2001.

AMORIM, L. REZENDE, J. A. M. FILHO, A. B. Manual de fitopatologia.


Princípios e conceitos, cap.3. 2018.

JEPPESEN, H. Robert Koch: Grande descobridor de pequenas bactérias.


Made for minds 2010. Disponível em: https://p.dw.com/p/NWTR.

LIMA, M. F. et al. Priorização de pragas quarentenárias ausentes no Brasil.


Embrapa Brasília, DF 2018. Disponível em:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/sanida
de-vegetal/planos-de-contingencia-pragas-ausentes/TomatoringspotvirusLivroP
ragasPriorizadas_1ed2018447458.pdf.

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