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UNIPAR

BIOMEDICINA

Bárbara Souza Correia


Email: barbarahued@gmail.com

PROJETO ESTRUTURADO APE 08 - PRESENÇA DE FUNGOS - SUA


TRANSMISSÃO PELO AR E CULTIVO E ANÁLISES EM LABORATÓRIO

Cascavel - Paraná
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES FÚNGICAS


1.2 INFECÇÃO FÚNGICA POR INALAÇÃO
2. LOCAIS PROPÍCIOS
2.1 PREVENÇÃO DO AMBIENTE
2.2 FILTROS DE AR HOSPITALARES
3. MICOSES
3.1 ANÁLISE DOS FUNGOS NAS FOTOGRAFIAS DE EXPERIMENTO
4. CONCLUSÃO DA ANÁLISE DAS PLACAS
5. ANEXOS
6. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES FÚNGICAS

No presente trabalho pretendo apresentar os tipos de fungos mais transmitidos pelo ar


e suas consequências no sistema imunológico no organismo. Também expor a forma que
ocorre o cultivo em laboratório para análise e como isso é feito, assim como os locais de uso
comum mais propício para a infecção e proliferação destes mesmos fungos.
As infecções fúngicas primeiramente podem ser divididas em duas classificações,
aquelas tidas como oportunistas e as primárias; as infecções fúngicas oportunistas são aquelas
que se aproveitam de um sistema imunológico comprometido, que não tem o seu
funcionamento adequado podendo ser por uma doença ou por outros motivos. Já a infecção
primária é quando temos um organismo com sistema imune funcionando de forma eficaz, o
suficiente para combater as infecções e os agentes patogênicos de forma adequada. Elas
também são diferenciadas entre infecções locais e sistêmicas, sendo as locais do tipo Vaginite
por Cândida que ocorre na vagina ou sistêmica que acomete algum órgão como os pulmões e
que normalmente estão associadas a infecções oportunistas, aquelas de preferência a sistema
imunológico comprometido.

1.2 INFECÇÃO FÚNGICA POR INALAÇÃO

A infecção ocorre quando os esporos de um fungo que está presente no ar são inalados
pelas vias aéreas e se estabelecem no trato respiratório como nos pulmões, o que ocorre
normalmente quando o fungo se encontra em um ambiente propício como lugares com muita
umidade e também matéria orgânica em decomposição, detritos vegetais e áreas de
construção.
Mais a frente vou citar cada um dos tipos mais comuns de fungos que acarreta
infecções por vias aéreas porém, a presença de esporos de fungos no ambiente são pequenas
estruturas de reproduções que podem se tornar aerossóis e ficam suspensos no ar pelo seu
mínimo tamanho, de nível microscópico. A inalação desses esporos contaminados por fungos
podem ir parar nos pulmões, e uma vez que eles se estabelecem em alguma parte do trato
respiratório o sistema imunológico do indivíduo precisa estar em pleno funcionamento para
que possa conter essa infecção e impedi-la que se multiplique.
Quando o sistema imunológico de uma pessoa é comprometido classificando assim
um imunocomprometimento nesta defesa como pessoas com HIV/AIDS, transplantados entre
outros, os esporos podem acabar se multiplicando e causar infecções bem mais graves
sequencialmente, iniciando com sintomas como febre, tosse, falta de ar, suor noturno, dor no
peito e sintomas semelhantes a infecções respiratórias.
O Diagnóstico e tratamento é feito por coleta de amostras respiratórias com escarro ou
líquido brônquico para uma análise laboratorial mais específica e assertiva, já que o
tratamento depende do tipo de fungo encontrado e do seu nível de infecção juntamente ao
paciente sendo ele imunocomprometido ou não, podendo envolver medicamentos inclusive.

2. LOCAIS PROPÍCIOS

A prevenção funciona com o conhecimento sobre áreas de maior risco para se obter
uma infecção fúngica como também, pessoal sobre si mesmo e sua imunidade, já que pessoas
imunocomprometidas precisam tomar mais precauções em ambientes propícios a dispersão
fúngica do que outras não imunocomprometidas. Dentre estes lugares os mais comuns são as
cavernas,, e áreas de construções, locais com decomposição de matéria orgânica também são
lugares mais propícios para gerar estas infecções assim como lugares fechados e úmidos,
locais com pouca ventilação ou até mesmo hospitais que são lugares mais fechados é preciso
ficar atento, e tomar precauções como o uso de máscaras. Mesmo que a exposição de esporos
fúngicos não leve necessariamente a uma infecção fúngica é importante tomar os devidos
cuidados, principalmente se estiver ou for imunocomprometido.

2.1 PREVENÇÃO DO AMBIENTE

Para que possa diminuir as chances de se expor a esporos contaminados por fungos
pode-se tomar algumas precauções como uma ventilação adequada, abrindo portas e janelas
se possível para que o ar fresco circule no ambiente.
Livrar-se de fontes de umidade como vazamentos, e infiltrações nas paredes, deixando
tudo muito bem ventilado e seco é uma das melhores maneiras de se combater essa possível
infecção fúngica, já que controlando a umidade você controla a proliferação de fungos.
Isolamentos de áreas de construção, reformas ou até mesmo salas acústicas é preciso
ficar atento, também com o acúmulo de poeira ou umidificadores de ar.
A manutenção adequada de um ambiente interno é o que fará você ter mais chances
de proteção com o seu sistema respiratório.

2.2 FILTROS DE AR HOSPITALARES


Os filtros hospitalares precisam ter maior contenção de partículas para que não se
tenha a propensão de infecções por vias aéreas, sendo assim é necessário a utilização de filtros
que propiciem a desinfecção efetiva do ar para que não se agrave problemas de saúde.
Para que aconteça a proteção e não proliferação de infecções por vias respiratórias em
hospitais é seguido alguns parâmetros de tratamento de qualidade do ar exigidos pela ABNT,
no caso a norma NBR 4256 - TRATAMENTO DE AR EM ESTABELECIMENTOS
ASSISTENCIAIS DE SAÚDE (EAS), da ABNT estipula alguns requisitos como temperatura,
umidade relativa do ar, filtragem e diminuição de riscos de contaminação de ambientes.
São divididos em três formas, críticos, semicríticos e não críticos para contemplar as
salas de cirurgia, salas de pós e pré-operatórios, pronto socorro, UTIs, laboratórios de testes e
também as farmácias.
Um exemplo de bom filtro é um filtro que prevê eficiência de até 99,995% para
partículas de 3,0 micrômetros, ou seja, ele separa as partículas de microrganismos
contaminantes das demais partículas, evitando assim as chances de infecções e doenças
respiratórias como bronquites, asmas e outras.

3. MICOSES
As micoses são infecções causadas por fungos que acabam por atingir as pelas, unhas
ou até mesmo cabelos, precisam basicamente de um ambiente úmido e com calor para que
haja o seu desenvolvimento, elas podem ser superficiais ou não assim como a candidíase por
exemplo.
Lembrando que alguns deles são oportunistas podemos falar da candidíase, que age
quando a flora vaginal está alterada se aproveitando assim para se proliferar, já sendo um
fungo existente nessa região, o fungo Candida Albicans tem sua proliferação relacionada com
a queda da imunidade, uso de antibióticos e corticóides, e apesar de não ser considerada uma
infecção sexualmente transmissível pode ser transmitida através de relações sexuais.
Os sintomas são coceira na vagina, corrimento branco e em grumos como que se
lembra a nata do leite, ardor para urinar e dores durante a relação sexual, isso em mulheres,
em homens se dá por pequenas manchas vermelhas, edema leve, lesões em forma de pontos e
prurido.
É importante lembrar que o exame que diagnostica tal fungo é feito através do
papanicolau, por isso é importante que se mantenha a frequência em seu médico
ginecologista.
Outro fungo que podemos citar é o Pitiríase Versicolor que é muito comum apesar do
nome desconhecido, com decorrência principalmente em jovens e com evolução crônica e
recorrente. Indivíduos que possuem uma pele muito oleosa são mais suscetíveis a apresentar
esse tipo de micose, muito conhecida como pano branco, que é ocasionada por um fungo do
gênero Malassezia.
O pano branco clinicamente se apresenta com manchas esbranquiçadas, descamativas
e que podem ser ou não agrupadas, normalmente surgem na parte superior dos braços, tronco,
pescoço e rosto mas podem também apresentar-se por manchas escuras ou avermelhadas.

3.1 PROCESSAMENTO DE AMOSTRA PARA CULTURA FÚNGICA

Vamos descrever como é preparado o Ágar de batata dextrose que comumente é


conhecido por Ágar PDA, onde em geral é usado para leveduras e fungos que podem ser
identificados até certo ponto pela sua coloração e características morfológicas, o que auxilia
na diferenciação de culturas patogênicas e não patogênicas.
Os ingredientes para a composição do Ágar batata se dá por uma infusão de batatas
200.00 + dextrose (glicose) 20.000 + Ágar 15.000 chegando a um pH após a esterilização (a
25º C).
É necessário que se cumpra certas etapas para que funcione, sendo elas as seguintes:
iniciando por 200 g de batata para 1L de preparação de Ágar batata. Lave a batata para
remoção da sujeira, em seguida retire a casca e pique, adicione os pedaços a 1L de água
destilada, ferva por média de 20 á 25 min em uma chapa quente e colete o extrato através de
um pano de musselina. Importante saber que pode ser substituído por um pó comercialmente
disponível de amido de batata. O armazenamento deve-se fazer em ambiente escuro a 2-8ºC,
podendo ser usadas por uma semana quando armazenadas desta forma e em ambiente limpo.
Algumas formulações preferem a adição do ácido tartárico e isso acaba por diminuir o
pH para cerca de 3,5 reduzindo o crescimento de bactérias.

3.2 ANÁLISE DOS FUNGOS NAS FOTOGRAFIAS DE EXPERIMENTO

O fungo do experimento número 1 começou a se desenvolver visivelmente a partir do


quarto dia, assim como o experimento de número 2, no experimento de número 3, tivemos
também uma visualização de crescimento no mesmo dia, o quarto, porém com maior
desenvolvimento de colônias do que as anteriores. No experimento número 4 podemos
observar um crescimento visível já um dia anterior das demais, no terceiro dia, assim como no
experimento de número 5, onde também podemos observar a olho nú um crescimento no
terceiro dia. (Anexos A, B, C, D e E)
Nos dias finais de cada experimento observamos uma enorme diferenciação de
colônias e suas quantidades nos experimentos, vejamos: no experimento de número 1, no
sétimo e último dia de fotografia podemos observar, uma pequena colônia circular de tom
verde escuro e contorno esbranquiçado, não muito longe desta podemos observar uma outra
colônia muito maior branca convexa e do tipo filamentosa, entre elas tendo pequenas colônias
esbranquiçadas e circulares planas. (Anexo F)
No experimento 2, podemos observar no último dia, diferente da primeira uma grande
colÔnias convexa e filamentosa, junto a outra grande colônia aparentemente fusiforme e
filamentosa, tendo também duas pequenas colônias planas verde musgo com contornos
amarelados, diferente da primeira placa que havia destas com contornos brancos. (Anexo G)
Já na placa de experimento número 3, podemos observar uma colônia diferente das
outras demais anteriormente citadas, temos pequenas e maiores colônias esverdeadas com
contorno amarelado do tipo circular mas aparentemente convexa e não plana como as
anteriores, possui também pequena colônia na lateral de cor esbranquiçada filamentosa e
convexa. Um fungo central maior do tipo papilada com tom rosa esbranquiçado no centro e
cor amarelada ao redor, e lateralmente uma segunda maior de cor mais clara aparentemente
sendo papilada irregular. (Anexo H)
No experimento 4, no último dia possuímos maior proliferação no espaço da placa de
petri, porém menos diversificação de colônias, sendo elas por colônias esverdeadas circulares
e convexas, uma maior na lateral elevada e inteira de cor mais clara, circundando a maior
parte da placa temos colônias filamentosas esbranquiçadas irregulares e uma colônia média
avermelhada. (Anexo I)
No último experimento de número 5, podemos notar variedade de colônias porém
menor ocupantes de espaço na placa de petri, possui assim como todas as outras placas,
colônia esverdeada com contorno esbranquiçado do tipo circular plana com borda
filamentosa, temos também quatro maiores colônias duas de cores avermelhadas e amareladas
e outras duas mais esbranquiçadas e rosadas do tipo crateriforme filamentosa. (Anexo J)

4. CONCLUSÃO DA ANÁLISE DAS PLACAS


Acredito que os experimentos de número 3,4, e 5 em específicos possuem uma
proliferação maior de fungos devido às características morfológicas como o aspecto de
“felpudo” e as colorações mais distintas. Já os outros experimentos me parece que nem teve
um desenvolvimento tão grande até o último dia de fotografia de fungos que me faz pensar
que se trata em maioria de bactérias pois se iniciou mais rapidamente as colônias para
visualização a olho nú.
5. ANEXOS

A-Quarto dia do experimento nº1

B-Quarto dia do experimento nº2


C-Quarto dia do experimento nº3

D-Terceiro dia do experimento nº4


E-Terceiro dia do experimento nº5

F-Imagem do sétimo e último dia do experimento nº1

G-Imagem do sétimo e último dia do experimento nº2.


H-Imagem do sétimo e último dia do experimento nº3

I-Imagem do sétimo e último dia do experimento nº4.

J-Imagem do sétimo e último dia do experimento nº5.


6. REFERÊNCIAS

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/vis%C3
%A3o-geral-das-infec%C3%A7%C3%B5es-f%C3%BAngicas?query=Considera%C3%A7%
C3%B5es%20gerais%20sobre%20infec%C3%A7%C3%B5es%20f%C3%BAngicas

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/aspergil
ose

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/blastom
icose

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/coccidi
oidomicose

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/criptoco
cose

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/histopla
smose

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/mucor
micose

https://www.splabor.com.br/blog/meio-de-cultura-2/agar-batata-introducao-principios-preparo
/#:~:text=Procedimento%20para%20preparo%20do%20%C3%81gar%20Batata,-Pese%20os
%20ingredientes&text=Suspenda%20os%20ingredientes%20como%20infus%C3%A3o,b%C
3%A9quer%20usando%20um%20agitador%20magn%C3%A9tico.

https://linterfiltros.com.br/a-importancia-dos-filtros-absolutos-hepa-nos-hospitais/#:~:text=Fil
tro%20Absoluto%20Hepa%20em%20Hospitais,a%20infec%C3%A7%C3%B5es%20por%20
vias%20a%C3%A9reas.

https://www.sbd.org.br/doencas/micose-2/
https://dive.sc.gov.br/index.php/candidiase#:~:text=A%20Candid%C3%ADase%20%C3%A9
%20uma%20infec%C3%A7%C3%A3o,equil%C3%ADbrio%20com%20a%20flora%20vagin
al.

https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/08/descricao-morfologica-de-colonias-em.html

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