Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Microbiota vaginal normal: Vagina possui mais de 5000 tipos de microorganismos diferentes
(bactérias, leveduras, fungos...)
Esses arranjos são responsáveis por tornar o pH vaginal ácido (ao redor de 4,5), saudável e
propenso a ser sempre estável
Principal microorganismo presente na flora vaginal: Lactobacilos – são capazes de transformar o
glicogênio em ácido lático, tornando a vagina um ambiente tão ácido
Se a vagina é um ambiente ácido, não é indicado utilizar sabonetes de pH neutro (básico), este tem
que ser de também de pH ácido (os principais disponíveis no mercado são sabonetes de bebê, pois
a pele do rn é mais ácida)
Lactobacilos também dependem de pH ácido para sobreviver
O que prejudicará o pH da vagina e deixará a mulher muito mais propensa a desenvolver
vulvovaginites? Desequilíbrio na produção de lactobacilos (diminui número de lactobacilos, o pH
que deveria ser baixo, se eleva) pH aumentado = Vulvovaginites
Uma forma interessante de dar diagnostico de vulvovaginites é utilizar fita de pH
VAGINOSE BACTERIANA
PROVA!!!
Método mais sofisticado de dar diagnóstico = MICROSCOPIA
Será observado:
Clue Cells + Ausência de Leucócitos
Ausência completa de Leucócitos – pois estes necessitam de uma flora ácida para se proliferarem
O tratamento tem que fazer cobertura a germes anaeróbios: Portanto podemos usar também
Clindamicina, Secnidazol, Tinidazol
*EFEITO DE SULFIRAM = Quando a paciente se encontra em uso de Metronidazol (independente se via oral
ou vaginal) e ingere bebida alcoólica neste período, terá muita náusea, vômitos, tontura, hipotensão, gosto
metálico na boca! Importância da orientação no momento da prescrição.
Fatores de Risco:
Diabetes Mellitus
AIDS
Gestação
Obesidade
Uso contínuo de corticóides
Pós-uso de antibiótico – acaba por matar também germes da flora vaginal
Uso de anticoncepcional oral combinado
Devemos tratar parceiro? Depende – O parceiro está sintomático (balanopostite)? Se sim, tratamos
– como tratar? Da mesma forma como tratamos a mulher
Tratar pacientes assintomáticas? Depende
Tratamos se a paciente for GESTANTE (Sempre!!!) – pois vulvovaginites estão associadas à Rotura
prematura de membranas ovulares e a Trabalho de parto prematuro
Tratamos também se paciente PRÉ-PROCEDIMENTO – exemplo: paciente que vai colocar DIU
Importante: não é necessário colher papanicolau para inserção de DIU
CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO:
4 ou mais episódios de candidíase em 1 ano
Ministério da Saúde Fluconazol comprimido – na primeira semana tomar no esquema de dias D1, D4 e
D7, e na seqüência fazemos 1 comprimido semanal por 6 meses Objetivo é a supressão de Cândida
Albicans, e a paciente tem que melhorar fazendo este tratamento, caso não resolva temos que pensar em
outros tipos de Cândida não habitual
Durante o tratamento devemos fazer dosagem de TGO e TGP
TRICOMONÍASE
QUADRO CLÍNICO:
Leucorreia bolhosa (microbolhas)
Leucorreia esverdeada
Copite tigroide – colo em framboesa/colo em morango
pH > 4,5 (básico)
Teste de Whif +
Pruriginosa
Será observado no exame microscópico a fresco:
Trichomonas
Tratamento:
LEMBRETE:
VAGINITE INFLAMATÓRIA
Leucorreia purulenta
Irritação vaginal (muito prurido)
Mais comum no período pós-menopausa
Tratamento: Clindamicina creme vaginal
VAGINITE POR CORPO ESTRANHO
Comum em crianças
Leucorreia amarelada com odor fétido
Tratamento: Metronidazol (cobre germes anaeróbicos)
VAGINOSE CITOLÍTICA
Vai ocorrer Citólise – destruição celular/ruptura das células
pH vai abaixar tanto que as células não vão conseguir viver num ambiente tão ácido
Exame a fresco:
Núcleo de células boiando
VAGINITE ATRÓFICA