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Fatores de risco:
• Gravidez
• Fase lútea do ciclo menstrual (pré-menstrual)
• Multiparidade
• Uso de espermicidas
• Idade jovem (idade de risco 15-19)
Vaginite Atrófica
• Tratamento recente com antibióticos de largo espectro Característica das mulheres na pós-menopausa.
(tetraciclinas, ampicilina e cefalosporinas orais)
Surge por falta de hormonas na menopausa-descida
prolongada dos níveis de estrogénios.
Diagnóstico:
• Secura vaginal e dispareunia (dor nas relações sexuais),
∘ Corrimento vaginal anormal, inodoro
exsudado escasso, por vezes hemorrágico
∘ Prurido intenso
• Ao exame a vagina está atrófica (atrofiada), sem pregas
Ao exame objetivo apresenta:
e o colo pode apresentar um ponteado hemorrágico
∘ Genitais externos hiperemiados, com escoriações e
• Flora habitual, com pH entre 6-7
fissuras (devido prurido)
• Citologia: ausência de células basais
Tratamento: Estrogénios localmente
Vaginite Irritante
Provocada por preservativo, espermicida, creme lubrificante,
penso higiénico ou tampão.
Corrimento espesso, grumoso, em placas e que vai ficar
aderente às paredes vaginais e à região da vulva.
Vaginite Alérgica
Provocada por roupa interior sintética (lycra, nylon), roupas
apertadas, jeans.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
⇒ Prescrição de duches, aplicações locais na forma de
supositórios vaginais, pomadas, …
ENDOMETRITE
⇒ Informar da importância de lavar as mãos antes e
após cada aplicação Inflamação do endométrio, a camada mucosa que reveste a
cavidade uterina.
⇒ Aconselhar deitar após a inserção da medicação para
facilitar a distribuição do medicamento no canal Pode ser originada por uma infeção em órgãos adjacentes,
vaginal e evitar perda de medicamento independentemente de ser proveniente dos genitais
externos ou das trompas de Falópio
⇒ Abster-se de relações sexuais durante o tratamento
ou usar preservativo Evidenciando-se principalmente no puerpério, após o parto
⇒ Se existir pruído, aplicar loções calmantes ou um aborto e, por vezes, devido à retenção de restos de
tecido da placenta.
Manifestações:
• Dor abdominal
CERVICITES • Febre
• Fluxo vaginal anómalo (leucorreia muco-purulenta)
Infeções do colo do útero e podem ocorrer na sequência
de vaginites.
SALPINGITE
Epitélio ectocervical Epitélio endocervical
orifício externo no colo orifício interno do colo Inflamação das trompas de Falópio, normalmente de
origem infeciosa.
Frequentemente causadas Causadas na grande Os microrganismos costumam aceder às trompas por via
pelos mesmos agentes maioria pela Neisseria ascendente a partir de uma infeção dos genitais externos,
que causas as vaginites gonorrhoeae e pela normalmente sexualmente transmissível e, por vezes, não
(uma vez que o epitélio é Chlamydia trachomatis detetada - os agentes causadores mais frequentes são o
semelhante), incluindo
gonococo (Neisseria Gonorrhroeae) e clamídia.
alguns vírus, Herpes
Simplex, HPV
A infeção das trompas de Falópio pode igualmente ser Também pode aparecer problemas do coração e dos pulmões.
produzida por complicações ocorridas no parto e aborto Os órgãos recuperam geralmente por completo uma vez
ou, mais raramente, devido à disseminação sanguínea de que os sintomas desapareçam.
microrganismos provenientes de outros setores do
organismo. Prevenção:
Em termos gerais, as mulheres deveriam evitar o uso
Manifestações:
prolongado de tampões durante a menstruação;
• Dor na parte inferior do abdómen (normalmente intensa especialmente os superabsorventes, que são os que têm
e persistente)
mais possibilidades de causar a síndroma do choque tóxico,
• Febre não devem ser utilizados.
• Hemorragias vaginais
Quando se suspeita de que uma mulher tem esta síndroma,
• Náuseas é necessário hospitalizá-la de imediato.
• Problemas urinários (micções frequentes e com dor)
Tratamento:
Tratamento começa pela remoção do tampão, e, logo que
possível, administram-se antibióticos.
Prognóstico:
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Cerca de 8% a 15% das pessoas com a síndroma completa do
Infeção geralmente causada por estafilococos que pode choque tóxico morrem.
rapidamente piorar até se converter num choque grave,
que não responde ao tratamento.
Ainda não se sabe bem qual o mecanismo que desencadeia
esta síndroma.
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
A presença de um tampão vaginal (superabsorventes, de
maior dimensão) pode estimular as bactérias a produzir A infeção do trato genital superior (+/- generalizada) é a
uma toxina que penetra no sangue através de pequenos maior causa prevenível que afeta a saúde reprodutiva das
cortes no revestimento vaginal ou então através do útero mulheres, sendo responsável por grande parte da morbilidade e
até chegar à cavidade abdominal. custos de saúde associados com IST.
Esta toxina é, aparentemente, a causa dos sintomas. Na maioria dos casos a causa são microrganismos que
ascendem do trato genital inferior.
O uso por períodos de tempo demasiado prolongado de
tampões, particularmente se muito absorventes, que
O termo Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é geralmente
acabam por absorver não apenas o sangue, mas também o
utilizado para descrever uma infeção pélvica por bactérias
fluido vaginal protetor, provocam secura e descamação do
ascendentes e é definido como um processo inflamatório
epitélio no qual surgem micro-ulcerações e fissurações.
de origem infeciosa envolvendo pelo menos o Endométrio
e as Trompas de Falópio.
Sintomas: (de forma súbita e repentina)
A DIP é um processo dinâmico provocada por uma grande
• Febre de 38,5ºC a 40,5ºC
variedade de microrganismos (polimicrobiana).
• Forte dor de cabeça
• Dor de garganta Fatores de risco:
• Olhos avermelhados • Infeção do trato genital inferior por Chlamydia ou
• Cansaço extremo Gonococos
• Confusão • Vaginose Bacteriana
• Vómitos, diarreia aquosa e profusa • Instrumentação cirúrgica através do colo do útero
(incluindo aborto, colocação de DIU, curetagem uterina
• Erupção cutânea semelhante a uma queimadura do sol
e Histerossalpingografia)
em todo o corpo
• “Duche” vaginal (só apenas os duches com medicamentos)
Após 48 horas, pode entrar-se em estado de choque. • Atividade sexual durante ou logo após a menstruação
Entre o 3º e 7º desprende-se a pele, sobretudo nas palmas
das mãos e plantas dos pés. Fatores/Marcadores demográficos:
• Idade jovem (15 aos 24 anos)
A síndroma provoca anemia. • Ser solteiro, separado ou divorciado
As lesões do rim, hepáticas e musculares são muito • Baixo estatuto socioeconómico
frequentes, especialmente durante a primeira semana. • Viver em áreas urbanas
Estes marcadores estão associados com o comportamento Diagnóstico diferencial com várias patologias:
sexual, nomeadamente, com o número e mudança de ⤷ Gravidez ectópica
parceiros sexuais e com a idade de início da atividade
⤷ Quisto ovárico complicado (hemorragia, torção, rotura,
sexual.
infeção)
Sequelas:
▫ Danos tubulares e peri-tubulares – Infertilidade de
Origem Tubária (IOT) – que pode ser avaliada por
Histerossalpingografia.
▫ O risco de IOT após:
‣ 1 episódio de DIP – 8%
‣ 2 episódios – 20%
‣ 3 episódios ou mais – 40%
▫ A Dor Pélvica Crónica (ou DIP crónica) é descrita em
cerca de 15 a 20% dos casos pós-DIP e parece estar
relacionada com a extensão das aderências pélvicas
existentes. Resulta destas sequelas de processos
inflamatórios muito intensos
Pelve Normal Processos Inflamatórios
Cuidados:
✓ Higiene Diária
✓ Se múltiplas infeções higiene íntima à base de ácido
lácteo (reequilibrar ph)
✓ Mudança recorrente de pensos higiénicos
✓ Evitar duches vaginais
✓ Consultas de rotina
✓ Utilização de preservativo masculino / feminino
✓ Limpar-se de frente para trás
✓ Cuidados higiene após relações