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Micoses Cutâneas

Resumo de Samuel Basualto – Aula: Prof. Jonas


MICOSES SUPERFICIAIS
Conceito: Doenças provocadas por fungos ou cogumelos que se localizam preferencialmente na
epiderme e/ou em seus anexos, podendo, entretanto, eventualmente, invadir a derme e, em
raríssimos casos, até mesmo órgãos internos. O contágio inter-humano é frequente.
Tipos a serem explorados aqui: Ceratofitose (Pitiríase Versicolor), Dermatofitoses e Candidíase.

Pitiríase Versicolor
➢ Ceratofitoses: micoses essencialmente superficiais, cujos cogumelos localizam-se na queratina
da epiderme e dos pelos, normalmente sem provocar fenômenos de hipersensibilidade; por isso,
são reconhecidas por alguns autores como protótipos das micoses superficiais. Do grupo, apenas a
Malassezia é saprófita.
➢ Agente Etiológico: Malassezia sp (Espécie mais comum: Malassezia globosa)
❖ Forma micelial: infectante (25-28 graus)
❖ Forma leveduriforme (37 graus)
➢ Fatores predisponentes: atividade hormonal e oleosidade da pele, má-nutrição, hiperidrose,
imunodepressão, DS.
➢ Clínica: Manchas hipocrômicas/eritematosas/hipercrômicas em regiões sebáceas. Descamação
furfurácea.
➢ Diagnóstico:
❖ Exame direto KOH 10%: Hifas curtas,
curvas e largas e elementos
leveduriformes alargados
(blastoconídeos) em cacho de uva ou com
aspecto de “espaguete com almôndegas”
➢ Luz de Wood: amarelo-ouro
➢ Cultura: pouco usada

Fluorescência à Luz de Wood

Tinea
➢ Tinea corporis
➢ Tinea mannum
➢ Tinea pedis intertriginosa
➢ Tinea capitis
➢ Tinea cruris

TINEA CORPORIS
➢ Agente Etiológico:
❖ T. rubrum (adultos)
❖ M. canis (crianças)
➢ Clínica: Lesões eritematodescamativas, circinadas, isoladas ou confluentes, uma ou várias com
crescimento centrífugo (Anular)
➢ Diagnóstico: exame direto KOH 10%
➢ Tratamento: isoconazol creme, itraconazol 100mg por 4 semanas.
TINEA PEDIS INTERTRIGINOSA
➢ Agente Etiológico: T. mentagrophytes var. interdigitale
➢ Clínica: Pregas interdigitais – 4ª;
➢ Porta de entrada para infecções;
➢ Tratamento: isoconazol creme.

TINEA CRURIS

➢ Agente Etiológico: T. rubrum, E. floccosum, T.


mentagrophytes
➢ Clínica: Lesões eritematodescamativas a partir da
prega inguinal. Prurido intenso ;
➢ Tratamento: Isoconazol 1% creme; Itraconazol
100 mg;

TINEA MANNUM

➢ Agente Etiológico: T. rubrum;


➢ Alta recidiva;
➢ Ceratose maior nos sulcos naturais;
➢ Tratamento: isoconazol creme.

TINEA CAPITIS
➢ Clínica: Áreas de tonsura + lesões eritematodescamativas no couro cabeludo. Crianças pré-
puberais.
➢ Transmissão: pessoas infectadas, fômites, animais e solo
➢ Tratamento: Griseofulvina 20 mg/kg/dia – Tomar após almoço, por 4 semanas. Manter por mais 2
semanas após melhora clínica. (ou 4-6 semanas)
❖ Adulto: Griseofulvina 500 mg – Tomar 1 cp 12/12h, após as refeições.
➢ TIPOS:
➢ Microspórica: Ectotrix (esporos e hifas por fora do pelo) – M. canis
❖ Única placa com intensa inflamação, eritematodescamativa
➢ Tricofítica: Endotrix (esporos e hifas no interior do pelo) – T. tonsurans
❖ Placa de tonsura eritematodescamativa e cotos pilosos, única/múltiplas no couro cabeludo
➢ Favosa: T. schoenleinii
❖ Inflamação crônica, formação das escútulas fávicas
❖ Forma severa da tinha capitis, pode evoluir para alopecia cicatricial
❖ Caracteriza-se por concreções circulares amareladas, com uma área central deprimida em
forma de xícara chamada de “escutulas fávicas”, compostas de hifas e detritos de
queratina, que se desenvolvem ao redor dos folículos pilosos, apresentando um odor
desagradável semelhante a urina de rato. Os cabelos parasitados caem, levando a alopecia
permanente, porém se for tratada na fase inicial da evolução clínica, haverá cura sem
sequelas .
Microspórica

Favosa
Tricofítica

➢ Diagnóstico:
Microspórica

➢ Exame micológico direto


➢ Luz de Wood

A lâmpada de Wood, uma fonte artificial de luz


ultravioleta, possibilita um complemento no diagnóstico e
provoca uma fluorescência verde brilhante nos cabelos Favosa
infetados por certas espécies do gênero Microsporum,
mas não do Trichophyton, com exceção do T. schoenleinii
que apresenta uma fluorescência verde-acinzentada
Tricofítica
KERION CELSI
➢ Placa edematopustulosa com abscessos que drenam, bem delimitada, dolorosa . Linfonodomegalia
retroauricular
➢ Agente Etiológico: M. canis
É uma forma inflamatória de tinea capitis associada à linfadenopatia regional, resultante de uma reação de hipersensibilidade do hospedeiro, estimulada pelos
produtos metabólitos do dermatófito, que na maioria das vezes são causadas por espécies zoofílicas, ocasionalmente por geofílicos e raramente antropofílicas.
Caso não seja diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir para a alopecia permanente. Clinicamente, apresenta-se como placa edematosa, bem
delimitada, dolorosa, com pústulas e abscessos que drenam pus. Por apresentar intensa supuração, muitas vezes é erroneamente diagnosticada como uma
infecção bacteriana, o que pode contribuir para o agravamento da situação clínica.

Candidíase
➢ Agente Etiológico: Candida albicans (70-80%) - Saprófita no TGI, orofaringe e mucosa vaginal -
Oportunista
➢ Áreas afetadas: Mucosa, pele, unhas
➢ Fatores desencadeantes: Imunossupressão, tratamento prolongado com corticoide, antibióticos,
gravidez, estados de umidade prolongada
➢ Diagnóstico: Exame direto e cultura
❖ Exame direto: Blatoconídios globosos ou ovais, com e sem brotamento, hifas e pseudo-hifas,
septos hialinos

CANDIDÍASE ORAL

➢ Acomete lactentes e adultos imunocomprometidos


❖ Aumento de infecções por não albicans
➢ Perleche/Queilite angular
➢ Tratamento: Fluconazol 150 mg
➢ Solução de violeta de genciana 2%, três a quatro
vezes ao dia

CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA
➢ Mamas pendulares, axila, virilha, pregas abdominais, área retal, interdigital
➢ Tratamento:
❖ Fluconazol 150mg + nistatina
creme
CANDIDÍASE UNGUEAL E PERIUNGUEAL
➢ Onicólise associada a paroníquea. Destruição completa do leito ungueal. Erosão do corpo ungueal
distal e lateral dos quirodáctilos
➢ Tratamento: Fluconazol 150mg/sem até cura clínica

➢ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ONICOMICOSES OBS: Onicomicose branca subungueal


proximal- HIV

CANDIDÍASE DAS FRALDAS


➢ Área de intertrigo artificial criada sob uma
Fralda molhada
➢ Pústulas satélites características
➢ Tratamento:
❖ Hidrocortisona 1%.
❖ Nistatina creme 100.000 UI

VAGINITE/BALANITE
➢ Prurido, disúria, dispareunia
➢ Corrimento branco, grumoso e com aspecto
caseoso
➢ Tratamento – Vulvovaginal:
❖ Miconazol 2% creme, via vaginal, OU
❖ Fluconazol 150 mg, VO, dose única
➢ Tratamento – Balanite:
❖ Miconazol 2% creme 2x/dia por 15 dias
MICOSES SUBCUTÂNEAS
Conceito: Doenças que invadem a Derme ou Tecido Subcutâneo, frequentemente envolvidas com
implantação traumática do fungo
➢ São raras, presentes em Regiões Tropicais. Agentes estão presentes na Natureza
(solo/vegetação). Diagnóstico feito por Exame Micológico e Exame Histopatológico.
➢ Diagnósticos Diferenciais - Grupo de doenças infecciosas que podem apresentar caráter
vegetante. São doenças que compõem a “Síndrome Verrucosa”:
❖ Paracoccidioidomicose
❖ Leishmaniose Tegumentar Americana
❖ Esporotricose
❖ Cromomicose PLECT
❖ Tuberculose Cutânea

Esporotricose
➢ Agente Etiológico: Sporothirx schenckii – (dimórfico/
crescimento rápido). Período de incubação – 8 a 30 dias.
➢ Maior prevalência Brasil, em região urbana e rural, aco-
metendo adultos jovens, crianças e animais.
➢ Infecção se dá por meio de Trauma (espinhos/plantas)
❖ Zoofílica - mordida de animais (gato)/insetos
❖ Ocupacional – trabalhadores rurais, veterinários/
jardineiros
➢ Dimorfismo:
❖ Miceliar – como bolor, no ambiente (25-28º)
❖ Leveduriforme – patogênica, no hospedeiro (37º)
FORMA LEVEDURIFORME
FORMA MICELIAR

➢ Manifestações Clínicas: Acomete MMSS e Face


❖ Cutâneas
❖ cutâneo-linfática (mais comum): nódulo → cancro esporotricótico → lesões satélites →
linfangite/rosário
❖ cutânea localizada / verrucosa
❖ cutânea disseminada (baixa imunidade)
❖ Extra-cutâneas (raras) – rins/ossos/pulmão...
❖ Diagnósticos diferenciais: micobacterioses, PLECT, sífilis
➢ Diagnóstico:
❖ Exame direto: Estruturas em forma de naveta ou charuto, não é muito comum encontrar o
agente.
❖ Cultura: Fungo dimorfo, crescimento entre 3 e 5 dias. Deve-se esperar até 14 dias para
descartar material.

➢ Tratamento:
❖ Calor local;
❖ Iodeto de potássio – 0,1-3g/dia (20gts=1g)-até 2 semanas após;
❖ Itraconazol – 100-200mg/dia(criança-5mg/Kg/dia) – 90-180dias;
❖ Anfotericina B (disseminada)- 0,25-1mg/Kg/dia(max 3g/dia);
❖ Terbinafina/Fluconazol/SMZ-TMP.
Cromomicose
➢ Agentes Etiológicos: Fungos dematiáceos
(pigmentados)
❖ Fonsecaea pedrosoi (90%)
❖ F. compacta
❖ Cladosporium carrionii
❖ Phialophora verrucosa
❖ Rhinocladiella aquaspersa
❖ Exophiala jeaselmei-E. spinifera-E. castellanii

➢ Amazônia é a região mais prevalente

➢ Clínica: A penetração do fungo ocorre por


traumatismo,sendo, por isso, mais frequente nos
membros inferiores. Cerca de 1 a 2 meses após o
trauma, surge, inicialmente, pápula e, mais
raramente, nódulo. Posteriormente, as lesões
tornam-se vegetantes, com aspecto condilomatoso
e/ou verrucoso e de crescimento contínuo, o que
pode levar à impotência funcional da região
afetada após anos.
❖ IMPORTANTE: há presença de pequenos pontos enegrecidos na placa (black dots) -
Crostículas hemáticas em que está havendo eliminação transepidérmica do fungo
➢ Uma apresentação incomum é o aspecto infiltrativo e circinado. Pode desenvolver infecção
secundária grave, linfedema, elefantíase e, por vezes, tardiamente, carcinoma espinocelular.
➢ Homens adultos – trabalhadores rurais
➢ Disseminação – imunossupressão (rara)
➢ Diagnósticos diferenciais: PLECT, carcinoma verrucoso
➢ Diagnóstico:
❖ Exame micológico
❖ direto - hifas > corpos escleróticos (fumagóides)
❖ cultura - colônias escuras
❖ Biópsia – granuloma/fungos (células muriformes-arredon-
dadas- corpos escleróticos)

➢ Tratamento:
❖ Calor local;
❖ Criocirurgia;
❖ Eletrocoagulação/laser CO2;
❖ Exérese cirúrgica;
❖ Itraconazol – 200-400mg/dia(meses)/Terbinafina (500mg/dia);
❖ Anfotericina B (0,5mg/Kg/dia).

Lobomicose – Doença de Jorge Lobo


➢ Agente Etiológico: Lacazia loboi (não cultivável);
➢ Clínica: Lesões de aspecto queloideforme e endurecidas, consistência
sólida , coloração acinzentada ou rósea. Todas possuem curso crônico
(crescimento lento). Em geral, acomete MMII e MMSS, pavilhões
auriculares; assimétricas e limitadas a uma região; não há
acometimento sistêmico; pouca inflamação; eritema discreto e indolor
➢ Adquire por trauma na pele – homens adultos jovens (21-40
anos)/golfinhos, de área rural, restrita geograficamente -
Amazonia/Colômbia. Possui longo período de incubação (meses a anos).
➢ Dx diferencial: Queloide/LTA/MHV – forma históide/neoplasias
➢ Diagnóstico:
❖ Exame micológico direto – corpúsculos globosos
com membrana dupla refringente isolados e em
cadeias, aspecto catenular ou em rosário;
❖ Biópsia – granuloma/ muitas células fúngicas.

➢ Tratamento:
❖ Eletrocoagulação
❖ Exérese cirúrgica
❖ Criocirurgia
❖ Clofazimina – 300 →100mg/dia(12-24 meses)
❖ Clofazimina + Itraconazol – 200-
400mg/dia(meses).
MICOSES PROFUNDAS
Conceito: Doenças com envolvimento de órgãos internos.

Paracoccidioidomicose
➢ Agente Etiológico: Paracoccidioides brasiliensis (dimórfico)
➢ Clínica
➢ Doença crônica multifocal – mais comum
❖ cutâneomucoso + quadro pulmonar
➢ ORAL: estomatite moriforme
(gengiva/língua/palato)
❖ Estomatite moriforme de Aguiar
Pupo – erosão com pontilhado
hemorrágico → ulcerovegetantes
➢ LARINGOFARÍNGEAS - rouquidão
➢ CUTÂNEAS - ulcerovegetantes-
ponteado hemorrágico
❖ face > mmii > mmss > tronco
➢ LESÕES PULMONARES (50-80%)–
comprometimento discreto ou completo
do parênquima; micro ou macronodulos
isolados ou confluentes; reticular,
intersticial, cavitária e fibrose
➢ SUPRARRENAL – subclínico
➢ TGI, SNC – raro
➢ Diagnósticos Diferenciais: PLECT,
Histoplasmose, Sífilis e Linfoma

➢ Testes Diagnósticos:
➢ Micológico
❖ Direto e Cultura - elementos fúngicos arredondados,
dupla parede refringente e brotamento lateral múltiplo,
sendo as células-filhas de tamanho diferente da célula-mãe.
❖ Roda-de-leme / Mickey Mouse
➢ Biópsia – granuloma/células fúngicas
➢ Sorologia – imunodifusão/CIEF

➢ Tratamento:
❖ SMZ-TMP – 800/160mg – 2 anos
❖ Itraconazol - 200 a 400 mg/dia inicialmente, 100 a 200 mg/dia para manutenção até 1 ano
❖ Anfotericina B: 0,25 0,5 a 1 mg/kg/dia(máx 50mg/dia - dose acumulada de 1 a 3 g)
❖ Fluconazol
➢ Critérios de cura
❖ Cura sorológica - negativação da sorologia por no mínimo 2 anos após interrupção do
tratamento
Histoplasmose
➢ Agente Etiológico:
❖ Histoplasma capsulatum var. capsulatum (distribuição universal);
❖ Histoplasma capsulatum var. duboisii (restrita à África);
➢ Esporos encontrados em PRESIDENTE FIGUEIREDO, cavernas (grutas), sótãos, casas velhas
e/ou abandonadas, galinheiros, solo; os reservatórios são mamíferos da Amazônia, morcegos,
ratos, galinhas e outras aves agrárias
➢ Associação de AIDS com Histoplasmose disseminada;
➢ Clínica:
❖ Frequentemente quadro pulmonar associado;
❖ Lesões ulceradas, infiltradas na mucosa da boca, faringe, laringe e pele; algumas vezes
lesões articulares e ósseas;
❖ Lesões molusco-like são descritas em pacientes com AIDS;
❖ Lesões acneiformes, algumas com crostas necróticas, hemáticas, também podem acontecer!
➢ Diagnóstico: Exame micológico direto/cultura; biópsia
➢ Tratamento:
❖ Anfotericina B lipossomal – 3 mg/kg/dia por 1 ano;
❖ Itraconazol: 400mg/dia VO, por 6 a 24 semanas;
❖ Manutenção: itraconazol 200 a 400 mg ou fluconazol 100 a 400 mg, por tempo
indeterminado

Criptococose
➢ Agente Etiológico: Cryptococcus neoformans;
➢ Pombos e aves: reservatórios;
Clínica:
meningoencefalite - mais comum
quadro pulmonar concomitante – 40%
lesões cutâneas - 5 a 10% (fungemia) - muitas vezes precede manifestações do SNC
auxilia diagnóstico precoce
polimórficas - molusco-símile (AIDS)/ celulite (transplantados)/ ulcerada/
vegetante/ vasculite-símile;
Diagnóstico: Exame direto e Cultura
Tratamento:
Anfotericina B 0,7 a 1,0 mg/kg/dia IV, com ou sem 5-fluorocistosina (100 a 150 mg/kg/dia
VO por 2 a 3 semanas é o tratamento de escolha nos pacientes com AIDS).
Itraconazol ou fluconazol, 200 a 400 mg/dia/VO ou IV por 10 semanas, respectivamente
Manutenção: 200 mg/VO/dia, por toda a vida.
Critério de cura: 3 culturas negativas (liquor), com intervalo de 15 dias
CASOS ABORDADOS EM SALA
➢ CASO 1
Criança com placa de alopecia, cabelos tonsurados, edematosa, dolorosa, bem delimitada, com pus e
abscessos. Relata ter cachorro em casa.
KERION CELSI
1. Melhor exame para confirmar diagnóstico: Exame Direto
2. Principais agentes etiológicos
3. Medicações para Tratamento: Griseofulvina
4. Critérios para cura: Exame Micológico Direto Negativo

➢ CASO 2
Paciente com máculas hipercrômicas com descamação furfurácea, 19 anos, pele oleosa; Com base nos
conhecimentos adquiridos, vocês são capazes de fazer o diagnóstico de P. versicolor. Qual seria o
exame mais apropriado, como próximo passo, para se confirmar o diagnóstico:
a. Cultura para fungos – Malassezia faz parte do corpo, então não pode ser
b. Exame direto para fungos [KOH]
c. Biópsia
d. Exame com lâmpada de wood

➢ CASO 3 Paracoccidioidomicose
Paciente 58 anos de idade, agricultor em Cacoal, interior de Rondônia, desde os 12 anos de idade.
Reside em Manaus, desde 2016 para tratar quadro de perda de peso superior a 10% do peso
corporal, dispneia leve aos esforços e lesão indolor na língua.
a. Qual é a descrição da lesão lingual? Placa erosada, secreção purulenta, com pontilhados hemorrágicos
b. Como deve ser o acompanhamento médico terapêutico considerando a principal hipótese clínica
c. Características do agente etiológico

➢ CASO 4 Criptococose
Paciente do sexo masculino, 45 anos, com AIDS e última contagem de linfócitos T CD4+ 70
células/mm3, procura a emergência devido a cefaleia, náuseas, tontura e febre há cinco dias, e
quadro dermatológico. Desde a noite anterior à consulta, apresenta visão turva. A partir da
Tomografia de Crânio sem contraste, verifica-se que não há lesões expansivas. O paciente, então, é
submetido à pinção lombar com pressão de abertura de 400mmH2O, e o material é enviado para
cultura e pesquisa direta de bactérias e fungos.
a. Qual é a descrição das lesões da face? Molusco-like
b. Como deve ser a investigação laboratorial considerando a principal hipótese clínica? Direto e cultura
c. Quais as características do agente etiológico no exame?
R: leveduras dispõem ao seu redor de uma cápsula de
polissacarídios de natureza inerte (não reage com o
corante), formando um halo claro ao redor de cada levedura

Obs: tinta Nankim/nigrosina – melhor visualização

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