Slides SeNP Avaliao e Controle de Nematides No Solos Prof Cludio M G Oliveira 15012024

RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC
Avaliação e controle de nematoides no solo
Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira

Instituto Biológico
Agenda sugerida
Bloco 1:
o Instituto Biológico
O que são nematoides?

Principais características dos fitonematoides
Nematoides das galhas radiculares
A importância da identificação correta de espécies de nematoides

Quais os principais sintomas da doença e como diagnosticá-la seguramente?
Como diagnosticar seguramente as espécies de nematoide das galhas?
Bloco 2:
Nematoides das lesões radiculares
Por que Pratylenchus brachyurus tornou-se um problema para a cultura da
soja?
Nematoides de parte aérea
Ocorrência de Aphelenchoides spp. em plantas ornamentais e soja
Bloco 3:
Métodos de controle
O que fazer para evitar os danos causados pelos fitonematoides?
O que fazer quando sua área estiver atacada?
Quais são as opções de manejo integrado de nematoides na entressafra?
Bloco 4:
Estudo de casos
Bloco 1:
o Instituto Biológico
o que são nematoides?

principais características dos
fitonematoides
A importância da identificação correta de

espécies de nematoides:
Quais os principais sintomas da doença e
como diagnosticá-la seguramente?
Como diagnosticar seguramente as
espécies de nematoide das galhas?
http://www.biologico.sp.gov.br/
São Paulo, SP
Campinas, SP
CENTRO AVANÇADO P&D EM SANIDADE AGROPECUÁRIA – CAPSA/IB
Alameda dos Vidoeiros, 1097, CEP 13101-680, Campinas, SP
LABORATÓRIOS
Acarologia
Fitopatologia
Controle biológico
Bacteriologia vegetal
Nematologia
Ciência das plantas daninhas
Entomologia econômica
Triagem Vegetal
Diagnóstico de nematoides parasitos de plantas
Desenvolvimento de métodos por biologia molecular para caracterização de fitonematoides e nematoides entomopatogenicos
Patogenicidade de nematoides na cultura do café
Desenvolvimento de técnicas de manejo de nematoides fitoparasitas nas principais culturas de importância econômica
• Por exemplo: resistência, solarização, hidrotermoterapia, controle químico e controle biológico
o que são nematoides?
onde vivem os nematoides?
Nematoides em todo lugar!
•Diversidade e abundância
• 90% de todos os organismos multicelulares

Número de espécies de
nematoides (Hugot et al 2001)
Total: 26 646 nematoides
parasitos de vertebrados 8359
parasitos de plantas 4105
vida livre 10681
parasitos de invertebrados 3501
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
13% parasitos de
invertebrados
31%
vida livre
parasitos de plantas
40%
parasitos de
16% vertebrados
Estimativas do número de espécies

de nematoides na natureza
May (1988): 1 000 000 (1 x 106)
Lambshead (1993): 100 000 000 (1 x 108)
Hammond (1992): 500 000

• Somente 5,3% das espécies de nematoides já foram descritas
• De 1979 até 1988: 364 novas espécies /ano
Nessa proporção......
• 1300 anos serão necessários para atingir o número de

500 000 espécies!
• espécies serão extintas antes mesmo de sabermos
que elas existiam.
Problemas para estimar número

de espécies
Conceito de espécies não é muito claro
• Conceito biológico
• Conceito morfológico
• Genética
• Espécies crípticas
Nematoides em todo lugar

• dificuldade para encontra-los em áreas remotas (oceanos, florestas, lagos...)
Tamanho microscópico
• Similaridade morfológica
• Número limitado de caracteres taxonômicos
• Sobreposição de valores morfométricos
Problemas para estimar número

de espécies
• Carência de taxonomistas!!!!!!!!
Arte: Ana Cecília B. G. Oliveira

Nematoides em todo lugar.....
Por que é importante identificá-los?
Não é mais relevante conhecer a quantidade (= quantos são) de nematoides

presente numa amostra ou ocorrente numa lavoura do que se preocupar
com a qualidade (= quais são) deles?
Rotação ou sucessão de cultura
Culturas Heterodera Rotylenchulus Meloidogyne M. incognita Pratylenchus P. zeae
glycines reniformis javanica brachyurus
Algodoeiro NH BH HV
Amendoim
Braquiárias
Cana-de-açúcar
Caupi
Feijoeiro-comum
Girassol MH
Capim Sudão
Milheto ADR-300
Milho
SOJA
Crotalária (sp, br)
NH Não Hospedeira BH Boa Hospedeira MH Má Hospedeira HV Hospedeira Variável
Fonte: Mário Inomoto (ESALQ/USP)

Morfologia
O nematoide tem:
1. aparelho digestivo e glândulas
2. aparelho reprodutor
3. aparelho excretor
4. músculos
5. nervos
6. cutícula
Pratylenchus brachyurus
Morfologia
O nematoide não tem:
1. olhos, orelhas e nariz
2. sangue
3. cabelo
4. esqueleto
5. pulmão
6. apêndices (braço e perna)
Região anterior dos nematoides:

hábito de alimentação
bacteriófago predador Parasito de plantas

Parasito de animais: zooparasitos

Parasito de animais: zooparasitos

Otite bovina
Metarhabditis blumi
nematoides
fitoparasitos
parasitos de plantas:
Principal característica dos
fitonematoides
presença, na cavidade bucal, de uma estrutura rígida, dotada

de canal central, à semelhança de uma agulha de injeção,
chamada de estilete
cone
haste
bulbos
Nematoides associados às
plantas
• Quais partes da planta os nematoides podem parasitar?
podem afetar todas as partes da planta
órgãos subterrâneos
(raízes, rizomas, tubérculos
e bulbos)
parte aérea (caules, folhas

e flores).
Influência dos nematoides no
Danos causados por nematoides Dano
desenvolvimento das plantas
prejuízos mecânico
superiores a
US$ 125 Parasita
bilhões à obrigatório
agricultura
mundial
Prejuízo para Ação

comercializa espoliadora
ção (roubo)
nematoides
Aumento dos Transmissão

gastos de viroses
depreciação
da qualidade
do produto a
ser Porta de
Arguel et al 2012
comercializa entrada de
do fungos e
redução de
bactérias
produção
Danos causados por nematoides
aspecto “empipocado” dos tubérculos de batata causado por

Meloidogyne incognita.
Pratylenchus brachyurus em soja
Sintoma de digitamento em cenoura Clorose e lesões em folhas de lírio

parasitada por Meloidogyne causadas por Aphelenchoides
incognita ritzemabosi
Tipos de parasitismo
PARASITISMO
Ectoparasitismo
Endoparasitismo
Semi-endoparasitismo

Meloidogyne
Nome morfologia da Hábito de

Espécies Sintoma
comum fêmea parasitismo
Nematoides M. javanica Endoparasito galhas radiculares

das galhas M. incognita sedentário (engrossamentos
radiculares M. arenaria das raízes)
M. hapla
M. paranaensis
M. enterolobii
(nematoide da
goiabeira)
Como ocorre o ciclo do nematoide das galhas?
Castagnone-Sereno et al. (2013)

Juvenis de Meloidogyne javanica penetrando pela ponta da raiz de

cana de açúcar
Juvenis de segundo estádio

Juvenis de Meloidogyne incognita nas raízes de milho
Oliveira CMG (2017)

JUVENIS J2 INFESTANTES OU PRÉ-PARASITOS JÁ NA RAIZ

FÊMEAS MADURAS NO INTERIOR DE RADICELA

Massas de ovos (= em) internas formadas por fêmeas ( = fm) em radicelas

de algodoeiro
Massa de ovos externa

O que o nematoide das galhas causa na planta?

Quais os principais sintomas da doença?
Sintomas de meloidoginoses
Diretos Reflexos
manchas ou
galhas
“ reboleiras “
escassez de enfezamento
radicelas ou nanismo
Clorose
murcha
queda de
produtividade
Células gigantes formando tecido nutridor
(= cenócito): hipertrofiadas , com citoplasma denso & multinucleadas
Formação de célula gigante causada por

Meloidogyne exigua em raiz de seringueira
Fotomicrografia de Santos (1997)

crotalária
tomate
Silva et al (1990)
Formação das
células Desenvolvimento e
nutridoras reprodução do
Secreções das nematoide
glândulas esofagianas
Reações de
hiperplasia e Formação de
hipertrofia galhas nas raízes
Fêmeas, Galhas, Necrose
Foto Rodrigues Gonçalves Trevisan (2015)

Galhas Pequenas
Foto Dárcio Carvalho Borges (2008)

Galhas Grandes

Galhas, Reboleiras
Município Tasso Fragoso (MA) 2005


Reboleiras Pequenas
Muitas Reboleiras

Raízes com sintoma típico na forma de galhas

provocadas por Meloidogyne enterolobii
Raízes com sintoma típico na forma

de galhas provocadas por
Meloidogyne enterolobii em culturas
olerícolas, coletadas no município de
Chapada dos Guimarães (MT): A)
alface, B) pepino, C) pimentão.
Sintomas típicos da infecção por Meloidogyne

enterolobii na cultura de soja, em Ituverava
(SP):
A) formação de reboleiras,
B) raízes tomadas por galhas.
Almeida et al. (2008)

Meloidogyne enterolobii em goiabeira:

Sintomas de galhas radiculares
Sousa, et al. (2012). Ocorrência de Meloidogyne enterolobii em goiabeiras no Castro (2010). Galhas radiculares causadas
município de Picos (PI). por Meloidogyne enterolobii em goiabeiras
no município de Viçosa (MG).
Meloidogyne enterolobii em goiabeira:
Sintomas de amarelecimento de folhas
Sousa, et al. (2012). Ocorrência de Meloidogyne enterolobii em goiabeiras no município de Picos (PI).
Sintomas de bronzeamento de folhas
Castro (2010)
Principais espécies de Meloidogyne associadas ao

cafeeiro no Brasil
Característica M. coffeicola M. exigua M. incognita M. paranaensis
Época de de mudas a de mudas a de mudas a

> 5 anos
infestação adultas adultas adultas
Local de geralmente geralmente

raízes grossas radicelas
parasitismo radicelas radicelas
presentes Presentes ou Presentes ou

Galhas ausentes
(típicas) não (atípicas) não (atípicas)
Descorticamento grande ausente grande grande
Desfolhamento acentuado ocasional acentuado acentuado
No de plantas
Muito alto Baixo ou nulo alto alto
mortas
Adaptado de Monteiro et al (1995)
Meloidogyne coffeicola
Sintomas: Só em plantas velhas

(8 anos): amarelecimento e
desfolha; ausência de raízes
jovens; descolamento cortical de
raízes secundárias
Galhas causadas por Meloidogyne exigua em cafeeiro
Foto: J.M. Santos

Meloidogyne incognita
Meloidogyne paranaensis em cafezais do Estado de São Paulo
Fotos: J.M. Santos

Meloidogyne incognita e M. paranaensis

Sintomas do ataque de Meloidogyne graminis em gramado

de campo de golfe da cidade de São Paulo.
Manchas em reboleira caracterizadas por plantas com desenvolvimento insatisfatório,

menores e cloróticas
Samara Oliveira (2015)

Raízes de gramas com Meloidogyne graminis
Nas figuras A a E observa-se juvenis em estádio salsichóide (J)

estabelecendo o sítio de alimentação (S.A.) no interior das raízes. Nas
figuras F a H observa-se um leve engrossamento das raízes (S.A.)
causado pela alimentação das fêmeas (F)
Samara Oliveira (2015)

Identificação: como diagnosticar seguramente as
espécies de nematoide das galhas?
Características morfológicas e
morfométricas
Taxonomia clássica
Diagnóstico molecular
Taxonomia
•Paciência
•Literatura
•Espécimens em boa condição de
observação
•Experiência: conhecimento taxonômico
M. javanica
M. incognita
Padrões de Região Perineal
Região perineal
ÂNUS + VULVA + ESTRIAS

Padrões de Região Perineal

M. enterolobii
M. incognita
Almeida et al. (2008)

Fenótipos de esterase de
populações de Meloidogyne
A B C D E
Meloidogyne javanica (J3); M. incognita (I1); M. paranaensis (P1);M. exigua (E1a,

E1b); M. coffeicola (C2); E: M. enterolobii (M2).
Carneiro et al. (2000)

Bloco 2:
Nematoides das lesões radiculares

por que Pratylenchus brachyurus tornou-se um problema
para a cultura da soja?

Ocorrência de Aphelenchoides spp. em plantas
ornamentais e soja
Nematoide das lesões radiculares

Espécies
Pratylenchus
Nome morfologia Hábito de
Sintoma
comum da fêmea parasitismo
P. brachyurus
P. coffeae
P. penetrans
P. vulnus
P. zeae
nematoides
P. jaehni Endoparasito
das lesões lesões nas raízes
P. jordanensis migrador
radiculares
P. neglectus
P. pseudofallax
P. pseudopratensis
P. scribneri
http://www.cpac.embrapa.br/noticias/noticia_completa/478/
Ciclo de vida
endoparasito migrador
• ovos colocados no tecido
vegetal
•Em milho:4-8/dia (11
dias)
•Condições desfavoráveis:
migração para solo
• reprodução por anfimixia
(P. coffeae, P. jaehni e P.
vulnus) ou partenogênese (P.
zeae e P. brachyurus)
•Uma geração completa-se
em 4 a 8 semanas
Fonte: Inomoto et al. (2007)

Sintomas causados por

Pratylenchus spp.
nematoide das lesões radiculares (“root lesion
nematodes”)
Lesões no tecido parasitado

•áreas de coloração avermelhada, parda ou pardo-avermelhada
Colonização secundária por outros organismos:

•Lesões com tonalidades mais escuras, enegrecidas
Destruição de raízes
Diminuição do desenvolvimento da planta
Sintomas de deficiência nutricional

Patogenicidade de Pratylenchus jaehni X Coffea

arabica cv.Catuaí
Colonização Córtex
Foto Hércules Diniz Campos

Lesões

Lesões x Tecido Sadio

Raízes Superficiais Preservadas?
Foto Rodrigo Gonçalves Trevisan (2015)
Pouca palhada  aquecimento 5 cm superficiais 

baixa densidade na camada superficial
½ Raiz Principal Destruída?

Altas Densidades  Destruição Raiz

Reboleiras
Foto Ariel Candioti (2015)

Redução Tamanho  Menor
Produção
Foto Ariel Candioti (2015)

Reboleiras
Diniz
Hércules
Campos
Foto
Quais razões levaram Pratylenchus brachyurus a se tornar um

problema para a cultura da soja?
Sucessão Soja-Milho

Soja ↑ ↑ ↑ + Milho ↑ ↑ ↑

Idem
Foto Rosangela Aparecida da Silva

Ocorrência natural de Pratylenchus

brachyurus?
Cares & Huang (1991): Idem:
•Ocorrência de Pratylenchus, sem •282 indivíduos de Pratylenchus sp. em soja de 3
identificação da espécie, com meses, em local cultivado há 4 anos consecutivos em
baixa frequência e abundância no local cuja vegetação primária era campo cerrado
cerrado (vegetação primária) do (DF).
DF, GO e MG em 1988-89. •Ausência de Pratylenchus em local adjacente com
campo cerrado (vegetação primária: Myrcia sp.,
Kielmeyera coriacea, barbatimão, araticum, pau-terra,
Syagrus sp. e farinha-seca).
Silva et al. (2008): Idem:

•Ausência de Pratylenchus na •Presença de P. loosi na floresta amazônica (vegetação
floresta amazônica (vegetação primária) em Guarantã do Norte (MT).
primária) em Nova Maringá
(MT).
Dispersão de Pratylenchus
brachyurus
Pratylenchus brachyurus foi disperso no Brasil
nas décadas de 1950 e 1960 por meio de
raízes estacas enraizadas de capim-pangola
(Lordello & Mello Filho, 1969).
Digitaria eriantha (sin. D.

decumbens)
Dispersão Sementes Braquiária
http://agronomos.ning.com/photo/brachiaria-xaraes-1/next?context=location
Brachiaria brizantha
Ponto de Colheita
http://www.pasoita.com.br/uploads/tinymce/uploads/sementes-incrustradas/sementes-incrustradas-fig1.jpg
agrícola
Dispersão de Pratylenchus brachyurus
Maquinário
Brasil
Pratylenchus
Importância de
brachyurus na soja no
Importância de P. brachyurus na soja

no Brasil
2.000 a 3.000
espécimes por grama
de raízes
Foto: Rosangela Silva

(2010), MT
Diagnose de Pratylenchus spp.
Morfologia
Técnicas
Morfometria
moleculares
Características morfológicas
Região labial
• Número de anéis labiais
Estrutura dos campos laterais

• 4 linhas e 3 bandas
Forma dos bulbos basais do estilete
Forma da espermateca
Forma da cauda e término caudal

• Término liso, arredondado ou truncado
Características morfométricas
Sigl
Características morfométricas a
Comprimento do corpo L
T
Maior diâmetro do corpo c
St
Po Diâmetro do corpo ao nível da vulva v
V
ǿa
Abs
Diâmetro do corpo ao nível do ânus a
Dgot
F
 bst
Distância da extremidade anterior do corpo à junção
Pub Po
esôfago-intestino
ǿv
A
10μm
Distância da vulva até a cauda V
B
50μm Comprimento do estilete St
m
Diâmetro dos bulbos do estilete  bst

Altura dos bulbos do estilete Abst
Distância entre a abertura da glândula esofagiana dorsal e
Dgo
a base do estilete
Comprimento do esôfago F
L
ǿc Distância entre a vulva e a cauda v-a
Comprimento da cauda T
Comprimento do saco pós-uterino Pub
Diagnóstico Molecular
• Exemplos de aplicação das técnicas moleculares na

identificação de nematoides das lesões
PCR Tempo Real - qPCR

1600
1400
1200
qPCR
1000 Microscopio
800
600
400
200
0
17 019 021 023 313 318 321 360 362 364 366 368 370 372 374 376 379 381 383 385 387 389 391 394 396
Elaboração de laudos de análise fitossanitária oficial

Holanda
Brasil
Bulbos de lírio
Elaboração de laudos de análise fitossanitária oficial
Exemplo: nematoides
em bulbos de lírio
oriundos da Holanda
• nematoides presentes
nas amostras chegam ao
laboratório danificados normal danificado
Oliveira et al. (2009)

Código de barras do DNA no diagnóstico de
nematoides
Extração do DNA total

Nº de sequencias de
PCR para amplificação da região D2/D3 Pratylenchus spp.
depositadas
Sequenciamento ITS: 6 seqüências

D2/D3: 83
seqüências
observação dos eletroferogramas
GenBank – www.ncbi.nlm.nih.gov
Resultados
Gêneros de nematoides identificados em bulbos de ornamentais
importados da Holanda e EUA em 2009-2010. Total de 332
amostras analisadas
Resultados
Identificação de nematoides parasitos de plantas em bulbos ornamentais
Porcentagem de nematoides identificados em bulbos de

ornamentais importados da Holanda 2011-2012 (Total 176
amostras):
Futuro da taxonomia:
http://www.ecogen.com/producto.asp?id=712
https://nanoporetech.com/products/minion uso do tricorder do Dr. Spock?

Mas, lembre-se que na vida nem tudo são flores...........

Pratylenchus goodeyi
Acrobeloides cf. nanus
T. Janssen et al. (2017)

Família APHELENCHOIDIDAE
Morfologia :
Estilete fino, delicado
Esôfago com metacorpo (bulbo
mediano) desenvolvido e sem istmo
Glândulas em longo lobo recobrindo o
início do intestino pelo lado dorsal
Subfamília APHELENCHOIDINAE Bursaphelenchus masseyi

Asas caudais (bursa) ausentes
Gênero Aphelenchoides
Subfamília PARASITAPHELENCHINAE
Ponta da cauda do macho com bursa
rudimentar
Gênero Bursaphelenchus Aphelenchoides besseyi
Tomalak et al. (2013)


Aphelenchoides
Nome Morfologia Hábito de

Espécies Sintoma
comum da fêmea parasitismo
A. fragariae
folhas com
A. ritzemabosi coloração
Nematoides Endo ou
A. besseyi anormal,
de parte A. pseudobesseyi ectoparasito
necróticas e
aérea A. orizae migrador
tamanho
reduzido
Gênero Aphelenchoides
cerca de 200 espécies descritas

•embora nem todas válidas ou aceitas
•153 espécies válidas até 2008 (Hunt, 2008)
•+9 espécies descritas após 2008.
•incluem-se principalmente formas micófagas, ou seja, que se nutrem básica e exclusivamente de fungos
habilidade de parasitar plantas

•tecidos dos órgãos aéreos, chegando a causar danos e perdas consideráveis em muitos casos.
•Aphelenchoides besseyi, A. pseudobesseyi, A. orizae
•A. fragariae, A. ritzemabosi e A. arachidis
Aphenchoides spp. em folhas de plantas ornamentais, morango e arroz
associação de espécies de Aphelenchoides com sementes de gramíneas forrageiras produzidas no

Brasil
soja louca II ou “haste verde da soja”
algodão
Aphelenchoides besseyi
Resumindo, com base em Subbotin et al (2020) :
a população de A. fujianensis do Brasil é: A. pseudogoodeyi
a população de A. besseyi usada por Buonincontro et al (2028) é: A.

orizae
a população brasileira de A. besseyi da soja e algodão é: A.

pseudobesseyi
A. besseyi só ocorre em morango, na Florida, USA

ornamentais
8 dias
Ciclo de Aphelenchoides em
T= 23 ºC
folhas de morango e arroz

Aphelenchoides besseyi em
begônia
Ataque de Aphelenchoides em
Aphelenchoides sp.
Folíolo de Scheflera com
Asplenium
Aphelenchoides em folhas de
Crisântemo com lesões necróticas em forma de V

causadas por Aphelenchoides ritzemabosi.
Violeta com Aphelenchoides ritzemabosi

Aphelenchoides fragariae em folhas de lírio

Aphelenchoides fragariae e A. ritzemabosi

em folhas de orquídea
A-C: Plantas de
Cattleya hibrida
parasitada por
Aphelenchoides
fragariae;
D: orquídea híbrida
Brassolaeliocattleya
com folhas necróticas
devido ao ataque de
Aphelenchoides
ritzemabosi.
Fotos: Everaldo H. S. Klein (2008)
Soja louca II ou “haste verde da soja”:

Agente causal: Aphelenchoides sp.
Aphelenchoides besseyi (Favoreto et al., 2017)
ocorrência
em regiões quentes e de muita

chuva como os estados do
Mato Grosso,
Maranhão,
Tocantins e Pará.
Nematoide Aphelenchoides sp. visto no microscópio.
Fonte: Epamig
Levantamento
Aphelenchoides sp.
37%
negativa
63%
12
10
10
nº de amostras positivas
8 7
6
4
4
2
2
0
Mato Grosso Maranhão Tocantins Pará
Estados
Favoreto e Meyer (2018)
Hospedeiros
Soja (BRS284)
Feijão (BRS Notável, BRS Esteio, BRS Pitanga e Jalo Precoce
Algodão (TMG 47 B2RF)
Asplênio
Morangueiro
Crisântemo
Nabo forrageiro (IPR 116)
Trigo (TBIO Sossego)
Centeio (IPR 89)
Feijão caupi (Imponente, Aracê, Guariba, Tumucumaque, Nova Era, Tracuateua)

Más Hospedeiras
Braquiária (Urochloa ruziziensis e U. brizantha)
Crotalária (C. juncea, C. spectabilis e C. ochroleuca)
Milho BRS4104)
Milheto (ADR 300)
Sorgo (BRS 659, ADV 2499, IAPAR)
Lírio
Arroz (IAPAR 09)

Plantas invasoras

Soja louca II ou “haste verde da soja”:

Agente causal: Aphelenchoides sp.
sintomas
Soja apresentando sintomas da doença.

Fonte: Embrapa.
fhttp://s2.glbimg.com/dAqZc3KUJmwIRGVjlJKW__VUzFE=/780x440/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2015/06/25/soja_louca_2_um_d
os_sintomas_e_a_deformacao_foliar_afilamento_e_engrossamento_das_nervuras.jpg
http://www.fatimanews.com.br/upload/dn_noticia/2015/09/soja-louca1.jpg
Deformações na haste
Retenção Foliar
http://3.bp.blogspot.com/-Z6OuW8S4ZrE/TZCWHfJ5yUI/AAAAAAAABaM/B2WMYxm8Yow/s1600/DSC04868.JPG
First report of Aphelenchoides besseyi infecting aerial part of cotton
plants in Brazil.
Favoreto et al. (2018)

Bloco 3:
Métodos de controle
o que fazer para evitar os danos causados

pelos fitonematoides?
o que fazer quando sua área estiver atacada?

quais são as opções de manejo integrado de
nematoides na entressafra?
MÉTODOS DE CONTROLE
O QUE FAZER PARA SE TER UMA ÁREA LIVRE DE

FITONEMATOIDES?
Estimativa dos níveis de controle de nematoides
parasitos de plantas através da aplicação de
metodologias de controle
exclusão 100
cultivares resistentes 90
fumigação 90
plantas armadilhas 60
controle biológico 60
solarização 50
remoção de raízes 50
plantas antagonistas 45
matéria organica 30
% - nível máximo de controle
alqueive 18
nematicidas não fumigantes 2
plantas tolerantes 2
0 20 40 60 80 100 120
Sikora, RA, J Bridge and JL Starr. 2005. Management Practices: an Overview of integrated nematode management technologies. In: Plant
Parasitic Nematodes in Subtropical and Tropical Agriculture, 2nd Edition (eds M. Luc, R.A. Sikora, J. Bridge), CAB International.
• As medidas preventivas são sempre mais eficientes e econômicas

que os tratamentos curativos.
• o uso de mudas isentas de nematoides
• plantio em solo não infestado.
• No caso de viveiros ou estufa, o acesso a água de irrigação utilizada,
o manuseio de equipamentos e ferramentas merecem atenção
especial
Não se deve plantar nematoides
Professor Ailton R. Monteiro (1981)

texto exemplar disponível em
http://nematologia.com.br/files/revnb/5.pdf
leitura obrigatória de todo fitossanitarista.
Disseminação de nematoides
Disseminação
Até 1210 nemas/100cc
26 a 633 nemas/100cc
Até 963 nemas/100cc

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O
MANEJO DO NEMATOIDE DOS CITROS
DÉCADAS DE 1950 – 1980
Viveiros a “céu aberto” / bem

próximos a pomares velhos,
doentes / mudas formadas em
‘balainhos’ com solo infestado
pelo nematoide / sem base legal
para fiscalização
CURI e cols. Anos 1970 levantamento de

viveiros paulistas mais de 70% infestados !
NORMAS PARA PRODUÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE

MUDAS / SP
Final dos anos 1990 e início da década de 2000
• Proibidos os viveiros “a céu aberto”;
• Exigida a formação de mudas isentas de fitonematoides.
MUDAS DE QUALIDADE GERAM ALTA PRODUTIVIDADE E FRUTAS DE QUALIDADE
http://www.coffeescience.ufla.br/index.php/Coffeescience/article/view/1412/PDF1412
Coffee Science, Lavras, v. 13, n. 2, p. 178 - 186, apr./jun. 2018
Meloidogyne; 11
Pratylenchus; 281
Rotylenchulus; 47
vida livre; 2491
Terra et al. (2018)

https://www.imprensaoficial.com.br/DO/BuscaDO2001Documento_11_4.aspx?link=/2018/executivo%2520secao%2520i/outubro/24/pag_0030_beb9e67e4b6dcf5f7643828cfc62de70
.pdf&pagina=30&data=24/10/2018&caderno=Executivo%20I&paginaordenacao=100030
https://www.imprensaoficial.com.br/DO/BuscaDO2001Documento_11_4.aspx?link=/2018/executivo%2520secao%2520i/outubro/24/pag_0030_beb9e67e4b6dcf5f7643828
cfc62de70.pdf&pagina=30&data=24/10/2018&caderno=Executivo%20I&paginaordenacao=100030
Lista pragas quarentenária A1 – nematoda

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/vegetal/Importacao/Arquivos%20de%20Quarentenas_
Pragas/Listas%20de%20Pragas%20Quarenten%C3%A1rias%20Ausentes%20-%20A1.pdf
Anguina agrostis
Anguina pacificae
Meloidogyne chitwoodi
Anguina tritici
Belonolaimus longicaudatus Meloidogyne fallax
Bursaphelenchus mucronatus Nacobbus aberrans

Bursaphelenchus xylophilus
Nacobbus dorsalis
Criconema mutabile
Pratylenchus crenatus
Ditylenchus africanus
Ditylenchus angustus Pratylenchus fallax
Ditylenchus destructor Pratylenchus goodeyi

Ditylenchus dipsaci (todas as raças, exceto as do alho)
Pratylenchus scribneri
Globodera pallida
Pratylenchus thornei
Globodera rostochiensis
Heterodera avenae Punctodera chalcoensis
Heterodera cajani Radopholus citrophilus

Heterodera ciceri
Rotylenchulus parvus
Heterodera goettingiana
Subanguina radicicola
Heterodera mediterranea
Heterodera oryzae Xiphinema diversicaudatum
Heterodera oryzicola Xiphinema italiae

Heterodera punctata
Xiphinema rivesi
Heterodera sacchari
Heterodera schachtii
Heterodera trifolii
Heterodera zeae
Nematoide de cisto da batata

Globodera pallida e G. rostochiensis
Distribuição geográfica de G. pallida
http://www.cabi.org/isc/datasheet/27033
Globodera rostochiensis em batata

batata
sadia
infectada
Globodera rostochiensis em
Primeiro relato de
Pratylenchus crenatus no Brasil
Controle curativo
físico
cultural
químico
biológico
Principais métodos de controle que podem ser
utilizados em áreas infestadas
1. Utilização de material de propagação sadio (controle

preventivo).
2. Controle biológico ou químico com nematicidas no plantio. plantio
3. Uso de cultivares resistentes.
4. Sucessão e rotação de culturas com plantas não hospedeiras,

incluindo os adubos verdes e plantas antagonistas.
entressafra
5. Outras práticas culturais (por exemplo, pousio, eliminação dos
restos culturais e manejo das plantas invasoras).
Físico: Calor
Termoterapia: consiste no tratamento
térmico do solo com calor úmido, na
forma de vapor d’água. Pode ser feito
em autoclaves, a 127 C durante pelo
menos 1 hora.
Hidrotermoterapia: banho de água

aquecida. A temperatura e o tempo de
imersão variam de acordo com a
planta, parte da planta a ser tratada e
com o nematoide a ser controlado
Solarização: Tratamento térmico em

que o solo a ser desinfestado é
mantido coberto por uma camada
de polietileno
Aplicação de vapor d’água na
desinfestação de solo em estufa
Solarização
Uso do solarizador e cobertura por uma camada de polietileno
O solarizador é uma alternativa barata e eficiente para a

eliminação de patógenos em substratos para produção de
mudas.
São equipamentos simples que concentram o calor da luz
do sol e o transmite para o substrato a ser tratado,
promovendo o aquecimento e eliminação de patógenos.
Canteiros cobertos por uma camada de

polietileno
Foto: Arquivo Embrapa Agrobiologia
Uso de solarização
RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC número de nematoides após solarização
590
600
500
M. incognita and M. javanica (J2)
nemas por 250 cm3 de solo

400
Helicotylenchus dihystera
308
300
200 183
100
0 0 1 3
0
control carbofuran chicken solarization solarization + solarization + solarization +
compost carbofuran chicken chicken
compost compost +
carbofuran
RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC 171
Rotação ou sucessão de cultura
Culturas Heterodera Rotylenchulus Meloidogyne M. Pratylenchus P. zeae
glycines reniformis javanica incognita brachyurus
Algodoeiro NH BH HV
Amendoim
Braquiárias
Cana-de-açúcar
Caupi
Feijoeiro-comum
Girassol MH
Capim Sudão
Milheto ADR-300
Milho
Soja
Crotalária (sp, br)
NH Não Hospedeira BH Boa Hospedeira MH Má Hospedeira HV Hospedeira Variável
Fonte: Mário Inomoto (ESALQ/USP)

Valores referenciais para balizar as decisões sobre o manejo dos
nematoides em soja
Inomoto & Silva (2016) - Fundação MT - Boletim de Pesquisa 2015/2016

Sobrevivência de Pratylenchus brachyurus no sistema de
cultivo da soja no Centro Oeste
Reprodução de P. brachyurus nas
culturas de inverno
Pi = 270
Tratamentos Pf (14 sem.) FR
Soja BRS-133 19.467 a

72,1
Sorgo BR-800 13.365 a
49,5
Brachiaria ruziziensis 1.404 b
5,2
Milheto ADR-300 437 c
1,6
Alqueive 84 c
0,3
(Inomoto & Asmus, 2010)

Reação de milheto a Meloidogyne spp.
Carneiro et al (2007)
Sucessão ou rotação com Crotalaria spectabilis e C. breviflora
comprovadamente não hospedeiras de P. brachyurus
também podem ser utilizados para Heterodera glycines, Meloidogyne javanica e M. incognita.
dificuldade para o controle das plantas invasoras, devido principalmente ao crescimento inicial muito
lento de ambos os adubos verdes.
A crotalária mais utilizada no Brasil como adubo verde, C. juncea, embora não seja boa hospedeira,
possibilita pequeno aumento populacional do nematoide, e as mucunas são boas hospedeiras de P.
brachyurus
RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC Média populacional inicial (Pi) e final (Pf) de Pratylenchus brachyurus nas parcelas que
receberam as plantas de cobertura (Crotalaria spectabilis, C. ochroleuca e C. breviflora), no
milho e na soja. Rondonópolis (MT), 2014.
2500
2340
2000
nº de Pratylenchus brachyurus
1500
1355
Pi solo Pf solo Pf raiz
1000
500
25 75 12,5
15 12,5 17,5 5 5
0
Crotalaria C. ochroleuca C. breviflora Milho Soja
spectabilis
plantas de cobertura
Adaptado de Inomoto & Silva (2016) - Fundação MT - Boletim de Pesquisa 2015/2016

Inomoto (2008)
Milho vs. Milheto / C. spectabilis
Milheto C. spectabilis
+8 sc/ha +10 sc/ha
INOMOTO (2016)
Rosa et al (2012)
180
Crotalaria ochroleuca (entressafra) – Soja (Cv TMG 1188) safra 13/14
Nova Mutum –Jan. 2014

XI Encontro Técnico Fundação MT
Soja que apresentam resistência moderada a P. brachyurus
BRSGO Chapadões, Msoy 8378 e Msoy 8360RR, MG/BR 46 Conquista, Msoy 8800,
BRSGO 204 Goiânia, BRS Aurora, Msoy 8374 e Coodetec 219 RR
Utilizadas somente em áreas com infestações baixas ou moderadas de P. brachyurus
Ribeiro et al. (2007)

Recomendações Gerais para rotação ou sucessão no

controle de P. brachyurus
Recomendações Gerais para rotação ou sucessão no controle

de Meloidogyne javanica
Recomendações Gerais para rotação ou sucessão no controle

de Meloidogyne incognita
Oct Nov Dec Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb
Soja Milho resistente Soja
Soja Amendoim, mamona Soja
Soja Brachiaria spp. Soja
Soja Crotalaria spectabilis, C. breviflora, C. ochroleuca Soja
Soja algodão Soja

Alguns exemplos de Nematicidas

Registrados
cadusafós Sulco de plantio
Rugby® 100 GR 8 kg/ha M. javanica
Rugby® 200 CS 4 l/ha M. javanica, M. incognita e P. brachyurus
imidacloprido + tiodicarbe Tratamento de sementes

Cropstar® 0,5 a 0,7 l/100 kg sementes M. javanica e P.
brachyurus
abamectina Tratamento de sementes

Avicta® 500 FS 0,100 a 0,125 l/100 kg sementes M. incognita
e P. brachyurus
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
Nematicida Químico
Foto Felipe Teixeira (2012)

Agentes de Controle Biológico

Predadores
Fungos Nematófagos
Fungos Endofíticos
Bactéria

Predadores
Fungos Nematófagos Nematoides predadores, ácaros, insetos e outros
Fungos Endofíticos invertebrados, tais como Platyhelmintos turbelarios
Bactéria
platyhelminthes turbellarians Nematoides predadores


Predadores
Fungos nematófagos: rede adesiva
Fungos Nematofagos
Endofiticos fungo
Fungos oportunistas: parasitos de ovos de nematoides
Bacteria
Arthobotrys oligospora Arthrobotrys anchonia

Trichoderma sp. IB 18/03 Pochonia chlamydosporia

Predators Burkholderia spp., Pseudomonas spp., Bacillus spp.: interferem
indiretamente com o comportamento, alimentação ou reprodução
Nematophagous fungi dos nematoides, pela produção de antibióticos, enzimas e toxinas.
Endophytic fungi
Bactéria Pasteuria: parasita de nematoides
Barreira viva
Pasteuria penetrans Bacillus firmus

Pasteuria nishizawa
Específico para controle de Heterodera glycines
http://www.abcbio.org.br/
Agente Biológico Marca Comercial Titular de Registro Aplicação Alvo
Paecilomyces lilacinus Nemat Ballagro Agro Tecnologia Ltda. Terrestre Meloidogyne incognita
Pochonia chlamydosporia Rizotec Rizoflora Biotecnologia AS Terrestre Meloidogyne javanica
Bacillus amyloliquefaciens Nemacontrol Simbiose TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus subtilis Rizos Farroupilha TS Meloidogyne javanica
Bacillus subtilis Rizos Farroupilha TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus subtilis Rizos Farroupilha TS Meloidogyne javanica
Bacillus subtilis Rizos Farroupilha TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus methylotrophicus Onix Farroupilha TS Meloidogyne javanica
Bacillus methylotrophicus Onix Farroupilha TS Meloidogyne javanica
Bacillus methylotrophicus Onix Farroupilha TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus methylotrophicus Onix Farroupilha TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus firmus Votivo Bayer S.A. TS Meloidogyne incognita
Bacillus firmus Votivo Bayer S.A. TS Pratylenchus brachyurus

Bacillus firmus Votivo Bayer S.A. TS Meloidogyne javanica
Bacillus firmus Votivo Bayer S.A. TS Meloidogyne javanica
Bacillus firmus Votivo Bayer S.A. TS Meloidogyne incognita

Bacillus licheniformis e Bacillus
Quartzo FMC Pratylenchus zeae
subtilis Terrestre
Quartzo FMC Pratylenchus brachyurus
subtilis Terrestre
Quartzo FMC Meloidogyne javanica
subtilis Terrestre
Quartzo FMC Meloidogyne incognita
subtilis Terrestre
Presence FMC Pratylenchus brachyurus
subtilis Não fornecido
Presence FMC Meloidogyne incognita
subtilis Não fornecido
Bacillus firmus Oleaje Bayer S.A. TS Meloidogyne incognita
Bacillus firmus Oleaje Bayer S.A. TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus firmus Oleaje Bayer S.A. TS Meloidogyne javanica
Bacillus firmus Oleaje Bayer S.A. TS Pratylenchus brachyurus
Bacillus firmus Oleaje Bayer S.A. TS Meloidogyne javanica
Bacillus firmus Andril Bayer S.A. TS Meloidogyne incognita
Aplicação dos agentes de controle

biológico
Tratamento de sementes
Mudas
drench
Irrigação
?
Integração com outras medidas de controle
Pochonia chlamydosporia no controle de Meloidogyne incognita
em cenoura
PCI: incorporada ao solo

PCS: aplicação na superfície
A.F. Bontempo et al. (2014)

Pochonia chlamydosporia no controle de Meloidogyne incognita

em cenoura
Pochonia chlamydosporia Testemunha Raízes com sintomas
A.F. Bontempo et al. (2014)

Integração do controle biológico

com outras medidas de controle
Rotação de cultura
solarização
Matéria orgânica
Bloco 4:
Coleta e envio de amostras nematológicas
Estudo de casos:
Influência de nematoides no desenvolvimento de seringueiras
O estágio da planta e a população inicial do nematoide influenciam no

desenvolvimento do pimentão?
Estratégias de manejo de nematoides parasitos do cafeeiro
Quer saber mais?

Considerações finais
Bom senso!
Coleta e envio de
amostras nematológicas
Coleta e envio de amostras

nematológicas: bom senso?
Identificar as amostras
No campo, pelo menos 10 Amostra de solo e de
com: município, ponto de
subamostras por hectare raízes devem ser coletadas As amostras (solo + raízes)
coleta na lavoura ou
devem ser coletadas, preferencialmente no devem ser acondicionadas
talhão, data de coleta,
totalizando uma amostra período da floração e em sacos plásticos
idade das plantas e
composta de frutificação da cultura, resistentes, corretamente
cultivar de café,
aproximadamente 1 kg quando o solo apresentar identificados, e
propriedade e
solo (com a umidade umidade em torno de 40 a encaminhadas com
proprietário, endereço
natural) e no mínimo 100 60% da capacidade de brevidade para análise.
para envio do resultado e
g de raízes. campo.
telefone para contato.
X X
Coleta de mudas em viveiro para

análise nematológicas
A amostragem de mudas de Identificar as amostras com:

café em viveiros deve ser município, ponto de coleta na
realizada em lotes homogêneos lavoura ou talhão, data de
(mesma cultivar e idade), de coleta, idade das plantas e
20.000 (vinte mil) a, no cultivar de café, propriedade e
máximo, 50.000 (cinquenta mil) proprietário, endereço para
mudas e avaliar (coletar) 0,1% envio do resultado e telefone
das mudas. para contato.
Bloco 4:
Estudo de casos:
Influência de nematoides no desenvolvimento de seringueiras
O estágio da planta e a população inicial do nematoide influenciam no

desenvolvimento do pimentão?
Quer saber mais?

Considerações finais
http://www.iea.sp.gov.br/out/TerTexto.php?codTexto=14666
Meloidogyne exigua raça 3 em seringueira
Seringueira após 9 anos da implantação

produção (kg/ha) custo R$/ha/ano
2000
sem M. exigua
R$336,42
0
com M. exigua
Foto: J.M. Santos R$921,27
Foto: CMG Oliveira (2019)
Mirassol, SP: área de 23,5 ha, com M.

exigua, chega-se a um dispêndio de
R$921,27/ha/ano
http://www.iea.sp.gov.br/out/TerTexto.php?codTexto=14666
https://www.researchgate.net/publication/344949143_DO_THE_STAGE_OF_PLANT_AND_INITIAL_POPULATION_OF_ROOT_KNOT_N
EMATODE_INFLUENCE_ON_SWEET_PEPPER_DEVELOPMENT
A presença de M. enterolobii em plantas de pimentão foi relatada em 2006, quando porta-enxerto de pimentão 'Silver' e
tomates 'Andreia' e 'Debora', ambos considerados resistentes a várias espécies de Meloidogyne (M. javanica, M. incognita
e M. arenaria), apresentaram sintomas de galhas e problemas de desenvolvimento.
Pimentão Magna Super x M. enterolobii

A população inicial do nematoide influencia os danos nas plantas onde,

em geral, quanto maior o nível de infestação, mais severos são os danos.
Tamanho das mudas de pimentão utilizadas:
A B C
A. Muda 1: plantas com um par de folhas verdadeiras
B. Muda 3: plantas com três pares de folhas verdadeiras
C. Muda 5: plantas com cinco pares de folhas verdadeiras
Relação entre a população inicial de Meloidogyne enterolobii (Pi) e a massa seca da parte
aérea das plantas de pimentão, 60 dias após a inoculação.
Sintomas do parasitismo em diferentes densidades populacionais de Meloidogyne

enterolobii em mudas de pimentão cv. Orazio com um (A), três (B) e cinco (C) pares de
folhas verdadeiras, 60 dias depois.
Desenvolvimento do sistema radicular e sintomas de galhas causadas por Meloidogyne

enterolobii (Pi=10.000) em mudas de pimentão cv. Orazio com um (A), três (B) e cinco (C)
pares de folhas verdadeiras, após 60 dias.
Uso de cultivares resistentes
Pé-franco C. arabica
Porta-enxerto C. arabica / C. canephora
Técnica de enxertia hipocotiledonar

Cultivares de C. arabica resistentes a nematoides (16/121)
Instituição Cultivar Fonte de resistência Me Mi Mp

Acauã Híbrido de Timor R
Acauãma Híbrido de Timor R
Acauã Novo Híbrido de Timor R
Asa Branca Híbrido de Timor R
Catucaí 785-15 Icatu R
Catucaíam 785-15 Icatu R
Guará Icatu R
MGS Aranãs Híbrido de Timor R
Catiguá 3 Híbrido de Timor R
Paraíso MG H419-1 Híbrido de Timor R
MGS Guaiçara Amphilo R
MGS Vereda Amphilo R
IAPAR 59 Híbrido de Timor R
IPR 100 ? R R R
IPR 106 Icatu R R
IAC 125 RN Híbrido de Timor Rr1 Rr2 Rr1 Rr3 S

Porta-enxertos de C. canephora resistentes a nematoides
Apoatã IAC 2258 (1987) IAC Herculândia (2022)
Resistente a Me (100%) / Mi (100%)

75-80% de plantas / Mp (93%)
resistentes a Me /Mi / Mp
Porta enxertos de C. canephora resistentes a nematoides
35 anos
Seleção de uma cultivar sintética – IAC Herculândia
Fase I – Seleção de genitores : resistência / precocidade / produção /

peneira média
Fase II – Compatibilidade genética e validação da resistência de clones
selecionados
Fase III – Avaliação da resistência múltipla de híbridos F1
IAC Herculândia
Porta enxertos de C. canephora resistentes a nematoides
Seleção de uma cultivar sintética – IAC Herculândia

RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC Experimento Porta enxertos - Procedência: Faz. Santa Cruz, Jafa, Garça, SP
produtividade (Garça, SP, 2022)
IAC Catuaí SH3 (Pé-franco) 28,2
IAC Catuaí SH3 / IAC 5 38,0

Nov/2019
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0
Meloidogyne/10g raízes
IAC Catuaí SH3 (Pé-franco) 3652
IAC Catuaí SH3 / IAC 5 10

Nov/2022
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Porta-enxerto multirresistente no manejo de nematoides
Desempenho em campo
Produção de frutos e desenvolvimento vegetativo das plantas
Garça, SP
Imagem : Gonçalves, W
IAC Catuaí SH3 /CcK1

IAC Herculândia
Novo Porta-enxerto de café multirresistente a nematoides
Desempenho em campo infestado por M. paranaensis - Pompeia, SP –
IAC 125 RN / IAC Herculândia Maio 2023
Pé-franco 2019
Imagem : Gonçalves, W
Agosto 2023
Quer saber mais?
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/page/nematoides-parasitos-do-cafeeiro
https://www.researchgate.net/publication/303825570_Nematologia_de_Plantas_fundamentos_e_importancia
Millennium Editora http://www.millenniumeditora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2919
http://fundag.br/novo/produto/diagnose-de-fitonematoides/
Lançamento em breve
marcelonematologia@gmail.com
OBRIGADO!

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Slides SeNP Avaliao e Controle de Nematides No Solos Prof Cludio M G Oliveira 15012024

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RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC

RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BAC

Avaliação e controle de nematoides no solo

Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira

O que são nematoides?

Nematoides das galhas radiculares

A importância da identificação correta de espécies de nematoides

o que são nematoides?

Nematoides das galhas radiculares

A importância da identificação correta de

Diagnóstico de nematoides parasitos de plantas

Patogenicidade de nematoides na cultura do café

onde vivem os nematoides?

Nematoides em todo lugar!

• 90% de todos os organismos multicelulares

Total: 26 646 nematoides

parasitos de vertebrados 8359

parasitos de plantas 4105

vida livre 10681

parasitos de invertebrados 3501

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Estimativas do número de espécies

May (1988): 1 000 000 (1 x 106)

Lambshead (1993): 100 000 000 (1 x 108)

Hammond (1992): 500 000

• 1300 anos serão necessários para atingir o número de

Problemas para estimar número

Nematoides em todo lugar

Problemas para estimar número

Arte: Ana Cecília B. G. Oliveira

Nematoides em todo lugar.....

Por que é importante identificá-los?

Não é mais relevante conhecer a quantidade (= quantos são) de nematoides

NH Não Hospedeira BH Boa Hospedeira MH Má Hospedeira HV Hospedeira Variável

Fonte: Mário Inomoto (ESALQ/USP)

Região anterior dos nematoides:

bacteriófago predador Parasito de plantas

Parasito de animais: zooparasitos

Parasito de animais: zooparasitos

presença, na cavidade bucal, de uma estrutura rígida, dotada

podem afetar todas as partes da planta

parte aérea (caules, folhas

Prejuízo para Ação

Aumento dos Transmissão

Danos causados por nematoides

aspecto “empipocado” dos tubérculos de batata causado por

Pratylenchus brachyurus em soja

Sintoma de digitamento em cenoura Clorose e lesões em folhas de lírio

Nematoides das galhas radiculares

Nome morfologia da Hábito de

Nematoides M. javanica Endoparasito galhas radiculares

Castagnone-Sereno et al. (2013)

Juvenis de Meloidogyne javanica penetrando pela ponta da raiz de

Juvenis de segundo estádio

Juvenis de Meloidogyne incognita nas raízes de milho

Oliveira CMG (2017)

JUVENIS J2 INFESTANTES OU PRÉ-PARASITOS JÁ NA RAIZ

FÊMEAS MADURAS NO INTERIOR DE RADICELA

Massas de ovos (= em) internas formadas por fêmeas ( = fm) em radicelas

Massa de ovos externa

O que o nematoide das galhas causa na planta?

Formação de célula gigante causada por

Fotomicrografia de Santos (1997)

Fêmeas, Galhas, Necrose