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ANOTAÇÃO FORRAGICULTURA

 Plantas forrageiras são excelentes aliadas da lavoura e da criação de animais, como é o


caso da pecuária. Elas contribuem enormemente para a melhoria da qualidade do solo e
da colheita, além de colaborarem para potencializar a nutrição do gado, por exemplo.

 Estágios das plantas forrageiras são: crescimento, utilização e conversão.

 O método de Weende consiste em fracionar o alimento em matéria seca (MS), proteína


bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), extrativos não nitrogenados (ENN) e
cinzas ou matéria mineral (MM).

 O índice de área foliar é a relação entre a área da folhagem e a superfície do solo por ela
ocupada e é variável de acordo com espécies vegetais, clima, estações do ano e estádio
de desenvolvimento da planta.

 RAIZES DAS LEGUMINOSAS – As leguminosas possuem raízes do tipo pivotante ou


axial, em que a raiz principal é bastante desenvolvida e dominante, e as raízes
secundárias são menores e pouco numerosas, sendo originadas das raízes embrionárias.

 RAIZES DAS GRAMÍNEAS – As gramíneas possuem raízes do tipo fasciculada, são raízes
semelhantes entre si, numerosas, formando um sistema denominado fasciculado ou
cabeleira. Desenvolvem-se, principalmente nas camadas pouco profundas, explorando a
parte superficial do solo

 PENNISETUM PUROUREUM – O capim elefante comum (Pennisetum purpureum,


Schum) é uma gramínea triploíde, de origem africana. Apresenta um grande número de
variedades e/ou ecotipos, como: Napier, Mercker, Porto Rico, Albano, Mineiro, Mole de
Volta Grande, Gigante de Pinda, Mott, Taywan, Cameroon, Urukwanu, Roxo etc. Está
forrageira produz matéria seca de baixa digestibilidade no inverno, devido a seu alto
conteúdo em fibras não digestíveis, e lignina. O capim elefante exige solos de média e alta
fertilidade, é sensível ao frio e ao fogo, não tolera solos úmidos. O principal atributo desta
forrageira é sua alta produção de forragem quando submetida a cortes freqüentes,
adubada e irrigada. Apresenta ótima resposta à adubação.

 GÊNERO CYNODON – É uma gramínea que se caracteriza pela ausência de rizomas,


toda arroxeada, sobretudo as inflorescências, alta produção de matéria seca MS, boa
adaptação em muitos solos tropicais, respondendo bem a doses elevadas de adubação e
ao manejo intensivo.
As principais espécies desse gênero empregadas como forrageiras são Cynodon dactylon
(L.) Pers, denominadas de gramas-bermuda, e o Cynodon nlemfuensis Vanderyst e
Cynodon plectostachyus (K. Schum.)

 GÊNERO BRACHIARIA – Os capins gênero Brachiaria são os mais utilizados como fonte
forrageira na alimentação do rebanho bovino no Brasil. Eles têm origem em regiões
tropicais, principalmente na África, e incluem grande número de espécies com diversas
características.
Entre as principais espécies do gênero Brachiaria se destacam a B. brizantha, a B.
decumbens, B. ruziziensis e a B. humidicola.
Brachiaria brizantha
As cultivares de B. brizantha (Marandu, Xaraés e Piatã), em geral, têm rápido
estabelecimento na área aliada à alta produtividade e ao porte ereto. Entretanto,
apresentam baixa adaptação a solos mal drenados e à baixa fertilidade.
A Marandu é uma cultivar que tem baixa rebrota, mas apresenta bom desenvolvimento sob
a sombra. Por isso, se adapta bem ao consórcio com outras culturas.
Já a Xaraés apresenta alta rebrota e sua tolerância à cigarrinha das pastagens é menor
quando comparada às cultivares Marandu e Piatã.
Brachiaria decumbens
A B. decumbens cv. Basilisk apresenta hábito de crescimento prostrado, apesar do fácil
estabelecimento e boa adaptação a solos pobres e ácidos.
Por outro lado, apresenta suscetibilidade às cigarrinhas das pastagens e é de difícil
erradicação, pois apresenta grande acúmulo de sementes viáveis no solo.
Brachiaria humidicola
Para terrenos mal drenados, a principal indicação são as cultivares da B. humidicola. Elas
apresentam crescimento estolonífero e boa adaptação a solos com baixa fertilidade.
Mas apenas a cultivar. comum apresenta tolerância às cigarrinhas das pastagens. Em
geral, todas as cultivares têm um estabelecimento lento devido ao menor enraizamento
dos estolões.
Brachiaria ruziziensis
A B. ruziziensis é a espécie mais utilizada no sistema de plantio direto na palha. Ela tem
rápido estabelecimento e fácil dessecação e controle.
Porém, possui baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, alta suscetibilidade às
cigarrinhas das pastagens e baixa competição com as invasoras. Tudo isso limita sua
escolha na hora de implantar o sistema.

 GÊNERO PANICUM – Gramínea forrageira do gênero Panicum de porte baixo que


apresenta boa cobertura do solo e maior rusticidade quando comparada a outros cultivares
do gênero. Como características do cultivar, pode-se destacar a maior tolerância à acidez
do solo e ao déficit hídrico e também relativa maior facilidade de manejo.
O Panicum Maximum possui folhas longas que saem da base da planta. A Brachiaria tem
folhas de menor porte e surgem no meio dos gomos. Ambas são plantas cespitosas,
porém a brachiaria possuem estolões, ou seja, ela se espalha mais cobrindo melhor o solo.
Já o panicum consegue visualizar as plantas individualmente.
No Brasil, as principais espécies de capim panicum cultivadas são:
Tanzânia
Possui elevado valor nutritivo e alimentício, manejo fácil, boa resposta na rotação de
culturas, porém não se adapta bem em solos ácidos e com baixa fertilidade.
Mombaça
Possui elevada produção quando adubada, alta qualidade, sendo indicada para a
produção de silagem. Não se adapta bem em solos ácidos e com baixa fertilidade e o
pasto não fica uniforme.
Massai
Possui elevada produção da forragem, excelente cobertura do solo e suporta pastejo
intensivo, porém tem baixo valor alimentício e média fertilidade.

 PALMA FORRAGEIRA – Palma gigante (Opuntia ficus indica), com raquetes de formato
oval, medindo até 50 cm de comprimento, é mais resistente à seca e à cochonilha de
escamas e altamente produtiva, entretanto, é suscetível à cochonilha do carmim.
Palma redonda (Opuntia sp.), com raquetes de forma arredondada e 40 cm de
comprimento, com a vantagem de ser resistente à seca, porém é suscetível à
cochonilha do carmim, outro agravante, é que seu cultivo deve ocorrer isoladamente, uma
vez que ela esgalha muito e dificulta o consórcio com culturas anuais, por esses motivos,
tem sido cada vez menos comum palmais com essa cultivar.
Palma miúda (Napolea cochenilifera), com raquetes alongadas, medindo 25 cm de
comprimento e caule ramificado, sendo mais nutritiva, por apresentar maiores teores
de matéria seca e carboidrato. Apresenta menor resistência à seca, embora seja resistente
à cochonilha do carmin. É mais exigente em fertilidade, umidade e exige temperatura
noturna mais amena quando comparada as outras cultivares, não sendo, dessa forma,
indicada para áreas de sertão.

 CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA POACEAE – Flores pequenas, bracteadas,


aperiantadas, hermafroditas ou de sexo separado; fruto do tipo cariopse com semente
aderida ao pericarpo; sistema radicular em forma de cabeleira, com capacidade de
absorver água nas camadas superficiais; perfilham com grande vigor e rapidez.

 CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA FABACEAE – Tem como característica a presença de


frutos em forma de vagem e engloba desde espécies arbóreas até espécies herbáceas
anuais, muitas de grande importância econômica e principalmente alimentar. Ex: Feijão-
guandu, Alfafa, Trevo, Lupino.

 CARACTERÌSTICAS DA FAMÌLIA HERBACEAE – As plantas herbáceas são


caracterizadas por terem uma estrutura de caule macio e maleável, normalmente rasteiras
e com ciclo de vida anual ou bianual, podendo germinar por anos ou meses. Dentro dessa
categoria existem muitas espécies distintas, algumas delas apresentam flores e outras
apenas folhagens. Ex: Caatingueira, Maniçoba, Umbuzeiro, Camaratuba.

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