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Tutoramento

O Tutoramento é uma prática essencial na produção de tomates de mesa,


quando as plantas têm crescimento indeterminado, favorecendo a circulação de
ar entre as plantas, evitando a infestação de fungos, reduzindo o stress,
aumentando a produtividade da planta e sanidade dos frutos.

Existem diversas possibilidades de tutoramento para cultivo de tomates.


Conforme explica Cristhofer, o produtor pode definir qual a melhor alternativa
levando em conta a equipe disponível, sua capacidade de reproduzir a técnica
em larga escala e os custos envolvidos.

O cultivo de tomate é influenciado por diversos fatores, e o manejo dado a


ele influencia diretamente no crescimento, desenvolvimento e na produção
da planta. Desta forma, o tutoramento é de extrema importância nesta
cultura, pois reduz o contato das plantas com solo, auxilia em seu
desenvolvimento, permite que maior índice de radiação e ventilação atinja a
planta, o que ocasiona um microclima mais arejado, reduz as intempéries
com patógenos e facilita o manejo, as aplicações de agrotóxicos e a colheita,
reduzindo, de forma significativa, as perdas.

O tutoramento mais indicado é o vertical, devido à redução de problemas


sanitários, onde as plantas são amarradas verticalmente a tutores como
bambu ou fitilho, atuando de forma positiva na produtividade das plantas e
aumentando o tamanho dos frutos.
Tutoramento com fitilho ou arame

Essa técnica consiste em uma fita ou arame disposto horizontalmente sobre a


fileira de tomates com altura podendo variar entre 1,80m ou 2m. As plantas
serão amarradas com o fitilhos verticais que por sua vez serão sustentados pelo
arame horizontal.

De acordo com Cristhofer, essa técnica de tutoramento em campo aberto não é


ideal para tomates indeterminados. Essas são plantas que carregam mais e
podem arrebentar os fitilhos com a ação do vento e da chuva.

Jatobá
Hymenaea courbaril

Espécie nativa da família botânica Fabaceae, amplamente distribuída e


conhecida pelos povos brasileiros, especialmente pelo seu poder medicinal,
presente nas raízes, cascas e resina. A origem de seu nome vem do tupi e quer
dizer “árvore com frutos duros”. No passado, foi muito utilizada pelos povos
indígenas em momentos de meditação. Espécie que todo raizeiro conhece e
indica.

A polpa do seu legume tem aspecto farináceo, sendo utilizada para fazer bolos e
roscas. Foi muito consumida in natura, durante momentos de seca, penúria e
total escassez de recursos alimentares. Assim, esta planta tem importância
fundamental para a resistência dos agricultores familiares nos sertões
brasileiros.

Apesar de apresentar um crescimento lento, a árvore alcança até 40 metros de


altura e tem um tronco com diâmetro de quase um metro. Sua madeira é
bastante utilizada para construção em vigas, portas, tacos, tábuas, além de ser
empregada em objetos de arte, peças decorativas e móveis de luxo. Por esse
motivo, é uma das madeiras mais valiosas do mundo.
Seu fruto fica maduro entre os meses de julho a setembro, possui casca dura e
em média duas sementes por fruto. No interior, a polpa é um pó verde
amarelado com forte odor, que é comestível. A polpa é rica em ferro e é
indicada para pessoas que apresentam alto grau de anemia. A casca também é
aproveitada para chá. É uma planta com uso medicinal e pesquisas atuais
indicam que o jatobá pode ser utilizado para combater alguns tipos de câncer. A
seiva do jatobá é obtida por meio da perfuração do tronco e é utilizada
tradicionalmente como curativa para diversas enfermidades, incluindo a anemia,
convalescença e problemas pulmonares.

Aroeira
A aroeira é uma planta medicinal da espécie Schinus terebinthifolius, rica em
flavonoides, saponinas, terpenos e taninos, que lhe conferem propriedades
anti-inflamatórias, tônicas, diuréticas, cicatrizantes e antimicrobianas, sendo,
por isso, popularmente muito utilizada como remédio caseiro para febre,
reumatismo ou infecções urinárias em mulheres.

A aroeira é uma árvore nativa do Brasil que pertence à família Anacardiaceae.


Dentro dessa família existem algumas espécies conhecidas como aroeiras, sendo
que as mais comuns são a Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha ou
aroeira-pimenteira) e Myracrodruon urundeuva (aroeira-preta, aroeira-do-sertão
ou aroeira-verdadeira).

A aroeira-vermelha é de pequeno a médio porte, alcançando geralmente entre 5


e 10 metros de altura e entre 30 e 60 centímetros de diâmetro. Seu tronco é reto
ou um pouco tortuoso. A casca externa apresenta coloração marrom
acinzentada, é rugosa, apresenta espessura de até 15 mm e desprende-se em
placas irregulares. A casca interna é avermelhada e apresenta textura fibrosa.
Suas folhas são perenes, compostas, imparipinadas, com 8 a 12 centímetros de
comprimento e fortemente aromáticas.
As flores são pequenas, branco-amareladas a branco-esverdeadas. É dióica, ou
seja, existem plantas que produzem flores femininas e plantas que produzem
flores masculinas. A floração pode acontecer duas vezes no ano e é precoce,
ocorrendo a partir do primeiro ano de vida. Os frutos são abundantes, pequenos,
globosos, brilhantes e apresentam coloração vermelha bem forte ou rosa forte.
Apresentam uma única semente, são comestíveis e possuem um alto teor de
óleos essenciais aromáticos com sabor apimentado e levemente adocicado, que
são utilizados como condimento. Os frutos são utilizados como substitutos da
pimenta-do-reino.

É considerada uma espécie pioneira a secundária inicial, sendo comum na


vegetação secundária e também frequente nas capoeiras das encostas, nas beiras
de rios e nos campos, como invasora de áreas abandonadas. Sua madeira é
resistente e moderadamente densa, possui longa durabilidade e é usada
principalmente como mourões de cerca. Possui pouco valor comercial, mas
produz lenha e carvão de boa qualidade, sendo muito procurada para usos
domésticos, principalmente nas propriedades rurais. Quando cortada, rebrota
tanto a partir do caule como a partir da raiz, desenvolvendo múltiplos troncos.
Por se adaptar bem às condições adversas, pode ser utilizada na arborização de
pastos para fins de sombreamento aos animais.

É encontrada nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Ocorre de forma


natural na Argentina, Paraguai, Uruguai e no Brasil nos seguintes estados:
Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Mato
Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A espécie Myracrodruon urundeuva (aroeira-preta) é de médio a grande porte,


alcançando entre 15 e 30 metros de altura de acordo com a região de ocorrência.
Seu tronco é retilíneo, a casca apresenta coloração castanho-acizentada e é
dividida em placas escamosas. As folhas são decíduas, compostas e
imparipinadas. As flores são hermafroditas e dióicas, pequenas, de coloração
creme ou púrpura. Seu fruto é uma drupa globosa de coloração castanha.

É indicada para a recuperação de solos degradados, por isso é muito utilizada na


recuperação de áreas degradadas através do plantio de mudas. Sua madeira é
muita densa e apresenta alta resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupins,
por isso é utilizada para construções externas como vigamentos de pontes,
postes, esteios e currais. Na construção civil é usada como viga, caibro, ripa,
tacos para assoalho e outros. Também é muito adequada para a produção de
lenha e carvão.

Tem grande importância na medicina popular, sendo sua casca, folha e raiz
usadas no preparo de chás utilizados no tratamento de doenças respiratórias e
urinárias. Também é empregada no tratamento das inflamações de garganta,
gengiva, pele, gastrites, úlceras, diarreia e outras enfermidades.

Pereira

Árvore de médio porte, 10 a 20 metros de altura, em geral bem copada. Tronco


liso. Folhas compostas trifoliadas, folíolos grandes de até 30 cm. Floração em
cachos de cor roxo e brancas, vistosas. Fruto vagem marrom claro, 20 cm, que
se abre exibindo 3 a 5 sementes de cor marrom, 2,5 cm, em formato de feijão.
Germinação fácil, as mudas se desenvolvem bem.

A pera é o fruto comestível da pereira, uma árvore do gênero Pyrus L., família
Rosaceae, e uma das mais importantes frutas de regiões temperadas.

A pera tal como a maça tem origem na Ásia, provavelmente na China, tendo
sido introduzida na Europa, espalhada massivamente pelos romanos e mais
tarde por todo o mundo pelos europeus.

Jurema Preta
A jurema-preta é uma espécie de áreas sujeitas a secas periódicas, distribui-se
no nordeste do Brasil, norte da Venezuela e Colombia, México e El salvador
(Flora do Brasil 2020 em construção; Queiroz, 2009). Apresenta grande
capacidade de colonização de áreas degradadas (Queiroz, 2009) e é uma das
espécies utilizadas no plantio de mudas do Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD), executado pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento
Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco
(UNIVASF)nas áreas influenciadas pelo Projeto de Integração do Rio São
Francisco (PISF).

A espécie floresce entre os meses de agosto e novembro e frutifica entre


setembro e janeiro, conforme o banco de dados do NEMA. As flores são
melíferas e, junto com seus frutos e sementes, constituem fonte de alimento para
insetos, aves e roedores na estação seca da Caatinga. Na medicina popular
regional, o extrato alcoólico ou as cascas secas e trituradas são usados para ação
antimicrobiana, antibacteriana, anti-inflamatória, cicatrizante e antiespasmódica.

Após as primeiras chuvas, surgem folhagens (ramas tenras) que são consumidas
como forragem pelos animais (Lima, 1996). Já na estação seca, as folhas e
ramos finos servem de alimento para caprinos criados em regime extensivo na
Caatinga e quando cortadas e fenadas podem fazer parte da dieta de manutenção
de ovinos.

Sua madeira é indicada para a construção de pequenos móveis, estadas e


mourões de cerca, por produzir material lenhoso com alta durabilidade natural e
boas propriedades mecânicas (Oliveira et al.,2006;Paes et al., 2007).A espécie
ainda é utilizada para produção de lenha e carvão.
Jenipapo

O jenipapo é o fruto do jenipapeiro, árvore nativa das Américas do Sul e


Central. A fruta que é semelhante ao figo, chega a ter 10 cm de comprimento e
7 cm de diâmetro. A polpa aromática, de sabor ácido e cor amarelo-pardacenta é
utilizada no preparo de compotas, doces, xaropes, bebidas, refrigerante e licor.

O fruto deve ser colhido no tempo certo de amadurecimento, para que possa ser
melhor utilizado. Pode ser consumido também ao natural. O jenipapo é utilizado
na medicina caseira, como fortificante e estimulante do apetite. É indicado
contra a anemia e doenças do baço e do fígado.

O jenipapo é rico em ferro, contém cálcio, hidratos de carbono, calorias,


gorduras, água, vitaminas B1, B2, B5 e C.

O fruto verde fornece um suco de cor azulada, usado para tingir tecidos,
artefatos de cerâmica e tatuagem. Jenipapo, em tupi-guarani significa “fruta que
serve para pintar”, os indígenas a utilizavam há milênios em tatuagens, pintura
corporal e outros.
Da Amazônia até o norte do Paraná, em várias formações florestais situadas em
várzeas úmidas ou encharcadas.

Do tronco liso, sai uma madeira branca de fácil manejo para esculturas e
fabricação de móveis e para a construção civil.

Da polpa do fruto verde do jenipapo se extrai um líquido que, a princípio parece


água, mas em contato com o ar oxida e vira uma tinta entre azul escura e preta.

Com ela, os índios se pintam e adornam objetos. É essa qualidade que derivou o
nome jenipapo, do tupi-guarani, “fruto que serve para pintar”.

O fruto é redondo ou ligeiramente oval, com cerca de 6 a 8 centímetros de


diâmetro. Consumida in natura, o fruto ganhou fama nos doces, balas, geléias e,
principalmente, o licor. Bebida quente, com fama de afrodisíaca, e excelente
digestivo.
Referências:
https://canaldohorticultor.com.br/tutoramento-do-t
omateiro/
https://wikifarmer.com/pt-br/informacoes-sobre-pe
reira-arvore-da-pera/
https://www.tuasaude.com/aroeira/#:~:text=A%20
aroeira%20é%20uma%20planta,caseiro%20para%
20febre%2C%20reumatismo%20ou
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/jenipa
po.htm#:~:text=Jenipapo-,O%20jenipapo%20é%2
0o%20fruto%20do%20jenipapeiro%2C%20árvore
%20nativa%20das,%2C%20bebidas%2C%20refri
gerante%20e%20licor.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/j
enipapo#:~:text=O%20Jenipapo,-O%20Jenipapo%
20é&text=A%20raiz%20é%20usada%20como,vit
aminas%20B1%2C%20B5%20e%20C.
https://www.cerratinga.org.br/especies/jatoba/
https://projetocaatinga.ufersa.edu.br/informacoes-g
erais-6/
https://www.infoescola.com/plantas/aroeira/

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