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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE ESTUDO SUPERIORES DE BALSAS


AGRONOMIA

GIAN VIEIRA LIMA


SALATIEL FERREIRA DA SILVA JÚNIOR

CARTILHA INFORMATIVA: Estruturas vegetativas e reprodutivas dos fungos

Balsas
2021
HIFAS
As hifas são estruturas filamentosas dos fungos que formam o micélio e podem ser
classificadas em dois tipos: septadas e não septadas

Hifas septadas
Nas hifas septadas, há paredes
divisórias (septos)que tem como função
separa o filamento internamente em
segmentos. Em cada septo há a
presença de pequenos poros
permitindo a passagem de material Figura 1: Hifa septada
citoplasmático. – Possuem hifas
septadas os fungos das divisões
Ascomycota, Basidiomycota e
Deuteromycota.

Hifas não-septadas
Sua organização é simples e possui um
fio continuo sem septos, contendo em
se citoplasma diversos núcleos.
Possuem hifas cenocíticas, os fungos Figura 2: Hifa não-septada
das divisões Mastigomycota e
Zygomycota.
HIFAS MODIFICADAS
RIZÓIDE
Estrutura parecida com raízes,
ramificada, filamentosa, que atua na
fixação no solo. Além da função de
fixação libertam enzimas digestivas que Figura 3 – Rizoide.
permitem ao organismo absorver o
material orgânico digerido. Presentes
em fungos do filo Zygomycota.

APRESSÓRIO
Estrutura de fixação onde só dá suporte
ao talo ou raiz. Não há absorção de
nutrientes. O estoma é o local onde
ocorre a formação do apressório, uma
estrutura cuja função é ancorar
firmemente o fungo e auxiliar na Figura 4 – Apressório.
penetração.Os apressórios são
formados quando o tubo germinal
detecta cristas com dimensões
correspondentes às dimensões dos
lábios dos estomas da sua espécie
hospedeira. Presença em espécies de
Colletotrichum.

ESCLERÓDIO
Massa de hifas, geralmente
arredondada, de consistência firme,
que desempenha importante papel na
sobrevivência de fungos veiculados
pelo solo. Os escleródios podem ser
observados em Sclerotinia
sclerotiorum, por exemplo.
Figura 5 – Escleródio
HAUSTÓRIO

É uma estrutura fúngica onde pode ser


ramificada ou não, responsável pela
absorção de nutrientes a partir do
citoplasma da célula do hospedeiro.
O haustório forma-se a partir de hifas
Figura 6 – HAUSTÓRIO
intercelulares, apressórios ou de hifas
externas.

ESTROMA

Massa de hifas, com ou sem tecido do


hospedeiro ou substrato. Pode ser
semelhante ao escleródio na sua
forma, mas difere na sua função que é
abrigar ou dar origem às estruturas
reprodutivas.
Estruturas de sobrevivência

Rizomorfas: estruturas macroscópicas


formadas por hifas entrelaçadas,
presentes em espécies de Serpula
lacrymans.

Figura 7: Rizomorfas

Esclerócios: estruturas macroscópicas


formados pelo enovelamento de hifas
com endurecimento do córtex,
presentes no fungo S. sclerotiorum.

Figura 8:Esclerócio

Clamidósporos: estruturas
macroscópicas formadas pela
diferenciação de células da hifa, com a
formação de uma parede espessa
presente em Candida abicans.

Figura 9: Clamidósporo

. ESTRUTURAS DE REPRODUÇÃO

CONIDIÓSFOROS

Os conidióforos podem estar contidos


em estruturas fúngicas, em forma de
pêra, denominadas picnídios, ou em
superfícies achatadas, designadas
acérvulos. Presente em
Deuteromiceetos. Figura 10: Conidiosforo
CORPOS DE FRUTIFICAÇÃO

Os corpos de frutificação são estruturas


componentes dos fungos pluricelulares.
A função do corpo de frutificação está
relacionada à reprodução do fungo por
meio dos esporos, suas células
reprodutoras. Os corpos de frutificação
são formados a partir de processos
sexuais e possuem hifas vindas de Figura 11 - Corpos de frutificação.
fungos de um sexo diferente do seu.

Peritécio

Peritécio são estruturas em forma de


garrafa, comunicando com o exterior
por uma abertura, que forma um poro
ou ostíolo, através da qual são
libertados os ascósporos. São
presentes nas ordens Sphaeriales e
Hypocreales
Figura 12 - Peritécio.

Apotécio

É a forma mais comum de ascoma,


consistindo num corpo frutificante em
forma de taça, por vezes quase
discoidal, com uma abertura alargada,
em geral voltada para cima; a estrutura
é séssil e carnuda, podendo atingir
grandes dimensões, apresentando três
partes distintas, nomeadamente o
himénio na sua superfície concava Figura 13 - Apotécio.
superior, o hipotécio e o excípulo.
Essas estruturas estão presentes na
classe Pezizomycetes.
Ascos

Ascos são as células sexuais


produtoras de esporos dos fungos
ascomicetas. Os ascos formam-se a
partir de células apicais de hifas
ascógenas.
Figura 14 - Ascos.

Acérvulo

Acérvulo é um corpo frutescente de


fungos simbiontes, assexual, que é
formado no tecido da planta hospedeira
parasitada. Morfologicamente, é
caracterizado por uma base
estromática mal desenvolvida,
compacta e em forma de pires
(côncava), da qual emergem Figura 15 – Acérvulo.
conidióforos curtos aglomerados e,
ocasionalmente, setas, presente em
Coelomycetes.

Uredósporos

Os uredósporos são ovóides a


elípticos, largos, com paredes com 1,0
μm de espessura, densamente
equinulados e variando de incolor a
castanho amarelo pálidos. Podem ser
observados em Puccinia helianthi.

Figura 16 – Uredósporos.
TIPOS DE ESPOROS

Assexuados
ARTROSPOROS
Artrosporos ou artroconidios: são
formados pela fragmentação das hifas
em segmentos retangulares e Os
artroconídios são formados pela Figura 17- Artroconidios
fragmentação das hifas em segmentos
retangulares aparecem no gêneros
Microsporum e Trichophyton.

ZOÓSPORO
São esporos assexuais com motilidade
garantida por um ou mais flagelos. São
sensíveis a condições ambientais
adversas e são estruturas
especializadas para dispersão e são
incapazes de dividirem-se ou
absorverem nutrientes orgânicos Figura 18 - Zoósporo
durante a germinação. Encontrados no
filo Omycota.

APLANOSPORO
São esporos sem mobilidade própria,
sendo transportado pelo vento e que
são produzidos no interior de estruturas
denominadas esporângios. Ocorre em
Haematococcus Pluvialis.

Figura 19 - Aplanosporo
CONÍDIOS
Conídios (conidiosporos): são esporos
livres e externos (não estão fechados
dentro de um invólucro). Pode ser
formado por uma estrutura especial no
topo de uma hifa fértil ou pela
segmentação de uma hifa vegetativa
pré existente. Presentes nos
Ascomicetos.

Figura 20 - Conidios

FIALOSPORO
Podem ser do tipo aspergilo ou penicilio

ASPERGILO
No aparelho de conidiação tipo
aspergilo, os conídios (fialosporos)
formam cadeias sobre fiálides,
estrutura em forma de garrafa, em torno
de uma vesícula que é uma dilatação
na extremidade do conidióforo

PENICILIOS
Nos penicílios, falta a vesícula na Figura 21 Aspergilo a esquerda e
extremidade dos conidióforos que se Penicilio a direita
ramificam dando a aparência de pincel,
omo no aspergilo, os conídios formam
cadeias que se distribuem sobre as
fiálides
UREDINIOSPOROS
Os uredínios são formados a partir do
micélio dicariótico e formam esporos
dicarióticos, denominados
urediniosporos. Estes se originam por
simples segmentação da parte final de
uma hifa não ramificada e que é
freqüentemente referida como
pedicelo. Uma segunda geração de
uredínios e de urediniosporos pode
resultar de uma infecção por
urediniosporos e são, por isso,
chamadas estruturas repetitivas, Figura 22 - Urediniosporos
funcionando como conídios. Presentes
em fungos de Phakopsora pachyrhizi.
ESPOROS SEXUADOS

Oósporo

Oósporo é um esporo sexuado de


paredes engrossadas que se
desenvolve a partir de uma oosfera
fertilizada resultante da união de um
oogónio com um anterídeo. Essas
estruturas estão presentes em
Pythiopsis humphreyana, por exemplo. Figura 23 – Oósporo.

Zigósporo

Zigósporo é o produto da reprodução


sexuada nos fungos Zygomycota. É o
zigoto resultante da fusão dos núcleos
de duas hifas mutuamente compatíveis
e fica enterrado num corpo de parede
espessa, por vezes ornamentada, o
zigosporângio.

Figura 24 – Zigósporo.
Esporângio de repouso

Estruturas de repouso produzido


sexualmente formado como resultado
de entre plasmogamia dos gametas
que geralmente são iguais em
tamanho. A fusão pode ocorrer entre
gametângios de micélios de tipos
diferentes, ou entre gametângios de um
mesmo micélio, dependendo da
espécie considerada.
Basideosporos

Basidiósporo é a denominação dos


esporos produzidos sexuadamente por
fungos do filo Basidiomycota. Se
formam pela fusão de células e
formação de núcleos diplóides. Cada
célula se torna um basídio e seus
núcleos produzem, através de meiose,
quatro núcleos haplóides. Estes
núcleos, no topo do basídio,
desenvolvem os basidiosporos.
Figura 25 – Basideosporos.

Apotécio
é a forma mais comum de ascoma,
consistindo num corpo frutificante em
forma de taça, por vezes quase
discoidal, com uma abertura alargada,
em geral voltada para cima; a estrutura
é séssil e carnuda, podendo atingir
grandes dimensões, apresentando três
partes distintas, nomeadamente o
himênio sua superfície concava
superior, o hipotécio e o excípulo. Essa Figura 26 – Apotécio.
estrutura é tipicamente obserada ns
classe Pezizomycetes.

Cleistotécio

Agrupa os ascomas com forma


globosa, ou mesmo esferoidal, que
formam corpos frutificantes com o
himénio fechado, sem qualquer
abertura para o exterior. Nestas
estruturas, a parede externa consiste
geralmente numa camada de hifas Figura 27 – Cleistotécio.
frouxamente entrelaçadas que formam
um pseudoparênquima que contém no
seu interior os ascos. Podem ser
observados no gênero Gymnoascus.

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