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Resumo3 – P2 ECOPOP

Dinâmica predador presa: predadores determinam a abundancia de suas presas; nesse


caso ambas populações, de presas e predadores, são controladas pela interação com a
outra e não apenas pela relação com a sua própria densidade
 Exemplo: ciclo populacionais de lince e lebre

o Cientistas observaram que a predação do lince não era o único


fator que influenciava na queda da população de lebres, outros
fatores como a disponibilidade de alimentos para lebre, podem
estar envolvidos nesse processo
 Hipóteses:
 Limitação de recursos para as lebres (Keith, 1983)
 Predação + Limitação de recursos (Smith et al.,
1988)
 Correlação entre manchas solares e os níveis de
herbivoria (Sinclair et al., 1993)

 Exemplo: predação de cangurus por dingos


 Importância do refúgio na dinâmica predador-presa
o Exemplo 1:

o Exemplo2: Trabalhando em rios, McIntosh & Townsend (1996)


observaram que o impacto da herbivoria de efemerópteros (Deleatidium)
na biomassa de algas bentônicas é reduzido na presença de trutas (Salmo
trutta). Na presença da truta, os efemerópteros despendiam um maior
tempo na procura de refúgios, o que diminuía sua atividade de
forrageamento.

o Exemplo3: Peckarsky & McIntosh (1998) também estudando o impacto


de efemerópteros (Baetis bicaudatus) na biomassa de algas bentônicas
em rios, observaram que sinais de alarme produzidos por trutas
(Salvelinus fontinalis) e a presença de plecópteros (Megarcys signata)
favoreciam a biomassa de algas através da redução da atividade dos
herbívoros ou da sua mudança de habitat

o Exemplo4:

 Na primeira etapa não haviam barreiras, nem para o predador,


nem para presa. E com isso foi observada uma baixa persistência
de ambas populações.
 Na segunda etapa, haviam barreiras para o predador e presa, e o
deslocamento das presas foi facilitado
Hervbivoria: herbívoros são organismos que se alimentam de parte das plantas
(geralmente não levam a planta à morte)
 Sabendo-se que as plantas não se movem, podendo ser atacadas facilmente, por
que elas não são superexploradas?
o As plantas possuem diversas estratégias de defesas químicas e físicas
contra herbívoros
 Exemplos: alcaloides (nicotina, morfina, cafeína), óleos de
mostarda, terpenóides (hortelã), fenilpropanos (canela)
 Estes compostos são resultado do metabolismo secundário
das plantas, e por isso são chamados de compostos
secundários.
 Há um consenso de que os compostos secundários
possuem múltiplas funções (não apenas proteção)
 Ehrlich e Raven (1964) sugeriam que a maioria dos compostos secundários são
produzidos com um custo metabólico para a planta, e por isso, estariam
diretamente ligados à herbivoria

 Rhoades (1979) formulou teorias de desefa baseadas na ideia de que tais


compostos são custosos para produção
o Altos níveis de herbivoria conduzem mais defesas
o Altos custos de defesa conduzem menos defesa
o As defesas estão concentradas em tecidos valiosos para planta
o Estresses ambientais devem diminuir a disponibilidade de energia para
mecanismos de defesa (balanço carbono-nutriente)
o Mecanismos de defesa são reduzidos quando herbívoros são ausentes,
mas aumentam quando a planta é atacada (defesa induzida)

 Reações de defesas:

o Quantitativas: substancias que são ingeridas em grandes quantidades


pelos herbívoros, e quanto mais ingeridos, mais dificultam a ingestão do
alimento. Não são tóxicos em pequenas quantidades, porém possuem
efeito cumulativo.
 Ricos em carbono fáceis de produzir e por isso são comuns em
sistemas pobres em nutrientes
 Taninos e resinas em folhas

o Qualitativas: são altamente toxicas, em doses pequenas podem levar a


morte, são encontradas nas folhas em baixas concentrações (1 a 2% do
peso seco)
 Ricas em nitrogênio e possuem alto custo para produção 
encontradas em ambientes ricos em nutrientes
 Alguns dessem compostos podem der tóxicos para própria planta,
e por isso, são armazenados em glândulas ou vacúolos. Já outros
podem ser transportados pelos tecidos vasculares das plantas em
formas de precursores (quando são metabolizados se tornam
tóxicos)

 Outros tipos de defesa:


o Associações defensivas: como no mutualismo entre Acacia collinsii e
formigas
o Defesas mecânicas como espinhos e tricomas glandulares (dificultam
locomoção)
o Inibidores reprodutivos
o Baixa atração
o Masting

 Principais problemas associados com o desenvolvimento de resistência


o Tempo longo para desenvolvimento de nova variedade
o Em alguns casos a resistência adquirida a determinada praga, aumenta a
suscetibilidade a outra
o Muitas pragas são capazes de superar a resistência adquirida por
determinada planta
o Apesar desses problemas, a resistência de plantas é uma estratégia
eficiente

 Defesa induzida: existem evidencias de que as defesas devem ser induzidas pelo
ataque
o O ataque pode aumentar a concentração de compostos no local afetado
o Exemplo1: arvores de Acacia depranolobium possuem espinhos mais
longos quando sugeitas a pastagem, do que as plantas em ausência de
pastagem
o Exemplo2: folhas atacadas por galhadores ou minadores, caem
prematuramente, sendo uma estratégia de defesa

 Galha: É o crescimento ou inchaço causado por hipertrofia (aumento) e/ou


hiperplasia (multiplicação) das células da planta, induzidas por um organismo, e
fornece nutrientes/alimento e abrigo para tal organismo (parasitas)

 Minadores: são insetos que residem e se alimentam da epiderme da planta


(herbívoro)
 Os herbívoros
podem fazer com que
muitas substâncias químicas nocivas produzidas pelas plantas percam a
eficiência
o Plantas podem sobreviver sem os insetos, mas os insetos herbívoros
necessitam das plantas para sobreviver, e por isso, precisam transpor as
defesas das plantas
 Exemplo1: desintoxicação por oxidação, redução, hidrólise e
conjugação dos compostos
 Exemplo2: alguns insetos utilizam as defesas das plantas para
benefício próprio  lagartas extraem cardenolídeos das plantas,
para se tornarem “não palatáveis”

 A melhor maneira de estimar os efeitos dos herbívoros em populações de


plantas, é remover os herbívoros e avaliar o efeito na sobrevivência, reprodução
e crescimento das plantas
o Muitos herbívoros são extremamente prejudiciais para populações de
determinadas plantas
 Exemplo: Cactoblastis cactorum foi introduzida acidentalmente
no sul da Flórida e vem causando danos em algumas espécies
raras e endêmicas de cactos
 Estudos mostraram que os herbívoros selecionam plantas ou partes delas, com
melhores qualidades nutricionais: nitrogênio nos tecidos e aminoácidos na seiva
o A fertilização das plantas, principalmente com nitrogênio, teve um efeito
positivo no tamanho da população, sobrevivência, crescimento e
fecundidade dos insetos herbívoros
o A correlação positiva entre qualidade da planta e a densidade dos
herbívoros existe, porem certos padrões populacionais dos herbívoros
são governados por outros processos (como predação e parasitismo)
 Quando a qualidade da planta cai, muitos herbívoros passam a se alimentar mais
e por mais tempo (para obter a quantidade necessária de nutrientes)
o Isso provoca um aumento no tempo de exposição a inimigos naturais,
aumentando-se a taxa de mortalidade
 Em alguns locais as plantas são mais susceptíveis aos herbívoros, e em outros
não
o Isso pode ocorrer devido a:
 Variação genética
 Fatores abióticos: tipo de solo/ nível de água e nutrientes

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