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 UNIDADE I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todavia, uma questão ainda paira sobre esses povos: por que as civilizações do
Oriente Próximo Antigo se estabeleceram nas regiões aparentemente inóspitas
das margens dos rios Tigre e Eufrates?
Inicialmente, parece uma questão simples de responder, mas o texto até
aqui provou que a resposta não é tão óbvia, nem ao menos conclusiva, visto
que falamos de seres humanos que viveram há milhares de anos antes de nós.
Atualmente, as ideias mais aceitas sobre os motivos de formação e de desenvol-
vimento de sociedades complexas no Oriente defendem a identidade comum
– língua, crenças, sentimento de familiaridade entre outros –, segurança e orga-
nização da produção agrícola e pecuária.
Esta hipótese, que leva em consideração vários aspectos da sociedade, nem
sempre foi a predominante dentro da historiograa. Até a metade do século XX,
a academia brasileira detinha um viés marxista marcante para analisar os mode-
los de sociedades. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), em
alguns de seus ensaios, dentre os quais podemos citar a Ideologia Alemã, pen-
saram modelos econômicos materiais para determinadas sociedades, a m de
compreendê-las, pois acreditavam que os homens se uniam em sociedades devido
à vida material, como no excerto a seguir
A associação até agora conhecida não era de modo algum a união volun-
tária (que se apresenta, por exemplo, no Contrato Social), mas uma união
necessária, baseada nas condições dentro das quais os indivíduos desfru-
tavam da contingência (comparar, por exemplo, a formação do Estado
na América do Norte e as repúblicas da América do Sul). Esse direito
de poder desfrutar com toda a tranquilidade da contingência dentro de
certas condições é o que se chamava até agora de liberdade pessoal. Essas
condições de existência são naturalmente apenas forças produtivas e as
formas das trocas de cada período (MARX e ENGELS, 2001, p. 93-94).

O ORIENTE PRÓXIMO ANTIGO: OS POVOS DO CRESCENTE FÉRTIL


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Diferentemente da hipótese sociológica de que os homens se unem por inte-


resse próprio e liberdade individual, para Marx e Engels os homens se unem
em sociedade com a nalidade de sobrevivência alcançada pelo trabalho ou,
em outras palavras, pelo mundo material. Baseados nos aspectos de cada época,
os autores formularam esboços de sociedade e de seus modos de produção,
e cada novo modo era mais desenvolvido que seu anterior. A sequência des-
ses esboços de sociedade foi pensada da seguinte forma: Modo de Produção
Primitivo; Modo de Produção Asiático; Modo de Produção Escravista; Modo de
Produção Feudal; Modo de Produção Capitalista; Modo de Produção Socialista;
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e Modo de Produção Comunista. Estes modos de produções eram “rascu-


nhos” de sociedade para usos próprios dos autores e, por este motivo, eles
não deixaram explícito o que compreenderia cada modelo, somente algumas
características gerais.
Entre esses, o que mais nos interessa no momento é o Modo de Produção
Asiático. De acordo com Cardoso (1984), esse esboço foi pensado por Marx e
Engels como modelo de sociedade da Índia e da China antigas, onde o poder
real era centralizado e a população tinha como principal atividade a agricultura
dependente dos rios. Nessas civilizações, não havia a concepção de propriedade
privada e cada indivíduo se apropriava do que lhe fosse necessário para sobre-
viver, visto que o excedente ia para a unidade globalizante e para as divindades.
A principal tese de formação das sociedades para o Modo de Produção
Asiático é a hipótese causal hidráulica, pois havia a ideia de que o poder central
controlava as drenagens e as irrigações, e a partir da necessidade dessa centrali-
zação das forças produtivas hidráulicas é que as civilizações se desenvolveram:
O controle, armazenagem e uso de grandes massas de água através de
obras hidráulicas exigem um trabalho maciço que tem de ser coorde-
nado, disciplinado e dirigido, o que impõe a subordinação à autoridade
reguladora de um Estado forte e ecaz; este acaba por esmagar a liber-
dade do grupo que lhe está submetido (CARDOSO, 2005, p. 18).

O excerto se refere ao poder central de âmbito estatal, isto é, faz referência ao


próprio monarca. Acreditava-se que era o rei quem comandava diretamente os
meios de produção relacionados às águas, sem considerar um papel inuente
dos funcionários.

Hipótese Causal Hidráulica: Uma Perspectiva Interpretativa


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Caro(a) aluno(a), você deve ter notado que os argumentos desse modelo
de interpretação das sociedades orientais antigas são plausíveis e críveis, o que
torna compreensível a grande inuência nos meios acadêmicos. Por conseguinte,
a partir da década de 50, a academia brasileira passa a considerar novas verten-
tes historiográcas, principalmente as que permitiam a utilização de materiais
diversos e o diálogo com as demais ciências, ou seja, o campo documental se
amplia e novas informações são alcançadas.
Nesse sentido, o Modo de Produção Asiático não é completamente aban-
donado, mas passa a ser percebido como interpretação possível em seu tempo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e espaço: o século XIX. A Hipótese Causal Hidráulica, derivada desse modo de
produção, a partir da nova realidade de estudos, não se sustenta. Cardoso (1984)
apresenta que os controles de irrigação, de drenagem e os demais sistemas de
controles hídricos não eram controlados por um poder de caráter estatal, mas
administrados pelas próprias comunidades locais – quando estavam em bom
funcionamento e bem controlados –, passando ao domínio do poder central.
Diante disso, a tese de que as sociedades se formavam pela necessidade de poder
monárquico para o controle das águas não é mais uma explicação suciente.

Os estudos históricos são dependentes do tempo e do espaço que o histo-


riador ocupa. Com efeito, há mutabilidade da escrita da história e da inter-
pretação dos fatos. Nesse sentido, é possível desconsiderar completamente
a importância das interpretações de viés marxista, apesar de superados?

A que devemos atribuir o estabelecimento das civilizações da Mesopotâmia?


Os dados que dispomos não permitem que cheguemos a uma resposta pronta
e decisiva, devemos imaginar uma série de fatores, como militarismo, questões
demográcas, culturais e políticas. A necessidade de uma administração da orga-
nização das águas certamente pode ser incluída entre os fatores, mas não pode
ser vista como único motivo.

O ORIENTE PRÓXIMO ANTIGO: OS POVOS DO CRESCENTE FÉRTIL


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caro(a) aluno(a), chegamos ao nal da primeira unidade, que buscou trabalhar


com os diversos aspectos comuns das distintas civilizações do Oriente Próximo
Antigo. Dentre os assuntos discutidos, podemos citar a geograa do local e a
dependência agrária das águas dos rios Tigre e Eufrates; as diversas práticas
econômicas desenvolvidas na região; a organização da sociedade; algumas das
principais cidades-estados; e, por m, um modelo teórico de análise de socie-
dade e sua falência.
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Na discussão acerca das características da região conhecida, como


Mesopotâmia, Crescente Fértil ou Oriente Próximo Antigo abordamos que
essas civilizações não se formaram repentinamente, mas levaram séculos para
se estabelecerem e passarem da fase de caça e de coleta até dominarem as cheias
dos rios, desenvolverem a agricultura e as relações sociais complexas.
Na questão das práticas econômicas, foi discutida a relevância e a dependên-
cia dessas sociedades pelas águas caudalosas dos rios Tigre e Eufrates. Todavia,
a agricultura não foi a única atividade de caráter econômico, visto que havia a
criação de animais, o comércio, a pesca, a caça, a coleta e o artesanato.
Vimos também como as sociedades se organizavam hierarquicamente e
quais eram os principais aspectos e as atividades de cada estamento. Além disso,
discutimos que essa organização social só pode ser compreendida conforme as
ideias de seu tempo e espaço.
Em seguida, apresentei-lhe algumas das principais cidades-estados e suas
culturas – Suméria, Acádia, Babilônia e Assíria –, que se destacaram dentre as
demais por determinado tempo, a ponto de tentarem unicar a região, que per-
petuaram sua cultura ou ainda que inuenciavam outras cidades.
Abordamos ainda a Hipótese Causal Hidráulica, derivada do Modo de
Produção Asiático, que, por muito tempo, foi uma das teorias mais inuentes
dentro da academia brasileira, mas que, atualmente, não sustenta a explicação
da formação de sociedades complexas das margens dos rios Tigre e Eufrates.

Considerações Finais
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1. Apesar de todo conhecimento que dispomos acerca do Oriente Próximo Anti-


go, muitas informações que possuímos não são denitivas, assim como muitas
lacunas permanecem em nosso conhecimento. Sobre o Oriente Próximo Antigo,
analise as armações a seguir e assinale com V, as verdadeiras, e com F, as falsas:
( ) O Oriente Próximo Antigo também pode ser denominado como Crescente
Fértil ou Mesopotâmia.
( ) As civilizações do Oriente Próximo Antigo se desenvolveram entre as mar-
gens dos rios Tigre e Eufrates.
( ) Todos os eventos das sociedades do Antigo Oriente Próximo são datados
antes da nossa Era, isto é, antes de Cristo.
( ) Os territórios das atuais Índia, China e Tailândia foram regiões que abriga-
ram as antigas civilizações do Oriente Próximo.
Assinale a alternativa que possua a sequência correta:
a) V, F, V, F.
b) F, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) V, V, F, F.
e) V, V, V, V.
2. As características geográcas da região do Oriente Próximo Antigo são bas-
tante especícas, visto que se divide em pântanos e em desertos. Apesar do
aparente aspecto inóspito deste local, muitas civilizações complexas ali se es-
tabeleceram. Nesse sentido, assinale a alternativa correta referente às práticas
econômicas da região:
a) Apesar de uma vasta gama de práticas econômicas, como criação de ani-
mais, comércio, artesanato, caça, pesca e coleta, a principal atividade era o
cultivo de terras e a produção de grãos.
b) A criação de animais era uma atividade tão importante quanto o cultivo das
terras. Para seu desenvolvimento, havia territórios bem estabelecidos e es-
trutura própria de organização.
c) Para o desenvolvimento das atividades de cultivo da terra, todos os indivíduos
das civilizações eram encaminhados para o trabalho: desde os reis aos escravos.
d) As atividades comerciais no Antigo Oriente Próximo se davam internamen-
te; não havia trocas entre cidades-estados e com os povos de outras regiões.
e) A agricultura era a principal atividade econômica. Para seu desenvolvimen-
to, eram utilizadas as águas pluviais.
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3. A organização social das antigas civilizações orientais era muito diferente da


estrutura social que possuímos atualmente. A hierarquia social era bem demar-
cada e cada indivíduo tinha sua função bem denida. Acerca da organização
social dessas sociedades, considere as armações a seguir:
I. O rei e a sua rainha consorte eram considerados divindades sobre a terra.
II. Todos os indivíduos deveriam executar com maestria suas funções, para ga-
rantir o bom funcionamento da cidade.
III. O sacerdote era uma gura de suma importância nas sociedades orientais
da antiguidade, por isso somente homens poderiam desempenhar a função.
Assinale a alternativa correta:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
4. O Oriente Próximo Antigo foi constituído de muitas cidades-estados, que nun-
ca consolidaram uma centralização política. Apesar disso, algumas cidades ou
culturas sobressaíram em determinado período em relação às demais. Consi-
derando as cidades-estados e as culturas predominantes abordadas no texto,
associe uma coluna a outra:
(1) Suméria.
(2) Acádia.
(3) Babilônia.
(4) Assíria.
( ) O rei mais conhecido foi Sargão I.
( ) O rei mais conhecido foi Hamurábi.
( ) Possuía importantes rotas comerciais.
( ) Primeira cultura predominante na região, que legou muitos aspectos aos
povos subsequentes.
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A sequência correta é:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 4, 3, 2, 1.
c) 3, 2, 1, 4.
d) 2, 4, 3, 1.
e) 2, 3, 4, 1.
5. Até a metade do século XX, muitos dos estudos brasileiros de história estiveram
pautados na vertente teórica marxista. Esse predomínio também foi aparente nas
pesquisas referentes às sociedades antigas, sobretudo as do Oriente Próximo. Nes-
se sentido, o surgimento das primeiras civilizações na região do Oriente Próximo
Antigo foi entendido por meio da Hipótese Causal Hidráulica, derivada do Modo
de Produção Asiático. A respeito desta temática, considere as armativas a seguir:
I. A Hipótese Causal Hidráulica é uma forma de interpretação do estabeleci-
mento das antigas civilizações orientais que foi superada, pois não consi-
dera outras questões, como militarismo, demograa, cultura e política, que
também são fatores prováveis que contribuíram para o estabelecimento
dos povos.
II. A Hipótese Causal Hidráulica defende que os sistemas de controle das águas
– irrigação, diques, canais – eram realizadas por um poder central.
III. A Hipótese Causal Hidráulica defende a ideia de que as formas de controle
do manejo das águas, a princípio, davam-se por autoridades locais e, poste-
riormente, passavam para as mãos das autoridades de âmbito estatal.
Assinale a alternativa correta:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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Escrita Cuneiforme
As sociedades do Antigo Oriente Próximo foram as pioneiras a organizarem civilizações
com relações e organizações complexas. Frente às suas características bem desenvolvidas
e ao caráter sedentário, proporcionaram a criação de um sistema de escrita bastante ecaz.
Cada língua falada – dentre as quais podemos destacar a suméria e a acádia – possuía suas
palavras e seus símbolos de escrita, mas todas utilizavam o estilo cuneiforme de escrita.
O Cuneus – em latim, signica cantos – deu origem à denominação do sistema de es-
crita, visto que a graa se dava com estiletes que proporcionavam três dimensões em
planos com argila fresca. Vale demarcar que essa forma de escrita não surgiu sem prece-
dentes e passou por diversos processos até estabelecer-se na forma silábica e composta
em tabletes de argila – que é o modelo mais recente e conhecido.
Dentre as fases de formação do cuneiforme, é possível identicar a fase I (pictográca)
e a fase II (silábica). A primeira fase era integrada por um alfabeto de ideogramas, isto é,
desenhos que simbolizavam coisas e não sons; a compreensão se dava pela mensagem
e não havia leitura propriamente dita. A segunda fase empregava a escrita fonética, o
que signica que as palavras ou os sons eram escritos.
Os indivíduos capazes de escrever em cuneiforme eram os escribas. O saber ler e escrever
no Oriente Próximo Antigo era mais do que um privilégio, era uma superioridade social.
Somente as famílias mais abastadas poderiam custear a educação, visto que era longa e
custosa. A formação destes sujeitos era realizada em centros especializados – eduba, casa
de tabletes – e durava da infância até o início da vida adulta. Os estudantes deveriam ser
disciplinados e desenvolver bem a graa, caso contrário sofriam duros castigos físicos.
A forma de escrita era empregada principalmente nas práticas administrativas e econômicas
das cidades-estados. Somente nos tabletes de períodos mais recentes é que foi identicado
o uso da escrita para cultura e saber. Isso se deve ao fato de que esse sistema de escrita surgiu
com a necessidade de maior controle da produção agrícola e comercial na região.
Por muito tempo essas línguas foram consideradas mortas, pois não havia decifração,
bem como não havia pessoas capazes de realizar a leitura. As primeiras tentativas de
decifração dos escritos cuneiformes se deram por volta do ano 1530, visto que as insti-
tuições medievais de ensino passaram a ensinar alguns aspectos dos povos hebreus e
árabes, mas, por muitos séculos, os pequenos tabletes permaneceram misteriosos. No
século XVIII, houve crescente interesse por parte dos viajantes pelas ruínas do Império
Aquemênida, junto a isso, veio o interesse por decifrar os escritos antigos. Entretanto, foi
somente no início do século XIX, quando os pesquisadores tiveram interesse em com-
preender os escritos do Rochedo de Behistun, que houve as primeiras decifrações do
alfabeto – sendo completamente desvendado em 1877. Essa decodicação foi possível,
pois o rochedo continha inscrições em persa, elamita e assírio; o persa já havia sido des-
vendado com a ajuda da comparação com o grego, visto que muitos materiais persas
sofreram a inuência helena no período do Império Helenístico.
Fonte: adaptado de Pozzer (1998/1999).
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MATERIAL COMPLEMENTAR

Sociedades do Antigo Oriente Próximo (2005)


Ciro Flamarion S. Cardoso
Editora: Editora Ática
Sinopse: a partir do ns dos anos 50, uma polêmica internacional se
travou em torno do conceito de modo de produção asiático. Não
somente procurou-se renovar a visão de determinadas sociedades –
muitas delas não-asiáticas –, como também criticou-se a noção de que,
em princípio, todas as sociedades devessem atravessar as mesmas etapas
em seu desenvolvimento histórico. Esse livro aborda essa polêmica,
tomando-a como pano de fundo para a análise das sociedades do antigo
Oriente Próximo, através de dois exemplos: Egito e Baixa Mesopotâmia.

As primeiras civilizações (1994)


Jaime Pinsky
Editora: Atual
Sinopse: As primeiras civilizações é uma obra enganadoramente fácil que,
uma vez iniciada, se lê de uma só vez. O texto claro é fruto de cuidadosa
elaboração e sua leveza esconde anos de pesquisa e docência do historiador
Jaime Pinsky. No livro, está narrado o fascinante processo civilizatório que
conduz nossos ancestrais à conquista da fala, da agricultura, da escrita, à
criação das cidades e dos impérios, à construção de templos e palácios, ao
controle sobre os rios, à criação da civilização. Pitecantropídeos e Homo
sapiens, coletores e agricultores, sociedades tribais e grandes impérios,
egípcios, mesopotâmicos e hebreus são retratados nas páginas deste
livro, cujo fascínio não decorre apenas dos temas tratados, mas da forma
como são tratados: o passado não é algo encerrado, mas presente em
cada um de nós, tanto como herdeiros do patrimônio cultural – do fogo ao
monoteísmo ético – quanto por sermos personagens da mesma aventura
humana já trilhada pelos que nos antecederam.
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REFERÊNCIAS

CARDOSO, C. F. Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 2005.


CARDOSO, C. F. A Falência da Hipótese Causal Hidráulica. In: CARDOSO, C. F. O Egito
Antigo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
JANSON, H. W.; JANSON, A. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
JOÃO, M. T. D. Tópicos de História Antiga Oriental. Curitiba: Intersaberes, 2013.
KRAMER, V. (org.). A Era dos Reis Divinos: 3000-1500 a.C. Tradução e adaptação de
Pedro Paulo Poppovic. Rio de Janeiro: Cidade Cultural, 1990.
KUHRT, A. El Oriente Próximo en la Antigüedad (c. 3000 – 330 a.C.). Barcelona:
Crítica, 2000.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
MCINTOSH, J. R. Mesopotamia: new perspectives. Santa Barbara/Denver/Oxford:
ABC Clio, 2005.
PINSKY, J. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Atual, 1994.
POZZER, K. M. P. Escritas e Escribas: o cuneiforme no antigo Oriente Próximo. Clás-
sica, São Paulo, v. 11, n. 11/12, p. 61-80. 1998/1999. Disponível em: <https://revista.
classica.org.br/classica/article/view/449>. Acesso em: 14 maio 2019.
ROCHA, I. E. S. História do Oriente Próximo Antigo: uma introdução. In: VENTURINI, R.
L. B. (org.). História Antiga I: fontes e métodos. Maringá: EDUEM, 2010.
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REFERÊNCIAS ON-LINE

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Crecente_Fertil_en_galego.png. Acesso em: 14 maio 2019.
² Em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarg%C3%A3o_da_Ac%C3%A1dia#/media/Fi-
le:Sargon_of_Akkad.jpg. Acesso em: 15 maio. 2019.

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