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O homem na sociedade de massas

OLIVEIRA, Carolina Bessa Ferreira de; MELO, Débora Sinflorio da Silva; Araújo,
Sandro Alves de. FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA: ⠼o
homem e a sociedade das massas⠽. São Paulo: © Sagah Educação S.A., 2018,
2018

1. O autor define a sociedade de massas, como uma forma de organização


social específica e bastante recente em que a sociedade se encontra em um
processo de produção e consumo em larga escala em bens de consumo e
serviço, além de estar ligado com o modelo de comportamento generalizado,
assim vindo o nome massa, pois faz alusão de quem não tem autonomia de
ação e é manipulado. Ele cita que as principais características desse tipo são
a forma de estruturação social observada em sociedades industriais e
imersas no processo de modernização; presença de comportamentos de
consumo e produção em massa de bens, produtos e serviços; grandes
populações das metrópoles, que se constituem como sociedades de massas.

2. Para explicar o homem como produto de massa o texto aborda o conceito de


sociedade de massa como o resultado de um processo de transformação
social no contexto da modernização do mundo ocidental. Nessa sociedade,
os indivíduos são imersos com suas subjetividades, preferências,
comportamentos e relações sociais. No entanto, a massificação gera
manipulações, conformismos, determinações exteriores e tendências, criando
um sujeito em uma sociedade de massa que se sente como todo mundo. Isso
fragiliza o ser humano como sujeito individual e leva a um processo de
homogeneização diante do social massificado, em conformidade com a
massa. O homem é entendido como produto da massificação desde o início
do século XX, presente em diferentes classes sociais, grupos e sociedades,
resultado de uma cultura de massificação e homogeneidade

3. O conceito de homem massificado, que é aquele em que não é possível


distinguir sua autonomia, história, escolhas e individualidade, pois ele é igual
a todo mundo. A discussão envolve a sociologia e a filosofia, e inclui análises
críticas sobre a influência da cultura de massas e da indústria cultural,
incluindo a reflexão sobre o papel da mídia e seus efeitos nas relações entre
informação, consumo, entretenimento e política. Os pensadores da Escola de
Frankfurt discutiram o papel da indústria cultural como um sistema que visa
produzir bens culturais como mercadorias para obter lucro no sistema
capitalista, mantendo processos alienantes e não contribuindo para a
formação de sujeitos críticos e autônomos. A filósofa Hannah Arendt também
refletiu sobre o tema, identificando homens ideologicamente moldados para
agir de maneira massificada, ou seja, manipulados, o que leva à perda da
espontaneidade humana e da individualidade.
O homem na sociedade de massas

O trecho do livro explica como foi criada uma sociedade em que consegue manipular
o homem, com uma produção e consumo em larga escala, hoje tudo é feito aos
montes para agradar a um padrão que foi criado, e todos tentam se manter nesse
padrão, em uma sociedade massificada, não se consegue distinguir a autonomia,
história, escolhas e individualidade do ser humano, pois são todos iguais. Dá para
fazer uma correlação com “Star Wars” na época do império, onde eles vão a todos
os planetas se implantando e impondo suas ideias, e tirando a cultura do povo local
fazendo todos os planetas se parecerem os mesmos, como dá para ver na série
“Andor”, que a cada dia eles vão matando a cultura local e estabelecendo um padrão
de sociedade massificada. Claro que esse exemplo vem de uma ficção, mas dá para
fazer uma conexão com a ideia de sociedade massificada.
Hannah Arendt no livro diz que há uma força para produzir pessoas modelo-padrão,
pois não há espontaneidade humana e a existência de individualidade, com isso a
pessoas vão perdendo sua essência humana e se tornado mecanismo de uma
engrenagem, as redes sociais explicam bem isso, com pessoas ditando uma padrão
de vida e estética onde todos querem ser iguais, mas na verdade, se a pessoa
atingir será uma felicidade vazia, pois não algo natural em que a pessoa quer aquilo,
e o que a sociedade impôs.
Com a massificação, vamos perdendo a formação de sujeitos críticos, pois a
indústria da cultura visa o lucro, e não produzir a opinião e autonomia das pessoas,
hoje tudo é industrializado, padronizado para ser vendido, quantos filmes que são o
mesmo roteiro só mudando os atores e os nomes, músicas feitas para fazer uma
dança e depois ser esquecida, as coisas não duram, são consumidas e logo acabam
esquecidas, e vem outra produção em massa para consumir de novo, e acaba
virando um loop, onde as pessoas não veem nada de novo sempre na
mediocridade, isso acaba inviabilizando uma cultura espontânea.

Bruno Luís Baruffi de Andrade – Direito – Sociologia e Antropologia – UNIVALI –


2023/1

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