Você está na página 1de 17

- Anti-hipertensivos: reduzem o volume sanguíneo/volemia (diminui o débito cardíaco) OU

reduzem tônus muscular (diminui a resistência vascular periférica)


- Antibacterianos: Impedem a síntese do peptideoglicano (parede celular)
- Antineoplásicos: impedem a replicação do DNA – agem o núcleo da célula

14/11

Anti-hipertensivos
- Pressão arterial
• Débito cardíaco: volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um
minuto
• Resistência vascular periférica: resistência que deve ser superada para
empurrar o sangue através do sistema circulatório e criar fluxo sanguíneo
• Quanto maior o volume de sangue e a força, maior a pressão arterial
• Quanto menor o diâmetro dos vasos, maior a pressão arterial
• Vasodilatação: menor resistência e menor débito cardíaco

- Mecanismos de controle/compensatórios de regulação da pressão arterial


• REGULAÇÃO A CURTO PRAZO
- Barorreceptores: quando há uma redução da pressão arterial, aumentam a
resistência periférica (vasos menores) e o debito cardíaco (bombeamento de
mais sangue, com maior força) para aumentar a pressão
- A função primordial dos barorreceptores é manter a pressão arterial estável
- Principalmente receptores beta 1 (B1)

• REGULAÇÃO A LONGO PRAZO


- Sistema renina-angiotensina-aldosterona: o sangue passa nos rins e através
dos néfrons é filtrado, e há o impedimento de reabsorção e eliminação de sódio
e água > reduz a pressão arterial (redução da quantidade de sangue chegando
no rim)

Quando o fluxo de sangue diminui e a pressão arterial fica baixa, o rim libera
renina (enzima para aumentar a retenção de sódio e água) > angiotensinogênio
→ angiotensina I → angiotensina II (aumenta a resistência periférica e aldosterona –
retém sal e água) → aumenta a pressão
OBS: a enzima renina faz o angiotensinogênio virar angiotensina I, e a enzima
ECA faz a angiotensina I virar a angiotesina II

- Hipertensão
• Sístole é contração e diástole é relaxamento > a pressão sistólica sempre é
maior do que a diastólica
• Os anti-hipertensivos reduzem o volume sanguíneo/volemia (diminui o débito
cardíaco – menos sangue para o coração bombear) OU reduzem tônus
muscular (diminui a resistência vascular periférica)
Obs: os únicos fármacos que fazem as duas coisas (reduzir o volume
sanguíneo e o tônus muscular) são associados ao Sistema renina-
angiotensina-aldosterona

14/11 - 2

- Fármacos que reduzem o volume sanguíneo


• Fármacos diuréticos (relacionados ao rim): bloqueiam a reabsorção de água e
de sódio > O que muda nos fármacos é o local no néfron onde vão atuar (tem
parte que reabsorve mais e tem parte que absorve menos) > vai ser mais ou
menos eficaz

• Fármacos de alça (20% de absorção – o mais potente), tiazídicos (5% de


absorção), poupadores de potássio (1 a 2% de absorção)

OBS: geralmente o poupador de potássio é associado ao de alça ou tiazídico


para poupar potássio e diminuir efeitos adversos

- Diurético de alça
• Atua na alça de henle
• Ação rápida, efeito curto
• Normalmente há entrada de 1 molécula de sódio, 1 molécula de potássio e 2
de cálcio
• Mecanismo de ação: bloqueia o transportador de sódio, potássio e
cloreto/inibe a bomba de potássio > diminui a quantidade de água e sódio
absorvidos e diminui a reabsorção de cálcio e magnésio
Quando esse bloqueio ocorre não há mais cloreto entrando, o que não permite
que a célula fique mais negativa, inibindo a reabsorção celular de cálcio e
magnésio
• Ex: furosemida, bumetamida

- Diurético tiazídicos
• Fármacos de 1 escolha (geralmente o 1 é a hidroclorotiazida)
• Atuam no túbulo contorcido distal
• São usados em quadros de hipertensão leve
• Mecanismo de ação: bloqueiam o transportador de sódio e cloreto (diminui a
reabsorção de sódio, água e cloreto)
• O transportador de cálcio funciona mais > o bloqueio faz com que entre mais
cálcio e saia mais sódio

- Diuréticos poupadores de potássio


• Atuam no túbulo coletor
• Reduz absorção de água e sódio, mas poupa potássio
• São pouco associados com diuréticos de alça e tiazídicos
• Mecanismo de ação: impede que a aldosterona induza a síntese de
transportadores > não absorve sódio e não elimina potássio
14/11 – 3
• Amilorida e triantereno independem da aldosteroa > bloqueiam os
transportadores
• Ex: amilorida, triantereno, espironolactona

- Fármacos que atuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona


• Inibidores de ECA
• BRA

- Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)


• Bloqueiam a enzima conversora de angiotensina > com isso não tem
angiotensina II e consequentemente não tem volemia
• Reduz o débito cardíaco E a resistência vascular periférica > diminui a
quantidade de água e sódio absorvida
• Ex: captopril, enalapril, ramipril

- Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA)


• Faz com que a angiotensina não se ligue ao seu receptor; o T1 fica menos
efetivo e o AT2 é bloqueado (menos aldosterona)
• Reduz o débito cardíaco E a resistência vascular periférica > diminui a
quantidade de água e sódio absorvida
• São alternativos a ECA

- Anti-hipertensivo que reduzem o tônus vascular


• IECA
• BRA
• Bloqueadores dos canais de cálcio

- Bloqueadores dos canais de cálcio


• Menor contração
• Efeitos colaterais: constipação, refluxo

- Fármacos que atuam no sistema nervoso simpático


• Beta bloqueadores

- Beta bloqueadores seletivos


• B1: atuam nos rins (diminuição da renina), coração (diminuição do débito
cardíaco) e vasos (diminuição da vasoconstrição)
• Diminui a pressão
• Ex: atenolo

- Beta bloqueadores não seletivos


• B1
• B2: não atua na pressão arterial
• Ex de B2: propanolol
Obs: metildopa (não seletivo) para gestantes
21/11

Terapia Antimicrobiana
- Característica de antimicrobianos
• Espectro (faixa) de atividade: vai ser tóxico para quais microrganismos

- Fármacos de amplo espectro vão ser eficazes contra vários tipos de


microrganismos

- Fármacos de espectro estreito vão ser eficazes contra poucos tipos de


microrganismos

- Para a escolha do fármaco:


• Se sabemos o microrganismo específico que está causando um problema é
melhor usar fármaco de espectro estreito, mas se não sabe, melhor o de amplo
espectro

- Tipos de antimicrobianos
• Antibacterianos (antibióticos e quimioterápicos)
Antibióticos são derivados de produtos naturais e quimioterápicos são
derivados de sintéticos

OBS: produto semissintético, veio de um produto natural, mas sofreu


modificação química em laboratório

• Antifúngicos
Tem poucos antifúngicos, pois os fungos (eucariontes) têm uma maquinaria
celular muito parecida com a dos os humanos, então os medicamentos efetivos
para causar a morte dos fungos, poderiam ser tóxicos para nós

• Antivirais
Os vírus utilizam nossa maquinaria celular para se multiplicar, então também
não é tão fácil de produzir antivirais

• Antiparasitários (antiprotozoários e anti-helmínticos)


A classe social é um fator determinante (ex: locais com situações insalubres) >
chamadas de “doenças negligenciadas”

- Bactericidas: fármaco capaz de matar as bactérias


- Bacteriostático: fármaco capaz de parar o crescimento das bactérias
OBS: clinicamente falando os dois são iguais > com o bacteriostático, tendo
uma pequena quantidade de bactérias, o sistema imunológico consegue matar
21/11 –
2

- Tipos de terapia
• Profilática: evita o desenvolvimento de uma doença
• Preventiva: paciente assintomático com indícios laboratoriais (fez algum
exame) ex: HIV
• Empírica do paciente sintomático: paciente com sintoma, mas não se sabe o
microrganismo específico
• Definitiva para patógenos conhecidos
• Supressora pós-tratamento

- Critérios de escolha
• Farmacodinâmica (o que o fármaco faz no corpo): o mecanismo de ação tem
que ser para o microrganismo que quero matar/combater
• Fármacocinética (o que o corpo faz com o fármaco): o que vai ser melhor
para a situação de cada paciente (ex: tomar um remédio de 3/3h ou de 12h em
12h)
• Eficácia microbiológica: saber com qual concentração (MIC) o fármaco
consegue matar o microrganismo
• Eficácia experimental: in vivo/in vitro
• Eficácia clínico-farmacológica: eficácia em humanos

- MIC (2 tipos de fármaco)


• Concentração dependente
• Tempo dependente

- Resistência aos antimicrobianos


• Resistência natural ou intrínseca > naturalmente resistente > depende das
características genéticas do microrganismo > por exemplo, produzir uma
enzima que degrada o antimicrobiano

• Resistência adquirida: desenvolve mecanismos de resistência


Mutação: modificação no código genético, fazendo com que a bactéria que se
torne resistente ao antimicrobiano
Transferência genética: transferências de plasmídeos

OBS: por isso é importante não haver o uso indiscriminado de antibiótico

- Mecanismos de resistência
• Produzir proteínas que não sejam permeáveis aos antimicrobianos
• Produzir proteínas que jogam o antibiótico para fora
• Produzir enzimas para destruir o fármaco
• Mudar o alvo de ação do antimicrobiano
• Aumentar a produção do alvo celular, com isso não tem mais efeito na
concentração segura do fármaco para os humanos

23/11

Antibacterianos
- Antibacterianos separados por alvos celulares

- ANTIBACTERIANOS QUE INIBEM A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR


(ALVO CELULAR) BACTERIANA
• Impedem a síntese do peptideoglicano (parede celular)
• São bactericidas (quando as células estão em divisão)
• Há várias classes diferentes, exemplo: beta-lactâmicos

OBS: não vai afetar nossas células, pois não temos parede celular

- Beta-lactâmicos
• Mecanismo de ação: inibem a síntese da parede celular
• Grupo de fármacos com uma estrutura química parecida
• Exemplos de classes: penicilina, cefalosporinas, carbapenêmicos,
monobactâmicos
• Mecanismos de resistência de bactérias associados a utilização de beta-
lactâmicos: produção de enzimas beta-lactamases (degradam beta-lactâmicos
– o mecanismo mais importante), bomba de efluxo (cospem o fármaco para
fora da célula) e redução da PLP

OBS: penicilinase e beta-lactamase são sinônimos (são a mesma coisa) > a


maior parte das penicilinas vão ser degradadas por beta-lactâmases

- Penicilina
• Possui baixa toxicidade
• Benzilpenicilinas (G e V): 1 escolha > tem no SUS e é utilizada para tratar
sífilis
• Penilina semisintética: amoxicilina (maior biodisponibilidade e maior tempo)
• Peniclina resistentes a beta lactamases: uso hospitalar ex: oxacilina
• Antipseudomonas: uso hospitalar
• Tem uma grande margem de segurança, poucas pessoas têm efeito
colaterais
• Podem causar reação de hipersensibilidade (alergia)

OBS: quando tem uma doença causada por microrganismos que produz beta-
lactamase, pode se usar penicilina juntamente com inibidores de beta-
lactamase (compostos suicidas – são destruídas pelas beta-lactamases do
microrganismo, fazendo com que a penicilina fique intacta) > Ex: inibidor da
beta-lactamase ácido claulânico é utilizado junto com amoxilina

OBS: não se usa inibidor da beta-lactamase sozinho > não faz efeito sozinho,
só quando está junto com a penicilina
23/11 - 2
- Cefalosporinas
• São intrinsicamente um pouco mais resistentes as beta-lactamases > não
são utilizadas junto com inibidores de beta-lactamases
• Principais efeitos colaterais: gastrointestinais
• São separados em 4 gerações, que se diferenciam pelo espectro de ação,
cada uma tem um espectro
• A escolha de qual cefalosporina vai ser utilizada depende do microrganismo

OBS: se começou com “cef” é cefalosporina

- Carbapenêmicos
• Uso hospitalar

OBS: todos terminam como “penem”

- Monobactâmicos

- Antibióticos glicopeptídicos
• Não são beta-lactâmicos, mas inibem a síntese da parede celular
• Vancomicina é o medicamento mais importante > único antibiótico eficiente
para infecções hospitalares causadas por Staphylococus aureus meticilino
resistente

- Agentes ativos na parede e membrana celular


• Não são beta-lactâmicos, mas inibem a síntese a parede celular
• Bacitracina (nebacetim): uso tópico

OBS: geralmente medicamentos com uso tópico, não tem um uso sistêmico (ex
comprimido), pois podem ter alta toxicidade

- AGENTES ANTIMICROBIANOS QUE AFETAM A SÍNTESE DA PROTEÍNA


(ALVO CELULAR) DA BACTÉRIA
• Age nos ribossomos das bactérias, impedindo a adição dos aminoácidos e
consequentemente inibem síntese de proteínas > inibem o RNA ribossômico
• Os ribossomos bacterianos são completamente diferentes dos humanos >
não nos afeta
- Classes: tetraciclinas, macrolídeos, clorofenicol, Aminoglicosídeos

- Tetraciclinas
• Amplo espectro e baixa toxicidade
• Bacteriostático
• Primeira escolha para algumas doenças
• Grande potencial de indução de resistência
• Ex: doxiciclina

23/11 – 3

• Não é indicado para crianças menores de 8 anos (tetraciclinas quelam/se


grudam no Cálcio – dentes com riscos e retardo de crescimento ósseo)
• Tetraciclinas não podem ser ingeridas com laticínios

- Macrolídeos
• Azitromicina: meia vida longa (“medicamento cômodo”) > utilizada em
pneumonias, infecção respiratória

OBS: terminam com “micina”

- Clorofenicol
• Pouco usado sistemicamente, mas é bastante utilizado como colírio
(conjuntivite bacteriana)

OBS: tem uma alta toxicidade se usado sistemicamente

- Aminoglicosídeos
• Pouco utilizado sistemicamente
• Vários medicamentos são de uso tópico devido a toxicidade

AGENTES ANTIMICROBIANOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE OU NA


AÇÃO DO ÁCIDO FÓLICO
- Inibem a síntese do ácido fólico e com isso para de produzir DNA bacteriano

- Sulfas
• A Sulfametoxazol geralmente é utilizada junto com outro inibidor de ácido
fólico trimetropina > atuam em duas etapas (duas enzimas diferentes) da
síntese do ácido fólico das bactérias > o uso conjunto faz uma inibição efetiva
do ácido fólico e da replicação do DNA bacteriano
• Para um efeito efetivo tem que haver a junção destes dois fármacos
• Bacteriostático
• Profilaxia para infecções oportunistas, por exemplo, indivíduos com HIV que
não estão com a carga viral detectável
• Usos terapêuticos: infecções do trato urinário, toxoplasmose
• Efeitos adversos: alterações/desconforto gastrointestinal (mais comum)

- OBS: não interferem no ácido fólico que nós ingerimos


- OBS: as bactérias produzem o próprio ácido fólico

- OBS: se não tiver ácido fólico tem anemia megaloblástica

23/11 – 4

AGENTES ANTIMICROBIANOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DO DNA


BACTERIANO (ALVO CELULAR)
- As enzimas que sintetizam o DNA da bactéria são diferentes das enzimas que
sintetizam o nosso DNA
- Essa classe inibe enzimas que sintetizam o DNA bacteriano
- Bacteriostático
- Principais medicamentos: quinololas (classe)
- Usos terapêuticos: as quinolonas são muito utilizas para infecções do trato
urinário > mas não são a primeira escolha, ISTs
- É a classe que mais tem efeitos adversos > em indivíduos sensíveis as
quinololas afetam a síntese do DNA mitocondrial e gera por exemplo, tendinite

- As quinolonas são separadas por gerações (relacionadas ao espectro


antibacteriano)
1 geração: baixo espectro > não se usa mais
2 geração: gram negativos ex: ciplofloxacina
3 geração:
4 geração:

- Efeito colateral mais comum: desconforto gastrointestinal (acontece mais do


que em outras classes)

- OBS: assim como as tetraciclinas, essas classes quelam (grudam) cálcio e


ferro > não são utilizadas com alimentos que tenham cálcio e ferro, pois se não
diminui a efetividade

OBS: quando termina com “ XACINO” faz parte das quinolonas

- Classe Nitroimidazóis
- Fármaco Metronidazol
• Antibacteriano e antiprotozoário
• Utilizado principalmente para bactérias anaeróbias
• Não pode ser utilizado com álcool (pode levar à morte) > inibe a
metabolização do álcool e faz com que a gente acumule um intermediário
tóxico

ANTISÉPTICOS PARA INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO


-Infecções não complicadas
- Nitrofurantoína: a primeira escolha para infecções urinárias não complicadas
> medicamento que possui alta excreção renal, forma intacta (não é
metabolizado), é rapidamente excretado (chega rapidamente nas vias
urinárias), praticamente sem indução de resistência bacteriana e sem efeito
colateral

28/11

Antivirais – tratamento HIV


- Sistema imune prejudicado/debilitado > infecções/doenças oportunistas

• Nos anos 80/90 descobriam que as pessoas estavam com imunodeficiências


devido aos sintomas > infeções/doenças que pessoas com bom sistema imune
não tinham, essas pessoas tinham

- Medicamento para tratamento viral não é fácil


• São intracelulares (se multiplicam dentro das nossas células) > atingir dentro
das nossas células é difícil

- Ciclo de replicação do HIV


• Os medicamentos atuam em diferentes etapas do ciclo de replicação viral
• HIV é vírus de RNA e retrovírus (tem transcriptase reversa e integrase) > o
vírus tem a enzima transcriptase reversa (principal local de ação dos fármacos)
> transforma RNA e em DNA
• Nós não temos a transcriptase reversa
• Integrase: Integra o DNA do vírus no nosso DNA (no núcleo) > local de ação
de alguns medicamentos
• Protease: forma nossos vírus
• Os vírus utilizam nosso maquinário celular para se replicar

- As classes atuam em diferentes fases de replicação

CLASSE INIBIDORES DE ENTRADA VIRAL


• Mecanismo de ação: inibem entrada do vírus
• Geralmente se ligam nos receptores que o vírus se ligaria > o vírus tem que
se ligar nos receptores para entrar > o receptor está ocupado com o
medicamento então o vírus não entra
• Principais: enfuvirtida, maraviroque
• Não são 1 escolha
CLASSE INIBIDORES NUCLEOSÍDEOS E NUCLEOTÍDEOS DA
TRANSCRIPTASE REVERSA (INTR)
• Mecanismo de ação: não deixam o RNA viral se transforma em DNA viral
• A classe mais importante: 1 escolha
• O primeiro a ser utilizado (antigamente): Zivodudina
• Principais utilizado hoje: lamivudina e tenofovir
• Se ligam no sítio ativo dos nucleotídeos > ocupa o espaço da enzima com o
medicamento e impede a geração do DNA

CLASSE INIBIDORES NÃO NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE


REVERSA (INNTR)
• Se liga na enzima num lugar diferente do vírus
• Principal medicamento: efavirens
• Não são a 1 escolha
OBS: a maioria termina com “ina”

INIBIDORES DE INTEGRASE
• 1 escolha: usa os 3 juntos (dolutegravir, ratelgravir e elvitegravir) > para
terapia antirretroviral

INIBIDORES DE PROTEASE
• Eram a 1 escolha (até 2016)
• Possuíam muitos feitos colaterais
• Principais medicametos: atazanavir, ritonavir, daruavir
30/11

Produtos naturais como fonte


de novos fármacos:
Fitoterápicos
- Planta in natura: remédio
Ex: chá, maceração

- Fitoterápico (exclusivo de planta): medicamento (substância tecnicamente


elaborada)

- Composto isolado: princípio ativo isolado

- Alopatia: “alo”= diferente, “patia”= mal, doença, medicamentos utilizados para


combater sintomas, doenças
Ex: fitoterápicos

- Homeopatia: “homo”=igual, “patia”= mal, doença, o princípio é semelhante


cura semelhante > não funciona
Ex: se uma pessoa tem tosse, vai usar alguma coisa que causa tosse, mas é
muito diluído e dinamizado (agitado)

- Metabólitos primários: usados para alimentação

- Metabólitos secundários: substâncias químicas geradas pela planta que


garantem vantagens de sobrevivência (ex: proteção contra herbívoros e
radiação UV) > estes são utilizados com fins farmacológicos

- Os produtos naturais podem gerar diferentes moléculas químicas (metabólitos


secundários)
Ex: alcaloides, flavonoides, óleos essenciais, glicosídeos, taninos

- Os metabólitos secundários variam dependendo das condições da planta (ex:


laboratório, in natura, quente, frio, ...) > por isso é difícil a padronização de
fitoterápicos
Ex: não dá para plantar uma planta de local quente em local frio
- Os metabolitos secundários são produzidos a partir dos ciclos bioquímicos
das plantas
- É necessário a atuação de enzimas adicionais especificas para produzir os
diferentes metabolitos secundários

- Influências no acúmulo de metabolitos secundários: altitude, sazonalidade,


índice pluviométrico, radiação ultravioleta, composição atmosférica, idade da
planta, quantidade de nutrientes do solo

OBS: os medicamentos naturais também têm toxicidade

- Motivos dos declínios de produtos naturais


• Processo dispendioso
• Poucos fármacos venciam as etapas pré-clínicas e clínicas
• Alto custo obtenção dos componentes ativos
• Substâncias já conhecidas e insucesso na reobtenção de quantidade
suficiente
• Dificuldades em sintetizar a molécula ativa

- Desenvolvimento de produtos farmacêuticos a partir de produtos naturais >


para ser fitoterápicos
• Matérias primas farmacêuticas de origem natural
• Ingredientes farmacêuticos ativos
• Adjuvantes farmacêuticos
• Produtos finais (medicamentos)

- Etapas do desenvolvimento de novos medicamentos a partir de produtos


naturais > para ser efetivo contra doenças
1: Botânica (Identificação e preparo do material em estudo)
2: Química/farmacêutica (Caracterização química e preparo da forma
farmacêutica para administração)
3: Ensaios biológicos pré-clínicos (Farmacodinâmicos, farmacocinéticos e
toxicológicos em animais de laboratório)
4: Clínica (Ensaios em humanos)

OBS: existem diferentes extrações (extração a frio, extração a quente, ...) >
utiliza solvente que extrai substâncias com polaridades semelhantes à dele

05/12
Antineoplásicos
- Medicamentos para neoplasias (tumores)
• Depende do tipo de tumor

- Neoplasias malignas: câncer tipo celular que tem crescimento acelerado e


capacidade de produzir metástases

- Podem ser tratados por meio de um único tratamento ou combinações (ex:


cirurgia e quimioterapia)

- Tratamentos de câncer: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, transplante de


medula óssea, cuidados paliativos

- Tipos de quimioterapia
• Indução primária: única opção terapêutica
• Neoadjuvante: feita antes do procedimento cirúrgico para diminuir o tamanho
do tumor
• Adjuvante: feita após do procedimento cirúrgico, para reduzir a chance de ter
metástases, por exemplo

- Quimioterápicos
• Os fármacos têm especifidades para diferentes fases do ciclo celular > agem
em diferentes fases

- Poliquimioterapia
• Utilização de mais de um fármaco > destruição máxima das células dentro da
faixa de toxicidade
• Evita resistência dos tumores

- Mecanismos de resistência (escape mutacional) das células tumorais


• Redução da concentração intracelular do fármaco: produzem enzimas que
destroem os fármacos
• Alteração do alvo do fármaco: o alvo tem modificações conformacionais e o
fármaco não encaixa mais
• Insensibilidade a apoptose: associadas a mutações de proteínas de controle
de apoptose
• Efluxo ativo do fármaco: as células tumorais jogam o fármaco para fora
• Produz proteína que impede a entrada do fármaco na célula

05/12 - 2
- Classes de antineoplásicos (impedem a replicação do DNA – agem o núcleo
da célula)
• Agentes citotóxicos (mais antigo)
• Hormônios e antagonistas hormonais
• Agentes direcionados a alvos moleculares

- Citotóxicos (tóxicos para as células em proliferação)


• Mecanismo de ação: interferir na integridade e função do nosso DNA (atuam
no núcleo da célula) > induzem morte celular nas células tumorais e qualquer
célula que estiver se proliferando (inclusive as nossas)
• Altamente tóxicos
• Não é seletiva (não atua somente nas células tumorais) > afeta por exemplo,
pele, cabelo, intestino grosso
• Janela terapêutica estreita
• Principais efeitos adversos: mielosupressão (supressão das células da
medula óssea), danos no epitélio gastointestinal, náuseas, vômitos
• Classes de citotóxicos: agentes alquilantes, antimetabólicos, produtos
naturais e derivados

OBS: evitar a mielosupressão de hemácias > existem medicamentos para


aumentar a produção de hemácias (eritropoietina – hormônio endógeno
produzido sinteticamente)

- CITOTÓXICOS
- Agentes Alquilantes
• Mecanismo de ação: agem no núcleo das células > adiciona um agrupamento
químico alquila no DNA impedindo a replicação do DNA (multiplicação celular)
• Importantes: compostos de platina

- Antimetabólicos
• Mecanismo de ação: agem no núcleo das células > inibem diretamente a
síntese do DNA
• Análogos de ácido fólico – antifolatos (inibidores competitivos de enzimas que
sintetizam o DNA)
• Análogos das pirimidinas (se liga a enzima e compete o lugar com a
pirimidina): fluororuracila, metrotexato (não é exclusivo para tratamento de
câncer, é utilizado para outras doenças com alta multiplicação celular - excesso
de produção de células imunológicas, como artrite)
• Análogos das purinas: azatioprina (também são utilizadas para outras
doenças inflamatórias, como doença de Crohn)

- Produtos naturais e derivados


• Alcaloides da vinca: impedem a replicação do DNA (núcleo das células) –
impedem a formação do fuso mitótico
OBS: os alcaloides de vinca começam com “vinc”
07/12-
3

- HORMÔNIOS E ANTAGONISTAS HORMONAIS


• Se percebeu que determinados tumores só cresciam na presença de certos
hormônios, o que significa que os tumores possuíam receptores para
hormônios ex: hormônios sexuais
• Pode por exemplo usar bloqueadores de androgênio e estrogênio para
diminuir o tamanho dos tumores
• Medicamento: tamoxifeno (efeito modulador seletivo de receptores de
estrogênio - atua diferentemente em diferentes receptores/tecidos)
• No câncer de mama > tumores positivos: possuem receptores de estrogênio e
tumores negativos: não tem receptores de estrogênio
OBS: tamoxifeno é o principal antiestrogênio, mas não é o único

- AGENTES DIRECIONADOS A ALVOS MOLECULARES


• Fármacos direcionados para alvos celulares específicos em determinados
tipos de tumor > utilizados para reagir em alguma ação/rota metabólica
específica de um tipo de tumor
• 3 grupos: anticorpos monoclonais, inibidores de proteína-cinase, pequenas
moléculas
• Atuam em fatores de crescimento e receptores nas células cancerosas: as
células tumorais precisam da ação de fatores de crescimento e de receptores
para crescer

OBS: marcos no tempo


1- Citotóxicos na década de 60 (câncer de mama e linfoma)
2- Hormônios na década de 80
3- Medicamentos que bloqueiam o receptor HER2/Neu para tratar cânceres

- Anticorpos monoclonais
• Anticorpos: nosso corpo produz proteínas
• Monoclonal: todas as bactérias vão estar produzindo sempre o mesmo
anticorpo (um clone)
• Ex: trastuzumabe > bloqueia o receptor HER2/Neu e dificulta o crescimento
do tumor do câncer de mama e outros cânceres
OBS: anticorpos monoclonais terminam com “mabe”

- Pequenas moléculas
• Ex: Imatinibe > inibe a cascata de sinalização do receptor de fator de
crescimento derivado de plaqueta para tratar leucemia
OBS: pequenas moléculas terminam com “ibe”

- Inibidores de proteína-cinase
• Relacionadas com cascatas intracelulares
• Angiogênese tumoral (criação de vasos sanguíneos)
• Sistema imune como alvo (imunoterapia)

Você também pode gostar