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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho II

Tema: Novas Tendências didacticas metodológicas do ensino de Geografia


e Caminhos para a melhoria da qualidade de ensino de Geografia em Moçambique

Ivone Bernardo Serrote, Código do Estudante 708203065


Docente: Norbela Horácio
Turma D, Sala 8

Curso: Geografia
Disciplina: Didactica de Geografia II
Ano de Frequência: 3º Ano

Tete, Julho, 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução • Descrição dos
1.0
objectivos
• Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
• Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.5
• Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
• Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
• Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 1

2. Novas Tendências didácticas metodológicas do ensino de geografia ............................. 2

2.1. Pratica educacional como nova metodologia de ensino de geografia ......................... 2

2.2. As tendências da geografia e os fazeres didácticos na sala de aula ............................. 5

2.3. Ensino de geografia em Moçambique e caminho da melhoria da qualidade .............. 7

3. Conclusão ...................................................................................................................... 10

4. Referencias bibliográficas ............................................................................................. 11


1. Introdução

O ensino da geografia é de fundamental importância para analisar o ensino, na modalidade


da Educação de jovens e adultos, sendo construída a partir de marcos históricos, diretrizes,
fundamentos e funções desta educação em Moçambique.

É importante que o ambiente de ensino seja propício para estimular o desenvolvimento dos
alunos, para que eles estejam sempre motivados a explorar tudo que está ao redor.

O professor deve oportunizar aos alunos momentos em que eles tenham chance de enfrentar
desafios e solucioná-los de forma prazerosa. Além disso, para que os conteúdos sejam bem
trabalhados e compreendidos pelos alunos é importante que os professores tenham
conhecimento das fases de desenvolvimento que cada aluno possui.

Outra questão que deve estar presente quando o professor vai elaborar sua aula é, pensar em
estratégias para que o aluno compreenda o conteúdo geográfico através de prática
diferenciada e multi-disciplinar.

Nos dias actuais o sistema educacional deve estar actualizado as novas tendências do ensino
da geografia. O currículo integrado deve ser baseado na prática inter ou transdisciplinar, uma
vez que esta está intrínseca no contexto global, mesmo que seja dentro ou fora de escola. O
pesquisador não deve possuir limites entre as áreas do conhecimento, utilizando diferentes
saberes para atingir seus objectivos.

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2. Novas Tendências didácticas metodológicas do ensino de geografia
2.1. Pratica educacional como nova metodologia de ensino de geografia

A Geografia em Moçambique nasce do berço da Escola Francesa. O ensino de Geografia em


Moçambique data em 1969, quando a Universidade Lourenço Marques (Actualmente
Universidade Eduardo Mondlane), abriu o primeiro curso de Bacharelato em Geografia
através do Decreto-Lei 49072 de Junho (Langa, 2017, p. 82). Para Araújo e Raimundo
(2002), a Geografia em Moçambique iniciou, nesta altura, com as duas geógrafas, vindo da
Universidade de Lisboa, a saber: Maria Eugénia Correia e Celeste Coelho, as quais depois se
juntou Clara Mendes. Geógrafas formadas em Portugal nos anos de 1960, tempo em que a
Geografia na Europa, particularmente em Portugal, estava marcada pela Escola da Geografia
Regional de Vidal de La Blache, que tinha seu principal precursor em Orlando Ribeiro.

“Educar não se limita a proporcionar informações ao outro, mas sim propiciar situações de
uso em que o uso de informações, sentimentos e valores possibilitem ao educando e ao
educador transformar-se e transformar o seu lugar no mundo” (BARROS, 1996, p. 23).

Acredito que a preocupação com o ensino da geografia para jovens e adultos seja despertar
o interesse de forma lúdica e prazerosa para a investigação acerca do ensino dessa ciência.

Segundo Binz (1993, p.17):

A aprendizagem do adulto se estabelece a partir da relação do conteúdo trabalhado pelo


professor com aproveitamento deste conteúdo na sua vida prática. O adulto visa crescimento
imediato e é por isso que as abordagens devem estar vinculadas à realidade do aluno; o
currículo não pode ser estático, mas atender o aluno em suas necessidades; devem ser
consideradas as suas diferenças individuais, o seu ritmo de aprendizagem, a bagagem de
conhecimento que traz consigo e suas experiências de vida.

Este tema possui a relevância de abordar as novas tendências do ensino da geografia para
jovens e adultos, partindo da necessidade de uma prática diferenciada do Ensino Regular,
ressaltando o papel do professor e a aplicabilidade desta disciplina no contexto diário destes
alunos. A Geografia possibilita ao educando uma melhor compreensão e, em consequência,
uma melhor e maior adaptação ao novo, às constantes e profundas mudanças que vêm
ocorrendo diariamente no mundo.
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Essa pesquisa possui grande importância na compreensão do ensino da geografia com relação
à realidade do grau de conhecimento de cada aluno, possibilitando apontar novas sugestões
que auxiliem o professor no processo de formação desses educandos.

Freire (2002, p.166), defende a utilização de uma prática de ensino que condiz com a
realidade de jovens e adultos, “como também a formulação de materiais didáticos adequados
e professores formados nessa área de ensino, os quais desenvolvam metodologias de ensino
diferenciadas da demais modalidades de ensino”.

A Geografia é uma ciência que está ligada diretamente nos processos de vivência humana
em sociedade bem como sua relação com a natureza, num determinado espaço ao longo do
tempo (Moreira, 2007, p.18).

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (2010, p.30):

A geografia tem muito a contribuir na formação dos alunos ao fornecer um conjunto de


saberes que lhes serve de instrumental teórico de interpretação do mundo para melhor
apreendê-lo e nele atuar. E mais: por ser caráter interdisciplinar, por fazer uso de
conhecimentos das mais diversas áreas, como economia, sociologia, agronomia etc., ela
apresenta, na escola, um vasto conjunto de elementos significativos da cultura que permite
ao aluno obter uma visão menos fragmentada da realidade, compreender como o espaço é
produzido pela sociedade e nele atuar de modo consciente e crítico.

Segundo Vesentini (1985, p.30), “as relações da Geografia com o ensino são íntimas e
inextricáveis, embora pouco perscrutadas tanto pelos geógrafos como pelos estudiosos da
questão escolar”.

Para Morais (2007, p.31), a Geografia deve ser considerada como:

(...) a Geografia como o estudo da superfície terrestre. Esta concepção é a mais usual, e ao
mesmo tempo a de maior vaguidade. Pois, a superfície da Terra é o teatro privilegiado (por
muito tempo o único) de toda a reflexão científica, o que desautoriza a colocação de seu
estudo como especificidade de uma só disciplina. Esta definição do objeto apóia-se no
próprio significado etimológico do termo Geografia- descrição da terra. Assim, caberia ao
estudo geográfico descrever todos os fenômenos manifestados na superfície do planeta,
sendo uma espécie de síntese de todas as ciências (...)

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O ensino da geografia é baseado no espaço geográfico, que é nada menos que o mundo, visto
sob a perspectiva da contínua construção do espaço geográfico. Callai (1998) apud
Cavalcanti (2002, p. 19), afirma que com isso pode-se constatar que a geografia possibilita a
construção do exercício critico a partir da realidade dos sujeitos, levando-os a
compreenderem seu espaço, participando como seres activos nesse processo.

O ensino da geografia é interpretado como um processo de construção da espacialidade que


corresponde a orientar-se, deslocar-se no espaço, onde segundo Vesentine (1985), pode ser
associada aos seguintes objetivos:

a) Capacitar para a aplicação dos saberes geográficos nos trabalhos relativos a outras
competências e, em particular, capacitar para a utilização de mapas e métodos de trabalho de
campo.

b) Aumentar o conhecimento e a compreensão dos espaços nos contextos locais, regionais,


nacionais, internacionais e mundiais e, em particular: Conhecimento do espaço territorial;
compreensão dos traços característicos que dão a um lugar a sua identidade; compreensão
das semelhanças e diferenças entre os lugares; compreensão das relações entre diferentes
temas e problemas de localizações particulares; compreensão dos domínios que caracterizam
o meio físico e a maneira como os lugares foram sendo organizados socialmente;
compreensão da utilização e do mau uso dos recursos naturais.

Esses objetivos vão além dos conteúdos, pois incorporam objetivos procedimentais e
atitudinais, contribuindo para ampliar a concepção de currículo existente nas escolas.

Muitas informações levantadas no mundo inteiro, exigiu alterações profundas na forma de


organização da própria ciência, que levou a uma significativa fragmentação do conhecimento
e obrigou que os domínios disciplinares definissem com mais clareza seus objetos específicos
(Gomes, 1996).

Nos dias atuais o ensino de geografia procura se afastar daquela geografia enciclopédia e de
relato para se aproximar do debate sobre uma Geografia moderna, uma geografia
verdadeiramente científica preocupada, portanto, com seu método e objetos. Os professores
de hoje são formados para ensinar uma pedagogia renovada no ensino da geografia.

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Segundo Cury (2000, p.5):

Uma vez dirigido, o processo de aprendizagem precisa fazer sentido para o aprendiz. Muitas
são as linhas de reflexões pedagógicas que garantem que à aquisição de conhecimentos só se
torna atrativa quando a aprendizagem está ligada a situações práticas do cotidiano. Dessa
forma, os alunos podem melhor assimilar e tecer relações entre o objeto do aprendizado a
vida extra-classe.

Para que o aluno construa significados, o professor deve não reduzir sua prática de ensino à
mera narração de situações reais ou à simples demonstração do real através de figuras. É
preciso que o aluno esteja em interação direta com os recursos materiais disponibilizados
para exemplificar as situações propostas pelo professor. Somente partindo de uma prática de
aprendizagem literalmente concretizada, o aluno poderá erguer o verdadeiro significado
daquilo que está se prestando a conhecer.

2.2. As tendências da geografia e os fazeres didácticos na sala de aula

O ensino, traduziu-se pelo estudo descritivo das paisagens naturais e humanizadas.

Os procedimentos didáticos adotados promoviam, principalmente, a descrição e a


memorização dos elementos que compõem as paisagens, sem, contudo, esperar que os alunos
estabelecessem relações, analogias ou generalizações. Pretendia-se ensinar uma Geografia
neutra. Essa perspectiva marcou, também, a produção dos livros didáticos até meados da
década de 70. Ainda hoje, muitos livros didáticos apresentam em seu corpo idéias,
interpretações ou até expectativas de aprendizagem defendidas pela Geografia Tradicional.

O levantamento feito através de estudos empíricos tornou-se insuficiente, pois era preciso
realizar estudos voltados para a análise das relações mundiais de ordem econômica, social,
política e ideológica.

Por outro lado, o meio técnico e científico passou a exercer forte influência nas pesquisas
realizadas, no campo da Geografia. Assim, para estudar o espaço geográfico, começou-se a
recorrer às tecnologias aeroespaciais, tais como: sensoriamento remoto, imagens de satélite
e o computador. Nesse momento, surgem os SIG ou SGI (Sistemas de Informações
Geográficas ou Sistemas Geográficos de Informações).

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Essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é preciso transformá-lo.
Assim, inserem-se na Geografia conteúdos políticos que são importantes na formação do
cidadão.

As transformações teóricas e metodológicas, dessa Geografia, tiveram grande influência na


produção científica das últimas décadas. Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova
forma de se interpretar as categorias de espaço geográfico, de território e de paisagem. A
partir dos anos 80, ocorreu uma série de propostas curriculares voltadas para o segmento de
quinta a oitava séries.

Conforme os PCN (1997, p. 105):

Uma das características fundamentais da produção acadêmica da Geografia desta última


década é justamente a definição de abordagens que considerem as dimensões subjetivas e,
portanto, singulares que os homens em sociedade estabelecem com a natureza. Essas
dimensões são socialmente elaboradas - fruto das experiências individuais marcadas pela
cultura na qual se encontram inseridas - e resultam em diferentes percepções do espaço
geográfico e sua construção.

Nesse sentido, busca-se uma Geografia que não seja apenas centrada na descrição das
observações das paisagens, tampouco pautada, exclusivamente, na interpretação política e
econômica do mundo; que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem, como os
elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações
entre eles estabelecidas, na constituição de um espaço: o espaço geográfico.

As sucessivas mudanças e debates, em torno do objeto e método da ciência geográfica,


presentes no meio acadêmico, tiveram repercussões diversas no ensino fundamental;
positivas, de certa forma, já que foram um estímulo para a inovação e a produção de novos
modelos didáticos.

Por outro lado, a rápida incorporação das mudanças, produzidas pelo meio acadêmico,
provocou a produção de várias propostas didáticas, sem afetar o professor em sala de aula;
principalmente o professor das séries iniciais que, sem apoio técnico e teórico, continuou, e
continua a ensinar Geografia apoiando-se na descrição dos fatos e baseando- se na utilização
do livro didático.

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Não apenas na prática do professor se encontram esses problemas, têm-se ainda: abandono
de conceitos e conteúdos fundamentais da Geografia; modismos que buscam sensibilizar os
alunos para temáticas mais atuais, sem uma real preocupação de promover compreensão das
variáveis espaciais; maior preocupação com conteúdo conceituais, sem o emprego de práticas
didáticas; separação da Geografia Humana da Geografia Física nas propostas pedagógicas, o
que dificulta a produção do conhecimento geográfico; utilização da memorização como
prática didática, principalmente, no ensino fundamental.

2.3. Ensino de geografia em Moçambique e caminho da melhoria da qualidade

É preciso discutir o processo didático-pedagógico, principalmente em Moçambique junto aos


professores que estão iniciando sua carreira. Fazer uma auto-reflexão sobre a maneira de agir
em salas-de-aula é sempre frutífero, pois a análise crítica de si mesmo reflete as contradições,
os erros e acertos, as condições necessárias de conduzir uma aula. Muitos trabalhos discutem
as práticas dos professores em sua formação ou as dificuldades que este professor encontrará
nas salas de aula. Por sua vez, sempre é importante refletir sobre o processo didático,
especialmente no ensino da Geografia, e como o ensino desta disciplina pode contribuir para
o entendimento de mundo dos alunos. Estamos de acordo com os questionamentos de
Oliveira quando ele reflete e questiona o papel dos sistemas educativos na sociedade
contemporânea, e como nós, como professores, nos portamos diante da missão de transformar
nossos alunos em pessoas participativas e críticas (Oliveira, 2006, p. 15-16).

É necessário que o professor trabalhe temas de interesse geral com seus alunos, utilizando a
informação midiática como instrumento (referência) no sentido de ampliar o conhecimento
geográfico do aluno. Também é possível, através da mídia, superar a dicotomia entre físico
e humano (embora a geografia crítica “priorizasse” fatores humanos em detrimento dos
fatores físicos, houve uma ruptura no ensino, visto que a dicotomização se agravou) e
aprofundar o conhecimento geográfico por inteiro (Leão, 2008).

Outra contribuição que remete ao conhecimento está na filosofia, que é a concepção dialética
da história, na qual todos os indivíduos são filósofos. Tal teoria, inspirada em Gramsci, revela
que todos os indivíduos devem criar sua própria personalidade, tomar consciência dos
princípios do senso comum para se chegar a uma construção de um entendimento coerente

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orgânico e sistemático de compreender a realidade (Luckesi; Passos, 1996). O professor (mas
também cada indivíduo da sociedade), portanto, deve partir da experiência vivida, do
cotidiano, dos seus desejos e aspirações, “criticando-a e transformando-a em uma forma
coerente de compreensão e entendimento” (Luckesi; Passos, 1996, p. 103) de mundo.

Moçambique desenha políticas muito ambiciosas em termos de objectivos, bons e bonitos


em termos de desenho e forma, mas, que não contam com quem vai implemtar.

Como dito no princípio, esta questão é polémica. É esse o pano de fundo da qualidade de
ensino em Moçambique, as políticas preocupam-se em:

✓ Construir cada vez mais escolas;


✓ Aumentar os níveis de ingresso no ensino;
✓ Apetrechar as escolas com material de ensino (embora ainda muito insuficiente!);
✓ Aumentar o número de professores e a sua qualidade de formação.

E não se preocupam em:

Prover o executor principal das políticas educativas (o Professor) de condições de trabalho


suficientes e a condizer com o tipo de exigências do processo de Ensino-Aprendizagem
actuais (carteiras, livros, Tecnologias de Informação e Comunicação, etc.);

Prover o executor principal das políticas educativas (o Professor) de condições de vida


suficientes e adequadas ao tipo de trabalho que executa (formar o Homem de Hoje e o
Homem de Amanhã).

Desafios que o ensino de Geografia enfrenta em Moçambique Como visto acima a geografia
teve seu percurso até chegar se aos momentos actuais, porem com objectivos e desafios
distintos. Como frisa Santos e Anusse (2016, p.8), torna-se importante mencionar os actuais
desafios desta vasta ciência designada Geografia, a saber: se O ensino de Geografia, tanto no
campo, quanto na cidade precisa ir além da troca de materiais e manuais didáctico
pedagógicos. É preciso obter informações que permitam compreender as crianças nos
aspectos relativos à educação na cidade e no campo e, principalmente, sobre o seu
desenvolvimento cognitivo, psicológico, percepção do espaço e padrão de linguagem; * O
conhecimento do conteúdo geográfico precisa ser repassado de forma apropriada, de maneira
que reproduza os conhecimentos construídos culturalmente pela humanidade, redefinindo

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possibilidades de reconstrução contínua pelo aluno e pelo professor, no quotidiano da sala de
aula; “e Ao profissional da área de Geografia cabe o entendimento de que os problemas
relativos ao espaço escolar estão ligados aos problemas do homem na sociedade, tentando
estabelecer uma relação directa entre o que se ensina e o que se aprende, e reafirmando a
função social da ciência; “E O mundo tem mudado rapidamente e com ele devem mudar
também o ensino que nela se faz. O contexto cultural do mundo audiovisual na era da
informática, da electrónica e dos meios de comunicação, leva a uma profunda reflexão
educacional; “e Os alunos devem adotar uma postura cívica, encarar, analisar, pensar e agir
como se vivessem de facto em uma sociedade democrática que lhes desse oportunidade do
exercício político de sua condição de cidadão; “e Ao professor de Geografia, cabe a tarefa de
desenvolver uma prática que seja aberta a possibilidade de questionar o que se faz, de
incorporar de facto os interesses dos alunos, e de ser capaz de produzir a capacidade de
pensar, agindo com criatividade e autoria do seu pensamento, etc.

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3. Conclusão

Há muito que mudar no ensino, especialmente na Geografia. Tal disciplina estudada na


escola, muitas vezes não é abordada da forma desejada, ou seja, de forma que vise uma
transformação social, escondendo, assim, uma potencialidade incrível, um conhecimento
espacial que guarda informações imprescindíveis para o desenvolvimento econômico, social,
político, cultural, ambiental do país. Portanto, a Geografia tem importantes desafios a superar
neste século XXI.

Despertar a visão crítica do aluno a partir das constatações que a ciência espacial nos legou,
é fundamental para o desenvolvimento da disciplina. Vimos que a filosofia e outros campos
das ciências humanas contribuem para um entendimento crítico de mundo.

Assim aplicando os conhecimentos práticos metodológicos para melhor compreensão dos


alunos na matéria, assim, vai garantir uma boa qualidade de ensino nos alunos, permitindo
um bom desenvolvimento psicomotora aos alunos e professores ao transmitir o
conhecimento. O aluno tem de explorar o mundo e tirar dele as informações que lhe são
necessárias. O aprendizado está no ser, no estar, no ver, no pegar, no sentir: O aluno aprende
em contacto com o ambiente, com a natureza, com os objectos.

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4. Referencias bibliográficas

Andrade, M. C. (2006). Trajetória e compromissos da geografia brasileira. In: Carlos, A. F.


A. (Org.) A Geografia na sala de aula. 8ª Ed. São Paulo: Contexto.

Andrioli, A. I. (2002). As políticas educacionais no contexto do neoliberalismo. Revista


Eletrônica Espaço Acadêmico, Maringá.

Lopes, M. D. da S. (1996). A percepção cartográfica dos alunos da 3ª série do 1º grau no


Município de Cachoeiro do Itapemirim, ES. Belo Horizonte: Instituto de Geociências da
UFMG, Dissertação (Mestrado do Instituto de Geociências da Universidade Federal de
Minas Gerais). Universidade Federal de Minas Gerais.

Moreira, R. (2007). Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia


do espaço geográfico. São Paulo: Contexto.

Oliveira, L. (1978). O Estudo Cognitivo do Mapa: Tese. (Concurso de Docência Livre em


Planejamento, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas do Campus de Rio Claro).
Universidade de São Paulo.

Passini, E. Y. (1998). A importância das representações gráficas no ensino de geografia. In:


Schäffer, Neiva Otero. Ensinar e aprender Geografia. Porto Alegre: Associação dos
Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre.

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