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PAISAGEM E PERCEPÇÃO DA CIDADE DE GOIÂNIA: UM ESTUDO DO

IMAGINÁRIO URBANO A PARTIR DE PROCESSOS SOCIOSSEMIÓTICOS1

Gabriela Leles Amaral


Instituto de Estudos Socioambientais/ Universidade Federal de Goiás
glelesamaral@gmail.com

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa é fruto do projeto As cidades do tempo ausente, que busca


estudar as cidades planejadas a partir da relação entre temporalidade, imaginário e as
sensibilidades cotidianas. A cidade de Goiânia é diferente das cidades históricas, que
tem o seu espaço atrelado à memória e a uma identidade coletiva, pois surgiu a partir de
planos sofisticados na década de 1930. Goiânia faz-se como uma cidade do tempo
ausente, pois surgiu em um contexto de supressão da diacronia. Enquanto as cidades
históricas figuram-se como marca e testemunhas do tempo, pois alimentaram-se de
tempo, já a cidade do tempo ausente simula o tempo em seu espaço, pois nela tudo é
simultaneidade. O tempo ausente, porém, não é um tempo abolido, inexistente, mas sim
um tempo que espera para “acontecer”, que espera para transcorrer (SILVA, 2010). A
partir dessas colocações, pretende-se estudar a constituição da temporalidade urbana e a
consolidação do imaginário da cidade de Goiânia a partir da literatura, utilizando-se de
Saciologia Goiana, de Gilberto Mendonça Teles, e da análise de fotografias que
capturam os grafittis na cidade, um fenômeno contemporâneo que estabelece um
contraponto com a tradição caipira também presente no imaginário do lugar. Tais
manifestações fornecer-nos-ão elementos para compreender a relação entre os dois tipos
de imagens: o imaginário urbano e as paisagens urbanas.
As “imagens do imaginário”, no sentido bachelardiano, são produzidas a partir de
um processo sóciossemiótico de geração de sentido. Busca-se, assim, cotejar e analisar
as imagens derivadas da literatura para também entender a percepção do espaço urbano,
enquanto espaço simbólico responsável pelo estabelecimento das representações sociais
da cidade, que envolvem tanto a identidade e a memória, quanto o seu imaginário. É a

1
Trabalho orientado pela Prof.ª Dr.ª Valéria Cristina Pereira, no curso de Geografia do Instituto de
Estudos Sócioambientais, na Universidade Federal de Goiás (IESA/UFG), resultado de uma pesquisa
fruto de um projeto de PIBIC.
partir do espaço urbano que os habitantes consolidam o seu cotidiano e compõem
sentidos sobre os lugares.
Para Bachelard (1997) “[...] A imaginação não é, como sugere a etimologia, a
faculdade de formar imagens da realidade; é a faculdade de formar imagens que
ultrapassam a realidade, que cantam a realidade.” (p.17-18). Ou seja, as imagens
captadas nas obras, viabilizarão o estudo do imaginário e da paisagem em relação ao
espaço urbano da cidade de Goiânia, na medida em que a atividade artística permite a
penetração no que se encontra escondido, pois se “a imagem de uma obra de arte
repercute no sujeito, e essa repercussão nos chama a um aprofundamento de nossa
própria existência” (BARBOSA, 2006, p. 48), então a literatura e as artes plásticas
fornecerão meios para desvendar o que compõe essa paisagem.
Para Bachelard (1993), o estudo da imagem poética só é possível através do
entendimento do fenômeno da imagem, quando esta emerge na consciência como
produto do ser e, assim, só uma “fenomenologia da imaginação” seria capaz de
“reconstituir a subjetividade das imagens e a medir a amplitude, a força, o sentido da
transubjetividade da imagem.” (BACHELARD, 1993, p. 3). Assim, será possível captar
a subjetividade das imagens contidas nas expressões artísticas goianienses que iremos
analisar, sendo elas: as imagens poéticas e os grafittis.

A LITERATURA E A HISTÓRIA DE GOIÂNIA

As primeiras manifestações literárias no estado de Goiás demoraram a aparecer


quando compara-se com a região sudeste do Brasil, considerada o centro cultural do
país. Em meio ao contexto da revolução de 1930, nasceu em 1933 a cidade de Goiânia,
com a intenção de ser a nova capital do estado Goiás e, assim, incentivar o
desenvolvimento dessa região do país que, até então, numa conjuntura de isolamento
geográfico, desenvolvia-se a passos lentos. Nesse sentido, a construção da nova capital
era vista como uma promessa para um futuro promissor, de modernização etc.
Porém, a construção de Goiânia deu-se em meio a um “choque de contrários”, pois
estabeleceu-se o que Mello (2006) chamou de “oposição cidade-sertão 2 ”. Afinal, na
antiga capital, Goiás, a relação com tempo era diferente, era o tempo lento, da cidade do

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A palavra sertão tem o sentido de lugar incerto, longe do litoral etc.
interior, intrínseco ao da natureza. Diferentemente do ritmo que estabelecia-se na nova
capital que “[...] trazia consigo um conteúdo simbólico que apontava para ideais de
novos tempos de desenvolvimento e progresso.” (MELLO, 2006, p. 31). Goiânia
carrega em si muito dessa cidade moderna que busca romper com as tradições, porém é
vivida por uma população que tenta realizar-se em meio às tradições.
Nesse sentido, esse “choque de contrários” fez-se muito presente na época de sua
construção, como percebe-se na Foto 1, em que na frente do prédio que ficaria alocada a
administração da cidade, o Palácio das Esmeraldas, sendo portanto um símbolo de
poder e de modernidade, havia um carro de bois passando simbolizando o arcaico, o
tradicional .

Foto 1: Carro de Bois em frente ao Palácio das


Esmeraldas. Fonte: Autoria de Alois Feichtenberger,
1936, Goiânia. Acervo MIS-GO.

A construção de Goiânia (e Brasília), segundo Teles (1983), só se deu devido a “um


amadurecimento político, cujas raízes encontravam-se na revolução de 1930” (p.34) e,
após essa época, é possível assinalar o desenvolvimento de uma literatura em Goiás
concomitante ao desenvolvimento social e econômico do estado. O desenvolvimento da
literatura no estado e, consequentemente da nova capital, caminhava para o
aproveitamento de temáticas sociais tipicamente goianas e goianienses. Essas temáticas
giravam (e ainda giram) em torno da religião (com predominância da religião católica),
de festas tradicionais (em geral, com cunho religioso) e da história do estado de Goiás e
da cidade.

GOIÂNIA ENTRE PALAVRAS

A literatura goiana possui um arsenal de imagens reveladoras do imaginário da


cidade de Goiânia. Peixoto (2004) diz que a arte tem como função construir imagens da
cidade que sejam novas e façam parte da própria paisagem urbana, nesse sentido, a
literatura possibilita a construção de imagens que sejam reveladoras dessa paisagem e,
assim, proporcionam a redescoberta da cidade. Desta maneira, nesta parte do trabalho
dar-se-á ênfase às poesias de Gilberto Mendonça Teles por tratar-se de um poeta goiano
cuja poesia é reveladora não só do imaginário da cidade, como também da constituição
de sua paisagem.
Em 2001, Gilberto Mendonça Teles publicou o livro Saciologia Goiana. Nele há
o poema “Goiânia”, que é muito rico para falar sobre a nova capital:
Um dia alguém subiu a serra,
gostou de ver o sol nascendo
e falou:
“Goiás, capital Goiás” não fica bem
nem para o ensino de geografia
nem para a glória da cultura atlântica
do Rio de Janeiro.

E tratou logo de escolher


no meio do cerrado
o local mais adequado
à construção
de uma cidade que tivesse a pinta
da revolução de 30.

Da terra vermelha e dura


meio-escondida pelo capinzal
de repente nasceu a planta- arquitetura
da Nova Capital
de ruas claras
de largas avenidas
e de algumas praças
que as demais
viraram becos e vielas
para matar as saudades paralelas
da Cidade de Goiás.

Uma planta arquipoética


sobre o triângulo dos rios
que se levantam do mapa e se projetam
no espaço mítico da cidade,
indo desaguar as suas mágoas
no lago do Palácio das Esmeraldas
[...]
Agora o povo anda murmurando
que além das esmeraldas das araras
e dos rubis dos colibris
(presentes do neto de Macunaíma)
é preciso pôr logo os pingos nos is
e arranjar rima
em –ória
em –ésio
para acabar com essa triste história
que ficou do césio
[...]
(TELES, 2001, p. 133-135)

Primeiramente, percebe-se uma ironia ao tratar da decisão de mudança da capital,


visto que havia um conflito entre grupos da elite goiana que queriam a mudança da
capital (mudancistas) e os que não queriam (anti-mudancistas) para não perder o poder e
a influência que exerciam (OLIVEIRA, 2005, p. 175-180) e, com muita perspicácia,
Teles faz uso de certo deboche ao colocar que “ ‘Goiás, capital Goiás’ não fica bem/
nem para o ensino de geografia/ nem para a glória da cultura atlântica/ do Rio de
Janeiro”, ironizando o conflito existente na época em torno da mudança da capital.
Mais a frente, o eu- lírico faz uma interessante colocação em relação à construção de
Goiânia: o fato de ter-se “parido” da terra vermelha e dura meio escondida pelo
capinzal, a nova capital, que teria largas avenidas, mas ainda assim teria seus becos e
vielas. Ou seja, em meio ao sertão pouco desenvolvido, seria construída uma cidade que
seria a representação do que havia de mais moderno na época, estabelecendo aí um
grande contraste entre a tradição e a modernidade.
Ao longo do poema, fala-se de forma interessante, em uma “Uma planta
arquipoética/ sobre o triângulo de rios/ que se levantam do mapa e se projetam/ no
espaço mítico da cidade,/ indo desaguar as suas mágoas/ no lago do Palácio das
Esmeraldas”. Esse trecho ilustra poeticamente a Planta Urbanística original de Goiânia,
projetada pelo arquiteto Atílio Correia Lima (Foto 2), em que as três avenidas principais
(Av. Araguaia, Goiás e Tocantins), que levam nomes de rios importantes do estado,
“deságuam” no Palácio das Esmeraldas (prédio que abrigava a administração da capital
e localiza-se no centro administrativo, a Praça Cívica), dando forma a um espaço mítico
da cidade, pois a população (em sua maioria rural e predominantemente católica) em
sua leitura da planta original de Goiânia visualizou a imagem do manto de Nossa
Senhora Aparecida, reforçando o quanto a religiosidade faz parte do imaginário da
cidade. Ironicamente, segundo Mello (2006, p. 42), no planejamento do arquiteto não
faz-se nenhuma referência a santa, na realidade, Atílio deixou por escrito no plano
diretor da cidade que suas inspirações vieram de Versalhes, Karlsruhe e Washington,
seguindo sua influência francesa. Nesse sentido, pode-se perceber que o imaginário de
Goiânia faz-se ambivalente, mesclando o planejamento moderno com a tradição
popular.

Foto 2: Vista aérea. Traçado Urbano de


Goiânia. 1936. Autor desconhecido. Goiânia.
Acervo MIS-GO.

Finalmente, ao dizer que “é preciso pôr logo os pingos nos is/ e arranjar rima/ em –
ória/ em –ésio/ pra acabar com essa triste história/ que ficou do césio.”, o autor faz
referência a um dos maiores acidentes radiológicos do mundo acontecido em Goiânia,
no ano de 19873.
Nesse sentido, o autor coloca o quanto a tragédia configura-se como um trauma na
memória em construção da cidade. Sendo uma “ferida aberta” que marcou a literatura,
gerando o que Oliveira (2005) nomina de “literatura do trauma”, além de ter deixado
marcas na paisagem da cidade, pois a área onde a cápsula do elemento foi aberta ainda é
reservada, impossibilitada de ser habitada por tempo indeterminado. A ferida azul do
césio deixou marcas no imaginário urbano não só pelo isolamento do local em que o
material começou a ser espalhado, mas pelo isolamento que a cidade sofreu na época do
acidente. Para, além disso, a mudança na imagem da cidade que, anteriormente,
externava-se positiva, de progresso e desenvolvimento e que após o episódio passou por

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Em uma escala de 0 a 7, o acidente teve nível 5 e fica atrás dos acidentes nas cidades de Chernobil, na
Ucrânia em 1986, e em Fukushima, no Japão em 2011. O acidente em Chernobil deixou a cidade
desabitada após a explosão de um dos reatores da usina nuclear que ficava na cidade, pois altos níveis de
radiação foram, e ainda são registrados no local. O acidente em Fukushima levou a contaminação
radioativa do Oceano Pacífico que ainda levará décadas para ser limpo. Tanto o evento na Ucrânia quanto
no Japão tiveram nível 7 de gravidade.
preconceitos de âmbito internacional vivendo um verdadeiro trauma (OLIVEIRA, 2005,
p.186)
Com o exemplo dessa análise, dizemos que a literatura goianiense tem como
lócus de criação Goiás e/ou Goiânia e faz referência à vida do sertanejo: desde o seu
modo de falar, até sua forma de pensar e agir com a natureza, além de abordar a relação
com a cidade e a percepção da realidade ao redor. Essa literatura faz-se demasiadamente
clara, sem nebulosidades, gira em torno dos mesmos temas: a natureza, o acidente do
césio 137, a dualidade entre a modernidade e o sertão e o sertanejo. Nesse sentido,
pode-se dizer que essa literatura tem um caráter geográfico, que abarcam questões
relativas ao espaço da capital planejada e do estado sertanejo.

A PAISAGEM GOIANIENSE

Segundo Peixoto (2004), as cidades são paisagens contemporâneas, pois elas


permitem a intersecção de diferentes espaços e tempos, diferentes suportes e tipos de
imagem, como a pintura e a fotografia. Em Goiânia há um exemplo interessante de
imagem artística da contemporaneidade que permite esse elo entre os diferentes espaços
e tempos na cidade: o grafitti.
O grafitti faz-se como um tipo de imagem que permite o entrecruzamento de
diferentes espaços e tempos, tendo como suporte os muros da cidade. No caso de
Goiânia, ele é uma expressão da paisagem urbana contemporânea, pois são quadros
urbanos que extrapolam o imaginário dual entre modernidade x sertão tão presente na
literatura sobre a capital, capazes também de quebrar a monotonia da paisagem em meio
a tantos tons pastéis (amarela, ocre, branco etc), dando mais cor e vida à cidade. Nos
grafittis, o sertão metropolitano recria-se, transforma-se, permite-se atingir outras
ideias, outras identidades. Identidades que vão além do caipira picando o fumo no
alpendre do quintal, pois agora essas imagens atingem outros patamares de percepção.
A Foto 3 faz-se como um exemplo dessa re-criação do sertanejo, em que a origem
não é esquecida, mas recontada. Na imagem, o caipira, emblema do sertão, é retratado
de forma não convencional, já não é mais a imagem do caipira picando o fumo, agora
ele extrapola-se, faz-se. A cena diferencia-se da imagem tradicional do camponês ao
lado da plantação, como fruto de seu trabalho, agora a plantação sai do sertanejo, assim
como o chapéu (seu símbolo), se desintegra. É como se tudo o que o compunha
estivesse saindo, indo embora.

Foto 3: Viela da rua 124, Setor


Sul- Goiânia. Foto da autora,
2015.

A Foto 4 também é um exemplo do rompimento da cidade com o sertão, afinal, o


protagonista do grafitti não faz parte desse universo sertanejo, muito pelo contrário. A
mulher retratada na imagem é contemporânea: têm os cabelos coloridos, com formas
expressivas e esvoaçantes; o olhar penetrante e profundo, sem rumo definido, não
aponta para nenhuma direção; além de a imagem quebrar com o que há de mais familiar
na paisagem para o goianiense: as cores pastéis, o muro amarelo e o clima pacato em
torno das residências.

Foto 4: A mulher na viela 102, Setor Sul-


Goiânia. Foto da autora, 2015.
W. Benjamin (1989) observou na cidade moderna europeia o comportamento da
multidão diante da metrópole, ele descreve as reações que a agitação da cidade causava
nas transeuntes. Assim, observamos Goiânia e percebeu-se que as avenidas principais
no centro da cidade são locais onde a multidão que passa tem “movimentos
desordenados, rostos rubicundos, falam consigo mesmos e gesticulam, como se se
sentissem sozinhos exatamente por causa da incontável multidão ao seu redor.”
(BENJAMIN, p. 50, 1989), cada um está voltado para si, andam velozmente, seja a pé
ou em seus carros, sem perceber o outro ao seu redor. A cidade para com os sinaleiros e
volta a movimentar-se quando eles se abrem. Assim como as fotos a seguir mostram:

Foto 5: O sinal se abrindo na avenida Tocantins.


Foto da autora, 2015.

Foto 6: O sinal fechado na avenida Goiás. Foto


da autora, 2015.

Anteriormente, falamos do quanto à literatura goianiense faz-se clara e aborda os


mesmos temas que, em geral, cercam a vida do sertanejo. Já a paisagem da cidade
mostra-nos outra versão de Goiânia: a contemporânea. Uma versão que trás ao encontro
dos olhos o novo, o que transcende a imagem do sertanejo e elabora novas imagens nos
muros da cidade. Imagens que trazem mensagens de reconstrução e beleza. Porém, a
imagem da literatura não se separa das imagens transmitidas pelos grafittis, pois um
baseia-se no outro, afinal a origem da capital também faz parte do que está sendo
manifestado nos grafittis. O grafitti não existe sem a cidade e cidade tem sua origem
que permanece latente.

RESULTADOS PRELIMINARES
Essa pesquisa mostrou-nos que a literatura é fonte de embasamento para
perceber o quão profunda é a dualidade modernidade x sertão no imaginário de
Goiânia, caracterizando sua origem, seu cerne de criação.
Porém, a literatura não extrapola o que há de contemporâneo na paisagem da
cidade, permanecendo com a atenção voltada à vida do sertanejo. Apesar de ter sido
pelo viés da literatura que percebeu-se uma certa sofisticação do espaço da cidade
apresentada nos discursos literários. Os elementos de sofisticação acabam
aparecendo na paisagem na forma de novos elementos urbanos que chegam à cidade,
como os grafittis. Apesar disso, a característica sertaneja da literatura dificultou a
percepção no que há de diferente na paisagem da capital, pois, ao embebedar-se por
essa literatura clara e sem nebulosidades, por momentos, pensou-se que Goiânia
fosse como Aglaura (CALVINO, 1997): uma cidade que não diz nada mais do que
os seus próprios habitantes dizem.
Porém, as manifestações dos grafittis na cidade apresentaram traços da
contemporaneidade que não percebeu-se na literatura. Os grafittis foram à porta de
entrada para a percepção de uma nova imagem da capital, a de uma Goiânia
metropolitana e não sertaneja; a de uma cidade que está reelaborando-se, elaborando
novos significados e resignificando os que já existem.

BIBLIOGRAFIA

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CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. Tradução: MAINARDI, Diogo. Companhia das


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MELLO, Márcia Metran de. Goiânia: cidade de pedras e de palavras. Goiânia, Editora
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TELES, Gilberto Mendonça. Estudos Goianos: A poesia em Goiás. 2. ed. Goiânia:


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______. Saciologia goiana. Goiânia, AGEPEL, 2001.

OLIVEIRA, Eliéser Cardoso de. As imagens de Goiânia na literatura mudancista. In.


CHAUL, Nars Fayad e DUARTE, Luís Sérgio (Org.). As cidades dos sonhos:
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SILVA, Valéria Cristina da. Palmas, a última capital projetada do século XX: uma
cidade em busca do tempo. [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura
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<http://books.scielo.org>. Acesso em: 01/07/2015.

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