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AEDA
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS DE ARARIPINA – FACISA
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
ARARIPINA
2023
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ARARIPINA
2023
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3
JUSTIFICATIVA......................................................................................................... 3
OBJETIVOS................................................................................................................. 4
3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................. 4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................................4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................... 4
METODOLOGIA......................................................................................................... 5
RESULTADOS ESPERADOS.................................................................................... 6
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 6
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1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
Aceitando o "consumo, logo existo", como brinde ganhamos a lei do mercado, e nela
você não é apenas consumidor, é também mercadoria. Sendo mercadorias, como qualquer
outra, somos analisados pelos signos que possuímos perante a sociedade. Nesse contexto, de
extrema liberdade, ser livre é poder consumir o que se deseja.
Assim, à luz de Zygmunt Bauman,, busca-se pelo consumo aumentar o nosso valor
sígnico, pois: "Na sociedade de consumidores, todos nós somos consumidores de
mercadorias, e estas são destinadas ao consumo; uma vez que somos mercadorias, nos vemos
obrigados a criar uma demanda de nós mesmos.". Essa demanda de nós mesmos, como dito, é
construída pelo que consumismos, posto que, em uma sociedade em que os valores são
determinados por aquilo que se consome, faz-se necessário consumir para possuir valor,
inclusive, enquanto indivíduos socialmente e sexualmente atrativos para o mercado. E não se
esqueça de que há sempre outras oportunidades no mercado acenando com valores maiores.
Desse modo, quando não consumimos e, sobretudo, os produtos com valores sígnicos
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relevantes, ficamos fora do mercado. Em outras palavras, não somos socialmente aceitos. No
entanto, não se vê sentido em adequar-se ou ser "socialmente aceito" por um sistema que cria
escravos de si mesmos. A tentativa de dar sentido á vida por meio do consumo parece uma
tentativa frustrante, dado que não se conseguiu estabelecer um sentido à vida das pessoas.
3 OBJETIVOS
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O termo "fetichismo mercadológico" é uma expressão cunhada por Karl Marx em sua
obra "O Capital", na qual ele descreve um fenômeno fundamental que ocorre no sistema
capitalista. Essa ideia é importante para entender a forma como as mercadorias são tratadas na
sociedade capitalista e como as relações sociais são obscurecidas por meio da mercadoria.
Em essência, o fetichismo mercadológico se refere ao processo pelo qual as
mercadorias são dotadas de características que não são inerentes a elas, mas que parecem ser.
Isso ocorre porque, no capitalismo, as relações sociais entre as pessoas assumem a forma de
relações entre mercadorias. Em outras palavras, em vez de os indivíduos trocarem diretamente
entre si, eles trocam mercadorias no mercado.
Marx argumenta que as mercadorias têm dois tipos de valor, o valor de uso (a utilidade
que elas têm para o consumidor) e o valor de troca (o valor relativo que é determinado pela
quantidade de trabalho incorporado na produção da mercadoria). No entanto, no capitalismo,
o valor de troca se torna a característica mais importante, obscurecendo o valor de uso. As
pessoas muitas vezes se concentram no valor de troca das mercadorias em vez de seu valor
intrínseco.
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5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS ESPERADOS
Nesse sentido, é preciso considerar como a própria maneira como a organização social
tem levado a instauração e reprodução desses problemas, isto é, a como o modus operandi da
sociedade contemporânea afeta a condição humana. A forma como a sociedade está
organizada dificulta a reflexão, e consequentemente, o pensar político (coletivo) sobre as
coisas. Há de se considerar dessa forma as características de um mundo regido pela técnica,
que cria dificuldades para o aprimoramento para condição do homem enquanto um ser social.
De um lado um mundo moderno por meio de seus “avanços e “progressos”, produz
um encantamento muito grande em relação a tudo que é construído, de tal maneiro que os
indivíduos sentem dificuldade de pensar de forma crítica a cerca daquilo que está sendo feito
em função do encantamento produzido pela técnica. Por outro, na medida que todos possam
estar condicionados por uma configuração temporal, em que a velocidade é conditio sine qua
non da existência, ou como diz Milan Kundera em “A Lentidão” – “A forma de êxtase que a
revolução técnica deu ao homem” -, há também a perda da experiência, isto é, da capacidade
de se relacionar com o tempo de modo mais harmônico, possibilitando um enlace entre a
memória e a eternidade.
Diante disso, a condição humana passa a estar muito mais mecanizada, desalinhada
com a natureza e afastada do diálogo coletivo-social. Ou seja, automatizada e ensimesmada,
que, já que afastado de uma maior reflexão do seu eu individual e coletivo, o ser humano
passa a estar desumanizada, vivendo em uma constituição de um mundo individualista, em
que a existência se conjuga exclusivamente na primeira pessoa.
Dessa maneira, o espaço da política, da convivência, do diálogo com o outro, deixa de
existir, assim como, as experiências construídas e memorizadas entre indivíduos, grupos de
indivíduos e até mesmo populações. Um homem convertido em um autômato egoísta é um
“animal” incapaz de viver em sociedade, pois requisitos imprescindíveis para que isso ocorra
– como reflexão crítica sobre a realidade e consideração do outro como ser individual com o
qual é preciso dialogar – deixam de existir.
7 REFERÊNCIAS
SELLTIZ, C. ET AL. Métodos de pesquisas nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1987.
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REIS, Bruno Pinheiro W. Capital social e confiança: questões de teoria e método. 2003.