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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM SOCIOLOGIA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL (PTI)

RAFAEL LEAL MATOS

A DIVISÃO DO TRABALHO NA SOCIEDADE: PERSPECTIVAS E


DESAFIOS DE UMA PROPOSTA DE AULA PARA O ENSINO
MÉDIO

Campina Grande
2019
RAFAEL LEAL MATOS

A DIVISÃO DO TRABALHO NA SOCIEDADE: PERSPECTIVAS E


DESAFIOS DE UMA PROPOSTA DE AULA PARA O ENSINO
MÉDIO

Produção Textual apresentada à Unopar, como


cumprimento de uma atividade proposta para
obtenção de nota referente às “Atividades
Interdisciplinares”, referentes ao semestre de
2019.2.

Professores: José Matias dos S. Filho, Juliana C.


Lyra, Leonardo Antônio S. Ferreira, Maria Luiza S.
Mariano, Natália da S. Bugança, Renata de Souza F.
B. de Almeida e Vilze Vidotte Costa.

Campina Grande
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 3
2. O “TRABALHO” NOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA ................................ 4
Trabalho, contradição e luta de classes em Karl Marx .............................................. 4
A Divisão Social do Trabalho na Perspectiva de Émile Durkheim ............................. 5
A Ética Religiosa e as Relações de Trabalho em Max Weber ..................................... 6
3. PROPOSTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM .................................................. 7
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 10
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 11
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma proposta interdisciplinar do curso de “Formação
Pedagógica em Sociologia” que articula as disciplinas: Educação Inclusiva, Educação
Formal e Não Formal, Fundamentos da Educação, Gestão do Projeto Educativo,
Metodologia do Ensino da Sociologia, Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem,
Educação de Jovens e Adultos (EJA), Estágio Curricular Obrigatório II: Gestão
Educacional.
A partir de uma Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) – na qual sou um
professor de 1º ano de uma escola pública em que os discentes demandam uma atividade
interativa para se trabalhar o conteúdo "A divisão do trabalho na sociedade capitalista
para os clássicos da Sociologia" – busco aqui apresentar uma dinâmica (uma sequência
didática) que proporcione o aprendizado em sala de aula através da leitura dos clássicos
da Sociologia para a problematização e compreensão de questões atuais que envolvem os
direitos trabalhistas na sociedade brasileira.
Neste sentido, para promover a integração entre conhecimento teórico e prático,
ou melhor, estabelecer conexões entre o conteúdo proposto e a realidade sociocultural e
econômica na qual os discentes estão inseridos, procurarei num primeiro momento:
apresentar os conteúdos e conceitos dos autores clássicos da sociologia (Karl Marx, Émile
Durkheim e Max Weber) no que concerne à divisão do trabalho, para, por fim, propor
atividades para que os discentes reflitam, sob a luz de alguns conceitos dos clássicos da
Sociologia, questões do universo trabalhista, como as mudanças da Reforma Trabalhista
de 2017.
A partir desse desenvolvimento teórico proposto e de sua relação com questões da
legislação nacional, apresentarei, portanto, uma sequência didática inspirada na
metodologia pedagógica conhecida como “Educação Libertadora”, proposta por Paulo
Freire [1968 (1987)], para estimular o senso crítico dos discentes por meio de práticas
pedagógicas. Com isso, o intuito é trabalhar o conteúdo em três etapas: a) investigação,
momento no qual discentes e docente investigam o tema proposto a partir de vocábulos e
ideias presentes no cotidiano dos discentes; b) tematização, etapa na qual procura-se
relacionar tais vocábulos e ideias a situações reais do mundo, contextualizando-as e
ampliando-as; c) problematização, momento no qual há o questionamento das noções
trabalhadas até então, promovendo uma reflexão crítica e uma tomada de consciência com
relação à realidade sociocultural, política e econômica.

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2. O “TRABALHO” NOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

Trabalho, contradição e luta de classes em Karl Marx


Marx pensou o mundo moderno e suas mudanças a partir do método que ficou
conhecido como “materialismo histórico e dialético”. Isso significa que ele se utilizou de
uma perspectiva histórica, focando a realidade material e as contradições do Capitalismo.
Nesse sentido, Karl Marx observou o desenvolvimento histórico da humanidade
e percebeu que com o surgimento do Capitalismo emerge uma nova maneira de trabalho:
o trabalho na fábrica (compartimentado e superespecializado) que tem o salário como
principal meio de troca, compra e venda da força de trabalho, em outros tempos não era
assim.
Nesse novo mundo as duas mais importantes “classes sociais” são: a “burguesia”
e o “proletariado”. Dois nomes difíceis para falar dos que possuem riquezas e os meios
de produzi-las (os burgueses) e os que nada possuem além da sua “força de trabalho” para
trocar por salário. A relação entre essas duas classes é baseada na “exploração” e há,
portanto, uma “luta de classes” que não é exclusiva dessa época, afinal “a história de
todas as sociedades até o presente é a história das lutas de classes” (MARX; ENGELS,
p. 7. 2002).
pois segundo Marx não há uma troca justa entre “força de trabalho” e salário.
Segundo esse autor, o trabalhador tem vendido sua força de trabalho por um valor
irrisório, que permite que ele apenas esteja vivo para produzir cada vez mais para os
burgueses. Ou seja, o trabalhador produz muitíssimo mais do que ganha, de tal maneira
que existe uma grande parcela do trabalho que não é paga, sendo o lucro dos patrões. A
essa parcela do trabalho não pago Marx chama de “mais-valia”. Nesse caso, há uma
relação de contradição entre Capital e Trabalho na Sociedade Capitalista, pois os que mais
produzem (os trabalhadores) são os mais desprovidos de Capital.
Como pode então uma sociedade manter essa desigualdade social e perpetuar um
modelo de dominação exploratória de uma maioria em benefício de uma minoria? De
acordo com Karl Marx é através da “ideologia” e da “alienação” que essa dominação se
torna possível. A ideologia é uma consciência falsa do mundo produzida pelas classes
dominantes a partir da divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual para manter a
exploração. Com a ideologia torna-se possível, por exemplo, a justificativa que uns
nasceram naturalmente para o trabalho intelectual enquanto outros para o trabalho braçal.

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Já a “alienação” é um conceito que expressa a separação do trabalhador da sua
produção, de tal maneira que o mesmo não se reconhece na mercadoria que produz. Essa
alienação, própria da Sociedade Capitalista e fruto da divisão do trabalho faz com que o
trabalhador perca a ideia de totalidade da realidade e perceba o mundo de maneira
fragmentada, perdendo a capacidade reflexiva e crítica.
Para combater a exploração e para que se crie uma sociedade sem classes sociais
(o Comunismo), sem a relação de dominação que há na Sociedade Capitalista, Marx
defende no Manifesto do Partido Comunista que o trabalho seja exercido com um
princípio educativo, que ele seja visto como integrado ao todo social e que sirva para
demostrar as contradições do Capitalismo, para que haja uma socialização das riquezas
produzidas.

A Divisão Social do Trabalho na Perspectiva de Émile Durkheim


Dukheim é o autor que institui a Sociologia enquanto disciplina científica em
universidades. Herdeiro do positivismo de Auguste Comte, ele criou um objeto próprio
para a sociologia: o “fato social”, que é exterior ao indivíduo, exerce sobre este uma
coercitividade e é geral numa dada sociedade. Seu método desenvolvido no livro As
Regras do Método Sociológico ([1895] 1990) baseou-se nas ciências da natureza, para
tratar os fatos sociais com a devida objetividade, excluindo fatores subjetivos e
preconceitos vindos do “senso comum” da sua análise científica.
Par Durkheim o trabalho é um fato social, pois existe independente de indivíduos
particulares (se configurando enquanto um fenômeno coletivo), se impõe como uma
obrigação aos indivíduos e é geral na nossa sociedade, afina, nas sociedades Capitalistas
e Industriais quem não trabalha sofre sanções sociais das mais diversas.
A divisão social do trabalho é radicalmente diferente nas Sociedades Tradicionais
(simples, pré-industriais) e nas Sociedades Modernas (complexas e industriais), ou seja,
o trabalho e sua divisão social possui funções diferentes em cada tipo de sociedade. Nas
sociedades simples existe uma divisão social do trabalho baseada apenas no sexo e em
aspectos cosmológicos, ou seja, em atributos que visam a semelhança que os indivíduos
possuem entre si, já nas sociedades complexas existe uma divisão social do trabalho
pautada na diferenciação de formação dos indivíduos, gerando uma interdependência
baseada na diferença.
Isso quer dizer que nas Sociedades Simples o que garante a coesão social é a
divisão simples do trabalho e os aspectos comuns que os indivíduos compartilham entre

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si, o que ele chama de “solidariedade orgânica”. Já nas sociedades complexas o que
mantém a coesão social é a interdependência gerada pela diferença de funções sociais
(um trabalhador altamente especializado, um cientista, precisa do trabalho do agricultor
e do padeiro para se alimentar e cumprir sua função, exercer seu trabalho).
Para Durkheim justifica-se a divisão entre trabalho intelectual e manual, pois uma
parcela da sociedade deve exercer atividades de organização da produção social (patrões
e empregadores) e outra parcela deve trabalhar na atividade produtiva em si
(empregados).
Portanto, segundo esse autor, quanto maior a divisão social do trabalho mais o
organismo social encontra-se coeso, com suas instituições funcionando, desde que haja
um equilíbrio entre capitalistas industriais e trabalhadores, caso contrário o autor defende
a regulamentação dessa relação para que a sociedade não entre num estado “anomia” –
estado convulsão social, equivalente a uma doença em um organismo vivo.
A divisão social do trabalho nas sociedades complexas só é possível se houver um
sistema educativo que permita uma crescente especialização e diferenciação entre os
indivíduos, afinal, de acordo com Durkheim, a educação é que cria as aptidões sociais
nos indivíduos, que incute neles as disposições sociais e a moral coletiva.

A Ética Religiosa e as Relações de Trabalho em Max Weber


Max Weber foi o único dos três clássicos que centrou sua análise tendo o indivíduo
como foco. Segundo ele o “objeto” primordial da sociologia é a “ação social”, que se
constitui enquanto uma ação dotada de sentido e que estabelece uma comunicação entre
dois ou mais indivíduos. Sua metodologia, conhecida como “tipo ideal”, é uma
construção conceitual por parte do cientista que ajuda a compreender a realidade, não se
confundindo com esta, que será sempre mais complexa que qualquer teoria ou esquema
conceitual.
De acordo com Weber, a ação social se divide em quatro tipos: ação social
tradicional, afetiva, racional com relação a valores e racional com relação a fins. Segundo
ele, o mundo moderno se caracteriza por um crescimento da racionalidade, ou seja, a
valorização e prática cada vez maior de ações sociais com relações a valores e,
principalmente, fins – a isso o autor chama de “processo de racionalização”. Outra
característica fundamental do mundo moderno é a “burocratização”, que nada mais é do
que a organização racional da estrutura social e política de uma sociedade.

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Essa crescente racionalização e burocratização atingem todas as esferas da vida
social, inclusive o trabalho. Para Weber, o trabalho ganha um sentido completamente
diferente de todas as épocas históricas anteriores. Na sociedade moderna, industrial e
capitalista o trabalho passa a ter uma importância valorosa de tal forma que a
subjetividade dos indivíduos com relação ao mesmo se modifica. Como ele demonstra na
sua mais famosa obra A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo (2004), escrito
entre 1904 e 1920, foi a partir da Reforma Protestante que o trabalho passou a ser visto
como uma forma de salvação (especialmente no Calvinismo), não mais como uma
punição ou obrigação.
Nesse sentido, a essa ética protestante coaduna com o “espírito do capitalismo”,
de acumulação de riqueza e busca de lucro, e o trabalho começa a ser visto como uma
atividade fundamental no mundo moderno. Desse modo, o trabalho aparece como uma
“virtude” e, para os protestantes, especialmente os Calvinistas, como um caminho para a
salvação espiritual. Essa nova maneira de encarar o trabalho, junto com a crescente lógica
racional (o desencantamento do mundo), dá aos aspectos da vida material um papel
central e a dignidade do ser humano passa a estar ligada ao seu ofício laboral. Ou seja,
esse novo valor dado ao trabalho não fica apenas atrelado ao universo religioso, mas se
espalha entre a sociedade como um todo (WEBER, 2004).
O trabalho então se constitui enquanto uma ação social, pois é dotada de sentido
e que comunica algo para outros, já que uma atividade reconhecida como “trabalho” passa
a ter um status social diferente de uma atividade que enobrece e que leva a salvação, mas
tal atividade só terá esse reconhecimento se for vista como algo árduo, disciplinado.

3. PROPOSTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM
TEMA
A divisão do trabalho na sociedade capitalista para os clássicos da Sociologia
OBJETIVO GERAL
Conscientizar os discentes da importância de autores clássicos para a compreensão da
do mundo contemporâneo. Promover a autonomia e o protagonismo ao instigá-los a
pesquisar, selecionar e expor materiais selecionados com a supervisão do professor.
Instigar uma leitura crítica e diversa da realidade que os ajudem a se perceber
enquanto sujeitos de direitos e deveres sociais.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
3 Aulas
ATIVIDADES PROPOSTAS

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Aula expositiva e leitura coletiva de textos; pesquisa direcionada em grupo na web;
exibição de imagens (charges, tirinhas, fotografias) e vídeos curtos relacionados ao
tema e debate.
RECURSOS E MATERIAIS PARA TODAS AS ATIVIDADES
Sala de aula, quadro branco, marcador e apagador para quadro branco, Projetor, Sala
de Informática com Acesso à Web.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo será contínuo e privilegiará os aspectos qualitativos aos
quantitativos. Nesse sentido, ao longo de todos os dias, será observada a participação
e o engajamento dos discentes nas atividades propostas. Sendo que ao final da
atividade, no momento do debate será conversado sobre como as atividades ajudaram
os discentes a compreender o tema em questão e quais os principais avanços e
aprendizados ao longo desse processo e das sequências didáticas.
AULA 1: ATIVIDADES
Aula expositiva e leitura coletiva
MATERIAIS E RECURSOS
Sala de aula, quadro branco, apagador e caneta de quadro branco e projetor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DESTA ATIVIDADE
- Conhecer as teorias e conceitos dos autores clássicos em relação ao “trabalho”;
- Confrontar ideias preconcebidas pelos discentes com conceitos elaborados
cientificamente para ampliar a discussão e fazer os discentes pensarem
sociologicamente sobre o tema;
- Perceber as diferenças metodológicas, conceituais e de perspectiva entre eles;
- Promover a apropriação dos conceitos para uma melhor compreensão do vídeo que
foi passado para casa.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
- No primeiro dia, inicialmente, o docente questionará os discentes o que os mesmos
sabem sobre “trabalho” e “direitos trabalhistas”, para reunir os vocábulos e ideias
recorrentes que a turma tem sobre o tema trabalhado;
- Posteriormente o discente ministrará uma aula expositiva que apresentará com o
auxílio do quadro-negro, em 20 minutos, as principais ideias dos Clássicos da
Sociologia (Marx, Durkheim e Weber) sobre o “trabalho” na Sociedade Capitalista;
- Posteriormente será lido coletivamente com a participação dos discentes um pequeno
esquema elaborado previamente pelo professor, projetado em sala, que contenha a
contextualização histórica dos clássicos da sociologia e seus dos seus principais

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conceitos relacionados ao universo do trabalho e que será disponibilizado para os
alunos;
- Nesse momento haverá uma tentativa de relacionar os conceitos dos autores às ideias
dos discentes, de maneira a questioná-las e contextualizá-las;
- Por fim, será passado um vídeo opcional, para ser visto em casa ou na escola em um
horário alternativo, de apenas 7 minutos, intitulado “Teoria do Trabalho: Durkheim,
Marx e Weber | Resumo de Sociologia para o Enem” (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=4&v=UG6PTnPpYrM).
AULA 2: ATIVIDADES
Pesquisa na web de imagens e vídeos relacionados ao tema
MATERIAIS E RECURSOS
Sala de Informática com recursos de pesquisa na Web
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DESTA ATIVIDADE
- Estimular a pesquisa;
- Fazer os discentes refletirem sobre a confiabilidade dos conteúdos e sites disponíveis
na internet;
- Estabelecer critérios de seleção de conteúdos (sites confiáveis, imagens de autores
conhecidos, memes com fontes, vídeos com créditos, etc.).
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
- Neste segundo dia, os discentes serão levados a pesquisar na Web conteúdos
relacionados ao tema para apresentarem e discutirem na próxima aula;
- A turma será dividida em grupos de cinco ou seis alunos para que discutam entre si,
com o apoio do docente, quais imagens e vídeos podem ser apresentados a turma para
discutir o “trabalho” nos clássicos da sociologia e no Brasil contemporâneo.
- Cada grupo deverá selecionar uma imagem ou um vídeo de no máximo 3 minutos
para apresentar e discutir em sala;
- Os discentes deveram se encontrar em horário alternativo, com o auxílio ou não do
professor, que disponibilizará horários, para preparar uma pequena fala relacionando o
conteúdo selecionado na web à temática em questão;
AULA 3: ATIVIDADES
Exibição das Imagens Selecionadas e Debate
MATERIAIS E RECURSOS
Sala de Aula e Projetor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DESTA ATIVIDADE
- Questionar com dados, imagens ou vídeos os conceitos do “senso comum” com base
em ideias científicas;

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- Estimular a articulação de ideias e o pensamento crítico com relação ao tema
proposto;
- Observar o desempenho do trabalho em grupo;
- Estimular a produção de conteúdo relacionado ao tema.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
- Munidos dos conteúdos pesquisados, cada grupo mostrará o seu conteúdo a turma e
falará de maneira sintética qual a relação do mesmo com o tema;
- Após a apresentação de cada grupo o docente mediará um bate papo/debate sobre o
material proposto para articular as ideias coletivas para avaliar coletivamente qual os
avanços, as mudanças de ideias e se houve apropriação de alguns conceitos para se
pensar a questão trabalhista na atualidade;

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O esforço de elaboração de uma atividade como essa – que envolve pesquisa
bibliográfica, leitura, articulação de diferentes saberes de maneira interdisciplinar para
uma proposição concreta de trabalho – tem um valor imensurável para um docente, seja
ele em formação ou não, visto que tal atividade articula teoria e prática, algo
imprescindível na atividade docente.
Ao longo do trabalho houve a busca em apresentar o assunto de maneira a
possibilitar maneiras alternativas de trabalho em sala de aula, ou seja, para construção de
sequencias didáticas ativas que permitissem os discentes serem não só receptores, mas
atores no processo de ensino-aprendizagem. Isso foi feito com o intuito de estimular o
desenvolvimento de competências e habilidades diversas (trabalho em grupo, uso de
novas tecnologias, capacidade de leitura crítica de textos e da realidade, etc.) para que os
discentes pudessem exercitar sua curiosidade e seu protagonismo em sala.
Portanto, a realização desse exercício possibilita não só o desenvolvimento de
discentes, mas também o aprendizado contínuo de todos que dela participam, inclusive o
professor, que cresce profissionalmente.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 14 ed. São Paulo: Editora Nacional,
1990.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.
MARX, Karl.; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Tradução de
Pietro Nasset. São Paulo: Martin Claret, 2002.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. São Paulo:
Companhia das Letras. 2004.

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