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Angela Severo e Angelo Cruz

O MUNDO DOS BENS


A obra constrói uma ponte entre o que os economistas dizem
sobre tema “comportamento consumista” e o que os
antropólogos afirmam sobre os motivos que levam as pessoas a
desejarem as coisas,

Sem condenar o materialismo nem o


consumismo, o texto sugere uma
maneira de conceber o consumo,como
uma série de rituais e fala que os
padrões de consumo revelam o padrão
das sociedades.
 Mary Douglas e Baron Isherwood ela
uma das principais antropólogas inglesas e
ele um importante economista inglês.
 O objetivo do texto é a análise do fluxo
dos bens e como os mesmos afetam a
sociedade.
 As dimensões culturais e simbólicas do
consumo, e para a diversidade de
motivações do ato de consumir e citam
que os bens de consumo são,
comunicadores de categorias culturais e
valores sociais.
 O consumidor exerce uma
escolha livre,soberana,o
consumo não é imposto
 O consumo não é um modo
de comportamento que
segue a fixação dos padrões
sociais,é parte de um modo
de vida
 Bens funcionam
simultaneamente como cercas
e pontes,pois ao mesmo tempo
eles integram,excluem e
classificam os indivíduos
a partir das escolhas realizadas
nas práticas de consumo
 Duplo papel, provendo
subsistência e
desenhando as linhas
das relações entre
indivíduos e grupos

 Bens de consumo: comunicar, criar


identidade e estabelecer relações
 Economistas:Co
nsideram que
temos dois tipos
de
necessidades:as
físicas e as
espirituais,
priorizando as
físicas,
 Alianças entre antropologia e a ciência econômica, trazem a
economia mais próxima da humanidade.

 Economistas: evitam de fazer esta pergunta - demanda esta no


centro da origem da disciplina.

 Antropologia:disciplina que melhor dá conta da diversidade,


multiplicidade experiências e questões que se colocam no
universo do consumo
 Teoria das necessidades por inveja:necessidade de demandas
de bens é influenciada pela inveja (economia) buscar o
entendimento da inveja (antropologia)

 Fraqueza da teoria utilitarista ,não tendo receptividade á idéia


de consumo que dá precedência a interação
social,considerando que as pessoas querem o que querem para
ter controle,de modo que abre caminho para envolver culturas
políticas no ciclo econômico
 Os economistas são seus próprios críticos mais severos quando
se trata de limitações da teoria do consumo
 Indivíduos agem racionalmente á medida que suas escolhas são
consistentes,seus gostos devem ser tomados como dados e que
ele reagem a queda de preços comprando mais e a alta de
preços comprando menos.
 Para os antropólogos a racionalidade mínima, tira de cena seus
objetivos racionais,os tornam triviais sob o termo “gostos”.
 Os indivíduos poupam por
muitas razões,para sua
aposentadoria,para comprar um
carro, casa e outros bens e
serviços

 Keynes,declarou uma regra


psicológica: homens se
dispunham a aumentar seu
consumo quando aumenta sua
renda,porém não no mesmo
volume,ficando satisfeito num
nível particular de renda
 Primeira Fronteira
Idéia essencial à teoria econômica: O consumo não é imposto. A
escolha do consumidor é uma escolha livre. O consumidor pode ser
irracional, supersticioso, tradicionalista, ou experimental: a essência
do consumidor individual do economista é que ele exerce uma
escolha soberana.
 Segunda Fronteira
Idéia central a contabilidade nacional: O consumo começa onde
termina o mercado. O que acontece aos objetos materiais quando
deixam o posto varejista e passam para as mãos dos consumidores
finais é parte do processo de consumo.
 Em conjunto estas duas fronteiras,supõe que o consumo seja um
assunto privado
 O consumo é a arena em que a cultura é objeto de lutas que lhe
conferem forma.

 No campo do consumo existe uma fronteira espontânea e


operativa entre duas espécies de serviço: Os serviços
profissionais pagos com dinheiro, e a serem classificados como
comércio, e os pessoais recompensados em espécie e de
nenhuma outra forma
 Os bens são necessários para dar visibilidade e
estabilidade às categorias da cultura. As posses
materiais não são apenas para suprir as necessidades.
Os bens tem outro significado: Estabelecer e manter
relações sociais.

Vídeo

 A função essencial do consumo é dar sentido


A função essencial do consumo é dar sentido

exemplo tribo Nuer (gado na tribo)


“Esqueçamos a idéia da irracionalidade do
consumidor, esqueçamos que as coisas são boas
para comer, vestir e abrigar, esqueçamos a sua
utilidade e tentemos em seu lugar a idéia de
que as mercadorias são boas para pensar:
tratâmo-las como um meio não verbal para a
faculdade humana de criar.”
 A teoria da estrutura social de
Blau1 tentou construir uma
sociedade a partir das relações
mais simples entre os
indivíduos, segundo Blau, a
maioria dos prazeres tem suas
raízes na vida social.

Sociólogo norte-americano, dedicou-se prioritariamente ao estudo das organizações. Sendo um


expoente da teoria das trocas (exchange theory ) numa vertente individualista. Esta teoria vê semelhanças
entre as interações sociais e as transações econômicas e de mercado, sendo que neste contextos existe a
expectativa de que as vantagens proporcionadas rendam contrapartidas.
 Porém , segundo os autores, não há processo simples
nas relações entre indivíduos. Elas podem ser
arbitrariamente postuladas e, assim, o foco de Blau
sobre o poder é ele mesmo uma restrição arbitrária e
tendenciosa.
 Nenhum, ser humano existe senão fixado na cultura
de sua época e lugar.
 Três posições intelectuais defendem esta abordagem:
 Movimento filosófico da fenomenologia - Coloca o indivíduo
num contexto social, tratando o conhecimento como uma
construção conjunta.
 Estruturalismo: Cuja teoria ultrapassa os esforços do
pensador individual, e enfoca os processos sociais do
conhecimento.
 Movimento Sociológico Californiano (etnometodologia):
Afirma que a realidade é socialmente construída e também
pode ser analisada como estrutura lógica de uso. Sua
abordagem começa a partir da idéia de que o significado está
entranhado e que nunca é facilmente apanhado na superfície da
comunicação.
 O QUE É SIGNIFICADO?

• O principal problema da vida Social é fixar significados de modo que


fiquem estáveis por algum tempo
• Viver sem rituais é viver sem significado claro e sem memória.
• Rituais usam coisas materiais, e quanto mais custosa a pompa ritual
mais forte a intenção de fixar significados.

 Nesta perspectiva os BENS são acessórios RITUAIS, o


consumo é um processo RITUAL, cujo objetivo é dar sentido
ao fluxo incompleto dos acontecimentos.
O objetivo do consumidor é construir um universo inteligível
com os bens que escolhe.

Os bens são portanto a parte visível da cultura, e são


arranjados em perspectivas e hierarquias que dão espaço
para a variedade total de discriminações.

O indivíduo usa o consumo para dizer alguma coisa sobre si


mesmo (e sobre o que o cerca).
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/04/nova-classe-media-brasileira-esta-cheia-de-vontade-de-comprar.html
Vídeo

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