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Para fins de contextualização, cabe aqui uma breve explicação do panorama histórico,
social e político que a Itália estava vivendo, pois isso traz maior clareza sobre a motivação do
trabalho de Loris Malaguzzi.
Em 1946, Malaguzzi fica sabendo de uma escola que está sendo construída sem nenhum
apoio estatal, na região de Reggio Emilia. Apenas com a ajuda de pais, voluntários e camponeses,
que usavam materiais retirados dos escombros e que reuniram alguns bens para custear a
construção da escola. Pessoas que acreditavam que a reconstrução do país se daria por meio da
educação.
Metodologia de Trabalho
O impacto da segunda guerra marcou Malaguzzi, de tal forma que ele repensou a educação
pensando principalmente nas crianças que sofreram com ela e participaram da reconstrução da
educação junto a seus pais, e sociedade que viviam. Na época em que Malaguzzi começou a
acompanhar de perto a construção desse projeto educativo, os professores eram formados pelas
escolas católicas e eram muito receptivos à ideia de ensinar as crianças enquanto eles mesmos
aprendiam. Nesse sentido, houve uma inversão de posição com relação ao detentor do saber,
atribuindo mais valor ao conhecimento da criança. Segundo Fillipini (2009), a escola é vista como
espaço de vida, acredita no potencial das crianças e tem dela uma imagem positiva: “Cada um de
nós tem o direito de ser protagonista, de ter papel ativo na aprendizagem na relação com os
outros. Esse é o motor da educação”. Então, para que a criança se torne protagonista do seu
conhecimento é preciso que esteja em um ambiente social, em intercâmbio com outras crianças e
adultos, participando de práticas sociais historicamente construídas, internalizando experiências
vividas que lhe propiciam dominar conceitos, valores e formas de comportamento.
Esse projeto educacional propõe-se que o professor aprenda enquanto ensina, compreendendo a
lógica de aprendizagem da criança por meio da escuta – que é o ponto central do trabalho
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lógica de aprendizagem da criança por meio da escuta – que é o ponto central do trabalho
pedagógico. A escola em Reggio Emilia está em contínua mudança porque o projeto de educação
que propõe se baseia no relacionamento e na participação (rede de comunicação entre crianças,
professores e pais), e, consequentemente, seu trabalho é reflexivo, repensa-se e reconstrói-se
constantemente.
A Escola 25 Aprille – Diana, foi erguida através dos esforços de todos que estavam
tentando, após o fim da guerra, fornecer aos seus pequeninos um outro tipo de escola, um local
onde poderiam ter liberdade de expressão e de criatividade.
Ao erguerem a 25 Aprille, colocaram uma placa em pedra, que permanece no local desde então.
Os dizeres contidos nela faziam menção de como e quem construiu a Escola. Nela está o
seguinte dizer:
Uomini e donne, sibsieme, abbiamo costruito i muri di questa scuola, perche la volevamo
nuova e diversa per i nostri figli.
Malaguzzi via o ambiente como um “terceiro educador” que interage com as crianças e
influencia seu desenvolvimento.
Malaguzzi via a arte como uma linguagem poderosa que permite que as crianças
expressem pensamentos, sentimentos e ideias de diversas maneiras.
Inclusive, aos finais de semana, se reuniam para conversarem sobre o que havia ocorrido
durante a semana.
Lembrando que toda atividade desenvolvida era exposta em paredes para que todos
pudessem apreciá-los.
ü Atêlie
ü Atelierista
BNCC com foco na educação brasileira, enquanto a abordagem Reggiana pode ser
incorporada por escolas e educadores que optem por adotá-la.
Conclusão
Ressalto, que, existem outras abordagens e outras vão existir, iguais, melhores ou
acrescentando, ou fazendo uma junção de todas que já existem e possuem embasamentos
semelhantes.
2. “Malaguzzi, dizia que “ele tinha saudades de alguma coisa que ainda não tinha
acontecido.”
Podemos acreditar que ainda há muito por fazer e que ele visualizou o início, mas como
não se trata de algo que não para de se transformar, ele possui essa saudade de uma
abordagem que está em constante “movimento”. Houve um início, mas o final...
de jogar e de falar.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar,
O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas.
Referências
thttps://casadeaprendizagens.com.br/educadores-de-referencia/quem-foi-loris-malaguzzi
https://desafiosdaeducacao.com.br/malaguzzi-100-anos/
https://dialogosviagenspedagogicas.com.br/blog/loris-malaguzzi-historias-ideias-e-filosofias-
basicas
FiLIPPNI, Tizziana. O papel do pedagogo. In: EDWARDS. Carolyn, Lella, FORMAN, George. As
Cem Linguagens da Criança. a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. P. 123-127.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, Brasília: MEC, 2018.
https://poseducacao.unisinos.br/blog/abordagem-reggio-emilia?hs_amp=true
https://casadeaprendizagens.com.br/educadores-de-referencia/quem-foi-loris-
malaguzzi#:~:text=Como%20princ%C3%ADpio%20educacional%2C%20Loris%20Malaguzzi,p
articipar%2C%20proceder%20e%20fazer%20escolhas.
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https://dialogosviagenspedagogicas.com.br/blog/loris-malaguzzi-historias-ideias-e-filosofias-
basicas/
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