Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Docente: ----------------------------------------------------
1
Folha de Feedback
2
Folha para recomendações de melhoria
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3
Índice
1.1. OBJECTIVOS ..................................................................................................................................5
METODOLOGIA ....................................................................................................................................5
CAPÍTULO I: ..........................................................................................................................................6
3. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................17
4
INTRODUÇÃO
Os poetas Parnasianos foram influenciados pelo século XVIII, que ficou conhecido como
século das luzes por influência do Iluminismo, tendo seu ápice em 1878 que surge a poesia
científica que pregava a razão. O subjectivismo típico dos poetas românticos era abatido pela
luz da ciência, o racionalismo. Surgido na França o movimento Parnasiano.
É importante advertir que os poetas do Parnasianismo faziam uma “arte pela arte”, ou seja, eles
acreditavam que a arte existia por si só e deveria se justificar por ela mesma. Além disso, os
escritores parnasianos pregavam pelo rigor da forma escrita, respeito às regras gramaticais,
vocabulário rico e erudito, rimas ricas e preferências por formas fixas como, por exemplo, os
sonetos. Por isso, o culto à forma, ao rigor métrico dos poemas dessa corrente literária. Dessa
visão de mundo é produzida uma arte que se opõe ao carácter metafísico e espiritual dos
românticos.
1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Geral
▪ Perceber o parnasiamismo português e o brasileiro.
1.1.2. Específicos
METODOLOGIA
O trabalho colheu o método qualitativo baseiado em pesquisas dos manuais, livros, links, já
publicados que contem conteúdos da temática.
ESTRUTURA DO TRABALHO
▪ Introdução;
▪ Desenvolvimento;
▪ Conclusão e por fim a bibliografia.
5
I. PARNASIANISMO PORTUGUÊS E BRASILEIRO
CAPÍTULO I:
1. PARNASIANISMO PORTUGUÊS
O parnasianismo em Portugal foi um movimento literário restrito baseado no parnasianismo
francês e no lema “arte pela arte”. O poeta João Penha (1838-1919) é considerado o introdutor
do movimento no país (SUMICH, 2008).
Assim, na segunda metade do século XIX, o pensamento científico estava em alta, pois a
ciência mostrava-se responsável pelo desenvolvimento tecnológico associado à Revolução
Industrial (iniciada no século XVIII), em que o uso de máquinas propiciou o crescimento da
economia.
Nesse sentido, a prosa realista ocupou-se na exposição e discussão desse problema. No entanto,
a poesia realista, isto é, o parnasianismo, isentou-se desse tipo de questão e optou por uma
postura de alienação (indiferença) social, econômica e política. Ainda, seus autores,
influenciados pelo positivismo (corrente filosófica que defendia a primazia da razão e,
portanto, a supremacia do conhecimento científico), recorreram à objetividade na composição
de suas poesias.
Nesse século, houve uma revolução tecnocientífica nunca vista até então, a ciência propiciava
a diminuição das distâncias e o aumento da produção nas indústrias. Portanto, como fator
científico essencial, a razão passou a ser supervalorizada, vista como solução para todos os
males da sociedade.
6
Como indivíduos de seu tempo, os parnasianos, então, viram na objectividade científica um
elemento definidor da sociedade europeia. Assim, entenderam que a razão superava o
sentimentalismo romântico e empreenderam um projeto de “poesia científica”, pois racional e
objetiva.
Desse modo, o movimento parnasiano surgiu a partir da publicação, em três volumes (1866,
1871 e 1876), de uma coleção de poesias editada por Lemerre (1838-1912) e intitulada O
Parnaso contemporâneo. A palavra “Parnaso” refere-se a uma montanha da Grécia, morada do
deus Apolo e das musas inspiradoras dos artistas. Os textos dessa coletânea trabalham com a
perspectiva de uma poesia objetiva. Daí surgiu o nome para o estilo de época parnasianismo.
De sua obra poética merece destaque o livro de poesia “Nós” (1884) e a compilação póstuma
de seus poemas “O Livro de Cesário Verde”, (SUMICH, 2008).
7
1.4. A TEMÁTICA DO PARNASIANISMO PORTUGUÊS
O Parnasianismo em Portugal teve como prioridades o culto à forma, a “arte pela arte”, a
objetividade temática e o distanciamento de questões de cunho social. (SUMICH, 2008).
AFONSO (2007)
O seu pai era lavrador e comerciante, sendo proprietário de uma quinta nas imediações de
Lisboa, em Linda-a-Pastora, e de uma loja de ferragens na baixa lisboeta, onde Cesário Verde
chegou a trabalhar. Foi nestas atividades que repartiu a sua vida, fazendo do quotidiano o
assunto da sua poesia. Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras em 1873, desistindo
após alguns meses. Lá conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida.
A partir de 1879, Cesário Verde empenha-se cada vez mais no auxílio nas tarefas da loja de
ferragens e da exploração da quinta. Em 1872, a sua irmã morre, seguindo-se, dez anos depois,
o seu irmão, ambos de tuberculose. Foi esta a doença que viria a vitimar igualmente o poeta, a
19 de Julho de 1886, apesar das várias tentativas de convalescença. Estas mortes inspiraram
um dos seus principais poemas, Nós.
8
Tenta curar-se da tuberculose, mas sem sucesso, vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886, com
31 anos. No ano seguinte o seu grande amigo Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde,
compilação da sua poesia, publicada em 1901.
A força inspiradora de Cesário era a terra-mãe, sendo nela que encontrava os seus temas.
As obras
Para o poema Contrariedades, o qual apresentaremos a seguir em sua íntegra, temos imagens
ainda mais fortes desse universo de conflitos sociais que determinam limites entre o opressor
e o oprimido. Temos o perfil de dois sujeitos com suas peculiaridades, mas que caminham na
mesma direcção – o eu lírico e a representação feminina através da imagem da endomadeira.
Contrariedades
9
Dói-me a cabeça. Aabafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes E os ângulos agudos.
(.......)
10
Aurélio, “Contrariedades” se refere à decepção, transtorno, desgosto, aborrecimento, entre
outras definições. Fazendo uma relação do título do poema com a definição mostrada pelo
minidicionário Aurélio, percebemos que ambos estão relacionados ao que Cesário Verde nos
vem mostrando em sua poesia, certa inquietação com relação à humilhação que a sociedade
dominante impõe sobre os oprimidos, menos favorecidos e que surge em primeira instância ao
que está ligado ao seu contexto social, ou seja, nos afirmar que é no ambiente social em que o
sujeito lírico está inserido que se torna palco para grandes desigualdades sociais.
Na primeira e segunda estrofe, percebe-se que o eu-lírico denuncia seu estado de espírito, o
qual se remete ao título – contrariado. Nessas estrofes, são apresentados os perfis do eu-lírico,
através dos quais o mesmo se encontra desgostoso, contrariado, alheio à opressão que é posta
aos mais fracos, tornando-os marginalizados, ignorantes. Notamos que os adjectivos: cruel,
frenético, exigente, bizarros, vem acentuar o estado de espírito do eu-lírico que se encontra
contrariado diante das práticas sociais da realidade em que vive, como revelam os versos a
seguir:
Dessa forma, de início, já fazemos inferências de que o autor está contrariado. Mais a frente
ele dirá os motivos pelos quais se encontra nesse estado. Nesse poema, especificamente na
terceira e quarta estrofes, o poeta mostra a situação da engomadeira que está tuberculosa e faz
uma crítica aos maus tratos em que se encontram os doentes e traz a figura feminina, desta vez,
vítima da tirania social. A mulher é humilhada, esquecida pela sociedade dominante porque faz
parte de uma classe social inferior, ou seja, a mulher é pobre.
CAPÍTULO II:
2. PARNASIANISMO BRASILEIRO
11
como cânone na Europa e também no Brasil. Depois de três gerações de poetas românticos, o
movimento exauriu-se.
O Parnasianismo no Brasil teve início com a publicação do escritor e poeta Teófilo Dias,
intitulada “Fanfarras”, em 1882. Existiu até a Semana de Arte Moderna, no ano de 1922 e foi
uns os movimentos literários mais importantes na história da literatura brasileira.
Seguiu a tendência do parnasianismo que surgiu na França e fez total oposição ao romantismo.
O movimento parnasianismo no Brasil teve maior destaque do que nos países da Europa, sendo
que no Brasil o parnasianismo não seguiu todas as características do parnasianismo francês.
A diferença foi que a subjetividade e o nacionalismo, estavam presentes nos poemas de autores
brasileiros. Já na estética parnasiana francesa, esses aspectos eram deixados de lados por
questão da própria cultura parnasiana europeia. O auge do parnasianismo em terras brasileiras
foi com “Fanfarras”, de Teófilo Dias, em 1889
12
2.2.ENVOLVIMENTO DO OLAVO BILAC NO PENSAMENTO PARNASIANO
Um dos grandes escritores parnasianos, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, conhecido
como "Príncipe dos Poetas Brasileiros", foi jornalista, tradutor, poeta e um dos fundadores da
Academia Brasileira de Letras.
13
Na juventude, iniciou os cursos de Medicina e Direito, mas não chegou a concluir nenhum
deles. Trabalhou como jornalista e cronista e publicou seu primeiro livro — Poesias — em
1888. Por fazer oposição ao governo ditatorial de FLORIANO PEIXOTO (1839-1895), foi
preso duas vezes, em 1892 e 1894.
Apesar de sua poesia ser marcada pelo sentimentalismo, o poeta, um dos mais famosos no
início do século XX, é vinculado ao parnasianismo brasileiro, estilo caracterizado pela
objetividade, descritivismo e rigor formal. O autor, um dos fundadores da Academia Brasileira
de Letras, nos últimos anos de sua vida, tomado por um nacionalismo apaixonado, abraçou a
defesa do serviço militar obrigatório, antes de morrer, em 28 de dezembro de 1918, no Rio de
Janeiro.
Bilac mergulha pela temática da sexualidade em suas poesias de maneira descritiva e sensual
características essas que derivavam de Baudelaire e do Realismo brasileiro. Considerado por
Mário de Andrade como “exímio na pintura da pornocinematografia”, alusão talvez aos
primórdios do cinema.
“Beijo Eterno”
14
Raive o Sol no Verão
Venha o outono! do inverno os frígidos vapores
Toldem o céu! das aves e das flores...
(...)
No soneto “Beijo Eterno” destacam-se os elementos eróticos que são líricos e não agridem ou
chocam a beleza de um encontro amoroso. Bilac nos apresenta uma cena forte e sensual entre
o casal apaixonado que se dedica ao prazer tendo como testemunha a deusa do amor Vênus,
que representa a exaltação da beleza, citada como modelo de mulher, assim como a poesia
Parnasiana com formas perfeitas.
Além disso, pode-se perceber no poema que o eu-lírico demonstra o desejo de eternizar o
momento que para ele é mais importante que o natural e o esplendor da natureza: “Raive o Sol
no Verão/ Venha o outono! Do inverno os frigidos vapores Toldem o céu! Das aves e das flores/
Venha à estação! Que nos importa o esplendor/ Da primavera, e do firmamento/ Limpo, e o sol
cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?/ Beijemo-nos o amor!”
Convém enfatizar que o autor lança mão de espaços tipográficos e utiliza versos vibrantes e
cheios de emoção para reforçar a ideia de eternidade do poema: “Quero um beijo sem fim\ que
dure a vida inteira e aplaque o meu desejo”.
15
Olavo Bilac utilizou elementos eróticos, mas não pornográficos, ao apresentar o clímax sexual
com isso nota-se a ousadia que marca o poema e seus elementos eróticos:
“Diz tua boca: ‘’Vem!’’\ inda mais diz, a minha a soluçar... Exclama/ Todo meu corpo o teu
corpo chama: Morde também!\ Ai! Morde! Que doce e a dor \Que entra as carnes, e as tortura!\
Beija mais! Morde mais! Que eu morra de ventura,\ Morto por teu amor!”
Segundo a obra O que é Erotismo da autora LÚCIA CASTELLO BRANCO (2004) existem
diferenças entre o pornográfico e o erótico o primeiro é o sexo explícito que trata a sensualidade
de forma chula e o segundo é o sexo implícito com um teor nobre.
16
3. CONCLUSÃO
17
3.1 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
18