Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
Lei Municipal Nº 225 de 2 de Junho de 1997 (Autor: Vereador Antônio
Roberto Otoni Gomide) - Decreto 30.375 de 28 de Maio de 2010
2013 ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA CMXXX
DECRETOS.....................................................................................................................................01
DESPACHOS.......................................................................................................................................N/C
EDITAIS DE COMUNICAÇÃO.......................................................................................................................02
LEIS MUNICIPAIS..............................................................................................................................................N/C
LICITAÇÕES/AVISOS/EDITAIS/EXTRATOS/CONTRATOS/CONVÊNIOS/ANÁLISES...............................10
PORTARIAS...........................................................................................................................................................11
PUBLICAÇÕES/PORTARIAS/EDITAIS/LICITAÇÕES - CMTT................................................................N/C
PUBLICAÇÕES/PORTARIAS/EDITAIS/LICITAÇÕES - ISSA..............................................................N/C
PUBLICAÇÕES/EDITAIS - PROCON.............................................................................................................N/C
PUBLICAÇÕES/LICENÇAS - SEMMA............................................................................................................N/C
DECRETO N.º 37.076, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2014. O PREFEITO MUNICIPAL DE ANAPOLIS, no uso de suas
atribuições legais e constitucionais;
DISPÕE SOBRE DISPENSA DE LICITAÇÃO CONSIDERANDO o Ofício nº. 011-02/2014 - CMS enviado pela
PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEL DESTINADO AO Secretária Executiva do Conselho Municipal de Saúde, que encaminha a
ARMAZENAMENTO DE PNEUS EM DESUSO PELA RESOLUÇÃO CMS/ANÁPOLIS Nº. 002-02/2014 aprovada 20/02/2014;
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. DECRETA:
O PREFEITO DE ANÁPOLIS, no uso de suas atribuições legais Art. 1º. Fica pelo presente instrumento homologada a RESOLUÇÃO
e constitucionais, tendo em vista o que consta no processo n.º CMS/ANÁPOLIS Nº. 002-02/2014, aprovada em 20/02/2014, que
000007250/2014. retifica a Resolução nº. 023-11/2013, de 26/11/2013, conforme Anexo I.
CONSIDERANDO a necessidade de armazenamento de pneus em Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
desuso a fim de evitar a ser descartado de forma ambientalmente
inadequada em ruas, áreas públicas e lotes baldios da cidade, trazendo PREFEITURA MUNICIPAL DE ANÁPOLIS, em 10 de março
mais qualidade de vida e saúde para a população; 2014.
CONSIDERANDO que o imóvel foi escolhido pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente em razão de sua localização e adequação, ANTÔNIO ROBERTO OTONI GOMIDE
que facilita o recolhimento e armazenamento de pneus; Prefeito de Anápolis
CONSIDERANDO que o valor da locação do imóvel está devidamente
adequado ao preço de mercado; LUIZ CARLOS TEIXEIRA SILVA JUNIOR
DECRETA: Secretário Municipal de Saúde
Art. 1º. Fica DECLARADO DISPENSADA A LICITAÇÃO, com
fulcro no inciso X do artigo 24 da Lei n.º 8.666/93, a despesa no valor ANEXO I
mensal de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais), totalizando o valor do
contrato em R$ 38.400 (trinta e oito mil e quatrocentos reais), relativo RESOLUÇÃO Nº 002-02/2014, de 20 de fevereiro de 2014,
à locação do imóvel, sendo um galpão de 625 m², situado na Av. dos Que Retifica a Resolução Nº023-11/2013, de 26 de novembro de
Buritis, Qd. 35, Lts. 01 e 02, Jibran El Hadj, Anápolis-GO, destinado ao 2013.
armazenamento de pneus em desuso pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, em contrato a ser celebrado com o Sr. EDUARDO MILKE, O Plenário do Conselho Municipal de Saúde de Anápolis em sua
portador CPF n.º 769.571.951-04, para o período de 12 (doze) meses a Reunião Ordinária de novembro de 2013, realizada no dia 26, no
contar da assinatura. Auditório da Secretaria Municipal Saúde de Anápolis, situado à
Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rua Eng. Roberto Mange nº 152, Prédio da Papelaria Tributária,
PREFEITURA DE ANÁPOLIS, em 28 de fevereiro de 2014. 3º Andar, Centro, no uso de suas atribuições legais, conferida pela
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990; pela Lei nº 8.142, de 28
ANTÔNIO ROBERTO OTONI GOMIDE de dezembro de 1990, pela Lei nº 2.098, de 06 de maio de 1993,
Prefeito de Anápolis pela Resolução 453 de 10 de maio de 2012 e o regimento interno do
Conselho Municipal de Saúde de Anápolis,
Considerando:
DECRETO Nº. 37.077, DE 10 DE MARÇO DE 2014 1. A deliberação do Plenário do Conselho Municipal de Saúde,
em sua 6ª Reunião Ordinária, realizada no dia 26 de Novembro de 2013
“DISPÕE SOBRE A HOMOLOGAÇÃO DA RESOLVE:
RESOLUÇÃO AD CMS/ANÁPOLIS Nº. 002-02/2014 Art. 1º - Alterar nomenclatura da Comissão Permanente Inter-Setorial
DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE – CMS de Saúde Do Trabalhador, Educação e Gestão do Trabalhador para
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 02
da demanda real de atendimento de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
necessidades especiais de acordo com o censo escolar e habilidades/superdotação. A educação especial direciona suas
o censo demográfico; ações para o atendimento às especificidades desses alunos
Considerando a necessidade de normatizar a educação no processo educacional e no âmbito de uma atuação mais
especial oferecida no Sistema Municipal de Ensino de ampla na escola, orienta a organização de redes de apoio, a
Anápolis, formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o
desenvolvimento de práticas colaborativas, de modo a garantir
RESOLVE: o desenvolvimento de suas potencialidades sociais, políticas,
psicológicas, criativas e produtivas para a formação cidadã,
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS necessária para aprender a fazer, aprender a conviver, aprender
a ser e aprender a aprender com o objetivo de prosseguir nos
Seção I estudos e progredir no trabalho, respeitadas as características
DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA individuais e a igualdade de direitos entre todos os seres
Art. 1º - A educação inclusiva é o processo social, pedagógico, humanos.
cultural, filosófico, estético e político de ações educativas, Art. 3º - O atendimento educacional especializado
pedagógicas e administrativas voltadas para a inclusão, o proporcionado pela Educação Especial, direito público
acesso, a permanência, o sucesso e a terminalidade de todos subjetivo, é assegurado, preferencialmente, na rede regular de
os alunos na rede de ensino, especialmente àqueles com ensino.
deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento, altas § 1º - O atendimento de alunos com necessidades educacionais
habilidades/superdotação e transtornos funcionais específicos especiais no Sistema Municipal de Ensino tem início na
tais como: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, Educação Infantil e deve perpassar todas as modalidades do
transtorno de atenção e hiperatividade entre outros. Nestes Ensino Fundamental.
casos e em outros, que implicam em transtornos funcionais § 2º As mantenedoras, públicas, particulares, confessionais,
específicos, a educação inclusiva atua de forma articulada comunitárias e filantrópicas jurisdicionadas ao Sistema
com o ensino comum, orientando para o atendimento às Municipal de Ensino assegurarão um conjunto de
necessidades educacionais especiais desses alunos. recursos e serviços educacionais especiais, organizados
§1º - As escolas devem incluir todas as pessoas, institucionalmente para suplementar e complementar as ações
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, pedagógicas comuns, de modo a garantir a educação escolar
sociais, emocionais, lingüísticas, econômicas, culturais ou e promover o desenvolvimento de todas as potencialidades
outras, e ainda, as pessoas com deficiências, com transtornos dos educandos que apresentem necessidades educacionais
globais de desenvolvimento, com altas habilidades/ especiais.
superdotação, em situação de risco e de rua, trabalhadores, de § 3º O Sistema Municipal de Ensino por meio da Rede
origem remota ou de população nômade, pessoas pertencentes Pública Municipal e das escolas jurisdicionadas: particulares,
a minorias linguísticas, étnico-raciais ou culturais, e pessoas confessionais, comunitárias e filantrópicas, devem garantir a
empobrecidas, discriminadas ou marginalizadas. matrícula de todos os alunos com necessidades educacionais
§2º - De acordo com a Política Nacional de Educação Especial especiais, cabendo às unidades escolares das diversas
na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), o movimento mantenedoras organizarem-se para o atendimento educacional
mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e especializado, assegurando-lhes as condições necessárias para
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os uma educação cidadã.
alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem § 4º O atendimento educacional especializado é o
nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui complemento ou suplemento escolar, diferenciado do ensino
um paradigma educacional fundamentado na concepção de regular, para melhor atender as especificidades dos alunos com
direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento ou
valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de altas habilidades/superdotação, abrangendo, principalmente,
equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas os instrumentos necessários à eliminação ou superação
da produção da exclusão dentro e fora da escola. de barreiras físicas, arquitetônicas, sociais, psicológicas
§3º - A inclusão escolar é um direito humano fundamental, e atitudinais, que possam impedir ou dificultar seu
que tem por objetivo mobilizar esforços financeiros, relacionamento com o ambiente externo.
administrativos, educacionais e pedagógicos para capacitar § 5º O Sistema Municipal de Ensino de Anápolis adota
todas as escolas ao atendimento de seus alunos em sua como forma de linguagem, comunicação e expressão, dentre
comunidade, especialmente, os excluídos das oportunidades outras, a Língua Brasileira de Sinais, o Sistema braille, o uso
educacionais; dos recursos de informática, tecnologias assistivas, outras
§4º A educação especial se insere no âmbito da educação ferramentas e linguagens que propiciem a melhora do processo
inclusiva. educativo para os alunos com necessidades especiais.
Seção II CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
Art. 2º A educação especial é uma das modalidades da Educação ESPECIAIS
Nacional que, perpassa o sistema educacional em todos os Art. 4º São considerados alunos com necessidades
níveis, etapas e modalidades de ensino. É oferecida na educação educacionais especiais, decorrentes de fatores inatos ou
básica do Sistema Municipal de Ensino como um conjunto de adquiridos, de caráter temporário ou permanente, aqueles que
serviços e recursos especializados para complementar e/ou apresentarem:
suplementar o processo de ensino aprendizagem aos alunos I – Limitações no processo de desenvolvimento e/ou
com necessidades educacionais especiais, permanentes ou dificuldades acentuadas de aprendizagem nas atividades
transitórias, definindo como seu público-alvo os alunos com curriculares, compreendidas como:
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 04
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica e aproveitamento de estudos, previstos nas normas que regem
(fator etiológico das situações do contexto social e cultural que o Sistema Municipal de Ensino aplicam-se aos alunos com
conduzem a um empobrecimento cognitivo e que acarretam o necessidades educacionais especiais.
surgimento de quadros de dificuldades de aprendizagem); Art. 8º - A certificação especial de conclusão do Ensino
b) aquelas decorrentes de síndromes neurológicas, transtornos Fundamental oferecido ao aluno com necessidades
psiquiátricos e de inibições psicológicas graves. educacionais especiais, no que e como couber, descreverá as
II - aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações habilidades e competências a partir de relatório circunstanciado
ou deficiências; e plano de desenvolvimento, de que constem ainda:
a) dificuldades de comunicação e sinalização, diferenciadas I – avaliação pedagógica alicerçada em programa de
dos demais alunos, particularmente dos que sejam acometidos desenvolvimento educacional para o aluno;
de surdez, de cegueira, de baixa visão, de surdo-cegueira ou
de distúrbios acentuados de linguagem e paralisia cerebral, II – tempo de permanência na etapa do curso;
para os quais devem ser adotadas formas diferenciadas de III – processos de aprendizagens funcionais, da vida prática e
ensino e adaptações curriculares, com utilização de linguagem da convivência social;
e códigos aplicáveis, nos termos da presente Resolução; IV – nível de aprendizado da leitura, escrita e cálculo.
b) altas habilidades/superdotação, grande facilidade de § 1º - As escolas deverão manter arquivo com a documentação
aprendizagem, que os levem a dominar rapidamente as que comprove a necessidade de emissão da certificação
competências constituídas pela articulação de conhecimentos, especial, incluindo o relatório circunstanciado e o plano
habilidades e a formação de atitudes e valores. de desenvolvimento individual do aluno, para garantia da
c) deficiência intelectual e múltipla. regularidade de sua vida escolar e controle pelo sistema de
CAPÍTULO III ensino.
DA IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES § 2º - A certificação a que se refere o caput deve ser
EDUCACIONAIS ESPECIAIS fundamentada em avaliação pedagógica, realizada pelos
Art. 5º - O estabelecimento de ensino ao receber o aluno com professores responsáveis e equipe técnico-pedagógica, com
deficiência ou com transtornos globais de desenvolvimento ou histórico escolar acompanhado de relatório que apresente, de
com altas habilidades/superdotação deve requerer avaliação forma descritiva, o conhecimento apropriado pelo aluno, no
circunstanciada ou diagnóstica, devidamente endossada por processo de aprendizagem.
profissionais de áreas especializadas, circunstanciando os § 3º - A terminalidade específica deve possibilitar novas
limites e potencialidades do mesmo no contexto escolar, para a alternativas educacionais ou encaminhamento para cursos
identificação de suas necessidades educacionais especiais com de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e para a educação
o objetivo de buscar e propiciar apoio e recursos necessários profissional, visando à inserção na sociedade e no trabalho.
à aprendizagem: § 4º - Cabe à Secretaria Municipal de Educação, por meio
I – A avaliação para a identificação das necessidades de sua equipe técnica - CEMAD, orientar, e acompanhar os
educacionais especiais deve partir sempre das potencialidades procedimentos dos casos de certificação da terminalidade
e das possibilidades do aluno, para depois verificar seus específica.
limites e dificuldades; Art. 9º - Ao aluno que apresentar característica de superdotação
II - A avaliação deve ser realizada por profissionais de equipe e altas habilidades, por meio de avaliação, realizada por
multiprofissional – pedagogo, psicólogo, assistente social equipe especializada do Centro Municipal de Atendimento
e fonoaudiólogo - e na ausência desses, pelo professor de à Diversidade-CEMAD “Maria Onilza Borges” , mediante
atendimento educacional especializado, com o respaldo da assessoria de Apoio para Altas Habilidades e Superdotação
equipe técnico-pedagógica; deve ser oferecido o enriquecimento curricular no ensino
III – O encaminhamento de alunos para o atendimento regular e a possibilidade de aceleração ou avanço de estudos
educacional especializado em classes especiais ou de recursos para concluir em menor tempo o programa escolar, utilizando-
ou, ainda, em escolas especiais pode ocorrer, desde que se dos procedimentos de classificação e de reclassificação
motivado e justificado, como complemento do processo compatíveis com o seu desempenho escolar e maturidade
educativo. sócio-emocional, mediante parecer do Conselho de Classe
IV – Segundo a política nacional, sendo o aluno público- devidamente atestado por profissional habilitado.
alvo da educação especial, tem direito ao atendimento CAPÍTULO IV –
educacional especializado, justificado e motivado, porém a DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS
critério de escolha dos responsáveis. Este será acompanhado ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
pelo professor de AEE, caso o tenha na Unidade Escolar, ou a Art. 10 – A Unidade Escolar e/ou Centro de Educação Infantil
Unidade mais próxima, a fim de ter o atendimento específico garantirá, em seu projeto político pedagógico, o acesso e o
a sua necessidade. atendimento a alunos com deficiência, com transtornos globais
Art. 6º - O aluno que necessitar de atenção individualizada de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.
nas atividades cotidianas, recursos ou ajudas intensas e Art. 11 - A Unidade Escolar e/ou Centro de Educação Infantil
contínuas, adaptações curriculares significativas, que a ao construir e implementar seu projeto político pedagógico
escola não consiga prover, deve ser atendido pelo professor devem promover a adequação e a organização de classes
de atendimento educacional especializado no local onde comuns e implantar os serviços e o apoio pedagógico
desenvolve sua vida acadêmica ou em salas de recursos com especializado.
estrutura para o atendimento educacional especializado, e/ Art. 12 - Para assegurar o atendimento educacional
ou, ainda, em escolas especiais, públicas ou privadas, que especializado, os estabelecimentos devem prever e prover:
complementem o ensino regular ou façam atendimento I – acessibilidade nas edificações, com a eliminação de
educacional especializado com vistas à terminalidade da vida barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e
acadêmica. nos equipamentos, conforme normas técnicas vigentes e
Art. 7º - Os procedimentos para classificação, reclassificação
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 05
permanência prolongada em domicílio. Art. 27. O Projeto Político Pedagógico deve ser constituído
§ 1º O atendimento educacional em ambiente domiciliar pelos seguintes elementos, conforme legislação vigente:
e/ou hospitalar deve dar continuidade ao processo de I – explicitação da organização da entidade escolar;
desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos II – filosofia e princípios políticos, didáticos e pedagógicos
matriculados em escola de educação infantil e fundamental, do estabelecimento;
visando ao seu retorno e reintegração ao grupo escolar. III – conteúdos, propostas e respectivos encaminhamentos
§ 2º Nos casos de que trata este artigo, a certificação de metodológicos;
frequência dever ser realizada com base em relatório IV –atividades escolares e ações didático-pedagógicas;
elaborado pelo professor. V – matriz curricular por área de conhecimento de acordo
CAPÍTULO VIII – com as diretrizes do Sistema Educativo;
DOS SERVIÇOS E APOIOS ESPECIALIZADOS VI – processos de avaliação e promoção, classificação,
Art. 22. São considerados serviços e apoios pedagógicos reclassificação, terminalidade, conforme opção do
especializados os de caráter educacional diversificados dos estabelecimento;
ofertados pela escola regular, pública ou particular, para VII – regimento escolar;
atender às necessidades educacionais especiais do aluno. VIII – condições físicas e materiais;
Art. 23. Para a escolarização de alunos com necessidades IX – calendário escolar;
educacionais especiais deverão ser previstos e providos X – relação de corpo docente, equipe técnico-pedagógica e
pela mantenedora, pública ou particular, quando necessário direção habilitada ou especializada em educação especial,
e de acordo com a legislação pertinente, os serviços de em caso de escola especial.
apoio por: §1º Esses elementos são indispensáveis para as escolas
I – Professor com especialização em educação especial ou especiais públicas, particulares e filantrópicas do Sistema
capacitado em serviço; Municipal de Ensino de Anápolis.
II – Professor-intérprete; § 2º Cabe à Secretaria Municipal de Educação orientar e
II – Professor de Atendimento Educacional Especializado; acompanhar a elaboração e execução do Projeto Político
III – Instrutor de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS; Pedagógico, verificando sua legalidade, respeitando a
IV – Instrutor de Braille; autonomia didático-pedagógica do estabelecimento de
V – Cuidador, quando a deficiência verificada exigir; ensino.
VI – Recursos técnicos, tecnológicos, físicos e materiais CAPÍTULO X –
específicos; DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
VII – Salas de Recursos; E ESPECIAL
VIII – Centro de Atendimento Especializado; Art. 28. O estabelecimento de ensino que atende a alunos
Art. 24. Os serviços especializados são assegurados pelo com necessidades educacionais especiais deve integrar na
Município, que também firmará parcerias ou convênios sua equipe técnico-pedagógica, no mínimo, um profissional
com as áreas de educação, saúde, assistência social, habilitado ou especializado na modalidade de educação
trabalho, transporte, esporte, lazer e outros, incluindo especial.
apoio e orientação à família, à comunidade e à escola, Art. 29. Ao professor de sala comum, a mantenedora
compreendendo: deve assegurar formação continuada, para atendimento aos
I – sala alternativa, classe especial ou salas de recursos; alunos com necessidades educacionais especiais e para a
II – escola especial; diversidade.
III – atendimento pedagógico domiciliar ou hospitalar; Art. 30. Os professores dos estabelecimentos de ensino
IV – centro de apoio pedagógico; que ofertam serviços e apoios pedagógicos especializados
V – centro multidisciplinar de atendimento especializado; devem apresentar comprovante de especialização, na
VI – centro de Atendimento Educacional Especializado; modalidade de educação especial e certificação de formação
VII – educação profissional; continuada de no mínimo 40 horas anuais.
VII– atendimentos clínicos terapêuticos e assistenciais; Art. 31. A direção, equipe técnico-pedagógica e
Art. 25. As mantenedoras podem criar outros serviços professores dos estabelecimentos de ensino que atendem
e apoios pedagógicos especializados afins, desde que exclusivamente alunos com necessidades educacionais
obedecidas às normas pertinentes. especiais devem comprovar especialização na modalidade
CAPÍTULO IX – de educação especial ou formação em serviço.
DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Art. 32. São atribuições do professor de Atendimento
Art. 26. A organização do Projeto Político Pedagógico do Educacional Especializado:
estabelecimento de ensino deve tomar como base as normas I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços,
e diretrizes curriculares nacionais, estaduais e municipais, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias
atendendo ao princípio da adequação. considerando as necessidades específicas dos alunos
§ 1º As unidades escolares devem garantir no seu projeto público-alvo da Educação Especial;
adequação curricular e o atendimento pedagógico, para II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional
atender às necessidades educacionais especiais de seus Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade
alunos. dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
§ 2º Em casos de alunos com necessidades especiais que III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos
necessitem de apoio e serviço intenso e contínuo ou nos alunos na sala de recursos multifuncionais;
casos de deficiência múltipla, o estabelecimento de ensino IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos
deve prever adaptações significativas, proporcionando recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula
diversificação curricular, objetivando desenvolver as comum do ensino regular, bem como em outros ambientes
habilidades adaptativas. da escola;
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 08
V – estabelecer juntamente com a equipe gestora parcerias alfabetização pelo Sistema Braille;
com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na b)realizar a transcrição de materiais, Braille/tinta, tinta/
disponibilização de recursos de acessibilidade; Braille, e produzir gravação sonora de textos;
VI – orientar professores e famílias sobre os recursos c)realizar adaptação de gráficos, mapas, tabelas e outros
pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; materiais didáticos para usos de alunos cegos;
VII – ensinar e usar as tecnologias assistivas de forma a d)promover a utilização de recursos ópticos, (lupas manuais
ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo e eletrônicas) e não ópticos, (cadernos de pauta ampliada,
autonomia e participação; iluminação, lápis e canetas adequadas);
VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de e)adaptar material em caracteres ampliados para uso de
aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos alunos com baixa visão, além de disponibilizar outros
recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias materiais didáticos;
que promovem a participação dos alunos nas atividades f)desenvolver técnicas e vivências de orientação e
escolares. mobilidade e atividades da vida diária para autonomia e
IX – Promover, juntamente com a equipe gestora encontros independência;
possibilitando orientações específicas sobre as metas e g)desenvolver o ensino para o uso do soroban;
ações (metodologias, recursos pedagógicos adequados) h)promover adequações necessárias para o uso de
para o alcance dos objetivos previstos no Projeto Político tecnologias de informação e comunicação;
Pedagógico. i)apoio pedagógico ao professor da sala regular comum.
Art. 33. São atribuições dos professores de atendimento IV - Alunos com deficiência física:
educacional por tipos de deficiências: a) orientar o professor da classe comum sobre
I – Alunos com deficiência intelectual: estratégias que favoreçam autonomia e envolvimento do
O Atendimento Educacional Especializado, realizado em aluno em todas as atividades propostas ao grupo;
sala de recursos, deve se caracterizar como complemento b) orientar o professor quanto ao uso da metodologia
curricular, de modo que atenda às necessidades educacionais da Educação Física Adaptada;
de alunos com deficiência intelectual, priorizando o c) operacionalizar as complementações curriculares
desenvolvimento dos processos mentais, oportunizando específicas necessárias à educação dos alunos com
atividades que permitam a descoberta, inventividade e deficiência física no que se refere ao manejo de materiais
criatividade. Nessa perspectiva, o professor da sala de adaptados e à escrita alternativa, (quando necessário), às
recursos multifuncionais deve: vivências de mobilidade e acesso a todos os espaços da
a) realizar atividades que estimulem o desenvolvimento escola e atividades da vida diária, que envolvam a rotina
dos processos mentais: atenção, percepção, memória, escolar, dentre outras;
raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre d) orientar os alunos para a adaptação ao uso de
outros; prótese, de membro superior ou inferior;
b) proporcionar ao aluno o conhecimento de seu corpo, e)introduzir o aluno no aprendizado da informática
levando-o a usá-lo como instrumento de expressão acessível, identificando qual o melhor recurso de tecnologia
consciente na busca de sua independência e na satisfação assistiva que atende às suas necessidades, considerando a
de suas necessidades; sua habilidade física e sensorial atual, e capacitá-lo para o
c) fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, uso independente do computador;
escolher e tomar iniciativas, a partir de suas necessidades f)promover a inserção dos recursos de tecnologias de
e motivações; informação e comunicação no espaço da sala de aula;
d) propiciar a interação dos alunos em ambientes sociais, g)realizar adequação de material didático pedagógico para
valorizando as diferenças e a não discriminação; atender às necessidades dos alunos.
e)preparar materiais e atividades específicas para o V – Alunos com dificuldades de comunicação expressiva:
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. a) garantir o suprimento de material específico de
II – Alunos com surdez ou deficiência auditiva: Comunicação Aumentativa e Alternativa (pranchas, cartões
a) as salas de recursos para alunos surdos ou com deficiência de comunicação, vocalizadores e outros), que atendam à
auditiva são espaços educacionais destinados à realização necessidade comunicativa do aluno no espaço escolar;
da complementação curricular específica, em turno b) adaptar material pedagógico (jogos e livros de
contrário ao da classe comum. O objetivo da organização histórias) com simbologia gráfica e construir pranchas
dessas salas é viabilizar condições para o acesso aos níveis de comunicação para cada atividade, com objetivo de
mais elevados de ensino, considerando que esses alunos proporcionar a apropriação e o aprendizado do uso do
têm condições de comunicação diferenciada.Nessas salas recurso de comunicação e a ampliação de vocabulário de
de recursos, o professor deve ser necessariamente bilíngue, símbolos gráficos;
com conhecimentos acerca de metodologias para o ensino c) identificar o melhor recurso de tecnologia assistiva
de línguas; que atenda as necessidades dos alunos, de acordo com
b) complementar os estudos referentes aos conhecimentos sua habilidade física e sensorial atual, e promova sua
construídos nas classes; aprendizagem por meio da informática acessível;
III – Alunos com deficiência visual: d) habilitar os alunos para o uso de “softwares”
a)as salas de recursos são espaços onde professores específicos de Comunicação Aumentativa e Alternativa
operacionalizam as complementações curriculares utilizando o computador como ferramenta de voz, a fim de
específicas necessárias à educação dos alunos com lhes proporcionar expressão comunicativa;
deficiência visual, realizando o atendimento educacional e) ampliar o repertório comunicativo do aluno, por
especializado e a confecção de materiais adaptados. meio das atividades curriculares e de vida diária;
Nessas salas de recursos, os professores devem promover a f) realizar atividades para desenvolver os processos mentais:
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 09
atenção, percepção, memória, imaginação, criatividade, regulares, Educação Inclusiva e Atendimento Educacional
raciocínio, linguagem, entre outros. Especializado aqueles capacitados de forma continuada,
VI - Alunos com altas habilidades/superdotação: integrada e concomitante com o trabalho docente, sem
a) garantir o suprimento de materiais específicos para prejuízo do disposto no Art. 62 da Lei Federal N. 9.394/96
o desenvolvimento das habilidades e talentos, conforme as e Art. 84, da Lei Complementar Estadual N. 26/98.
necessidades dos alunos; § 1º São considerados professores capacitados para atuar em
b) promover ou apoiar a realização das adequações, classes comuns com alunos que apresentem necessidades
complementações ou suplementações curriculares ao educacionais especiais aqueles que comprovem que, em sua
processo de ensino e de aprendizagem, por meio de formação superior, foram incluídos temas e conhecimentos
técnicas e procedimentos de enriquecimento, compactação sobre educação especial e diversidade adequada ao
ou aceleração curricular; desenvolvimento de competências e valores para:
c) promover ou apoiar a realização de cursos, I –perceber as necessidades educacionais especiais dos
participação em eventos, seminários, concursos e outros; alunos, respeitar a diversidade e valorizar a educação
d) orientar quanto ao uso de equipamentos e materiais inclusiva;
específicos e ou estabelecer parcerias para esse fim, quando II –flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas
se tratar de assuntos especializados. do conhecimento, de modo adequado à diversidade e às
VII - Alunos com dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais de aprendizagem.
distúrbios de comportamento que estejam interferindo III –avaliar continuamente a eficácia do processo educativo
na aprendizagem: os principais distúrbios são: dislexia para o atendimento da diversidade e de necessidades
(distúrbio de leitura), disgrafia (dificuldade em passar educativas especiais.
para a escrita o estímulo visual da palavra impressa) e IV –atuar em equipe, inclusive com professores
discalculia (dificuldade em aprender aritmética), TDAH – especializados em educação especial.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (alunos § 2º São considerados professores especializados
desatentos, inquietos, impulsivos, sempre agitados, não em Educação Especial aqueles que desenvolveram
conseguem se concentrar) e, distúrbios de comportamento, competências para:
como problemas de conduta ou de personalidade: I – identificar as necessidades educacionais especiais dos
a)desenvolver o potencial de cada um, respeitando as alunos;
características individuais do aluno, sempre procurando II –definir e implementar estratégias de flexibilização
auxiliar na superação dos pontos fracos, evitando que as e adaptações curriculares, procedimentos didático-
dificuldades não sejam motivos para serem excluídos do pedagógicos, práticas alternativas e processos avaliativos
processo de aprendizagem e muito menos que possam ser adequados à diversidade e às necessidades educacionais
rotulados ou discriminados; especiais dos alunos;
a) fazer uso de todos os canais sensoriais envolvidos, III –trabalhar em equipe, apoiando o professor de classe
como a audição e visão, uso da memória, tanto na escrita comum para promoção da aprendizagem desses alunos.
quanto na leitura; § 3º Aos professores que já estão exercendo a docência,
b) ler as atividades dos alunos de maneira que ele não devem ser oferecidas oportunidades de formação
subestime a sua habilidade; continuada, por meio de cursos de capacitação.
c) a avaliação deve ser feita de acordo com o seu § 4º Aos professores que já estão exercendo suas funções
conhecimento, utilizando instrumentos diversificados que de docência ou orientação pedagógica na área de Educação
considere suas habilidades, potencialidades, e interesses; Especial e que não possuem cursos de especialização, será
d) dar instruções de forma clara, objetiva e simples, permitida sua permanência, considerando a participação em
para evitar confusões; cursos de capacitação de formação continuada e formação
e) utilizar recursos como: “Jogos de Memória”, em serviço.
“Palavras Cruzadas” “Encontre os Erros”; I – a formação continuada e em serviço deverá ser oferecida
f) preparar diariamente algumas atividades que sistematicamente;
proporcionem aos educandos oportunidades para contarem II – os cursos de que tratam este parágrafo serão aprovados
suas histórias, seus “casos”, fazendo quando necessário, pelo Conselho Municipal de Educação e devem obedecer
interferências, orientando o diálogo e a atenção para que as as diretrizes gerais de formação de professores para o
colocações mais significativas sejam percebidas por todos; Sistema Municipal de Ensino de Anápolis.
g) criar grupos para resolver atividades; CAPÍTULO XII –
h) favorecer a integração escola e família. DA REDE DE APOIO À INCLUSÃO
CAPÍTULO XI – Art. 36. A Rede Municipal de Apoio à Educação Inclusiva
DA HABILITAÇÃO DOS PROFESSORES PARA é composta de:
ATUAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL I – Secretaria Municipal de Educação, por meio do Centro
Art. 34. Para atuar na docência da educação especial o Municipal de Atendimento à Diversidade-CEMAD Maria
profissional deve estar habilitado: Onilza Borges;
I – em cursos de licenciatura em educação especial e/ ou; II – Secretaria Municipal da Saúde;
II – em curso de pós-graduação específico para educação III – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social;
especial e/ ou; IV – Conselho Municipal de Educação;
III – em programas especiais de complementação V – Entidades de âmbito municipal não governamental
pedagógica nos termos da legislação vigente e/ ou; que trabalhem com a diversidade e com as pessoas com
IV – formação continuada em serviço. deficiência;
Art. 35. Consideram-se professores para atuar em classes VI – Entidades representativas dos professores públicos
Diário Oficial de Anápolis ANÁPOLIS 11 DE MARÇO DE 2014 - TERÇA - FEIRA Página 10