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PREPARATÓRIO

CONCURSO PMPE

HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
PROFESSOR AUGUSTO RIBEIRO

@AUGUSTORIBEIROPE / AULÃO COM O PROF AUGUSTO RIBEIRO


AUGUSTO RIBEIRO
Palestrante de Inteligência Emocional e Correlatos.
Gestor de Recursos Humanos
Pós-Graduado em Gestão Pública
Pós – Graduado em Neuropsicopedagogia
Pós – Graduado em Docência do Ens. Superior
Mestrando em Educação – Universidad del
Atlântico - Espanha.
Especialista em Neurociência
Coach Sistêmico de desenvolvimento profissional
Hipnólogo organizacional e institucional
Grafólogo
Teólogo
Professor de preparatório concursos / ENEM / SSA
Professor de Ciências Humanas da Rede Estadual
de Pernambuco e do Município de Olinda.
Idealizador do Instituto MOVA-SE.

MUDANÇAS OBJETIVAS VALEM APENA


SUPERAÇÃO EMOCIONAL
ÁREA - HISTÓRIA
PREPARATÓRIO PMPE
REVOLUÇÃO PRAIEIRA
HISTÓRIA, PREPARATÓRIO PMPE
Revolução Praieira

PROVÍNCIA DE PERNAMBUCO

Porto do Recife. Imagem: Emil Bauch. / Domínio Público

• No início do século XIX, Pernambuco era a mais


importante província do Nordeste.
• Seus políticos tinham muita influência no Rio de
Janeiro, graças ao açúcar.
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Revolução Praieira

1848
Estrutura de Pernambuco
 Governo de D. Pedro II.
 Situação econômica e política de Pernambuco
concentradas nas mãos das famílias Rego Barros,
Souza Leão, Barreto e Cavalcanti.
Partidos políticos da época:
a) Conservador (dominado pelos Rego Barros).
b) Liberal (dominado pelos Cavalcanti).
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Revolução Praieira

• Pernambuco – Séc. XIX


Situação vivida no interior e na cidade:
a) A terra produtiva estava nas mãos dos grandes latifundiários ;
b) Nas cidades, os donos de quase todas as casas comerciais eram
portugueses e esses, por sua vez, preferiam seus funcionários.
também portugueses.

Imagem: Johann Moritz Rugendas / Domínio Público. Imagem: Johann Moritz Rugendas / Domínio Público.
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Revolução Praieira

Naquela época, a sociedade pernambucana


era dominada pela família Cavalcanti, que
mandava e desmandava segundo seus
interesses.
 Além disso, a questão da monopolização
do comércio pelos portugueses começou a
gerar a insatisfação das camadas populares
em Pernambuco.
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Francisco Rego Barros


• Essas duas famílias (Cavalcanti (Barão de Boa Vista)
e Rego Barros) faziam acordos
políticos com muita facilidade.

• Assim, Francisco de Paula


Cavalcanti tornou-se presidente
da província em 1837,
mediante um acordo com os
Rego Barros e, em 1840, foi a
vez de Francisco Rego Barros
(Barão de Boa Vista) assumir a
presidência.
Imagem: Domínio público.
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• Em 1842, alguns integrantes do Partido Liberal


se rebelaram e fundaram o Partido Nacional
de Pernambuco (Partido da Praia), eles
acusavam Rego Barros de distribuir os
melhores cargos aos Cavalcanti e seus aliados
mais próximos.
• O Partido da Praia se formou como protesto
pela exclusão dos benefícios do poder.
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• O Partido da Praia começou a crescer a


partir de 1844, quando conseguiu eleger
uma boa bancada de deputados para a
Assembleia Legislativa provincial.

• No mesmo ano, foi ainda beneficiado com a


ascensão de um ministério liberal e,
particularmente, com a nomeação de
Antônio Pinto Chichorro da Gama.
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PARTIDO DA PRAIA
PARTIDO NACIONAL DE PERNAMBUCO (PNP)

I. Combatia a desigualdade social e suas ideias eram expressas


através do Diário Novo, que ficava instalado na rua da Praia, em
Recife.
II. Acusava Rego Barros de distribuir os melhores cargos aos
Cavalcanti e seus aliados mais próximos.
III. Denunciava que a Inglaterra fazia pressão para o fim do tráfico
de escravos, mas, para as famílias Cavalcanti e Rego Barros, isso
não significava problema, pois conseguiam escravos baratos
mediante a prática do contrabando (que era acobertada pelas
autoridades), enquanto os demais membros da população eram
obrigados a pagar o preço de mercado pelos escravos.
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Para entender o
comportamento desses
políticos, é preciso lembrar
que, pela Constituição de
1824, só era considerado

Imagem: Domínio público.


cidadão quem tinha renda
suficiente para votar e ser
votado.
CONSTITUIÇÃO DE 1824
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Juramento da Imperatriz Maria Leopoldina à constituição do Brasil / Domínio público.


Como era exigida a
renda, só os membros
das famílias de grandes
proprietários rurais e de
grandes comerciantes
tinham posses para
ocupar cargos de
deputados ou
senadores do Império.
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 Para fazer face aos gastos com funcionários


públicos, policiamento e obras públicas,
Chichorro da Gama aumentou os impostos, o
que veio a encarecer os alimentos.

 A elevação dos preços deu origem a uma


crescente insatisfação entre as camadas
populares, que puseram, no entanto, a culpa
nos comerciantes portugueses.

 Entre 1847 e 1848, eclodiram revoltas

Imagem: Domínio público.


populares que resultaram na depredação dos
estabelecimentos de portugueses.

 Particularmente graves foram os distúrbios


ocorridos nos dias 26 e 27 de junho de 1848,
quando vários portugueses foram mortos e Antônio Pinto
dezenas deles feridos.
Chichorro da Gama
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 Reunindo em seu engenho de Lages os principais


chefes do partido conservador (gabirus), Veloso da
Silveira comandou um movimento apoiado em armas
contra os resultados eleitorais e disposto a tudo para
impedir a posse dos senadores praieiros.

 Pressionado por essa sedição ou revolta, o Senado


decidiu anular as eleições, pondo fim à revolta dos
gabirus, mas dando aos praieiros um forte pretexto
para começar a sua rebelião.
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A Revolução Praieira foi uma revolta de caráter


liberal e separatista que surgiu na província de
Pernambuco, entre 1848 e 1850.

Imagem: Wellber Drayton /


Domínio Público.
A Rebelião teve início em Olinda e se alastrou para a zona da mata.
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• Uma vez instalados no governo, os praieiros adotaram


os mesmos métodos dos gabirus ou conservadores.

• Demitiram em massa os funcionários da administração e


da polícia em toda a província, que haviam sido
nomeados pelos conservadores, substituindo-os pelos
seus correligionários.

• O resultado imediato dessa política imprudente foi


desastroso: os praieiros criaram um caos administrativo.
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Os praieiros utilizaram com


habilidade o intenso
sentimento antilusitano ao
aceitarem, na assembleia
provincial, a petição que
exigia a nacionalização do
comércio a retalho e a
expulsão dos portugueses Imagem: Johann Moritz Rugendas / Domínio Público.

solteiros.
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• Nada disso, entretanto, amenizou o fracasso da


administração praieira, que não conseguiu colocar as
finanças em ordem.

• A tentativa de consolidar o próprio poder, elegendo


seus candidatos ao Senado, também fracassou por
causa da anulação do pleito, graças à interferência dos
gabirus, que possuíam grande influência no poder
central do Rio de Janeiro.

• Por fim, a descoberta de inúmeras irregularidades, em


junho de 1848, desmoralizou a administração praieira.
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• O presidente da província, Chichorro da Gama,


havia deixado o cargo no início de 1848,
assumindo em seu lugar o vice Manuel de
Sousa Teixeira.

• O novo presidente, de inclinação moderada,


começou a afastar os praieiros da
administração, criando uma situação explosiva.
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• Praieiros contra gabirus O conflito armado


entre praieiros e gabirus teve início um ano
antes da ascensão de Manuel de Sousa
Teixeira, em 1847.

• Nesse ano, os praieiros venceram a eleição


para o Senado. Contrariando esse resultado,
levantou-se o poderoso senhor de engenho e
coronel da Guarda Nacional, José Pedroso
Veloso da Silveira.
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CAUSAS E REIVINDICAÇÕES DA REVOLTA

PARTIDO CONSERVADOR b) Falta de autonomia política


das províncias e
a) Proíbe a indicação para o concentração de poder nas
Senado do liberal mãos da monarquia.
pernambucano Antônio
Pinto Chichorro da Gama. c) Os políticos liberais
revoltosos ganharam o
apoio de várias camadas da
população, principalmente
Imagem: Domínio público.

dos mais pobres, que viviam


oprimidos e sofriam com as
péssimas condições sociais.
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MANIFESTO AO MUNDO DE
BORGES DA FONSECA

• Voto livre e universal do povo brasileiro;


• Liberdade total de imprensa;
• Direito ao trabalho;
• Inteira e efetiva autonomia dos poderes constituídos:
• Nacionalização do comércio varejista;
• Adoção do federalismo;
• Reforma do Poder Judiciário de modo a assegurar as
garantias individuais dos cidadãos;
• Extinção dos juros;
• Abolição do sistema de recrutamento;
• Abolição do Poder Moderador;
• Supressão da vitaliciedade do Senado;
• Expulsão dos portugueses.
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LÍDERES DA PRAIEIRA

• Joaquim Nunes Machado

• Pedro Ivo Veloso da Silveira


Imagem: Reynaldo / Domínio público.

• Antônio Borges da Fonseca

General Abreu e Lima.


• José Inácio de Abreu e Lima
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• A 7 de novembro de 1848, os primeiros grupos armados de praieiros juntaram-


se na localidade de Igarassu e seguiram para Nazaré, bloqueando, desde logo, as
comunicações de Recife com o interior da Província.

• Cerca de 300 a 400 guardas nacionais foram então preparados para a luta. Ao
mesmo tempo, os rebeldes difundiam violenta propaganda contra o Presidente
da Província, com o objetivo de conseguir, a um só tempo, o apoio da
população e a desmoralização das autoridades.

• Firmino Antônio de Sousa, Chefe de Polícia, e o Capitão Isidoro da Rocha Brasil,


com uma centena de praças, saíram ao encontro dos insurretos, mas, em face
do efetivo e da técnica de guerrilha empregada pelos adversários,
compreenderam a necessidade de apoio efetivo para enfrentar a situação.
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• Em Água Preta, o levante foi liderado por Pedro Ivo Veloso. O movimento
tomou corpo em toda província de Pernambuco,"(...) se alastrou, a
seguir, no interior, travando-se encontros em vários recantos- Maricota,
Mussupinho, Pau Amarelo, Apipucos, Camaragibe, Três Ladeiras, Goiana .

• A rebelião obteve o apoio dos deputados praieiros Nunes Machado,


Antonio Afonso Ferreira, Jerônimo Vilela de Castro Tavares, Felipe Lopes
Neto, Arruda Câmara, Rego Monteiro, entre outros.

• No dia 22 de janeiro de 1849, os praieiros, acampados em Água Preta,


decidem invadir Recife a fim de tomar o governo.
Para tal empreitada, as tropas rebeldes atraíram as tropas do governo
para o sul da província, deixando parte da capital desprotegida.
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• Assim, cerca de mil homens foram divididos em duas colunas:


uma atacando pelo sul, sob o comando de Pedro Ivo, tendo
como imediato Borges da Fonseca e a outra desde Soledade,
comandada por Felix Peixoto e Nunes Machado.

• Porém, a falta de comunicação entre as duas colunas e o fato


de os rebeldes, vindos do interior, desconhecerem a cidade,
levou-os a uma derrota.

• As forças de João Roma foram vencidas pelas tropas legalistas


lideradas pelo Capitão Rocha Brasil, sendo mortalmente
ferido o líder Nunes Machado.
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• Os praieiros são vencidos em Recife. Assim, “ sem pontos de


apoio e quase sem munição, os grupos foram se rendendo
um após o outro”.
• Pedro Ivo parte com seus soldados – “em sua maioria índios –
para Água Preta, onde mantém uma guerra de guerrilhas
pelo interior da província durante três anos”.

• Mediante a promessa de anistia, Pedro Ivo se entrega. Traído,


é atirado à Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, de onde
consegue fugir no dia 20 de abril de 1851.

• No entanto, adoece e morre num navio estrangeiro que o


levaria à Europa. Desaparecia, assim, o maior líder da rebelião
praieira, o "Capitão da Praia".
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 A participação popular esteve limitada ao recrutamento


efetuado pelos rebeldes e sob seu direto controle, tanto
do lado praieiro quanto do lado gabiru.

 Portanto, as pessoas mais simples do povo não tiveram a


oportunidade de atuar autonomamente.

 Ao contrário, o poder excepcional dos grandes senhores


de engenho, que, sozinhos, controlavam a quase
totalidade da economia pernambucana, teve um peso
decisivo para manter as coisas dentro de limites
adequados aos seus interesses.
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• Mas o conflito foi suficientemente grave para alarmar o


poder central, principalmente tendo em conta a onda
revolucionária que abalava a Europa em 1848.

• Paulo Sousa, chefe do gabinete liberal que estava no


poder desde 1844, associou as duas coisas em julho de
1848 ao dizer o seguinte: "Pede que se note que a
posição atual da Europa tem dois caracteres - político e
social; e não poderemos nós temer a repercussão com
caráter social?”
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• Com a vitória das tropas imperiais, segue-se uma verdadeira


caçada aos rebeldes.

• Os liderados por Feliciano Falcão cometem uma série de


abusos contra os areienses em busca dos "culpados" e de
informações sobre o paradeiro destes.

• “Inúmeras casas foram saqueadas e até pessoas que não


participaram do movimento foram presas e açoitadas, como
o pai de João Azul, que, (...) quase cego, foi levado preso
para Recife e daí para a Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, de
onde foi recambiado ao lar ao cabo de penosos
sofrimentos”.
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• Anos mais tarde, Maximiano Machado relata, em sua obra Quadro


da Revolta Praieira na Província da Paraíba, a vitória das tropas imperiais,
que "(...) passaram a considerar aquele lugar como um país estranho
conquistado, e aos prisioneiros vencidos como bestas selvagens,
sujeitos a pesados serviços e a tormentos cruéis”

• A repressão que se seguiu sobre os areienses talvez comprovasse o apoio


e a participação das camadas populares no movimento.
“Quando a tropa legalista
Areia desocupou
O governo da província
Uma atitude tomou:
Mandou que contra os culpados
Processos fossem instaurados
E de fato, os instaurou”.
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• Foram denunciados 18 envolvidos, em sentença do chefe de


polícia, Cláudio Manoel de Castro, datada de 30 de maio de 1849.
• Maximiano Machado, que estava ferido, foi preso no engenho
Pureza, em Pernambuco, sendo libertado logo depois, mediante
habeas corpus.
• Em Areias, os principais líderes foram presos, com exceção de
Joaquim dos Santos Leal, que fugira pelos sertões, e Luis Vicente
Borges, que se ocultara num porão do sobrado de Francisco Jorge
Tôrres.
• Em 1851, os implicados foram anistiados voltando mais tarde a
concorrer a cargos públicos.
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