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História

Revolução Praieira

Professor Thiago Scott

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História

REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848)

Foi considerada a última revolta do período imperial, tendo como principal objetivo pôr fim ao
sistema político vigente das elites conservadoras, donde o poder local era monopolizado pelas
famílias aristocráticas: Cavalcanti e Rego Barros.
O termo “praieira” associado a revolta, remete ao nome da rua (rua da praia), local onde era a
sede do “Diário Novo”, principal meio de comunicação do grupo liberal, o qual recebeu o nome
de “praieiros”. Em resumo, a revolução praieira representou o choque político entre os liberais
e os conservadores.
No começo do Segundo Reinado, a ascensão dos liberais que apoiaram a chegada de Dom
Pedro II ao poder foi logo interceptada após os escândalos políticos da época. As “eleições do
cacete” tomaram os noticiários da época com a denúncia das fraudes e agressões físicas que
garantiriam a vitória da ala liberal. Em resposta, alguns levantes liberais em Minas e São Paulo
foram preparados em repúdio às ações políticas centralizadoras do imperador.
Nesses dois estados os levantes não tiveram bastante expressão, sendo logo contidos pelas
forças militares nacionais. Entretanto, o estado de Pernambuco foi palco de uma ação liberal
de maior impacto que tomou feições de caráter revolucionário. Ao longo da década de 1840,
setores mais radicais do partido liberal recifense manifestaram seus idéias através do jornal
Diário Novo, localizado na Rua da Praia. Em pouco tempo, esses agitadores políticos ficaram
conhecidos como “praieiros”.
Entre as principais medidas defendidas por esses liberais estavam a liberdade de imprensa,
a extinção do poder moderador, o fim do monopólio comercial dos portugueses, mudanças
sócio-econômicas e a instituição do voto universal. Mesmo não tendo caráter essencialmente
socialista, esse grupo político era claramente influenciado por socialistas utópicos do século
XIX, como Pierre–Joseph Proudhon, Robert Owen e Charles Fourier.

HISTÓRIA

A Revolução Praieira ou Insurreição Praieira de Pernambuco, representou um levante armado


de caráter liberal e republicano. Liderada por Pedro Ivo Veloso da Silveira, a revolta ocorreu na
província de Pernambuco, no final do período do Brasil Império (1822-1889) durante o Segundo
Reinado (governo de Dom Pedro II), entre os anos de 1848 e 1850.
Foi considerada a última revolta do período imperial, tendo como principal objetivo pôr fim ao
sistema político vigente das elites conservadoras, donde o poder local era monopolizado pelas
famílias aristocráticas: Cavalcanti e Rego Barros.

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O termo “praieira” associado a revolta, remete ao nome da rua (rua da praia), local onde era a
sede do “Diário Novo”, principal meio de comunicação do grupo liberal, o qual recebeu o nome
de “praieiros”. Em resumo, a revolução praieira representou o choque político entre os liberais
e os conservadores.
Em fins do Segundo Reinado, a população de Recife se encontrava insatisfeita com o aumento
da desigualdade social, o controle do monopólio político e comercial (Portugal), dentre outros
problemas. Assim, quando foi eleito governador da Província de Pernambuco, em 1845, pelo
partido conservador, Antônio Chinchorro da Gama despertou grande insatisfação na população,
sobretudo dos liberais que ocuparam o poder no período anterior de 1844 a 1848. A partir
disso, com o apoio dos federalistas, socialistas, republicanos e os setores populares, os liberais
almejavam, primeiramente, destituir Chinchorro do cargo.
Ao lado de Pedro Ivo, líder militar da revolta, estavam Borges da Fonseca (antigo liberal
pernambucano), com quem escreveu o “Manifesto ao Mundo”, e o deputado Joaquim Nunes
Machado. O "Manifesto ao Mundo", foi publicado em 1849, e trazia as reivindicações do grupo
liberal, a saber:
•• Voto livre e universal
•• Liberdade de Imprensa
•• O trabalho como garantia de vida para os cidadãos
•• O comércio a retalho só para os cidadãos Brasileiros
•• Harmonia e efetiva independência dos poderes políticos
•• A extinção do Poder Moderador
•• Nova organização Federalista
•• Reforma do poder judicial, assegurando os direitos individuais dos cidadãos
•• Extinção da cobrança de juros
•• Extinção do atual sistema de recrutamento militar
•• Expulsão dos portugueses
Em 1847, o movimento passou a ganhar força com a nomeação de um presidente de província
conservador mineiro para conter a ação dos liberais pernambucanos. Revoltados com essa
ação autoritária do poder imperial, os praieiros pegaram em armas e tomaram conta da cidade
de Olinda. A essa altura, um conflito civil contando com o apoio de grandes proprietários,
profissionais liberais, artesãos e populares tomou conta do estado.
Em fevereiro de 1849, os rebelados tomaram a cidade de Recife e entraram em novo confronto
com as forças imperiais. Nesse período, o insurgente Pedro Ivo surgiu como um dos maiores
líderes dos populares. Entretanto, a falta de apoio de outras províncias acabou desarticulando
o movimento pernambucano. No ano de 1851, o governo imperial deu fim aos levantes que
contabilizaram cerca de oitocentas baixas.

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