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Teoria
Parlamentarismo às avessas
Produção cafeeira
A Era Mauá
Movimento Abolicionista
Lei Eusébio de Queirós (1850): Sob forte pressão britânica, a lei foi
aprovada e decretou o fim do tráfico de africanos escravizados para o
Brasil. No entanto, o tráfico intercontinental foi mantido por mais alguns
anos, sendo realizado por rotas alternativas. Em 1854, o governo ainda
decretou a Lei Nabuco Araújo, estabelecendo punições a quem
acobertasse o tráfico de escravizados.
Lei do Ventre Livre (1871): Declarava livre os nascidos de mãe
escravizada a partir da data de assinatura da lei. Na prática, a lei
mantinha os filhos das escravizadas sob tutela do senhor até atingirem 8
anos de idade. Após isso, os senhores poderiam entregar o menor ao
governo, com direito a uma indenização, ou utilizar seus serviços até os
21 anos.
Lei dos Sexagenários (1885): Declarava livres os escravizados com
mais de 65 anos. Na prática, teve alcance reduzido já que a expectativa
de vida do cativo era muito pequena e pouquíssimos chegavam a esta
idade.
Política Externa
A relação cada vez mais desgastada com o Inglaterra devido à pressão pelo
fim da escravidão juntamente com a relativa diminuição da dependência
brasileira, que passava a comercializar com outros países industrializados,
levou a uma questão diplomática entre os dois países. Além disso, a
promulgação da Bill Aberdeen (1845) também acabou contribuindo para que
o clima amistoso entre Brasil e Inglaterra fosse abalado.
O naufrágio do navio inglês Prince of Wales e o posterior saquemaento no
Rio Grande do SUl, fez com que o diplomata William Dougal Christie exija
uma reparação monetária do governo brasileiro, entretanto o
descontentamento com o representante britânico já estava alto, uma vez que
ele havia acobertado um pouco antes a morte de um alfandegário por dois
marinheiros ingleses. Para piorar a situação, durante a discussão sobre a
indenização do navio naufragado, alguns marinheiros ingleses causaram uma
confusão no Rio de Janeiro, sendo detidos por policiais brasileiros. O
diplomata exigiu que os ingleses fossem soltos, que os oficiais fossem
demitidos e um pedido oficial de desculpas por parte do governo brasileiro.
Isatisfeito com as exigências do governo britânico, D. Pedro II se recusa a
cumprir as exigências e rompe as relações com o Império Britânico, que
ameaçava fechar a Baía de Guanabara.
Entretanto, buscando resolver de forma pacífica seus conflitos com a
potência industrial e marítima, o Imperador brasileiro buscou ajuda para
mediar o conflito com o rei da Bélgica, Leopoldo II.O rei belga deu ganho de
causa para o Brasil, que pagou a indenização pelo navio naufragado e
recebeu, posteriormente, um pedido de desculpas do governo britânico pelos
abusos cometidos pelo seu embaixador.
Vale ressaltar que, recentemente, a historiografia oficial sobre a questão
acabou sendo revista por alguns atores e foi encontrado um outro elemento
em comum para a crise, a escravidão. Desde a década de 1840, Inglaterra e
Brasil já estavam com a relação abalada por conta das discussões em torno
do fim do tráfico negreiro. Um dos grandes impasses teria contribuído para o
desentendimento diplomático entre os países era a exigência de libertação de
africanos livres que haviam entrado de forma ilegal no país após a lei
de1831. Assim, aproveitando do desentendimento com relação ao navio e a
prisão dos marujos ingleses, Christie teria aproveitado para pressionar o
governo brasileiro pelo fim da escravidão.
Havia na Inglaterra um movimento abolicionista ligado a religião que,
supostamente, influenciava na luta inglesa em prol da libertação dos
escravizados aqui no Brasil e para alguns autores essa era a grande causa
do interesse inglês no fim da escravidão. Além disso, eles apontam também,
que a Guerra de Secessão, nos Estados Unidos, e o consequente fim da
escravidão teriam sido fatores que impulsionaram a luta inglesa pelo fim da
escravidão aqui na América.
Vale lembrar que uma das grandes questões da Guerra foi o problema do
recrutamento no Brasil. Enquanto a guerra se estendia, o alistamento era
cada vez mais difícil. Fugas, confrontos locais, brigas políticas, casamentos
forjados e muitos outros problemas passaram a ser enfrentados pelos que
buscavam soldados pelo país.
Republicanismo