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Idade Moderna

Estados Nacionais
Paulo Cícero
Crise do século XIV XV XVI

Crise demográfica Necessidade de mão de obra


América Colonial
Necessidade de novas fontes de
Crise monetária
ouro e prata
Expansão Marítima
Necessidade de novas áreas
Crise agrária
produtoras Tráfico negreiro
Necessidade de novas rotas
Crise comercial
comerciais
Reorganização do poder político
Crise política Estado Absolutista
monárquico
Emergência de novas visões de
Crise cultural Renascimento
mundo, novos valores
Emergência de novas
Crise religiosa Reforma Protestante
espiritualidades
Idade Moderna
É consenso entre os historiadores que o início da modernidade foi identificado a partir
de um conjunto de transformações conjunturais que atingiram praticamente todos os
níveis de existência social dos europeus. Tudo se modificou em maior ou menor grau:
• a dimensão do comércio mundial -> Expansão marítima
• as relações sociais e de trabalho –> avanço do trabalho livre
• a organização política e as ideologias –> Estado absolutista
• as manifestações culturais -> Renascimento
• as manifestações religiosas -> Reforma
Por isso, o conceito de modernidade constituiu uma tentativa de identificar nas
mudanças que vieram com a crise feudal, um novo momento histórico, que rompeu
com as estruturas medievais, mas manteve um expressivo grau de continuidade.
Nesse momento histórico, os elementos que comporiam a ordem liberal, burguesa e
laica teriam se estruturado.
Monarquia medieval Monarquia absolutista
Predomina o caráter de suserano
Predomina o caráter de soberano
As funções públicas são apropriadas pelos
senhores feudais As funções públicas são monopolizadas
A nobreza feudal tem é guerreira pelo monarca
Fatores da formação dos Estados modernos
Crise do século XIV
A peste, as guerras e as revoltas camponesas reforçaram a tendência de transferir para o Estado a responsabilidade
pela manutenção da ordem. A ação devastadora da peste negra exigiu medidas que impedissem a disseminação da
doença. Desse modo, o fortalecimento dos reis foi possível porque nenhum dos setores dominantes tinha força para
disputar o poder com eles.
O progresso econômico
A expansão do comércio e o surgimento da burguesia estão na base do desenvolvimento do Estado absolutista. A
diversidade de moedas, pesos, tributos e pedágios internos constituíam um sério obstáculo à expansão do
capitalismo. A solução foi a aproximação da burguesia com os reis. Por isso, os mercadores financiaram a formação de
exércitos e do aparato burocrático, ao qual procuraram se integrar em busca de vantagens econômicas, proteção e
prestígio.
Revoltas camponesas
As revoltas camponesas, resultantes da superexploração feudal, obrigaram a nobreza e o clero a recorrerem ao rei
para eliminá-las. Nesse sentido, elas foram mais um fator de subordinação da nobreza ao rei. Interessada na
preservação dos seus privilégios e do domínio social, a nobreza apoiou o fortalecimento real.
Os movimentos comunais
Os movimentos comunais abriram espaço para a ascensão política da burguesia nas cidades, afastando os senhores
feudais do domínio sobre os burgos. Na luta pela autonomia das cidades, a população citadina encontrou apoio no
rei. Desse modo, os reis apoiavam as comunas contra a nobreza para depois tirar sua autonomia.
Fatores da formação dos Estados modernos
As guerras feudais e a pólvora
As guerras feudais, como a Guerra dos Cem Anos (1337–1453), favoreceram o
fortalecimento do poder real, pois exigiram a presença de um exército permanente sob
comando centralizado. A longa duração dessas guerras tornava o serviço militar que os
vassalos deviam ao rei, por 40 dias, totalmente inadequado. A solução foi a contratação
de exércitos mercenários com recursos da burguesia ou a substituição do serviço militar
dos vassalos por dinheiro. A centralização do poder bélico foi essencial para o avanço do
absolutismo.
Os humanistas e o absolutismo
O Renascimento também contribuiu com o absolutismo. Atuando como mecenas, os reis
recorreram aos filólogos humanistas para tentar impor a unidade linguística. A
diversidade de dialetos era um obstáculo ao avanço do poder real nas províncias do
reino. A imposição de uma língua nacional era alcançada por meio dos decretos régios
publicados no idioma que se pretendia oficial. A padronização linguística contribuirá para
a futura construção da identidade nacional. Para afirmação da autoridade política, os reis
também patrocinaram artistas, que por meio de autorretratos, esculturas e
embelezamento dos palácios, exaltavam da sua glória e poder.
Características dos Estados modernos
Os Estados Nacionais se caracterizam “por certo nível de monopolização”.
A superação da fragmentação política dependia da imposição de certos monopólios: o da
tributação, o da força militar e o da justiça.
O controle dessas instâncias pelo monarca pode ser apontado como o elemento definidor da nova
estrutura de poder que se esboça e, portanto, a principal ruptura com a monarquia feudal.
Monopólio político
No Estado absolutista, o caráter soberano do rei tornou-se dominante. A vassalagem foi eliminada e
emergiram relações de submissão da nobreza ao rei. O poder real foi imposto a toda sociedade por
meio da centralização da justiça, do exército, da tributação e da administração. Todos se tornam
súditos do rei.
A nobreza perdeu sua autonomia política e, seu poder bélico foi cada vez mais reduzido. No
entanto, sua dominação político-social foi mantida pelo monarca. Esse foi o papel do Estado
absolutista, manter a massa camponesa à sua posição social de submissão, e garantir os privilégios
da nobreza, tais como isenção de impostos, leis especiais e proibição de se exercer funções
produtivas.
As monarquias modernas perpetuaram a concepção medieval de “Estado patrimonialista”.
Monopólio jurídico
A unificação jurídica foi fundamental para viabilizar a centralização política.
A nascente legislação do Estado dotaria o rei da legalidade necessária para
as novas ações controladoras e interventoras. O Direito Romano,
resgatado, a partir do século XII, serviu de base para a construção desse
centralismo jurídico, e as universidades forneceram os juristas laicos para
essa função, originando uma camada de magistrados.
A centralização das leis eliminava o direito consuetudinário, ou seja, a
legislação medieval resultante dos costumes e das tradições locais. A
diversidade feudal perdia espaço para a unidade moderna, e a justiça
privada era progressivamente eliminada. No entanto, essa unificação
preservou, no seu interior, a desigualdade jurídica feudal: os privilégios
sociais, fiscais e econômicos do clero e da nobreza.
Monopólio fiscal
O nascimento do imposto nacional foi vital para o avanço do absolutismo.
O monopólio da tributação garantiria ao monarca os recursos necessários
para sustentar a burocracia, o exército e sua corte. Os impostos
arrecadados financiariam o exército real, o que, por seu vez, garantiria a
tributação.
Monopólio militar
O rei precisava de um exército unificado para submeter as forças descentralizadoras
do reino, a nobreza e as comunas. O exército nacional seria também a garantia da
soberania da monarquia frente aos outros Estados que se organizavam.
O poder de repressão, transferido da nobreza para a realeza, permitiu ao rei
conduzir as guerras, reprimir as revoltas populares, as disputas nobiliárquicas e o
banditismo, que prejudicava o comércio.
A ação pacificadora do rei era desejada por todos, o qual passava a agir como
controlador das tensões sociais e normatizador das relações de dominação, sempre
em benefício da nobreza. A centralização militar impunha a desmilitarização da
nobreza, que são dois processos interdependentes. A nobreza perdia seu caráter
belicoso para se transformar numa nobreza palaciana, cortesã, sustentada pelo rei.
Burocracia estatal
Para estender a autoridade do rei, as leis e a tributação sobre todo o reino, era
indispensável a formação de uma burocracia estatal, ou seja, um conjunto de
funcionários e servidores de corte. Essa burocracia era custeada pelos tributos
arrecadados pelo rei e exercida por pessoal especializado, na maioria das vezes,
burgueses.
A sociedade de Corte : a sociedade absolutista perpetuou elementos medievais, sendo também estamentais
e aristocráticos, ou seja, elementos estruturados a partir do privilégio de nascimento, condição que gerava
uma classe privilegiada que exercia a dominação política. Essa classe era a nobreza.
Assim, a sociedade moderna prolongava a medieval, bem como o domínio político da nobreza.
Intrínseca ao avanço do absolutismo crescia a sociedade de corte. As cortes reais, que se expandiram em
todas as monarquias, constituíam um espaço político onde os monarcas construíam estratégias de submissão
da nobreza.
Era crucial eliminar o espírito violento e belicoso dela, e esse processo se deu por imposição de novos códigos
de conduta: iniciava-se o processo de civilidade da nobreza. Surgia, então, a etiqueta palaciana, em que todos
os atos da nobreza e da realeza foram transformados num rígido, sistemático e complexo cerimonial. Por
meio da etiqueta e da hierarquia, os cortesãos tinham suas ações, condutas, posturas e acessos regulados.
Além da nobreza, foi fundamental para a consolidação do absolutismo o fortalecimento dos mercadores e
banqueiros. Era do comércio e das manufaturas que provinham os impostos para os cofres reais. O
absolutismo estimulava e dependia do avanço do capitalismo.
O crescimento e enriquecimento dos setores burgueses provocou modificações no interior da sociedade
estamental. Seus capitais foram investidos nas manufaturas, na exploração colonial, na aquisição de terras e
no financiamento das guerras.
A centralização militar impunha a desmilitarização da nobreza, que são dois processos interdependentes. A
nobreza perdia seu caráter belicoso para se transformar numa nobreza palaciana, cortesã, sustentada pelo
rei.
Política econômica: mercantilismo - intervenção e unificação
O desenvolvimento capitalista exigia a superação dos particularismos e das
autonomias das comunas. Era preciso centralizar a cunhagem de moedas, unificar
pesos e medidas e diminuir os privilégios das corporações de ofício. O conjunto de
medidas interventoras foi, no século XIX, denominada mercantilismo.
Seu objetivo era garantir a acumulação de riquezas, com vistas ao fortalecimento
político do próprio Estado.
Segundo Eli Hecksher, o “Estado era o sujeito e o objeto da política econômica
mercantilista.” O mercantilismo e o absolutismo são faces da mesma moeda, pois
“são meios econômicos para fins políticos.” À medida que avançava a centralização,
crescia a intervenção do rei na economia. O poder tornava-se nacional, bem como
a economia.
A criação de um espaço econômico unificado permitia a expansão capitalista e
atendia às necessidades de arrecadação da própria monarquia. A burguesia se
enriquecia e aumentava sua influência sobre a própria coroa.
• Balança comercial: a balança comercial positiva era o objetivo maior dos monarcas para a
acumulação de metais. Estimular as exportações e reduzir as importações era a regra para
garantir o acúmulo de metais.
• Protecionismo alfandegário: para alcançar uma balança favorável, era necessário fomentar a
manufatura, estimular a exportação e preservar o mercado interno para a produção nacional,
através de altos impostos sobre as importações, restringindo, dessa maneira, a concorrência com
produtos estrangeiros.
• Apoio régio às manufaturas: os monarcas fomentavam o desenvolvimento manufatureiro através
da distribuição de prêmios e financiamentos.
• Concessão de monopólios e privilégios: traço importante do mercantilismo é a concessão de
monopólios e privilégios a certos grupos burgueses.
• Apoio à indústria naval: a indústria naval foi amplamente beneficiada através do
aperfeiçoamento das instalações portuárias e da constituição de grandes companhias de
navegação, que obtiveram monopólios comerciais.
• Exploração colonial: a exploração colonial foi a mais importante prática mercantilista, a principal
fonte de riquezas das monarquias. A América colonial representava para as monarquias a garantia
de obter um saldo positivo em seu comércio internacional, através do monopólio colonial.
Monopolizar o comércio colonial significava a garantia de comprar e vender mercadorias de alto
valor comercial.
Etapas mercantilistas
• Metalismo: metalismo ou bulionismo, foram as denominações dadas às práticas
mercantilistas adotadas por Portugal e Espanha. Elas revelam a preocupação dos
monarcas em acumular metais preciosos como fonte de riqueza para sustentar
todo o aparato real.
• Industrialismo: a ênfase no desenvolvimento das manufaturas foi comum à
França e à Inglaterra. Para obter ouro e prata, esses países tiveram que investir
nas manufaturas.
• Comercialismo – As medidas implantadas pela Inglaterra para obter controle
sobre o comércio marítimo colonial representaram uma nova etapa do
mercantilismo inglês, denominada comercialismo.
O pensamento político à época do absolutismo
Toda estrutura de poder, independentemente de sua época histórica, exige uma ideologia que, introjetada
nas consciências, transforme a dominação política em algo “normal”, apresentando-a como a única possível
de existir. Durante a Idade Moderna, diversos escritores elaboraram teorias que explicavam a origem e a
natureza do poder absolutista, com o objetivo de garantir a aceitação da soberania real como
inquestionável.
Direito divino dos reis

• Aforça
justificativa do poder real pelo direito divino foi a linguagem política que mais tempo perdurou e mais
garantiu aos monarcas. Ela tem origem na Idade Média, quando da coroação de Clóvis, rei dos
francos, pelo Papa. Perceba, assim, a longevidade dessa concepção. Séculos mais tarde, em 1914,
quando se inicia a Grande Guerra, o Tzar Nicolau II era ainda venerado como rei pela graça de Deus.

• Aporideia medieval de que a sociedade está dividida em ordens resultantes da vontade divina permaneceu
toda Idade Moderna. Outra ideia que dominou o imaginário coletivo, e que legitimava a sucessão do
trono, foi a crença da existência do duplo corpo real, um corpo carnal, que está sujeito às mesmas
contingências que os de seus súditos, e o corpo espiritual, que nunca morre e é transferido para o
sucessor. Por isso, quando o rei morria, o cerimonial pronunciava “o Rei está morto, viva o Rei.” Desse
modo, estabelecia-se uma distinção entre o monarca como indivíduo privado e o monarca como a
encarnação do Estado.
Jacques Bossuet (1627-1704)
Jean Bodin (1530-1596)
Contratualismo
Hobbes, Locke e Rousseau são considerados teóricos contratualistas porque afirmam que a origem do Estado está no
contrato social. A principal diferença entre esses pensadores é o caráter atribuído ao Estado. Enquanto Hobbes justifica o
absolutismo, Locke e Rousseau estabelecem limites ao governante, submetendo-o à vontade daqueles que compuseram o
pacto social. Outra diferença é que Locke defende um Estado liberal enquanto Rousseau, um Estado democrático.
Thomas Hobbes (1588-1679)
“O homem é o lobo do homem” e a “guerra de todos contra todos” são duas frases mais repetidas por aqueles que se
referem a Hobbes. Essas máximas são fundamentais como síntese do que Hobbes pensa a respeito do estado natural em que
vivem os homens.
Para Hobbes, os homens são naturalmente egoístas, possessivos e iguais na busca da sobrevivência. O perpétuo desejo de
poder e o esforço de satisfazer suas ambições os levam à violência permanente, que só termina com a morte. Nessas
circunstâncias, a vida não tem garantias, pois torna-se solitária, pobre, sórdida e curta.
Nesse estágio, a necessidade é a medida do direito, ou seja, cada qual, dotado de força e inteligência iguais aos demais,
busca garantir a sobrevivência sem considerar quaisquer limites, o que levaria o homem à sua própria destruição. Nesse
estado animalesco, não há possibilidades da existência da propriedade privada, nem da própria vida.
O mesmo instinto de autopreservação que leva os homens à destruição o levará a buscar uma saída para garantir sua
existência, para obter a paz. A solução para sair desse estado animalesco é o pacto social. Pelo contrato social, os homens
concordam em entregar seus direitos e liberdades a um soberano encarregado de promover a paz. O rei concentrará todo o
poder de criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade suprema. Ele terá o monopólio da violência como condição para
promover a paz, condição para a garantia da vida, da propriedade e da liberdade.
A nova teoria política para a nova ordem política
Para a compreensão do pensamento de Maquiavel,
é preciso considerar o período histórico-cultural em
que ele viveu. Maquiavel nasceu na república de
Florença, em 1469, período de grande
efervescência cultural, em pleno Renascimento e
durante a formação das monarquias absolutistas.
A Itália não teve o mesmo destino das monarquias
feudais, ou seja, ela continuou a ser uma península
marcada pela fragmentação político-territorial, que
favorecia os poderes privados e estimulava guerras
internas.
No resto da Europa, emergiam as monarquias
absolutistas com seus exércitos unificados. Essa
nova ordem geopolítica representava uma ameaça
à Itália, que se tornava uma presa fácil para os
monarcas. A partir de 1494, a Itália foi palco de
várias invasões francesas e espanholas.
Nicolau Maquiavel (1469-1527)
Nesse cenário, somente o cálculo político, a astúcia e a ação rápida do
governante seriam capazes de mantê-lo no poder. Essa realidade vivida e
observada por Maquiavel foi utilizada para a construção de seu pensamento
político.
A compreensão dessa nova ordem política exigia uma nova forma de explicar
os meios para se apoderar do poder e mantê-lo. Reside nesse ponto a
originalidade de Maquiavel: para o pensador, nem a religião, nem a tradição,
nem a vontade popular legitimavam o poder do soberano, pois ele precisava
contar exclusivamente com sua capacidade de agir.
Para Maquiavel, o principal objetivo de todo governante é a tomada e a
manutenção do poder. O verdadeiro príncipe é aquele que sabe conservar o
poder sem se limitar por princípios morais, éticos ou cristãos.
A singularidade do pensamento de Maquiavel está exatamente no
rompimento que faz com as teorias políticas cristãs, separando a prática
política da religião. Ele nega a figura do bom príncipe, aquele que deve
possuir um conjunto de virtudes cristãs, tais como a fé, a esperança e a
caridade para governar.
Virtú
Consiste num conjunto de qualidades que o governante deve possuir para preservar o poder. Virtú significa
a força ou a vontade de governar esvaziada de moral; sem ela, é impossível ter o poder. A moral é própria
do homem privado, que não tem que enfrentar o jogo da política. Por isso, Maquiavel considera o
cristianismo uma força que debilita, prejudica o governante.
Fortú
Seria o conjunto de circunstâncias que não dependem da vontade dos homens. Seria a inconstância da
realidade, sujeita à “roda da fortuna”.
O príncipe virtuoso, segundo Maquiavel, é aquele que possui a astúcia, o cálculo político, a capacidade de
ser flexível às novas circunstâncias, de mudar e se adaptar às novas realidades, conseguindo, dessa forma,
dominá-las:
“Em outras palavras, um príncipe que agir sempre da mesma maneira e de acordo com os mesmos
princípios em todas as circunstâncias fracassará e não terá virtú alguma”.
Para preservar o poder, ele deverá ser volúvel e inconstante. Poderá recorrer à mentira, à violência, à força,
se for necessário, para eliminar as ameaças e garantir a ordem e o poder: “(...) em certas circunstâncias,
deverá ser cruel, em outras, generoso; em certas ocasiões, deverá mentir, em outras, ser honrado; em
certos momentos, deverá ceder à vontade dos outros, em algumas ser inflexível”. Maquiavel afirmava ainda
que “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são
maus”.
Rotas do comércio medieval

Centralidade econômica:
Mediterrâneo

• Cidades-república:
Gênova e Veneza
• Liga Hanseática
• Liga das 17 cidades
flamengas
• Mundo árabe-
muçulmano
• Índia
• China
Expansão do espaço econômico
Centralidade econômica:
Atlântico
Predominância das
monarquias absolutistas:

• Portugal (XV – XVI)


• Espanha
• França
• Inglaterra
• Holanda (República
burguesa calvinista)
https://de.wikipedia.org/wik
i/Datei:Carreira_da_India_d
e.svg

Os portugueses foram pioneiros na construção de ampla rede de comércio mundial, que


integrava os continentes europeu, americano, asiático e africano, e, para estabelecer essas
conexões, Portugal implantou feitorias em pontos-chave.
Atlântico econômico e a riqueza europeia
Alteração da geografia econômica -> construção do espaço econômico
mundial – mundialização - europeização do mundo ocidental

Integração econômica via subordinação das áreas coloniais: América,


África e Ásia à Europa absolutista.

as populações da América e da África foram integrados ao universo


cultural-religioso europeu num processo de aniquilamento e de
escravização.

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