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Plano de Aula

Data: 04/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI02) Caracterizar e compreender os ciclos da história republicana,
identificando particularidades da história local e regional até 1954..
Objetivo: Compreender história republicana brasileira.
A Era Vargas foi o período em que a república brasileira foi presidida por Getúlio Vargas,
estendendo-se de 1930 a 1945. Politicamente falando, uma das grandes características da Era Vargas
foi o autoritarismo sob o qual o Brasil foi governado. Os governos de Vargas nesse período (foram
três) são muito associados, dentro da história, com o conceito de populismo.
Vargas ascendeu ao poder por meio da Revolução de 1930, foi eleito presidente de maneira
indireta a partir de 1934, e, em 1937, implantou uma ditadura com censura e perseguição de
opositores. A partir da década de 1940, ele inaugurou um projeto político de aproximação dos
trabalhadores, mas o enfraquecimento de sua ditadura levou-o a ser deposto pelos militares, em 1945.
Revolução de 1930
No final da década de 1920, existia uma forte insatisfação com o sistema oligárquico que
controlava a política brasileira, e um dos sinais evidentes disso foi o movimento de contestação dos
oficiais do Exército, o tenentismo.
Periodização
A Era Vargas durou 15 anos, iniciando-se em 1930 e encerrando-se em 1945. Os anos do
governo de Vargas foram divididos pelos historiadores em três fases, que são:
• Governo Provisório (1930-1934)
• Governo Constitucional (1934-1937)
• Estado Novo (1937-1945)
Governo Provisório
Essa foi a primeira fase do governo de Getúlio Vargas foi entendida, quando se iniciou, como
um momento de transição até que o país elaborasse uma nova Constituição por meio da formação de
uma Assembleia Constituinte. Todavia, não era intenção de Getúlio Vargas fazer a
constitucionalização do Brasil, e sim promover a centralização do poder.
Governo Constitucional
Esse foi o período em que, em tese, deveria ter-se formado um governo constitucional e
democrático no Brasil. Entretanto, o que se viu foi Getúlio Vargas atuando nos bastidores para
implantar um regime ditatorial, e, no cenário político, presenciou-se a radicalização influenciada pelo
que acontecia na Europa. Disso dois grandes grupos políticos surgiram: a Ação Integralista Brasileira
(AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Esses grupos tinham inspirações ideológicas distintas e eram adversários. Os integralistas
estavam alinhados na extrema-direita e tinham como inspiração o fascismo italiano, sendo liderados
por Plínio Salgado. Já os membros da ANL eram comunistas apoiados pelo regime stalinista e
defendiam a saída revolucionária para o Brasil. O grande nome da ANL era Luís Carlos Prestes.
Governo Constitucional
Esse foi o período em que, em tese, deveria ter-se formado um governo constitucional e
democrático no Brasil. Entretanto, o que se viu foi Getúlio Vargas atuando nos bastidores para
implantar um regime ditatorial, e, no cenário político, presenciou-se a radicalização influenciada pelo
que acontecia na Europa. Disso dois grandes grupos políticos surgiram: a Ação Integralista Brasileira
(AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Esses grupos tinham inspirações ideológicas distintas e eram adversários. Os integralistas
estavam alinhados na extrema-direita e tinham como inspiração o fascismo italiano, sendo liderados
por Plínio Salgado. Já os membros da ANL eram comunistas apoiados pelo regime stalinista e
defendiam a saída revolucionária para o Brasil. O grande nome da ANL era Luís Carlos Prestes.
Plano de Aula
Data: 07/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI03X) Identificar os mecanismos de inserção/exclusão dos negros na
sociedade brasileira pós-abolição e avaliar os seus resultados.
Objetivo: Compreender a inserção dos negros no período republicano do pós-abolição na
sociedade brasileira
Como ficou a vida dos ex-escravos após a Lei Áurea?
Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos
conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos.
A escravidão no Brasil era uma instituição que existia desde meados do século XVI, tendo sido
introduzida pelos portugueses durante a colonização. Com a nossa Independência, essa instituição
cresceu e tornou-se profundamente presente em nossa sociedade. A quantidade de escravos que entrou
no Brasil via tráfico negreiro, a partir do século XIX, evidencia isso.
O primeiro passo para a abolição da escravidão em nosso país deu-se com a proibição do
tráfico por meio da Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Essa lei foi aprovada como forma de evitar um
conflito com a Inglaterra — país que pressionava o Brasil, havia décadas, pelo fim do tráfico negreiro.
Os escravos organizavam-se e preparavam fugas individuais ou em massa e, para isso,
reuniam-se em quilombos que cresciam ao redor das grandes cidades. Outras vezes
organizavam revoltas contra os seus senhores. A resistência africana contou com o apoio de grupos da
sociedade que a abrigavam quando estava em fuga, incentivavam-na a rebelar-se, davam apoio
jurídico, defendiam a causa politicamente etc.
No final da década de 1880, a manutenção da escravidão era praticamente inviável, pois, ao
mesmo tempo que afetava a imagem internacional do Brasil (o último país da América a ainda utilizar
trabalhadores escravos), afetava a ordem interna do país, já que o Império não conseguia mais
controlar a situação e as fugas eram frequentes.
Assim, em 13 de maio de 1888, foi aprovada a Lei Áurea. Essa lei, primeiramente, foi
aprovada no Senado e depois foi encaminhada para que a princesa regente, princesa Isabel, assinasse-a.
A Lei Áurea garantiu a liberdade para os escravos de maneira imediata, e os donos de escravos não
receberam nenhum tipo de indenização.
Como ficou a vida dos ex-escravos após a Lei Áurea?
A primeira grande reação dos libertos com a Lei Áurea foi, naturalmente, comemorar. À
medida que a notícia espalhava-se, grandes comemorações eram realizadas e festas aconteceram tanto
nas grandes cidades, como nas zonas rurais do Brasil. Uma vez passada a euforia, a nova situação
levou os libertos a procurarem melhores alternativas para viver, e Walter Fraga, utilizando o cenário
do Recôncavo Baiano, fala que uma das reações dos libertos foi mudarem-se de lugar.|9|
Assim, muitos escravos acabaram abandonando as fazendas nas quais foram escravizados e
mudaram-se para outras ou então foram para cidades. Essas migrações de ex-escravos aconteceram por
múltiplos fatores. Os libertos mudavam-se para distanciarem-se dos locais em que foram
escravizados, ou então iam para outros lugares procurar parentes e estabelecer-se juntos desses ou
até mesmo procurar melhores salários, conforme descreve Walter Fraga.
Essas migrações, na maioria dos casos, eram uma ação mais realizada pelos homens jovens, por
terem melhores possibilidades de estabelecerem-se em uma terra para cultivá-la. As mulheres que
possuíam filhos e os idosos tinham menos possibilidades de migrar à procura de melhores condições.
A migração de ex-escravos gerou uma reação de grandes proprietários e das autoridades
daquela época trazendo-lhes muita insatisfação, sobretudo porque os primeiros não aceitavam mais as
condições de trabalho degradantes que existiam antes de 1888 e porque estavam sempre em busca de
melhores salários. Assim, os grandes proprietários, sobretudo do interior do país, começaram a
pressionar as autoridades para que elas reprimissem essa movimentação.
Com isso, os grupos de ex-escravos que migravam começaram a sofrer com a repressão e
foram sendo taxados de vadiagem e vagabundagem. Essa medida focava, sobretudo, os libertos que
eram mais insubordinados e que costumavam não aceitar as condições impostas pelos grandes
proprietários.
Muitas vezes também, os grandes fazendeiros e antigos donos de escravos impediam que os
libertos fizessem suas mudanças. Muitos desses eram ameaçados fisicamente para que não se
mudassem, e outra estratégia utilizada era a de tomar a tutoria dos filhos dos ex-escravos. Inúmeros
grandes proprietários acionavam a justiça para ter a tutoria sobre os filhos dos libertos e com isso
forçavam esses a permanecerem em sua propriedade. Houve, inclusive, casos de filhos de libertos que
foram sequestrados.
Existiram senhores de escravos que não aceitavam pagar salários para os ex-escravos, mas
havia muita resistência por parte dos libertos quanto a isso. Após a Lei Áurea, os libertos passaram a
questionar as condições que lhes eram oferecidas e essa atitude passou a ser vista como insolência. A
repressão mencionada anteriormente foi uma resposta dos grandes fazendeiros a isso.
Se os libertos não encontrassem condições que lhes agradassem, e se tivessem outras
condições, a migração era sempre uma opção. Os pagamentos exigidos eram realizados diariamente ou
semanalmente e a jornada deveria ter um limite. Aqueles que se mudavam para as cidades acabavam
aprendendo diferentes ofícios, tais como o de marceneiro, charuteiro (produtor de charuto), servente,
pedreiro etc. As mulheres, na maioria dos casos, assumiam posições relacionadas com o trato
doméstico.
Logo após a abolição da escravatura, uma das questões mais importantes, e que foi definidora
para garantir a manutenção do liberto como um indivíduo marginal e subalterno na pirâmide social, foi
a questão da terra. Não foi realizada reforma agrária e, assim, a grande maioria dos 700 mil libertos,
a partir de 1888, não teve acesso à terra, sendo esses forçados a sujeitarem-se aos salários baixos
oferecidos pelos grandes proprietários.
A falta de acesso à educação por parte dos libertos, como mencionado em uma citação
anterior, era uma preocupação para esses e foi uma questão fundamental para manter esse grupo
marginalizado. Sem acesso ao estudo, esse grupo permaneceu sem oportunidades para melhorar sua
vida.
Após a abolição, muitos libertos acabaram optando por retornarem ao continente africano, dada
as dificuldades encontradas aqui para eles. Todas as dificuldades, porém, não foram impeditivos para
fazer com que os libertos relembrassem e comemorassem o 13 de maio como um marco da sociedade
brasileira.
Plano de Aula

Data: 08/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI26) Consiste em: Discutir e analisar as causas da violência contra
populações marginalizadas (negros, indígenas, mulheres, homossexuais, camponeses, pobres etc.) com
vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas.
Objetivo: Reconhecer o protagonismo da sociedade civil
 Dia Internacional da Mulher, lembrado na próxima terça-feira (8/3), a ONU Mulheres e a
fundação “Desenhando pela paz” (Cartooning for Peace) divulgaram uma série de charges que criticam
as desigualdades de gênero. Com traços e diálogos ácidos, artistas chamam atenção para a situação de
mulheres privadas de direitos em diferentes contextos.

No canto superior esquerdo, lê-se: “Homens/mulheres: escala dos salários”. O executivo diz:
“Procuro alguém ambicioso, que não perca tempo cuidando das crianças ou passando roupa”.

Atividade
1-Escreva um pensamento sobre a charge acima:
Plano de Aula
Data: 11/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI04X) Discutir a importância da participação da população negra na
formação econômica, política e social do Brasil, identificando as lutas de resistência das comunidades
quilombolas e movimentos negros no Brasil e em Minas Gerais contra o preconceito e a discriminação.
Objetivo: Os movimentos sociais e a imprensa negra. A cultura afro-brasileira como elemento
de reistência e superação das discriminações
Imprensa Negra Paulista: Uma história de resistência
A imprensa brasileira nunca deu a visibilidade necessária às reivindicações da população
afrodescendente. Assim, em meados do século XIX e no início do século XX, revistas e jornais
elaborados pela população negra para a população negra surgem como ferramenta de luta, mobilização
e discussão da posição do negro pós-abolição no Brasil. A expressão “imprensa negra” é comum no
meio acadêmico para designar títulos de jornais e revistas publicados em São Paulo após o processo
abolicionista, no final do século XIX. Estes periódicos destacaram-se no combate ao preconceito e na
afirmação social da população negra, funcionando como instrumentos de integração deste grupo na
sociedade brasileira no início do século XX. Além disso, estes jornais também atuavam na divulgação
de eventos cotidianos da população negra, tais como festas, bailes, concursos de poesia e beleza, os
quais raramente apareciam em veículos da grande imprensa. É o caso, por exemplo, dos jornais
Getulino (1923-1916) e O Clarim d´Alvorada (1929-1940) e da revista Senzala (1946), entre outros.
O que a imprensa negra denunciava?
A exigência de integração à sociedade brasileira e a denúncia do preconceito e da
discriminação foram pautas da imprensa negra, bem como bandeira do movimento antirracista no país
Qual foi a importância da imprensa negra?
A Imprensa Negra Paulista era uma ferramenta para dar visibilidade às ações da
população negra no estado. Além disso, ela se preocupava com a importância da educação para a
ascensão social do negro
Qual a importância da república negra?
Seu objetivo principal era a promoção de direitos civis dos negros e por meio da união de
diferentes elementos a conquista da igualdade.
Qual é o papel do negro na sociedade de hoje?
Cada povo tem suas cores, tradições e hábitos que se misturam e se entrelaçam. Desde o início
da história do nosso país, os povos negros são colaboradores dessa diversidade, através de uma rica e
milenar cultura, que até os dias de hoje se reflete na nossa sociedade.
Qual é a realidade da maioria da população negra no Brasil?
Atualmente, os negros representam 55,8% da população brasileira e 54,9% da força de
trabalho. A informalidade também atinge mais esse contingente. Enquanto 34,6% de pessoas brancas
se encontram em condições informais de trabalho, a informalidade atinge 47,3% de pretos e pardos.
Qual é a importância da criação do Dia da Consciência Negra?
A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi
escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores
líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.
Qual é a situação atual da população negra brasileira?
Eles são mais de 106 milhões de pessoas. São mais da metade da população do país. Mas,
ainda hoje, no Brasil, os negros têm todos os indicadores sociais inferiores aos dos brancos. A
escravidão que trouxe os negros para o Brasil foi abolida pela Lei Áurea em 1888.
Porque há desigualdade racial no Brasil?
Construída historicamente, essa desigualdade é fruto da falta de políticas públicas pós-
escravatura para incluir negros nas escolas, universidades e no mercado de trabalho e da interiorização
de preconceitos direcionados à população negra no inconsciente e subjetividade de indivíduos e
instituições.
Plano de Aula
Data: 14/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade
brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive.
Objetivo: reconhecer Os “projetos modernizadores” do final do século XIX e começo do
século XX e suas contradições como a falta de moradia, infraestrutura insuficiente, falta de transporte,
problemas com o abastecimento de água e alimentos, subemprego, mendicância etc
O período da história republicana do Brasil, envolto na República Oligárquica, foi marcado por
tentativas de reurbanização modernizadora de algumas cidades. O caso mais notório foi
a reurbanização do Rio de Janeiro, ocorrida na última década do século XIX e nas primeiras do
século XX.
Entretanto, se a modernização significava o embelezamento da cidade, na prática ela
proporcionou a expulsão de boa parte da população pobre e trabalhadora da região central da capital do
Brasil.
A reurbanização do Rio de Janeiro se inseria em uma política de transformação da capital
federal, com vistas à erradicação de várias epidemias e de embelezamento urbano afrancesado, criando
assim um melhor cartão de visitas aos visitantes estrangeiros interessados em investimentos no Brasil.
A principal ação nesse sentido se deu no governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906), cuja
proposta de reforma da capital envolvia três frentes de trabalho: a modernização do porto, a reforma
urbana e o saneamento básico.
Nas ações de saneamento básico, fazia-se necessário na cidade erradicar diversas epidemias
decorrentes da má qualidade sanitária na cidade, principalmente na região central.
Habitada por aproximadamente um milhão de pessoas no início do século XX, a capital federal
era alvo constante de surtos de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola. A solução proposta,
além das vacinações obrigatórias e da fiscalização compulsória das residências, era a demolição das
habitações coletivas existentes na cidade, como cortiços, estalagens e casas de cômodos.
O argumento era que, em face das condições insalubres, as habitações coletivas eram propícias
à propagação de doenças. O cortiço Cabeça de Porco chegou a ter 2000 habitantes. A isso somava a
visão conservadora e moralizadora sobre a vida desses estratos da população.
Everardo Beckheuser, na obra Habitações populares, de 1906, definia da seguinte forma essa
situação: “E assim reunida, aglomerada, essa gente, trabalhadores, lavadeiras, costureiras de baixa
freguesia, mulheres de vida reles, entopem ‘as casas de cômodos’, velhos casarões de muitos andares,
divididos e subdivididos por um sem número de tapumes de madeira, até nos vãos de telhados, entre a
cobertura carcomida e o ferro carunchoso. Às vezes, nem as divisões de madeira; nada mais que sacos
de aniagem estendidos verticalmente em septo, permitindo quase a vida em comum, em uma
promiscuidade de horrorizar”.
Essa ação ia ao encontro dos objetivos da classe dominante da cidade, desejosa de expulsar da
área central a população pobre e explorada da capital, considerada um elemento perigoso para a ordem
e disciplina urbana almejada. A maior parte dessa população era formada por ex-escravos africanos e
imigrantes, principalmente portugueses.
As demolições dos casarões foram realizadas sem o consentimento dos habitantes e sem o
pagamento de indenizações, obrigando os moradores a encontrarem novos locais para a construção de
suas habitações. Isso ocorreu principalmente nos morros arredor da região central, onde foram
construídos barracões de madeiras, que deram origem às favelas cariocas.
Sobre os escombros dos casarões derrubados, grandes avenidas foram construídas, em uma
tentativa de assemelhar a cidade do Rio de Janeiro à capital francesa, Paris. Na década de 1870, Paris
passou por uma reformulação urbana com a criação de grandes bulevares, praças e jardins, sob a
liderança do barão Haussmann, então prefeito da cidade.
No Rio de Janeiro tal iniciativa coube ao engenheiro Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro
entre 1902 e 1906. Com plenos poderes dados pelo presidente Rodrigues Alves, Passos promoveu uma
profunda reformulação urbana, cujos principais exemplos foram a construção da Avenida Central, a
reforma do porto e a iluminação pública. Construíram-se luxuosos palacetes, praças e jardins no lugar
de 600 edificações.
O processo de reurbanização do Rio de Janeiro exemplifica o aspecto autoritário e excludente
das políticas estatais verificadas durante a República Oligárquica, expulsando da área de expansão da
modernidade capitalista os grupos sociais considerados perigosos à ordem. Porém, esses grupos não
aceitariam passivamente a situação, e a Revolta da Vacina de 1904 deu mostras da resistência da
população explorada do Rio de Janeiro a essa situação.
Plano de Aula
Data: 15/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade
brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive.
Objetivo: reconhecer Os “projetos modernizadores” do final do século XIX e começo do
século XX e suas contradições como a falta de moradia, infraestrutura insuficiente, falta de transporte,
problemas com o abastecimento de água e alimentos, subemprego, mendicância etc.
As cidades brasileiras no início do século XX
No início do século XX, com o apoio das elites urbanas, os governantes brasileiros
empreenderam uma série de reformas nas maiores cidades do país. Esses governantes pretendiam com
isso modernizar as cidades e “civilizar” a população brasileira. Para realizar tais reformas, o governo
brasileiro se inspirou na organização urbana das principais cidades europeias.
Nessa época foram construídas largas avenidas e instalados bondes elétricos que permitiram às
pessoas se deslocar de um lugar para outro com maior rapidez. Além dos bondes, o uso da eletricidade
permitiu a substituição dos lampiões a gás por lâmpadas elétricas. Nas áreas mais ricas das cidades,
foram instalados encanamentos de água e de gás, além da rede de esgoto. Essas novidades
transformaram a paisagem de muitas cidades brasileiras.

O cotidiano nas cidades brasileiras


A modernização das cidades e as novidades tecnológicas provocaram grandes transformações
no cotidiano das pessoas que viviam nas cidades brasileiras. Leia o texto a seguir.
[...] O cotidiano foi sendo povoado pelo novo: usar uma máquina de escrever, ir ao teatro de
variedades, ter tantos jornais à disposição, tomar o chá das cinco, acender a luz em casa, andar de
bonde. Também era novo lanchar [em confeitarias], ter um banheiro dentro de casa, com banho
quente [...]. Eram tantas e sedutoras novidades que foram, assim, ingressando nos hábitos das
pessoas. [...]
SOUZA, Iara Lis S. Carvalho. A República do progresso. São Paulo: Atual, 1994. p. 20. (A vida no tempo).
Plano de Aula
Data: 18/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: EF09HI09: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a
metade do século XX.
Objetivo: Perceber a importância do estudo da História.
O que é História?
História é o campo do conhecimento dedicado ao estudo das ações dos seres humanos no
tempo e no espaço. Esse estudo procura analisar as transformações que acontecem ao longo do tempo
nas sociedades. Leia o texto a seguir. [...]
A história procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades
humanas. A transformação é a essência da história; quem olhar para trás, na história e na sua própria
vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e
também é válido para a sociedade. Nada permanece igual, e é através do tempo que se percebem as
mudanças. [...]
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 50. (Primeiros Passos).

A conquista das mulheres pelo direito ao voto é um bom exemplo de transformação social na
história. Até o final do século XIX, as mulheres não podiam participar das eleições em seus países.
Depois de várias décadas de lutas, as mulheres conquistaram o direito de votar e, também, de se
candidatar a cargos públicos. Além das transformações sociais, os estudos históricos buscam
compreender as permanências, isto é, aspectos que, mesmo com o passar do tempo, permanecem
semelhantes. Como exemplos de permanências históricas temos os hábitos alimentares. Em diferentes
regiões do Brasil, por exemplo, são preparadas refeições da mesma maneira que eram feitas nos
tempos coloniais.
Importância da História
O estudo da História amplia o nosso conhecimento e enriquece nossa visão de mundo. Por meio
do estudo dos acontecimentos e processos históricos, podemos analisar como as pessoas que viveram
em outras épocas se relacionavam entre si, como suas ações moldaram a sociedade em que viveram e
como contribuíram para construir o contexto no qual vivemos. Conhecendo melhor os processos
históricos e percebendo que as ações de todas as pessoas são importantes, temos maior clareza da
importância do nosso papel na transformação da sociedade e na construção de um mundo onde as
diferenças sejam respeitadas.
Os sujeitos históricos
Sujeitos históricos são todos aqueles que, por meio de suas ações, participam do processo
histórico, seja de maneira consciente ou não. Todos nós somos sujeitos históricos e, diariamente,
participamos da construção da história. A história não é feita somente por “grandes personagens”,
como reis, generais e políticos. Todas as pessoas são importantes agentes transformadores da história.
Atividades
1. O que é História?
2. O que são sujeitos históricos?
3. Qual é a importância de estudar história?
Plano de Aula
Data: 21/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: EF09HI09: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a
metade do século XX.
Objetivo: Perceber a importância do estudo da História.
Avaliação: Participação do aluno.
O Brasil no século XIX
Ao longo do século XIX, durante o período Imperial, o Brasil se integrou ao capitalismo
mundial, que se difundia pelo mundo impulsionado pela industrialização europeia. Esse processo vinha
ocorrendo desde o século XVI, com o fornecimento de matérias-primas à metrópole portuguesa e a
consequente inserção do Brasil na lógica do capitalismo mercantil.
Com o advento da produção cafeeira, no século XIX, o Brasil passou a integrar a dinâmica do
capitalismo industrial/financeiro, produzindo e exportando café. Essa integração manteve o país como
exportador de matérias- -primas e importador de produtos industrializados. Nesse período, o Brasil
recebeu grandes investimentos e empréstimos estrangeiros, provenientes sobretudo da Inglaterra, que
detinha o monopólio sobre as atividades produtivas brasileiras e sua exportação. Esses capitais foram
investidos em melhorias para o país, como a instalação de estradas de ferro, e em serviços públicos,
como abastecimento de água, redes de esgoto e iluminação pública. No entanto, esses serviços
beneficiavam apenas uma pequena parcela da população do país.
A maioria das pessoas permaneceu vivendo em condições precárias, havendo um grande
contraste entre ricos e pobres. A partir de meados do século XIX destacou-se o cultivo de café,
atividade voltada para a exportação que gerava muitas riquezas e que provocou transformações sociais
e políticas no Brasil. Com a cafeicultura, formaram-se oligarquias rurais, principalmente nas
províncias do Sudeste. Nessa época, a província cafeeira de São Paulo tornou-se a mais rica do
Império.
Apesar de seu poder econômico, continuava com pouca autonomia em relação ao governo
central. Com isso, os políticos paulistas, em sua maioria membros das elites rurais, passaram a
reivindicar maior autonomia para administrar a província.
Oligarquia: palavra de origem grega que significa “governo de poucos”. No contexto brasileiro,
refere-se ao domínio político dos latifundiários e pequenos grupos ou famílias com grande poder
econômico.
Atividades
1. Qual principal produto o Brasil exportava no sec. XIX?
2. Qual país investia no Brasil no sec. XIX? ( Principal investidor).
3. Em que foram investidos esses capitais?
4. O que é Oligarquia?
5. Qual era a província mais rica do império na época?
Plano de Aula
Data: 22/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade
brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive..
Objetivo: Reconhecer Os “projetos modernizadores” do final do século XIX e começo do
século XX e suas contradições como a falta de moradia, infraestrutura insuficiente, falta de transporte,
problemas com o abastecimento de água e alimentos, subemprego, mendicância etc.
Avaliação: Capacidade de raciocínio e a participação do aluno.
Plano de Aula
Data: 25/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: EF09HI09: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a
metade do século XX.
Objetivo: Perceber a importância do estudo da História. Compreender o que são sujeitos
históricos.
Avaliação: Capacidade de raciocínio e a participação do aluno.
As fontes históricas
Tudo aquilo que a humanidade produz ao longo do tempo pode servir como fonte histórica. As
fontes históricas não falam por si, elas precisam ser interpretadas. Os historiadores, ao realizarem suas
pesquisas, utilizam seu conhecimento prévio sobre o assunto para fazer observações e análises dessas
fontes. Podem ser utilizados como fontes históricas documentos escritos, pinturas, relatos orais,
objetos de uso cotidiano, anúncios publicitários, monumentos, esculturas, entre outros.
Veja um exemplo de fonte histórica e de como ela pode ser analisada.
Os anúncios
publicitários podem ser
analisados por historiadores que
desejam estudar os hábitos de
consumo no passado, bem como
os recursos utilizados pelas
empresas para vender seus
produtos. A propaganda do
Neurobiol, um tipo de tônico
para o sistema nervoso, foi
publicada em 1937, na revista
Careta. Analisando essa fonte,
percebemos que a empresa
fabricante do Neurobiol
procurou relacionar o sucesso
pessoal à dedicação
profissional, dando especial
ênfase ao trabalho intelectual.
Além disso, a propaganda
procurou exaltar a
modernização e o
desenvolvimento industrial que
estavam ocorrendo no Brasil
naquela época.
Atividades
1. O que são fontes históricas?
2. De exemplos de fontes históricas:
3. Para que serve as fontes históricas?
Plano de Aula
Data: 28/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: (EF09HI06) Identificar e discutir o papel do trabalhismo como força política,
social e cultural no Brasil, em diferentes escalas (nacional, regional, cidade, comunidade).
Objetivo: Compreender alguns conceitos históricos.
Avaliação: Participação em sala de aula.
Conceitos importantes para a História
Para se estudar História, alguns conceitos são fundamentais, entre eles política, cultura,
trabalho, economia, capitalismo, liberalismo, socialismo e ideologia.
Política
Política é a ação de organizar e de administrar uma sociedade. Para um bom funcionamento da
atividade política, os indivíduos estabelecem um governo regido por leis. Na atualidade, a maioria dos
países possui um código de leis escritas, chamado de Constituição.
Cultura
Cultura é o conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, tradições, línguas etc. que
constituem e caracterizam uma determinada sociedade. A cultura é transmitida de geração para
geração por meio de ensinamentos e pela observação da ação dos outros. Por ser um produto humano e
histórico, a cultura também se transforma no decorrer do tempo. Em uma mesma sociedade, existem
grandes diferenças culturais.
Trabalho
Trabalho é a ação produtiva dos indivíduos que transformam a natureza para atender às suas
necessidades. Todos os bens de que dispomos são frutos do trabalho, desde uma casa até uma música.
Por isso, o trabalho é fundamental para o desenvolvimento humano. As formas de trabalho são
diferentes em cada sociedade e são influenciadas pelas técnicas que essa sociedade possui e por aquilo
que seus membros consideram importante produzir.
Economia
Economia é a maneira como a sociedade se organiza para produzir, armazenar, distribuir e
comercializar os bens que atendem às necessidades humanas. A economia envolve o gerenciamento de
vários fatores que influenciam a produção dos bens, como a utilização dos recursos naturais, as formas
de trabalho, as tecnologias disponíveis, o capital investido e acumulado, a distribuição da riqueza, os
preços das mercadorias etc. Em meados do século XX, os países do mundo se dividiram entre os que
adotavam o sistema econômico socialista, como China, União Soviética e Cuba, e aqueles que
adotavam o sistema econômico capitalista, como Estados Unidos, Brasil e Austrália.
Capitalismo
O sistema capitalista tem como pressupostos básicos o direito à propriedade privada e o
acúmulo de capital. O direito à propriedade privada se refere a qualquer tipo de posse, desde que o
indivíduo tenha provas de que o objeto realmente lhe pertence. O capitalista, por sua vez, é aquele
indivíduo que possui propriedades privadas que, além de serem legalmente suas, lhe rendem lucros e
lhe permitem acumular capital. É o caso dos industriais, que têm os meios de produção (fontes de
energia, recursos naturais, prédios, ferramentas, máquinas) para fabricar mercadorias e, por meio da
contratação do trabalho assalariado, obtêm lucros. Os capitalistas pagam um salário às pessoas que,
por não possuírem meios de produção, vendem sua força de trabalho. Nessa relação de trabalho, os
capitalistas têm o direito de vender as mercadorias produzidas e de acumular para si os lucros obtidos.
Como poucas pessoas têm condições de acumular capital, os contrastes entre ricos e pobres são
comuns nas sociedades capitalistas. Enquanto os detentores do capital desfrutam de grandes
privilégios, muitas pessoas vivem em condições precárias, ou até mesmo não conseguem obter o
necessário para sua sobrevivência.
Liberalismo
O sistema capitalista recebeu grande influência e fundamentação teórica do pensamento liberal.
A característica principal do liberalismo é a defesa da liberdade individual, isto é, a defesa da ideia de
que cada ser humano possui, por natureza, o direito de ser livre. Na política, o liberalismo pressupõe o
livre consentimento, ou seja, o ideal de que a população só deve ser governada por pessoas que ela
escolhe. Dessa maneira, o governante escolhido por meio do voto seria o melhor representante de uma
sociedade. Na economia, o liberalismo pressupõe a livre concorrência, ou seja, a ideia de que o
mercado deve ser baseado na liberdade de compra e venda. Desse modo, as trocas comerciais e a
venda da força de trabalho, realizadas em um mercado livre, não precisariam da intervenção do Estado,
pois seriam naturalmente reguladas pela lei da oferta e da procura. Os princípios liberais contribuíram
para o estabelecimento do capitalismo como o sistema econômico predominante na Europa, no século
XIX, e para a sua difusão por praticamente todas as regiões do mundo, no decorrer do século XX.
Socialismo
O sistema socialista se caracteriza por uma profunda crítica à acumulação privada de capital.
No socialismo, o Estado detém a função de tornar mais igualitária a distribuição de renda entre os
cidadãos. As principais características do socialismo são: a socialização dos meios de produção, que
pertencem coletivamente a todos os trabalhadores, e a planificação da economia pelo Estado, que
define o salário dos trabalhadores, quais bens serão produzidos, a quantidade de cada produto, o seu
valor etc. No entanto, mesmo onde o regime socialista foi experimentado na prática, a sociedade não
se tornou plenamente igualitária, pois muitos indivíduos e burocratas ligados à liderança do Estado
gozavam de privilégios econômicos que não se estendiam à massa dos trabalhadores. Em vários países
onde o socialismo foi instaurado, a perseguição aos opositores do regime era praticada pelo Estado.
Atividades:
1. O que é o trabalho?
2. O que é cultura?
3. O que é economia?
4. O que é política?
5. Qual é a diferença do capitalismo para o socialismo?
Plano de Aula
Data: 29/03/2022
Turma: 9º ano
Habilidade: EF07CI10: Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública,
com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da
vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças.
Objetivo: Discutir a importância da vacinação.
Avaliação: Participação em sala de aula.

Mini cordel da vacina

A vacina é pela vida,


ela é contra a doença.
É o breu da dúvida
encandeado pela ciência.
Na seringa tracejada
a agulha é a espada
numa luta de esgrima.
Contra o vírus do mal
veio o golpe final
em meio ml de vacina

Olhe, ninguém vira jacaré,


preserva o DNA,
não tem chip 5G,
pode se preparar.

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