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Pré-História e Revolução Neolítica na Baixa Mesopotâmia

O homem pré histórico era um homem paleolítico, em que o método era rústico
caracterizado pela pedra lascada. Ao longo do tempo, entrou-se na fase neolítica,
conhecida como época da pedra nova devido o surgimento de objetos elaborados, que
consequentemente, facilitava a caça. Nesse período Neolítico, é possível identificar a
utilização dos objetos devido ao fato de serem mais desenvolvidos.
No início, o homem neolítico era nômade, não tinha uma habitação fixa, visto que em
algum momento os animais fugiam ou acabavam assim como os vegetais. Diante
disso, o individuo passou a desenvolver a agricultura e a pecuária, consequentemente,
passou a permanecer num lugar permanente tornando-se um homem sedentário.
A partir do momento que ocorre a transformação do cotidiano do ser humano de
nômade para sedentário ocorre a Revolução Neolítica. Nesse processo, o homem
passa a viver da colheita criada ao seu redor e da criação de animais como fonte de
alimento para sobrevivência.
Processo de urbanização na Baixa Mesopotâmia
Com as mudanças estruturais da sociedade, no começo o homem passou a viver em
aldeias com o formato retangular para facilitar a comunicação. Posteriormente,
começou a ter uma diversificação social e iniciou a separação aldeia-cidade e com o
decorrer do tempo surgiu os templos e palácios, com um modelo de produção asiático
(conceito marxista) onde existia uma relação de reciprocidade e redistribuição entre
aldeia e cidade.
Toda civilização tem ligação com a religiosidade, na Mesopotâmia é a partir da religião
que surge um sacerdote acarretando na divisão social. E, nesse mesmo aspecto
religioso diferente de outras civilizações na Mesopotâmia o rei representa o deus da
cidade, ao invés de ser o próprio deus.
A estrutura física da Mesopotâmia era frágil devido a composição de argila e barro,
com isso para obter pedras surge a classe dos comerciantes que trazia do exterior e
usava como moeda de troca a cevada visto que não existia uma moeda. Ademais,
além dos comerciantes e sacerdotes, surge os artesãos que fazem as obras de artes e
os objetos de ouro. E, posteriormente, os escribas para anotar a saída e entrada de
objetos.
Portanto, a divisão social da Mesopotâmia era Rei (política), Sacerdote (religião),
Escribas/Artesãos (cidade), Comerciantes (cidade) e Agricultores (aldeia),
respectivamente nessa ordem de mais importante para menos.
Dessa forma, o processo de urbanização foi a diferenciação nas aldeias, antes todo
mundo era agricultor e com o decorrer do tempo passou a surgir outras funções como
os sacerdotes, escribas, comerciantes e artesões. Então, com a origem de outras
posições a cidade foi se formando e crescendo. Com isso, gerou uma área templária
com terras para a agricultura e depois surgiu as terras palacianas, usadas também
como local de trabalho dos artesãos.
A Mesopotâmia era uma região entre dois rios, o rio Tigre que era mais perigoso e
havia mais inundações e o Eufrates, ambos no final se encontravam no Golfo Pérsio.
A Suméria ficava no Sul perto do Golfo pérsio, enquanto a Acádia ao norte. Devido a
presença dos rios as aldeias faziam obras hidráulicas como irrigação pra levar as
águas mais distantes dos rios, barreiras para segurar a água, e drenagem para não ter
o acúmulo. E, as inundações subiam entre março e maio e desciam entre junho e
setembro e tinham duas por ano.
Existiam dois caminhos para principal rota terrestre. O primeiro era subir pela assíria e
atravessar a Ásia menor em direção a Europa. O segundo era descer pelo Golfo
Pérsio em direção ao Oceano Índico e ir até a Índia.
A plantação era 1 para 30 sendo evidenciada uma produção eficiente, comprovada
pelo interesse e consequentemente a passagem de tantos povos nessa região
(suméria, acádia, gútios, larsa e isin, Palebabilônico, hititas, cassitas, arameus,
caldeus, assírios, neobabilônicos e persas). Nessa ótica, as cidades eram um
formigueiro humano diante da forte urbanização.
A atividade econômica vigente era agricultura com a cevada, o sésamo na produção
de óleo para a lamparina iluminar. Além disso, tinha vários tipos de trigo e caprino para
a alimentação, a criação do bovino para puxar o arado e dar alimentos, a de vacas pra
extrair o leite e a de ovelhas pra o uso da lã.
O surgimento da escrita dá-se pelo aparecimento nos registros dos templos. A escrita
na Mesopotâmia era cuneiforme caracterizada por desenhos feitos em argila em forma
de cunha, por sinais abstratos e combinações arbitrárias. E, a linguagem da Acádia
era semita enquanto da Suméria era aglutinante.
A cerâmica paleolítica era muito simples e sem refinamento. E, os tijolos de barro
eram fabricados pelo homem na argila e virava barro quando eram colocados para
cozinhar no sol e ao ser secos ao natural eram utilizados na construção de casas.
Entre as cidades da Mesopotâmia é de extrema relevância o destaque a Ur pela
produção de relíquias da época, um exemplo é o Cemitério real de Ur composto por
várias produções importantes. O Estandarte de Ur é um artefato díptico escavado
desse cemitério em que de um lado representa a guerra entre pessoas e animais e de
outro o lado da paz com seres carregando os saques da guerra.
A Religião e as estátuas sumérias tinham uma estética padrão marcada por serem
com barbas, carecas ou com perucas, sem camisa e com saiote compridão e com os
olhos arregalados. E, os rituais eram feitos com algum líquido.
A evolução do alfabeto é definida como Protocananeu, um quase cananeu, fenício,
onde aparece as primeiras letras e curiosamente é o primeiro alfabeto da história,
grego antigo, latino monumental antigo e moderna.
Os pagamentos de tributos eram em natura feitos por alimentos ou pedras (turmalina)
e a corveia real que eram trabalhos forçados não remunerados com o recebimento de
ração pelo estado para trabalhar nas obras hidraulicas devidos as cheias dos rios.
Baixa Mesopotâmia
As fases da metalurgia na Mesopotâmia são identificadas pelo surgimento do bronze
na revolução urbana com uma época extensa sendo dividida em inicial, media e tardia.
Com o avanço do tempo, no final do segundo milênio surge o ferro, resultando na
revolução da idade dos metais. Vale destacar que o ferro aparece em épocas
diferentes em civilizações distintas.
No início o material utilizado era o cobre, porém com o decorrer ele se juntou com o
estanho e virou o bronze que era mais forte, mais resistente, entretanto o melhor era o
ferro que aparece tempo depois.
Na época do bronze tinha um arado de madeira, e o boi puxava-o com um metro de
distância em cada sul da terra e tinha um recipiente que colocava as sementes e elas
iam caindo ao longo da terra e semeando. Observa-se então um método de produção
bem rústico devido ao material utilizado na atividade de plantio.
Na fase inicial do bronze, encontra-se a revolução urbana, o Protodinástico
identificado como época suméria arcaica, a unificação das cidades da Suméria feita
pelo Império de Akkad, o renascimento sumério e o domínio dos gútios.
Na fase média do bronze, tem-se a lll Dinastia de Ur com uma família real com um
palácio riquíssimo, ocorre também a disputa na Mesopotâmia entre duas cidades
estados (Larsa e Isin) e nasce o Império Palebabilônico. Através desse reinado surgiu
o código de Hamurabi, um dos primeiros códigos de lei a aparecer na sociedade. Um
exemplo de uma de suas leis era a seguinte “Se uma pessoa roubar a propriedade de
um templo ou corte, ele será condenado à morte e aquele que receber o produto do
roubo deverá ser igualmente condenado a morte.”
Na fase tardia do bronze, o Império Palaeobabilônico termina com o saque de
Babilônia pelos Hititas, povo que morava na Ásia menor ao noroeste da Mesopotâmia.
Posteriormente, com a queda do Império Paleobabilônico tem-se a ascensão da
Babilônia Cassita.
Na fase do ferro, tem a divisão e o enfraquecimento político, as migrações dos
arameus e caldeus, depois o domínio assírio que vem do norte da Mesopotâmia
dominando o território todo. Sucessivamente, o Império Neobabilônico com
Nabucodonosor destrói o templo de Jerusalém e leva os judeus para o exílio e por fim
é derrotado pelo domínio persa que só vai ser derrubado com a conquista de
Alexandre da Macedônia.

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