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A Mesopotâmia
Discente
Rita Tapadinhas
Lisboa, 11 de Janeiro, 2010
Culturas Pré-Clássicas
Índice:
A Evolução Pág. 5
Suméria Pág. 6
Assíria Pág. 7
Babilónia Pág. 9
Conclusão Pág. 11
Bibliografia Pág. 11
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Culturas Pré-Clássicas
Nota Introdutória
A Mesopotâmia
situa-se entre o
Rio Tigre e o
Rio Eufrates. O
nome
Mesopotâmia
significa “entre
rios”. Como
podemos
verificar pelo
mapa, é um
planalto que fica
no Médio
Oriente delimitado pelos referidos Rios e é rodeada por desertos. Neste momento, o
principal pais a ocupar a Mesopotâmia é o Iraque. Esta zona também é conhecida
como o Crescente Fértil pois a sua área, que é excelente para a agricultura (ao
contrario das que a rodeia) tem o formato de um Quarto Crescente que vai desde
Gaza e Jerusalém ao Golfo Pérsico, existindo muitas diferenças entre Norte e Sul.
A Norte existem pedras e minerais bem como é onde chove mais havendo assim a
possibilidade de crescimento de cereais. A Sul, não existe quase chuva e por isso foi
mais tardia a sua colonização pois somente após os domínios das técnicas de
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Culturas Pré-Clássicas
irrigação é que se que podia ocupar. De qualquer forma, como consequência dessa
evolução, começou-se a ocupar esse espaço tendo o solo sido irrigado o que fez
com que houvesse pântanos e lagos o que permitiu o cultivo bem como a pesca.
Sul: 6500-3700 a.c. – Época de Obeid Sul; 3700-2900 a.c. Época de Uruk; 3100-
2900 a.c. – Época de Djemdet-Nasr.
De 2900-2340 a.c., temos as cidades Estados de Sumer, com o Dinástico Arcaico (I,
II e III) a Sul.
A partir de 2340 a.c temos a Norte o fim da cultura Nínive 5 em 2300 a.c. e a Sul,
em 2120 a.c. Gudea, princepe de Lagash. Ainda de 2340 a 2150 a.c. temos o
Império de Akkad e de 2112 a 2004 a.c. III Dinastia de Ur, tanto a Norte como a Sul.
Na era de 2000 a.c. Temos em todo o território a I Dinastia da Babilónia (entre 1894
a 1595); a Sul, Os Cassitas entram na Babilónia (entre 1595 e 1171 a.c.); e a Norte
em 1810 a.c começa o Império Assírio I e ntre 1365 e 1077 a.c. temos o Império
Assírio II.
Tanto a Norte como a Sul, de 932 a 612 a.c. existiu o Império Novo Assírio; de 625-
539 a.c. Império da babilónia; de 559-331 a.c. Domínio persa aqueménida e em 331
a.c. os Gregos chegam à Mesopotâmia.
Podemos ainda dizer que foi entre 5100-3900 a.c., na época da cultura de Obeid do
Norte, onde apareceram os primeiros edifícios sobre plataformas, houve o domínio
da irrigação e o desenvolvimento da metalúrgica.
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Culturas Pré-Clássicas
O desenvolvimento das cidades deu-se entre 3100 a 2900 a.c., na época da cultura
de Djemdet-nasr (Sul).
Entre 2900 e 2340 a.c. temos as, já referidas Dinastias Arcaicas I, II e II em que se
desenvolvera os primeiros baixos relevos com inscrições, as primeiras inscrições
reais, túmulos reais e a tentativa de unificar as cidades-Estados sumérias pelo
príncipe de Umma, Lugalzagesi.
Durante o Império Neobabilónico (625 a 539 a.c.) houve a deportação dos Judeus
na Babilónia, a reconstrução de Babilónia e a construção da Torre de Babel bem
como o Integração do Egipto na Mesopotâmia.
Em 539 a.c. dá-se a tomada de babilónia pelo Rei dos Persas, Ciro e reconstrói-se o
templo de Jerusalém bem como os Judeus regressam à Palestina.
A Evolução
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desta mesma cerâmica que estes povos já tinham uma veia artística pois decoravam
muitas das peças que tinham bem como esculpiam estatuetas em diversos
materiais.
A partir de 6500 a.c. apareceu o cobre e com o passar dos anos o Homem
conseguiu dominar este metal, o que fez com que em 4500 a.c., devido às várias
mudanças que existiram na sociedade tendo como base o uso do metal,
começassem a aparecer as primeiras civilizações avançadas.
Suméria
Na Civilização Suméria, a
cidade de Ur, Sul da
Mesopotâmia, foi uma das
capitais mais importantes da
Mesopotâmia. Era uma cidade
com muita população, com
muralhas enormes, portos,
bairros de habitação, palácios e
templos. O maior templo de Ur,
a zigurate de Ur, Templo de
Nanna, era vista ao longe e
tinha três andares; era
consagrado ao Deus Lua,.
Estávamos em plena civilização
Suméria.
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Culturas Pré-Clássicas
As divindades dos Sumérios eram constituídas pela Deusa Inanna (Deusa do Amor
mas também possui uma extensão guerreira), Enlil (Deus do Ar e das Intempéries),
Enki (Deus da Água), Nanna (Deus da Lua) e An (todo-poderoso senhor do céu)1.
Nos templos estavam hordas de sacerdotes para assegurarem os rituais diários que
se realizavam. Havia hierarquia no sacerdócio e as mulheres também eram
sacerdotisas. O Sumo-Sacerdote zelava pelo que era referente à agricultura e ao
pastoreio e os camponeses tinham de entregar na totalidade a colheita bem como
da criação do gado. Em troca eram dados viveres e outros meios de subsistência
gratuitamente. Existiam também os operários especializados e os artesãos que
trabalhavam sobretudo para o Rei e o Sumo-Sacerdote.
O Selo foi uma das grandes invenções dos sumérios: consistia num anel gravado e
que cunhava argila húmida para fechar recipientes tanto para facilitar a identificação
do proprietário como para facilitar as contas).
Assíria
Quando se fala da Assíria, vem logo à lembrança os cruéis assírios. Para os assírios
era normal as atrocidades cometidas pois assim os povos conquistados, com medo,
eram subservientes e disciplinados e surtia um efeito desencorajador para outros
povos. As atrocidades e violências que praticavam iam desde a pilhagem ao
1
Adaptado de AAAVV, 2006; A Alvorada da Civilização, da Pré-História a 900 a.c.; Reader’s Digest
História Ilustrada do Mundo; Lisboa; pág 60
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que uma mulher que abortasse era “...empalada numa estaca, sendo depois
recusado ao seu corpo um funeral digo.”2.
Babilónia, ainda hoje, representa uma das cidades culturais ocidentais mais
importantes da história. Fundada na margem
do Rio Eufrates no III Milénio a.c., tornou-se a
capital da região em II Milénio a.c. Segundo
Harry W.F. Saggs, “ ... é anacrónico falar de
Babilónia e Babilónios antes do inicio do II
Milénio. Contudo, a a maioria das
características que definem o modo de vida
babilónico, tais como a escrita, o urbanismo e as leis escritas, conheceram as suas
origens nos IV e III Milénios, de modo que podemos considerar os Protobabilónios a
partir de uma data bem recuada.”3
Os Amoritas, por volta de 1900 a.c., instalaram-se naquilo a que chamaram de Bab-
Ili, pois o nome Babilónia foi dado pelos Sumérios, que significa porta dos Deuses.
Cerca de 1792 a.c. a Babilónia tornou-se uma grande capital, com o Rei Hammurabi
a conquistar grande parte da Mesopotâmia. Este rei era reconhecido mas dava
alguma independência ás terras conquistadas fazendo, apenas, os seus habitantes
pagar-lhe um tributo. Foi Hammurabi que promulgou o Codex Hammurabi, eram leis
rígidas que pretendiam estabelecer relações de boa vizinhança, exploração
económica, entre outros. Os outros textos legislativos que se conhecem são mais
razoáveis em termos de castigos pois poder-se-ia substituir os castigos corporais ou
mesmo a morte por multas; Hammurabi era bem mais rigoso, baseando-se na Lei de
Talião, Olho por olho, dente por dente.
2
AAAVV, 2006; O mundo antigo, de 900 a.c a 430.; Reader’s Digest História Ilustrada do Mundo;
Lisboa; pág 14
3
AAA.VV. 2004; A Mesopotâmia, de Sumer à Babilónia; Colecção As Grandes Civilizações; Selecções
Reader’s Digest; pág. 21
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Desde o II Milénio a.c. que a divindade Marduk era a grande defensora da cidade da
Babilónia. A festa religiosa mais importante era o Equinócio da Primavera em que se
sacrificavam animais na presença do Rei para afastar o azar e as forças do Mal. Os
Babilónicos viviam intensamente a religião; o Deus Pazuzu era um dos Deus mais
temido pois trazia febres ou mais demónios. Para se protegerem usavam amuletos e
recorriam aos sacerdotes adivinhadores (baru) que viam em determinados
acontecimentos ou nas vísceras dos animais sacrificados as suas premonições. Por
outro lado também eram nos astros que se tentavam fazer adivinhações. Devido a
este facto, alguns autores defendem que a o Horóscopo teve origem na Babilónia.
Também ligada à magia encontramos a medicina.
Em termos matemáticos e literários, a Babilónia era muito rica tendo criado cálculos
que assentavam no sistema sexagesimal, o teorema de Pitágoras já era utilizado,
histórias literárias baseadas em mitos e epopeias em que a história do herói
Gilgamesh, dicionários, registos de plantas, animais, de locais, etc.
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Amitis, que tinha saudades dos campos e florestas que existiam na sua terra. Estes
foram considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Conclusão
É complicado fazer uma conclusão pois parece que falta escrever sobre muito mais
e que este pequeno trabalho é apenas uma pequena introdução à civilização
humana que se deu na Mesopotâmia. De qualquer forma podemos concluir que se
deve ao Crescente Fértil e aos seus povos o desenvolvimento humano que hoje
temos a vários níveis. Todas as lutas sobre o território e, principalmente, o contacto
de várias culturas levou a que os povos da Mesopotâmia fizessem muitas
descobertas, como a escrita e a irrigação, entre outras, que ainda hoje utilizamos.
Bibliografia
AAAVV, 2006; O mundo antigo, de 900 a.c a 430.; Reader’s Digest História Ilustrada
do Mundo; Lisboa;
Sites:
www.metmuseum.org
www.google.pt/imagens
http://java.nationalgeographic.com/studentatlas/clickup/mesopotamia.html - imagem
da capa - Zigurate com 4000 anos em Ur devota ao Deus Nanna.
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