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a) EGITO
• Novo Reino – 1570 a 1070 a.C. (18a a 20a dinastias). O êxodo de Israel se deu
em 1456 a.C., na 18a dinastia.
• Egito Posterior – 664 a 332 a.C. (21a a 31a dinastias). Em 332 a.C. o exército
de Alexandre, o Grande, invadiu o Egito. Após esta conquista, o Egito foi entregue nas
mãos dos Selêucidas.
b) ASSÍRIA
Não devemos confundi-los com a Síria, que era um pequeno povo. Os Assírios
foram um grande império que conquistou o povo hebreu.
Era o nome da região que ocupava os dois lados do rio Tigre. Era também,
próximo ao rio Eufrates. A primeira capital foi Assur. Ao norte, a 97 km, se encontrava a
cidade de Nínive, que se tornou uma grande capital. Entre as duas cidades havia a cidade
de Calah, que também foi a capital por algum tempo.
Os assírios eram formados por uma mistura de raças. Eram pessoas do Norte, que
se uniram a babilônicos. A história dos assírios se divide em 3 períodos:
Antigo Império Assírio – 1950 a 1500 a.C. (período de expansão cultural e
territorial). Inicialmente se falava a língua assíria. Posteriormente, tribos semi-nômades
foram se integrando e incluíram línguas semíticas. Dentre estes povos destacamos os
amorreus, cujo líder Hamurabe, se tornou rei e criou o conhecido código de Hamurabe,
escrito em escrita cuneiforme (em forma de “cunha”). Ele estabeleceu o seu governo na
Babilônia. Eles subjugaram Babilônia em 1900 a.C.
Tiglate Pileser III (745 a 727 a.C.). Na Bíblia é chamado de rei Pul. Lutou contra Samaria
(II Reis 15:19). Após a sua morte, o rei de Samaria (Oséias) resolveu não mais pagar os
tributos aos assírios.
Salmanazar V (726 a 722 a.C.). Sitiou a cidade de Samaria e destruiu o reino de Israel do
Norte.
Sargão II (722 a 704 a.C.). Deu seqüência ao cerco de Samaria e venceu a batalha.
Senaqueribe (704 a 681 a.C.). Filho de Sargão II. Alguns estudiosos dizem que matou o
pai para poder reinar.
c) BABILÔNIA
• Domínio Cassita – 1600 a 1170 a.C. Foi invadida por povos orientais
(cossianos). Neste período, a Babilônia era fraca e Josué entrou na Palestina.
• 745 a 626 a.C. – O povo Assírio dominou toda a região Babilônica por
d) MÉDIA E PÉRSIA
No ano de 539 a.C., o exército de Ciro invadiu a Babilônia. O rei Nabonido estava
viajando e seu filho Belsasar assumiu o trono temporariamente. Ele fez uma festa na qual
surgiu a escrita na parede. Belsasar era o 2o no reino. A confirmação disto é que ele
ofereceu a Daniel o 3o lugar no reino, se este conseguisse decifrar a inscrição na parede.
•Ciáxares – Foi o mais importante. Se uniu a Nabucodonossor e conquistaram a
cidade de Nínive e os Assírios.
• Astíages – Sua filha casou-se com o rei Persa Cambises I. Deste casamento
nasceu Ciro.
• O rei Persa mais importante foi Artaxerxes. Os Persas dividiram o império em
127 satrápias ou províncias (Livro de Ester). Fundaram um sistema de correios, criaram
moeda corrente, língua universal (aramaico) e construíram até estradas.
e) GRÉCIA
Em 340 a.C., Felipe II, governador macedônico, unificou a Grécia. Ela era
formada por cidades-estados.
Alexandre Magno (o Grande), que era filho de Felipe II, estudou com o mestre
Aristóteles e teve o desejo de expandir a cultura grega por todo o mundo. Reuniu um
grande exército para vingar a derrota que a Pérsia havia imposta aos gregos, 150 anos
antes. Assim, derrotou a Pérsia e se tornou o maior conquistador da época. Um dos
maiores feitos foi a implantação da língua grega em todo o mundo. Ao invadir a Palestina,
os dominou com brandura. Morreu aos 34 anos, de bebedice. Após a sua morte, a Grécia
foi dividida entre os seguintes líderes:
•Selêuco – Estabeleceu-se na Síria. Chegou a oferecer sacrifícios com carne de
porco, em desonra aos hábitos judeus. Em 170 a.C., Judas Macabeus estabeleceu um
reinado independente (Judéia).
O período do império grego foi inter-bíblico, isto é, não foi escrito nenhum livro
inspirado neste período. Os únicos livros bíblicos escritos foram apócrifos: Macabeus,
Sabedoria, etc.
f) ROMA
• Cláudio (41 a 50 a.D.) – Tio de Calígula. Assumiu o poder apoiado pela guarda
pretoriana. Foi o mais culto dos imperadores. Sua esposa Agripina, o matou envenenado.
Ela o assassinou porque queria que o seu filho Nero fosse o imperador; embora fosse filho
de outro homem.
• Nero (54 a 68 a.D.) – Deu início à perseguição aos cristãos. Mandou incendiar
Roma e colocou a culpa nos cristãos. Matou os apóstolos Pedro e Paulo. Chegou a matar
a sua mãe e abriu-lhe o ventre para ver de onde houvera nascido. Suicidou-se.
•Ano de 69 A.D. – 4 imperadores lutaram para obter o poder. Foi um período de
anarquia: Virgínio Rufo, Galba, Oto e Vespasiano.
• Tito (79 a 81 a.D.) – Hábil soldado, colocou fim à guerra dos judeus. Morreu
prematuramente.
• Domiciano (81 a 96 a.D.) – Irmão mais novo de Tito. Neste período, o apóstolo
João foi exilado na ilha de Patmos; após a tentativa de ser morto, sob a ordem do
imperador, ao ser jogado dentro de um caldeirão com óleo fervendo. Perseguiu aos
cristãos e aos senadores de Roma.
ESCRITOS ANTIGOS
•Arquivos Hititas – A capital dos Hititas era Hattusas. Hoje é a região da
Turquia. O pacto que os reis faziam com os seus vassalos era idêntico ao demonstrado na
Bíblia entre Deus e Israel.
Materiais de Escrita
Nos tempos bíblicos se usavam:
•Pedras – No Túnel de Siloé foram encontradas inscrições em pedras. As tábuas
da lei foram escritas em pedras, e em Jó 19:24, cita-se também, as pedras.
Transmissão do Texto
Autógrafo é o texto original, ou seja, o que foi escrito pelo próprio autor (Moisés,
por exemplo). Hoje, não temos os “autógrafos” de nenhum livro da Bíblia, mas apenas
cópias destes originais.
✓Egito – Septuaginta (ou LXX)- era a tradução do Velho Testamento para o grego.
Os textos mais fiéis aos autógrafos são os Massoréticos (escritos pelos massoretas).
Alterações Textuais
✓Ditografia – Escrevia duas vezes o que deveria ser escrito apenas uma vez
(Levítico 20:10).
Designação Técnica
11 Q Is a
11 – Número da caverna.
Q – Qunram.
Is – Livro bíblico (Isaías)
A – Manuscrito “a”.
•Muraba’t – São manuscritos. Em 1951 a.D., um grupo de beduínos descobriu
manuscritos em Wadi Muraba’at (Córregos Temporais). Foi encontrado um rolo com
textos dos profetas menores datados do 2º século a.D. que, correspondem, quase que
perfeitamente, ao texto massorético.
• Papiro de Nash – Antes da descoberto dos rolos do Mar Morto, esta era a mais antiga
testemunha do texto hebraico. Foi adquirido no Egito por W. L. Nash em 1902 a.D. Foi
doado à biblioteca da Universidade de Cambridge. Contém uma cópia danificada dos 10
mandamentos de Êxodo 20:1 a 17 e de Deuteronômio 5:6 a 21. Contém, também o Shemá
(Deuteronômio 6:4), que é o credo do judaísmo.
• Códice de Leningrado – Encontra-se na Biblioteca de São Pettersburgo. É o
B19A ou L. É o mais antigo manuscrito da Bíblia hebraica completa. Segundo o seu
Colofão (nota final feita pelos copistas), foi copiado no ano 1008 a.D. Foi copiado da
família de escribas no século IX, no Tiberíades, por Ben Asher. É o texto base da Bíblia
hebraica de Sttutgard (uma das mais conceituadas).
O livro do Jubileu
Epístola de Aristéias
O livro de Adão e Eva
O martírio de Isaías
1Enoque
Testamentos dos doze patriarcas
O oráculo sibilino
Assunção de Moisés
2Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque
2Baruque, ou O apocalipse siríaco de Baruque
3Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque
3Macabeus
4Macabeus
Pirque Abote
A história de Aicar
Salmos de Salomão
Salmo 151
Fragmentos de uma obra de Sadoque. (Tsadoq, que significa "Justo" ou Sadoc,
Zadoc, Sadoque, Zadok conforme a tradução bíblica foi Sumo Sacerdote de
Israel, sucedendo a Abiatar, filho de Aimeleque).
Em suma, estes livros são aceitos pelos Católicos Romanos como canônicos, mas
são rejeitados pelos Protestantes e judeus. No grego clássico, apocrypha significava
“oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, a palavra tomou o sentido de
“esotérico” (algo que só os “iniciados” podem entender, não os “de fora”). Nos tempos
de Ireneu e Jerônimo (séc. III e IV), o termo apocrypha passou a ser aplicado aos livros
não-canônicos do AT. Desde a Reforma Protestante, essa palavra tem sido usada para
denotar os escritos judaicos não- canônicos originários do período intertestamentário
(entre os dois Testamentos).
Seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que os apócrifos tiveram, eles não
são canônicos pelos seguintes fatos:
•Contêm erros históricos (cf. Tobias 1:3-5; 14:11) e graves heresias teológicas,
como a oração pelos mortos (cf. 2Macabeus 12:45-46; 4).
• Embora seu conteúdo tenha algum valor para edificação nos momentos
devocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo, ou seja, são textos que já se
encontram nos livros canônicos.
• Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos.
• Nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas.
• O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originalmente apresentados,
recusou-os terminantemente.
Assim como o AT, a maioria dos livros do Novo Testamento foi aceita pela Igreja
logo de início, sem objeções. Todos os Pais da Igreja se pronunciavam favoravelmente
pela sua canonicidade.
Lista Abreviada
VERSÕES/TRADUÇÕES DA BÍBLIA
(Adaptado de Geisler e Nix)
Versões ou Traduções Antigas
Septuaginta – O código é LXX. É a versão mais antiga para o grego. Existe uma história
que ela foi escrita por setenta pessoas em setenta dias. Foi escrita na Alexandria, Egito;
porque havia uma colônia judaica que falava o grego. O pentateuco foi traduzido por volta
do III século a.C. Foi a Bíblia dos cristãos primitivos. Foi uma ponte entre o hebraico e o
grego.
Aquila (130 a.D.) – Os judeus não queriam usar a versão que os cristãos usavam e criaram
esta tradução. Mas, às vezes, era incompreensível. O que restou desta tradução são
fragmentos hexapláricos e palimpsestos (Raspar um texto e escrever por cima - foram
encontrados no Cairo, especialmente nos escritos em couro).
Símaco (170 a.D.) – Era uma versão literal do texto hebraico e um pouco melhor que a
de Aquila. Só existem fragmentos.
Teodócio (Final do séc. II a.D.) – Era um prosélito (gentio que se converteu ao judaísmo)
e fez uma revisão para os judeus. São encontrados apenas fragmentos da hexapla.
Hexapla – (Séc. II a.D.) – Produzida por Orígenes. Foi uma obra em 6 colunas
(semelhante à versão “Trilíngüe” que temos em Português): Texto hebraico; Texto
hebraico transliterado; Septuaginta; Aquila; Símaco; Teodócio.
Vulgata Latina – Os numerosos textos da Antiga Latina (uma das mais antigas traduções
conhecidas das Escrituras hebraicas, no Ocidente), que apareceram ao redor da segunda
metade do séc. IV, induziram a uma situação intolerável. Em virtude disso, o bispo
Dâmaso, de Roma (366-384), providenciou uma revisão do texto da Antiga Latina,
revisão esta realizada por Jerônimo O resultado chamou-se Vulgata Latina (tradução da
Bíblia para o latim).
John Wycliffe (c. 1320-1384) – Foi chamado “a estrela d’Alva da Reforma”. Ele afastou
o latim como veículo de comunicação e dirigiu seu apelo ao povo inglês na língua comum.
A tradução do Novo Testamento foi completada em 1380, e o Antigo Testamento
apareceu em 1388. Embora esta tradução completa seja atribuída a Wycliffe, ela foi
terminada depois de sua morte, por Nícolas de Hereford.
Tradução de Almeida
Coube a João Ferreira de Almeida a grandiosa tarefa de traduzir pela primeira vez
para o português o AT e o NT. Ele não tinha ainda 17 anos quando iniciou o trabalho de
tradução da Bíblia para o português, mas perdeu o manuscrito e teve que recomeçar a
tradução em 1648 (já com 20 anos de idade). Converteu-se ao protestantismo após ler um
folheto espanhol sobre as diferenças da cristandade. Por conhecer o hebraico e o grego,
Almeida pôde utilizar-se dos manuscritos dessas línguas, baseando sua tradução no
Textus Receptus, do grupo bizantino. Porém, também se utilizou das traduções holandesa,
francesa, italiana, espanhola e latina (Vulgata).
Em 1676, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do NT, porém, devido à
lentidão na revisão do texto, somente em 1681 é que surgiu a impressão do primeiro NT
em português.
Logo após a publicação do Novo Testamento, Almeida iniciou o trabalho de
tradução do AT, e, ao falecer em 6 de agosto de 1691, havia traduzido até Ezeq. 41:21.
Em 1748, Jacobus op den Akker, da Batávia, reiniciou o trabalho interrompido por
Almeida, e em 1753 foi impressa a primeira Bíblia completa em português, em 2 volumes.
Apesar dos erros iniciais, ao longo dos anos muitos estudiosos evangélicos têm
revisado a obra de Almeida, tornando-a a preferida dos leitores de fala portuguesa.
Tradução de Figueiredo
Nascido em 1725, nas proximidades de Lisboa, o padre Antônio Pereira de
Figueiredo traduziu integralmente a Bíblia (partindo da Vulgata), em um período de 18
anos de trabalho árduo. A primeira edição do NT saiu em 1778, em 6 volumes. Já o AT
(em 17 volumes) foi publicado entre 1783 e 1790. Em 1819 surgiu a Bíblia completa de
Figueiredo, em 7 volumes; e em 1821 ela foi publicada pela primeira vez em um só
volume.
Figueiredo incluiu em sua tradução os chamados livros apócrifos, que o Concílio
de Trento (1546) havia acrescentado aos livros canônicos. Esse fato tem contribuído para
que sua Bíblia seja ainda hoje apreciada pelos católicos romanos nos países de fala
portuguesa.
Ele realizou uma sublime obra da prosa portuguesa, pois era um grande filólogo
e latinista. Porém, por não conhecer as línguas originais, e ter baseado sua tradução
apenas na Vulgata, sua obra não tem suplantado em preferência popular o texto de
Almeida.
Geisler, Norman, e William Nix. Introdução Bíblica - como a Bíblia chegou até nós. São Paulo:
Vida, 2006.
Wilson Paroschi. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1993.
História da Bíblia. http://www.comunicandojesus.net/biblia/historia.htm.
Como a Bíblia Chegou até Nós. http://www.vivos.com.br/47.htm.