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Os Mesopotâmios

A Mesopotâmia é uma região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Próximo.
Seu nome vem do grego e significa “entre rios” (mesos = meio, potamos = rio).
O Oriente Próximo é formado por desertos e montanhas que dificultam a agricultura e pecuária.
Durante a primavera, o Tigre e o Eufrates inundam suas margens.
A água enriquece o solo com minerais, tornando-o fértil.
Vários povos fixaram-se na Mesopotâmia para aproveitar esta fertilidade.
Os mais importantes foram os sumérios, os acádios, os assírios e os babilônios.
O norte da Mesopotâmia é mais desértico, enquanto o sul é mais pantanoso.
Por isso, os sumérios estabeleceram-se no sul.
Suas vilas prosperaram e transformaram-se em cidades.
Exemplos famosos são Eridug, Lagas, Unug, Urim e Zimbir.
Cada cidade tinha seu rei (lugal) e seu deus protetor.
O rei liderava os sacerdotes e representava os deuses, mas não era considerado divino.
As partes mais importantes das cidades eram o palácio, o zigurate, o porto, as casas e as muralhas.
O palácio era a moradia do rei e dos nobres.
O zigurate era uma pirâmide cujo topo era um templo.
O porto era utilizado para trocas comerciais.
As casas eram feitas de tijolos de argila secos ao sol.
As muralhas contornavam a cidade e protegiam-na dos inimigos.
As cidades também possuíam bancos, lojas, oficinas e relógios de água ou sol.
Agricultura e pecuária eram realizadas nas margens do Tigre e Eufrates.
Os principais cultivos eram a cevada e o trigo.
O óleo de palmeira era utilizado como combustível para lamparinas.
Os principais cortes eram o carneiro e o porco.
O boi e o burro eram utilizados como animais de carga e tração.
Os sumérios desenvolveram várias obras hidráulicas:
Os canais irrigavam áreas distantes dos rios;
As cisternas armazenavam água;
Os diques redesenhavam o curso dos rios;
As represas continham as enchentes.
Os sumérios destacaram-se na astronomia:
A criação de um calendário lunar com 12 meses;
A distinção entre planetas e estrelas;
A identificação de constelações;
A previsão de eclipses;
O reconhecimento das fases da lua e seu efeito nas marés;
O reconhecimento dos planetas do sistema solar;
O reconhecimento de Urano, Netuno e Plutão, descobertos oficialmente milênios depois.
E tudo isso sem a utilização do telescópio.
Por volta de 2800 AC, alguns povos começaram a migrar da Arábia para a Mesopotâmia.
Eles formaram pequenos reinos e adotaram os costumes sumérios.
Um desses povos, o acádio, conquistou a Suméria e unificou suas cidades-Estado, formando um império.
As lanças e escudos dos sumérios não conseguiram deter as flechas e javelinas dos acádios.
Sargão I foi o mais importante dos imperadores acádios, que eram adorados como deuses.
Ele estabeleceu a capital em Akkadê, cidade onde desenvolveu-se a cultura acádia, que expandiu as tradições sumérias.
Em 2154 AC, o império acádio foi conquistado pelos gútios, nômades originários das montanhas da Pérsia.
Após um período de renascimento sumério, os amoritas, povo vindo da Arábia, estabeleceram-se na cidade de Babilônia.
Ali construíram palácios, templos e muralhas.
O território amorita cresceu até constituir o primeiro império babilônico, que atingiu seu auge durante o governo de Hamurabi.
Ele desenvolveu o código de leis escrito mais antigo da História.
Este prescrevia punições correspondentes aos crimes, a Lei de Talião (“olho por olho, dente por dente”).
Os amoritas foram vencidos pelos assírios, outro dos povos que migraram para a região.
Os assírios ficaram conhecidos por seu exército, um dos mais ferozes da Antiguidade.
Sua base eram os arqueiros, que protegiam-se vestindo armaduras de bronze.
Atacando em bigas, tornaram-se senhores do Oriente Próximo e formaram o maior império até então.
Com capital na cidade de Nínive, atingiu seu auge cultural e militar durante o governo de Assurbanipal.
O principal deus assírio, Assur, era uma divindade violenta que exigia beber o sangue dos inimigos derrotados.
As guerras para conquistar territórios e encerrar rebeliões desgastaram os assírios, que caíram presa duma aliança entre caldeus e medos.
Nínive foi destruída e a Mesopotâmia dividida: medos no norte, caldeus no sul.
Estes últimos estabeleceram sua capital em Babilônia e seu maior rei foi Nabucodonosor.
Ele revitalizou a capital, expandiu o império e construiu os Jardins Suspensos de Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Em 539 AC, o segundo império babilônico foi conquistado por Ciro, rei da Pérsia, e passou a integrar seus domínios.

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