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Contexto Histórico
A partir do século VIII a.C., a Núbia começou a se tornar cada vez mais
independente do Egito, e vários reinos surgiram na região. O Reino de Meroé foi o
mais importante de todos, e durou até o século IV d.C.
Em meados do século IV d.C., a Núbia foi invadida pelos axumitas, um povo
da Etiópia, e posteriormente pelos árabes muçulmanos no século VII. Essas
invasões marcaram o início do declínio político e econômico da região.
Nos séculos seguintes, a Núbia foi governada por diversos povos e passou
por períodos de conflitos e guerras. Com o tempo, a região se tornou cada vez mais
marginalizada e esquecida, até que foi novamente incorporada ao Egito no século
XIX.
Atualmente, a Núbia é uma região empobrecida e marcada por conflitos civis
e políticos, mas ainda conserva importantes patrimônios culturais e históricos.
Vários sítios arqueológicos na região são classificados como patrimônio mundial
pela UNESCO.
Cultura
As cidades coloniais da Núbia produziram vestígios das interações culturais
entre egípcios e núbios. Essas interações se dão, por exemplo, através de práticas
alimentares. Os núbios, inclusive, avançaram sobre o território egípcio e
conquistaram parte das terras do seu antigo colonizador, fundando a 25ª dinastia no
Egito.
A experiência com pedras e metais preciosos estimulou o desenvolvimento
do artesanato. As peças cuxitas eram refinadas em áreas como metalurgia,
cerâmica e carpintaria.
A cerâmica foi bastante desenvolvida pelos cuxitas e, no início, era feita
somente pelas mulheres, o que mudou com o passar do tempo. Os vasos tinham,
geralmente, a base arredondada e traziam representações de cenas cotidianas,
bem como da fauna e da flora da região.
Formação política
Os núbios tinham um jeito próprio para proceder a sucessão de seus reis.
Diferente da regra egípcia, onde o poder passava de pai para filho, na Núbia,
quando um rei morria, seu poder era entregue a seu segundo irmão, que governava
de forma vitalícia. Terminado essa sucessão, o poder real era entregue ao filho mais
velho de quem primeiro reinou, só depois, era retomado a linhagem de irmão para
irmão.
Altos funcionários e conselheiros, o escriba-mor e outros escribas, chefes do
tesouro, chefes de arquivo, líderes militares, sumo-sacerdotes entre outros,
auxiliavam na administração do reino.
As mulheres eram parte da política cuxita. Muitas delas, mães ou esposas
dos reis, conseguiram chegar ao poder, sendo consideradas candaces, que
significava Rainhas-Mães
Economia
Inicialmente, os núbios viviam como nômades, organizando-se em pequenas
tribos e vivendo da caça, pesca e coleta. Assim como os egípcios, eles
desenvolveram ao longo do tempo técnicas para represar e canalizar as águas do
Rio Nilo, o que lhes permitia criar povoados e desenvolver a agricultura.
Até o fim da dinastia dos faraós cuxitas, a capital do Reino de Kush era
Napata. A pecuária desenvolveu-se muito nessa época. Cuxitas possuíam rebanhos
consideráveis de caprinos, equinos e muares. Após a transferência do reino para a
sede de Meroé, a agricultura tornou-se mais importante – com destaque para a
produção de cereais como o trigo, a cevada e o sorgo.
Pirâmide social
A camada dirigente era formada pelo rei e seus familiares, além de nobres e
sacerdotes. Também havia uma aristocracia provicincial. Abaixo dela, havia
comerciantes, artesãos, soldados e funcionários do reino. Por fim, os criadores de
animais e agricultores, todos livres, formavam a maioria da população cuxita.
Curiosidades
1. A Núbia é uma região histórica localizada no vale do rio Nilo, abrangendo partes
do Egito e do Sudão.
2. A cultura núbia foi um dos primeiros impérios africanos a surgir, com um povo que
tinha forte identidade cultural e linguística própria.
3. A Núbia foi uma importante rota de comércio entre o Mar Vermelho e o Vale do
Nilo, facilitando a exportação de marfim, ébano e outros bens valiosos para o Egito
e outros países vizinhos.
4. A região foi dominada por várias dinastias egípcias ao longo da história antiga,
mas também conseguiu manter sua independência e prosperidade em outras
épocas.
8. A região sofreu bastante com conflitos políticos e guerras civis nas últimas
décadas, mas ainda é uma rica fonte de história e cultura africana.