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Escola de Referência em Ensino Médio JUSTA BARBOSA DE SALES

Vertente do Lério, _____ de ______________ de 2022.


Professor (a):_______________________________________________________
Disciplina: _____________________________
Aluno (a):_____________________________________Série: _____ Turma:_____

Atividade de avaliação de história 4° bimestre

1) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma
interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a
expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos
africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da
Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.
(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-
30.)
Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:

a) O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela
aceitação do islamismo em todo o continente africano.
b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais,
são anteriores ao surgimento do islamismo.
c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas
tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista
do século XIX.
2) A África é tão pouco uniforme cultural quanto geograficamente. Os africanos não são uma raça de
pretos primitivos, nem é a África um continente sem uma velha história, como ainda se pensa
geralmente. [...] São marcantes suas diferenças culturais, étnicas e linguísticas. Seu passado, embora
não raro obscuro, não é a crônica de um isolamento. Desde o tempo dos primeiros hominídeos que
viveram há um milhão de anos no desfiladeiro de Olduvai, a África desempenhou importante papel na
história da humanidade [...]. LOMMEL, Andreas. A arte pré-histórica e primitiva. EncyclopediaBritannica do Brasil
Publicações. 7. ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1979. p. 140-141, 143, 162. In: FARIA, Ricardo de Moura. Estudos de
História. v. 1. São Paulo: FTD, 2010. p. 37.

Em relação à história da África e de seu povo, assinale a proposição INCORRETA.


a) Além dos egípcios, vários outros povos habitavam o continente africano no período correspondente à
chamada Idade Antiga.
b) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI transformou a costa africana em espaço
privilegiado para a formação de feitorias e, consequentemente, em fonte de mão de obra e matéria-
prima.
c) O neocolonialismo europeu sobre o continente africano no século XIX estava relacionado à ideia de
“missão civilizadora” e às ideologias de progresso e superioridade racial branca.
d) Com a expansão islâmica, todo o norte africano foi dominado pelos árabes através da fundação de
diversos califados; entretanto, durante a Idade Média, o avanço das cruzadas recuperou
definitivamente a região para o domínio cristão.
3) (UFRGS) Assinale a alternativa correta sobre a história das diferentes sociedades africanas até o século
XVI.
a) O império Songhai, situado às margens do rio Níger, teve em sua capital Gao um importante polo
mercantil que reunia mercadores oriundos da Líbia, do Egito e do Magreb.
b) As sociedades da África equatorial, em função das condições geográficas e climáticas pouco
propícias, eram formadas predominantemente por pastores de animais de pequeno porte, sendo
praticamente inexistente na região o cultivo de produtos agrícolas.
c) As sociedades de origem Bantu, localizadas na região da África meridional entre os séculos XII e XV,
eram predominantemente nômades e coletoras, não organizadas em aldeias e com escasso
desenvolvimento tecnológico.
d) A África, marcada pela intensa difusão do cristianismo durante as Cruzadas, contou, entre os
século XI e XV, com reduzida presença de elementos islâmicos na definição das variadas culturas
existentes no continente.
e) O estabelecimento da colônia portuguesa em Moçambique, no século XVI, definiu o início das rotas
comerciais ligando a região oriental do continente africano, entre Madagascar e o Chifre da África,
com a Europa e a Ásia.
4) (FGV-SP) “Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi bem
recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana, provavelmente,
antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta. (...) O islamismo possuía alguns
preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas africanas, (...) associava as histórias
sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um criador e no destino. (...)
O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data
islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por
trovadores com máscaras de aves.”
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)
a) A penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu poucos
setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte
concorrência do cristianismo.
b) O comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa religião, em
algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou facilitou uma
convivência relativamente harmônica.
c) A presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em ocupar
regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu
violenta imposição religiosa.
d) O desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais marcadas
pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono das religiões
primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
e) As correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais lideranças da
África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas, não islâmicas,
desligadas das tradições tribais locais.
5) (Mackenzie) Leia os textos a seguir:
“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto árido. No país de Gana, o
ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as cenouras. É colhido ao nascer do sol”. Ibn
al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São
Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.32 “[Gana] é a terra do ouro.
(...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei de Gana possui em seu palácio
um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter
sido fundido ao fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de
que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se encontra em nenhum outro
lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o rei, que disso se vangloria diante de todos os
soberanos do Sudão”. Al-Idrisi. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX.
São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37

Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino de Gana, na
África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é correto afirmar que tal Reino
a) Causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo poder teocrático
politeísta de governante.
b) Causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de metais preciosos
disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
c) Impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela sua complexa
organização política e social.
d) Provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu desenvolvimento em meio a
um continente marcado pela inexistência de civilizações.
e) Desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator que o
desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
6) (PUC-Rio) O documento acima é uma página do Atlas Catalão, produzido por volta de 1375, com
autoria atribuída ao cartógrafo de Maiorca (Espanha) Abraão Cresques. O Atlas traz informações sobre
aspectos geográficos, mercadorias e populações do continente africano. No detalhe, o cartógrafo deu
destaque ao rei do Mali, conhecido como mansa Mussa (à direita), ao retratá-lo segurando uma pepita
de ouro, seguido pelo desenho da importante cidade de Tombuctu. Tendo como referência a imagem
acima e os conhecimentos produzidos pelos estudos históricos, analise as afirmativas seguintes com
relação à história do reino africano do Mali e assinale a afirmativa INCORRETA:

a) O Mali, um dos reinos mais importantes da África, entre os séculos XIII e XV, se localizava em uma
região de intensa circulação de saberes e pessoas.
b) Devido a sua localização geográfica muito próxima ao deserto do Saara, o Mali esteve em situação
de isolamento, sem ser influenciado por culturas estrangeiras.
c) A origem do reino do Mali está nos povos de língua mandê, e o seu representante político era
denominado mansa.
d) O reino do Mali abarcava Tombuctu, uma cidade economicamente importante por ser um ponto
de encontro das caravanas comerciais transaarianas, que traziam diversas mercadorias, como sal,
noz de cola, ouro, especiarias e tecidos.
e) Mansa Mussa era bastante conhecido em todo o mundo árabe e até mesmo no europeu,
provavelmente por ter viajado por várias cidades importantes, quando da sua peregrinação à
Meca, e por ter expandido o islamismo com a introdução de sábios muçulmanos nas escolas do
Mali.
7) (UFSM) Na parte ocidental do Sahel africano, o Reino do Mali desenvolveu-se entre os
séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do rio Níger. Nas
margens desse rio, as cidades de Gao, Djenne e Tombuctu tornaram-se importantes centros
mercantis e políticos do Reino. Um desses centros, Tombuctu, tornou-se um dos principais
polos de cultura do continente africano graças às vastas bibliotecas e ao importante comércio
de livros. Por essas características, acidade transformou-se no ponto de encontro de poetas,
intelectuais e artistas da e do Oriente Médio. Mesmo após o declínio do Mali, Tombuctu
permaneceu um dos principais centros culturais da África Subsaariana.
Entre os fatores que possibilitaram a pujança desse centro econômico e cultural, pode-se
destacar

a) O incremento do comércio de escravos negros para a Ásia, Europa e América.


b) A exploração de ricas jazidas de ouro, prata e pedras preciosas.
c) O impulso ao desenvolvimento cultural estimulado pelos missionários cristãos.
d) A hegemonia política decorrente da posse de armas de fogo adquiridas dos europeus.
e) E o estreitamento dos vínculos culturais com os diversos centros do mundo muçulmano.
8) Sabemos da importância da história oral, explique por que os griôs eram tão importantes para
a sociedade de Mali? A resposta deve conter no máximo 20 e no mínimo 10 linhas! ( 3
pontos!)

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