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1) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma
interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a
expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos
africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da
Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.
(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-
30.)
Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:
a) O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela
aceitação do islamismo em todo o continente africano.
b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais,
são anteriores ao surgimento do islamismo.
c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas
tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista
do século XIX.
2) A África é tão pouco uniforme cultural quanto geograficamente. Os africanos não são uma raça de
pretos primitivos, nem é a África um continente sem uma velha história, como ainda se pensa
geralmente. [...] São marcantes suas diferenças culturais, étnicas e linguísticas. Seu passado, embora
não raro obscuro, não é a crônica de um isolamento. Desde o tempo dos primeiros hominídeos que
viveram há um milhão de anos no desfiladeiro de Olduvai, a África desempenhou importante papel na
história da humanidade [...]. LOMMEL, Andreas. A arte pré-histórica e primitiva. EncyclopediaBritannica do Brasil
Publicações. 7. ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1979. p. 140-141, 143, 162. In: FARIA, Ricardo de Moura. Estudos de
História. v. 1. São Paulo: FTD, 2010. p. 37.
Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino de Gana, na
África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é correto afirmar que tal Reino
a) Causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo poder teocrático
politeísta de governante.
b) Causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de metais preciosos
disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
c) Impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela sua complexa
organização política e social.
d) Provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu desenvolvimento em meio a
um continente marcado pela inexistência de civilizações.
e) Desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator que o
desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
6) (PUC-Rio) O documento acima é uma página do Atlas Catalão, produzido por volta de 1375, com
autoria atribuída ao cartógrafo de Maiorca (Espanha) Abraão Cresques. O Atlas traz informações sobre
aspectos geográficos, mercadorias e populações do continente africano. No detalhe, o cartógrafo deu
destaque ao rei do Mali, conhecido como mansa Mussa (à direita), ao retratá-lo segurando uma pepita
de ouro, seguido pelo desenho da importante cidade de Tombuctu. Tendo como referência a imagem
acima e os conhecimentos produzidos pelos estudos históricos, analise as afirmativas seguintes com
relação à história do reino africano do Mali e assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O Mali, um dos reinos mais importantes da África, entre os séculos XIII e XV, se localizava em uma
região de intensa circulação de saberes e pessoas.
b) Devido a sua localização geográfica muito próxima ao deserto do Saara, o Mali esteve em situação
de isolamento, sem ser influenciado por culturas estrangeiras.
c) A origem do reino do Mali está nos povos de língua mandê, e o seu representante político era
denominado mansa.
d) O reino do Mali abarcava Tombuctu, uma cidade economicamente importante por ser um ponto
de encontro das caravanas comerciais transaarianas, que traziam diversas mercadorias, como sal,
noz de cola, ouro, especiarias e tecidos.
e) Mansa Mussa era bastante conhecido em todo o mundo árabe e até mesmo no europeu,
provavelmente por ter viajado por várias cidades importantes, quando da sua peregrinação à
Meca, e por ter expandido o islamismo com a introdução de sábios muçulmanos nas escolas do
Mali.
7) (UFSM) Na parte ocidental do Sahel africano, o Reino do Mali desenvolveu-se entre os
séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do rio Níger. Nas
margens desse rio, as cidades de Gao, Djenne e Tombuctu tornaram-se importantes centros
mercantis e políticos do Reino. Um desses centros, Tombuctu, tornou-se um dos principais
polos de cultura do continente africano graças às vastas bibliotecas e ao importante comércio
de livros. Por essas características, acidade transformou-se no ponto de encontro de poetas,
intelectuais e artistas da e do Oriente Médio. Mesmo após o declínio do Mali, Tombuctu
permaneceu um dos principais centros culturais da África Subsaariana.
Entre os fatores que possibilitaram a pujança desse centro econômico e cultural, pode-se
destacar