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O estudo das idades míticas constitui uma abordagem peculiar, mas privilegiada, das
concepções do tempo, da história e das sociedades ideais. A maior parte das religiões
concebe uma idade mítica feliz, senão perfeita, no início do universo. A época primitiva – quer
o mundo tenha sido criado ou formado de qualquer outro modo – é imaginada como uma
Idade do Ouro. Por vezes, as religiões perspectivam outra idade feliz, no m dos tempos, quer
como o tempo da eternidade, quer como a última época antes do fim dos tempos. Em alguns
casos, particularmente nas grandes religiões e civilizações, as Idades do Ouro inicial e nal
estão ligadas por uma série de períodos. A evolução do mundo e da humanidade, ao longo
desses períodos, é geralmente uma degradação das condições naturais e morais da vida.
LE GOFF, Jacques. Hist—ria e mem—ria. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, p. 283-284.
b) De acordo com o texto acima, como a religião cristã caracteriza suas "Idades do
Ouro" inicial e final? Explique.
Esse conceito [de pré-história], elaborado no século XIX, tem […] dois sérios problemas. O primeiro é
o fato de que a escrita não surgiu em todos os lugares ao mesmo tempo, o que torna essa divisão
temporal bastante arbitrária. O segundo é o etnocentrismo resultante do ato de considerar apenas a
escrita, um elemento cultural restrito a determinadas culturas, como o fator determinante de quem se
situa na história e de quem se situa fora dela. A ideia de que as sociedades ágrafas, ou seja,
sociedades sem escrita, não teriam história nasceu com a vertente positivista da historiografia
ocidental no século XIX, que enfatizava sobretudo a importância do documento escrito na produção
de conhecimento. Mas desde o momento que as ciências humanas, no século XX, começaram a
reconhecer que a história é algo inerente a toda a humanidade, a ideia de que as sociedades sem
escrita estão fora da história passou a ser intensamente criticada por historiadores e antropólogos. E
mesmo os pré-historiadores, atualmente, não se sentem satisfeitos com esse significado etnocêntrico
subjacente à palavra Pré-História.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicion‡rio de conceitos hist—ricos. São Paulo:
Contexto, 2012. (Verbete Pré-História)
a) Com base no texto, quais são os dois principais problemas relacionados à
expressão “Pré-História”? Explique-os.
I. As mais antigas formas de vida humana registradas pela Paleontologia denominam-se hominídeos,
como comprovam os achados dos fósseis identificados como Australopithecus, Pithecantropus,
Sinantropus, entre outros.
II. Os fósseis demonstram que, no curso evolutivo da Humanidade, mais de um milhão de anos antes
de surgir o Homo sapiens, existiram várias espécies a caminho da humanização, e as mudanças
físicas
ocorridas ao longo de centenas de milhares de anos propiciaram sua adaptação a qualquer ambiente.
III. As evidências arqueológicas indicam que a espécie humana não nasceu pronta nem física, nem
culturalmente. Necessitou de um enorme período de tempo para desenvolver um conjunto de
habilidades técnicas e de conhecimentos que lhe permitisse elaborar instrumentos de trabalho e
utensílios.
5) (Udesc-2018)
Em 1972, a equipe do arqueólogo Richard Leakey encontrou, nas imediações do Lago Turkana, o
crânio e os ossos de um Homo rudolfensis de 1,9 milhões de anos. Esta espécie teria coabitado o
território africano ao mesmo tempo em que três outras; o Homo habilis, o Homo erectus e o
Paranthropus boisei. Em 1974, pesquisadores descobriram, na Etiópia, um fóssil de 3,2 milhões de
anos, ao qual apelidaram de Lucy. Em 2017, foram publicadas pesquisas a respeito de fósseis de
Homo sapiens encontrados no Marrocos, os quais contariam com cerca de 300 mil anos.
Disponível em www.bbc.com, acessado em 15 de março de 2018.
Estas descobertas foram essenciais para o desenvolvimento de pesquisas a respeito
da evolução de espécies, pois elas poderiam ser referentes aos antepassados
diretos da espécie humana. A este respeito,
é correto afirmar:
a) A descoberta de 2017 refuta a teoria de que a origem da vida humana seria na África,
deslocando-a para a península arábica.
b) Os seres humanos que habitam a África, a América e a Europa não fazem parte da
mesma espécie.
c) É consensual, para a comunidade científica, a afirmação de que a espécie humana é
originária do Continente Africano.
d) Não existem consensos a respeito de qual continente teria se originado a espécie
humana.
e) O Homo sapiens é, evidentemente, anterior ao Homo rudolfensis.