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A PALESTINA E

OS INÍCIOS DO CRISTIANISMO
QUADRO CRONOLÓGICO*
47 - 38 a.C. Ezequias salteador.
39 - 4 a.C. Herodes Magno, governa sobre toda a Palestina como rex socius de Roma.
37 Jerusalém é tomada por Herodes Magno c/ o consentimento de Roma.
7 ou 6 a.C. Nascimento de JESUS de Nazaré (1).
5 - 2 a.C. Reivindicam o título de Messias: Judas (filho de Ezequias, que liderou um
bando de salteadores de 47 a 38, aproximadamente), Simão e Atronges.
4 a.C. Repartição do reino entre os filhos de Herodes Magno: Judeia, Samaria e
Idumeia p/ Herodes Arquelau (desterrado em 6 d.C., quando é substituído por
procuradores romanos, passando tais domínios ao controle direto de Roma);
Galileia e Pereia p/ Herodes Antipas (até 39 d.C.);Traconítide, Bataneia e Aurã
p/ Herodes Filipe (até 34 d.C., quando suas regiões são anexadas à província da
Síria).
14 d.C. Morto Augusto, inicia o reinado de Tibério como imperador.
18 - 36 José Caifás é sumo sacerdote no templo de Jerusalém.
26 - 36 Pôncio Pilatos, prefeito da Judéia; profeta o "Samaritano".
c. 29 João Batista profeta entre os judeus.
c. 30 Crucificação de JESUS de Nazaré.
30 - 39 Salteadores galileus das cavernas.
30 - 59 Eleazar ben Dinai salteador.
c. 32 Conversão de Saulo (PAULO) de Tarso.
36 Lucio Vitélio, legatus Augustae na província imperial da Síria (a qual a
Palestina está adstrita), intervém na Judéia e Samaria, envia Pilatos a Roma e,
na Páscoa, depõe Caifás (2).
40 Herodes Agripa I herda de Antipas a Galileia e Pereia.
41 - 44 Agripa I reunifica, sob a autoridade de Roma, a Palestina; Tolomau salteador.
c. 42 Morte de TIAGO o Maior, executado por Herodes Agripa.
44 A Palestina passa ao controle direto de Roma.
c. 45 Surge o profeta Teúdas na Palestina.
45 - 48 1ª viagem de PAULO: Chipre e Ásia Menor.
48 (ou 44) "Concílio Apostólico" de Jerusalém.
50 (49) - 52 2ª viagem de PAULO: Ásia Menor, Macedônia e Grécia (3).

* Referências ao contexto social da Palestina: Richard HORSLEY e John S. HANSON, Bandidos, Profetas e Messias:
Movimentos populares no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995.
(1) Em 525 Dionísio o Pequeno, monge em Roma, é o primeiro a fazer começar a história pelo nascimento de Jesus, mas
equivocou-se ao calcular o ano em que teria nascido Jesus. Sobre tal data observa-se: Otaviano César Augusto foi imperador
de 30 a.C. a 14 d.C. e Herodes Magno, rei aliado dos Romanos, morreu em fins de março ou princípios de abril de 4 a.C., após
o que, segundo o Evangelho, a Sagrada Família teria retornado do Egito. Já Sulpício Quirino foi legado da Síria no ano 6 d.C.,
e fez o inventário dos bens de Arquelau (herdeiro de Herodes), mas não podemos situar nesta data o nascimento de Jesus. Por
outro lado, sabemos que também desempenhou aí uma missão militar, entre 12 e 6 a.C., e, sob as suas ordens, foi feito um
recenseamento, mas a data deste é desconhecida. Por conseguinte, a data do nascimento de Jesus deve situar-se em 7 a. C. ou
em 6 a. C., i. e. 7 ou 6 anos antes da nossa era!
(2) A intervenção em relação aos excessos de Pilatos foi a pedido dos samaritanos; quanto ao Templo, Vitélio colocou Jônatas
filho de Anás como sumo sacerdote.

Disciplina: História do Cristianismo Código: GHT00629 Professor: Manuel Rolph Cabeceiras


c. 50 Expulsão, pelo imperador Cláudio, dos "judeus de Roma porque, por instigação
de Chrestos, provocavam constantemente distúrbios" (Suetônio).
52 - 60 Antonio Félix, procurador romano para toda a Palestina.
53 - 58 3ª viagem de PAULO: Ásia Menor e Grécia.
c. 56 O profeta "Egípcio" faz sua pregação.
58 Prisão de PAULO em Jerusalém.
60 - 69 Jesus filho de Safias salteador.
60 - 62 Pórcio Festo sucede a Félix como procurador romano.
62 - 69 Atuação do profeta Jesus filho de Ananias.
63 Conclusão do novo Templo de Jerusalém.
64 Incêndio de Roma.
c. 66 - ... Messias Manaém, filho de Judas o Galileu, e João de Giscala salteador.
66 - 74 1ª GUERRA JUDAICO-ROMANA.
68 - 69 Coalizão de zelotas assume o governo da Palestina (de 69 a 70 são
sucedidos por Simão bar Giora, o qual vinha desde 68 apresentando-se
como Messias).
68 Destruição de Qumrã (ou Qumrân).
69 Vespasiano torna-se imperador, início da dinastia dos Flávios.
70 Destruição de Jerusalém por Tito.
74 Destruição de Massada.
74 - 132 Vigência do Sinédrio de Jâmnia, que se converte em novo centro religioso do
judaísmo.
75 - 79 Flávio Josefo (37/38 - c.100), escreve a Guerra dos Judeus.
81 - 96 Reinado do imperador Domiciano (execução do ex-cônsul Tito Flávio
Clemente e exílio de sua esposa Domitilia; JOÃO Apóstolo é exilado em
Patmos).
c. 93 - 94 Antiguidades Judaicas é escrita por Flávio Josefo.
c. 96 1ª Carta aos Coríntios de Clemente, 3º sucessor de PEDRO como bispo de
Roma, na qual há referências aos martírios de Pedro e Paulo e a uma viagem
missionária deste último às fronteiras ocidentais do império (possivelmente
Espanha).
98 - 117 Reinado de Trajano, imperador de Roma.
111 - 113 Plínio o Jovem (61 ou 62 - c. 113) é procônsul da Bitínia.
c. 115 - 117 Tácito (nasc. c. 55), em seus últimos anos de vida, escreve os Annales.
117 - 136 Reinado de Adriano, imperador de Roma.
119 - 121 De Vita Caesarum é escrita por Suetônio (c. 73 - c. 145), mesmo período no
qual secretariou o imperador Adriano.
124 - 125 Rescrito de Adriano a Minúcio Fundano, procônsul da Ásia.
132 - 135 2ª GUERRA JUDAICO-ROMANA (liderada por Bar Kokeba, proclamado
como Messias): o imperador Adriano subjuga a nova rebelião dos judeus e
edifica, sobre as ruínas de Jerusalém, a cidade de Aelia Capitolina (apenas no
séc. IV, c/ a conversão do imperador Constantino ao cristianismo, Jerusalém
retomará o seu nome).
335 Inauguração da Basílica do Santo Sepulcro na presença de 300 bispos.

(3) Em 52 Paulo de Tarso escreve a I Epístola aos Tessalonicenses, considerado como o mais antigo documento do
cristianismo. Estava, então, em Corinto, quando lhe chega o mensageiro que tinha enviado ao porto Tessalônica (at. Salônica,
na Macedônia), informando-lhe sobre a comunidade que lá fundara no início dessa mesma viagem missionária. Diante de tais
notícias escreve a carta, congratulando-os por perseverarem na fé mas também exortando aqueles que, entre eles, não tinham
abandonado usos tidos como vícios pagãos.

Disciplina: História do Cristianismo Código: GHT00629 Professor: Manuel Rolph Cabeceiras


DATAS PROVÁVEIS PARA A REDAÇÃO DOS EVANGELHOS

BÍBLIA DE JERUSALÉM JOHN P. MEIER JOHN DOMINIC CROSSAN (4)

30 a 60 - Mt, Mc, Lc e Jo
40 a 50 - Mc primitivo e Q

c.64 - Mc (em todo caso antes de 70) 60 a 80 - Mt, Mc, Lc e Jo


c.70 - Mc
antes de 70 ou 80 - Mt e Lc
70 a 100 - Mt e Lc (mais
provavelmente:80 a 90)

80 a 120 - Mt, Mc, Lc e Jo


c.100 - Jo c.100 - Jo

120 a 150 - Mc e Jo

(4) Crossan identifica dados a respeito do Jesus histórico em diversas fontes, incluindo textos canônicos (não apenas os
evangelhos) e apócrifos. Em todas as fontes poder-se-ia inventariar material provindo de quatro épocas ou estratos distintos
(vide texto em anexo).

Disciplina: História do Cristianismo Código: GHT00629 Professor: Manuel Rolph Cabeceiras

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