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iuris, isto é, a ponderação das melhores soluções por parte de quem desenvolve e pratica a
jurisprudência.
A jurisprudência passou por três períodos de secularização, a Lei das XII Tábuas, o Ius
Flavianum e o ensino público do direito.
A Lei das XII Tábuas teve uma grande influência na medida que, a promulgação da Lei das
XII Tábuas corresponde à aceitação de que um direito consuetudinário não-escrito
permitia aos intérpretes, sendo estes detentores dos segredos do sagrado, um imenso
arbítrio e amplitude na resolução dos litígios invocando o ius, e por consequência um maior
favorecimento dos patrícios. Com a Lei das XII Tábuas as normas a aplicar passaram a ser
do conhecimento de todos, esta continha disposições com conteúdos inscritos nos direitos
público, privado e processual servindo assim de base para o exercício da jurisprudência.
O Ius Flavianum veio publicitar uma coleção de fórmulas processuais das legis actiones,
estas eram construções transmitidas dos pontífices aos particulares para repetirem em
tribunal, para além das fórmulas processuais o Ius Flavianum também revelou o calendário
com os dias fastos e nefastos, considera-se ser esta uma das etapas mais importantes do fim
da interpretação religiosa do Direito em Roma.
Respondere: este momento era o mais importante, tendo por base dar uma
resposta, conselhos sobre a possibilidade de intentarem uma ação ou de darem pareceres às
pessoas que os procuravam.
Criou então o Ius Publice Respondendi, como uma concessão dada por ele a alguns
jurisprudentes, esta servia como condição de acesso da solução do jurisprudente à sentença
a proferir pelo juiz com utilidade para a parte que o consultava.
Como existiam muitos jurisprudentes e cada um dava uma solução diferente para cada
caso, Augusto deu a alguns o direito de responder em público às questões colocadas pelas
partes como se fossem o próprio prínceps. Mais tarde, Augusto ordenou que os pareceres e
as respostas dos jurisprudentes fossem enviados em tábuas fechadas, de forma a não haver
a possibilidade de deturpações, no entanto ao tornar a atividade da jurisprudência secreta,
permite a adulteração de sentenças.
O fim da jurisprudência deu-se com o ius publice respondendi, pois este atraiu os
jurisprudentes para área politica e o circulo do poder, tornando a jurisprudencia sujeita a
fiscalização e subordinada à vontade do prínceps.