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JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

Liberação Da Cannabis A Fim Da Profilaxia

SOUZA, Kévin da Silva et al. Reinserção Social de Dependentes Químicos


Residentes em Comunidades Terapêuticas. 7f. Artigo Científico. Pontifícia
Universidade Católica de Goiás, Goiás, 2016.

A judicialização da saúde é a necessidade de buscar junto do poder


Judiciário demanda em relação à saúde, negada anteriormente, para um
tratamento, um medicamento ou até mesmo por um leito hospitalar. Sendo a
judicialização a última alternativa para garantir a efetivação do direito à saúde.

O direito a saúde está previsto inicialmente no art. 6° da CF como direito social


e especificamente no art. 196 CF “a saúde é direito de todos e dever do
Estado”, e quando o Estado não cumpre seu dever, o mecanismo para
garantir a efetivação desse direito é a judicialização que também está previsto
na CF em seu art. 5º, inciso 35 – “não se excluirá do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito”.

E quando se trata da liberação de uma substancia considerada ilícita, como é o


caso do extrato da cannabis, mesmo que para fins medicinais, a judicialização
se torna a única via para conseguir o medicamento para realizar o tratamento.

A Lei 11.343/06 (Lei de Drogas), em seu art. 2°, atribui a União, autorizar o
cultivo de plantas das quais se possam extrair drogas para fins,
exclusivamente, medicinais e científicos, trata-se, portanto, de uma exceção à
proibição da planta no Brasil, mas que depende de regulamentação pela
União. A saúde é direito de todos e dever do Estado, embora seja um direito
que nem sempre é efetivamente cumprido.
OBJETIVO
Por que escolheu esse tema?
Escolhi esse tema depois de ver um vídeo na rede social, que trazia o relato de
uma pessoa que estava passando por tratamento do câncer e que inicialmente
foi muito doloroso, mas após tomar conhecimento dos benefícios que a
Cannabis sativa poderia trazer ao seu tratamento, foi imediatamente
providenciado e a qualidade de vida dessa pessoa melhorou em 90%.

Desde o episódio do vídeo foi aumentando a minha curiosidade em relação ao


assunto e após algumas pesquisas e da ajuda da minha amiga de sala Erica,
acabei decidindo por pesquisar sobre esse tema.

E o que esse tema vai mudar na sociedade?


Após inúmeras pesquisas sobre os benefícios terapêuticos da cannabis é
conveniente a discussão sobre sua legalização ou descriminalização para fins
terapêuticos.

Visando assegurar o direito à vida com saúde, reflete a importância de se


revisar as leis e alterar a política de drogas adotadas pelo Brasil, para
futuramente se pensar na legalizando em casos específicos, pois o Estado
como garantidor, deve promover a saúde a todos, sendo este um direito
fundamental do cidadão.

METODOLOGIA
Utilizei a Metodologia Comparativa que engloba a quantidade e a qualidade:

 Quantidade – tendo em vista as propriedades benéficas da planta, ao


todo, entre 2015 e 2021, foram concedidas 75.203 autorizações para a
importação da substancia, podendo os derivados da planta serem
utilizados no tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson,
glaucoma, depressão, autismo e epilepsia. Além disso, há evidências
conclusivas da eficácia dos canabinoides contra dores crônicas; no
tratamento de câncer, apresentando efeitos antitumoral e também
contra enjoos causados pela quimioterapia entre outros.
 Qualidade – referente a qualidade de vida dos pacientes, que aumenta
com o uso do canabinoides, podendo se observar na pagina 10 da
minha pesquisa onde encontra-se descrito alguns benefícios da sua
utilização, de acordo com a patologia apresentada... ler no trabalho.
Ou seja, melhora e muito a vida das pessoas que utilizam a substancia

REFERENCIAS
Autor:

Julgado: utilizado foi o recurso extraordinário 1.165.959 São Paulo


Que consta na página 17 da minha pesquisa, com a tese de repercussão geral
para o Tema 1161:
“Cabe ao Estado fornecer, em termos excepcionais, medicamento que,
embora não possua registro na Anvisa, tem a sua importação autorizada
pela agência de vigilância sanitária, desde que comprovada a
incapacidade econômica do paciente, a imprescindibilidade clínica do
tratamento, e a impossibilidade de substituição por outro similar
constante das listas oficiais de dispensação de medicamentos e os
protocolos de intervenção terapêutica do SUS.”

RESULTADO
O RESULTADO DESSA PESQUISA FOI PROVAR O POTENCIAL
TERAPÊUTICO DO CANABIDIOL EM PERSPECTIVA DE FUTURA
LEGALIZAÇÃO NO BRASIL.

Levando em consideração que a recusa regulatória constitui violação do direito


à saúde dos pacientes que tem indicação do tratamento com o uso de
canabidiol, e que precisam recorrer à justiça como última chance de sobreviver
com dignidade.

CONCLUSAO

A JUDICIALIZAÇÃO NÃO é a melhor alternativa para as falhas de gestão do


Poder Público, pois as pessoas que necessitam do fármaco já possuem
situação clínica debilitada, sendo ainda afetadas pela demora da resolução da
lide, para terem acesso ao medicamento que necessitam.

Apesar de ainda ser uma substância proibida no Brasil, a Cannabis Sativa


avança cada vez mais em direção a sua legalidade para fins medicinais, está
em processo de desenvolvimento não só cientificamente, mas também
juridicamente, levando-se em consideração que após esta evolução cientifica o
seu uso tem sido regulamentado indiretamente via judicial, por quem possui
poder aquisitivo para acelerar o processo burocrático.

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