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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

ESTÁGIO EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

ATIVIDADE SUS

ANA CAROLINA SILVA HERRERA


F07HII2

SÃO PAULO

2022
4- Público LGBTQIA+. Realizar levantamento em referências de como
deve ser a abordagem ao paciente transexual. Medicamentos
disponíveis.
Composição

Indicação

Posologia

Exigência legal de dispensação (se exige receituário especial e


qual é a legislação que versa a respeito).

O sistema GSS (Gestão de Sistemas de Saúde) tem como objetivo


o monitoramento informatizado do estoque de material das
instalações e serviços da SMS-SP, incluindo a distribuição
de medicamentos exclusivos para transexuais e travestis.
Os medicamentos disponíveis no SUS na região de São Paulo são:

Classe farmacêutica:
Estrógeno (Estradiol, Valerato), na forma farmacêutica de
comprimido 2mg
Andrógeno (Testosterona Undecilato), na forma farmacêutica de
solução injetável 250mg/ml em ampola 4ml
Antiandrógeno (Ciproterona), na forma farmacêutica de comprimido
50mg

Apesar da utilização do sistema GSS ele não possui opção para a


adição do nome social ao sistema, por isso o farmacêutico responsável
pelo atendimento deve estar atento para como se referir à pessoa
atendida e pronto para realizar a alteração do nome do paciente no
sistema, já que os medicamentos dispensados para pessoas LGBQIA+
não possuem restrição para dispensação, em relação ao nome
registrado no sistema por conta da utilização dos novos nomes.

Dispensação de medicamentos estrógenos e antiandrógenos

Atualmente os medicamentos disponíveis na rede municipal são o


Estradiol valerato (2mg, em comprimido) e Ciproterona (50mg em
comprimido) e para a obtenção desses medicamentos pela rede
municipal a receita deve seguir as seguintes exigências, conforme
Portaria nº 82/2015:

• Conter identificação do Serviço de Saúde com nome, endereço e


telefone.
• Ser individual, escrita em caligrafia legível, à tinta ou digitada, sem
rasuras e/ou emendas; observadas a nomenclatura e o sistema de
pesos e medidas oficiais, indicando a forma farmacêutica, a
concentração, a dose, o modo de uso (via de administração e intervalo)
e a duração do tratamento.
• Conter o nome completo da pessoa atendida (deve ser o nome social,
ou o de preferência da pessoa, caso ela não tenha realizado a
retificação de prenome nos documentos de registro).
• Conter a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a denominação
genérica do medicamento sendo vedado o uso de abreviaturas ou
códigos.
• Os dizeres “uso contínuo” validam a prescrição por seis meses. Caso
contrário, a prescrição é válida por 30 dias a partir da data de emissão.
• Conter a data de sua emissão e identificação da prescritora (carimbo
ou nome completo e CRM legíveis e assinatura), que deve estar
cadastrada como prescritora de hormonização na unidade de saúde ou
coordenadoria de saúde em que atua.
• A prescrição deve ser legível, sem rasuras ou emendas e apresentada
em uma única via.

Se todas as exigências, para a obtenção dos medicamentos, forem


seguidas a pessoa deverá apenas apresentar a receita e a carteira do
SUS para poder fazer o cadastro no sistema GSS e realizar a retirada
do medicamento.

Dispensação de medicamentos Andrógenos

Atualmente os medicamentos disponíveis na rede municipal são a


Testosterona undecanoato ou undecilato (250mg/ml, em solução
injetável). A testosterona é um medicamento de liberação controlada
pertencente à lista C5 da Portaria nº 344/98, e para o atendimento das
receitas de testosterona são exigidas as seguintes informações:
• Identificação da emitente: contendo o nome e endereço da unidade
• Identificação do usuário: nome (deve ser o nome social, ou o de
preferência da pessoa, caso não tenha realizado a retificação de
prenome nos documentos de registro) e endereço completo;
• Nome da Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou
concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia;
• Identificação da prescritora (carimbo ou nome completo e CRM
legíveis e assinatura), que deve estar cadastrada como prescritora
de hormonização na unidade de saúde ou coordenadoria de saúde em
que atua;
• Número do Cadastro da Pessoa Física (CPF) da prescritora;
• Código da CID;
• Data de sua emissão,
• A prescrição deve ser legível, sem rasuras ou emendas e apresentada
em duas vias;

Além do preenchimento pela farmácia responsável pela


dispensação, será necessário também, na dispensação, na via da
pessoa usuária:

1. Identificação da Unidade Dispensadora.


2. Data da dispensação.
3. Quantidade aviada de cada medicamento.
4. Nome legível da pessoa dispensadora.
Registrar na primeira via, que deve ser retida na farmácia:
1. Data da dispensação.
2. Quantidade aviada de cada medicamento, com o respectivo lote e
validade.
3. Nome legível da pessoa dispensadora.

A validade da receita, segundo a Portaria nº 344/1998, é de 30 dias.


E é importante salientar que é obrigatório a apresentação do documento
com foto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PROTOCOLO PARA O ATENDIMENTO DE PESSOAS
TRANSEXUAIS E TRAVESTIS NO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO. Governo de São Paulo, 2020. Disponível
em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/
Protocolo_Saude_de_Transexuais_e_Travestis_SMS_Sao_Paulo_3_d
e_Julho_2020.pdf. Acesso em: 25 de outubro de 2022.

5- Desenvolver um comitê para o uso racional de medicamentos


(CURAME), escolher medicamentos específicos e elaborar
documentos relacionados às informações quanto ao uso racional
deste medicamento.
Antitussígeno
O uso irracional ou inadequado de medicamentos pode ser
considerado um dos maiores problemas em saúde no mundo. Suas
causas têm sido agravadas pela infodemia. O termo refere-se a um
grande aumento no volume de informações – precisas ou não, que
podem se multiplicar exponencialmente em pouco tempo devido a um
evento específico. Como consequência, torna-se cada vez mais difícil
encontrar fontes e orientação confiáveis, originando mais um desafio
na mitigação na emergência de saúde, principalmente quando, além
de ser divulgada nas mídias tradicionais, está associada à
amplificação por meio das redes sociais (PAHO, 2020).
Por isso, é fundamental que a toda a população esteja bem-informada
quanto ao acesso e ao uso correto dos medicamentos, que os
profissionais de saúde tenham o conhecimento necessário para a
prescrição e orientação adequadas, assim como os gestores, para a
melhor tomada de decisão.
A promoção do Uso Racional de Medicamentos envolve questões
regulatórias, científicas, econômicas, sociais e educacionais. Para
assegurar que isso ocorra, são necessários o envolvimento de
diferentes atores e o desenvolvimento de um conjunto de ações que
devem estar balizadas nas diretrizes propostas na Política Nacional
de Medicamentos e na Política Nacional de Assistência
Farmacêutica.
A tosse é um mecanismo de defesa reflexa importante, cujas
principais funções fisiológicas são: a eliminação de secreções das
vias aéreas, a proteção contra a aspiração de corpos estranhos,
secreções ou alimentos, a defesa contra disfunção ou lesões ciliares,
e a proteção contra episódios de arritmia potencialmente fatais (ao
gerar aumento de pressão intratorácica) (Munyard e Bush, 1996;
Sociedade Brasileira De Pneumologia E Tisiologia, 2006;
Blenkinsopp et al., 2008).
Para o alívio da tosse, muitas vezes, o paciente opta pelo autocuidado
sem orientação, muitas vezes de modo inadequado (Kogan et al.,
1994; Smith et al., 2014). A Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC)/Anvisa, no 138, de 29 de maio de 2003, descreve algumas
classes de medicamentos, cuja venda não exigia prescrição médica
(Agência Nacional De Vigilância Sanitária, 2003). Esta RDC foi
atualizada pela RDC/Anvisa, no 98, de 1° de agosto de 2016, na qual
a lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE) foi
substituída pela Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição (LMIP)
(Agência Nacional De Vigilância Sanitária, 2016). As classes de
medicamentos para o alívio desse sinal/sintoma, cuja venda é isenta
de prescrição médica, são: antitussígenos/sedativos da tosse;
expectorantes; mucolíticos.
A presença de outros sinais/sintomas associados à tosse pode
sugerir doença subjacente. Assim, o farmacêutico deverá investigar
devido à possibilidade de manejo ou necessidade de
encaminhamento para outro profissional ou serviço de saúde. Não é
objeto desse guia tratar do manejo específico dos sinais e sintomas
associados. Contudo, é imperativa sua identificação para manejo de
conduta.
Afecções clínicas que podem vir acompanhadas de tosse:

O plano de cuidado do paciente requer a seleção de condutas para


promover a resolução ou o alívio da tosse, propiciando bem-estar e
manutenção das atividades de vida diárias. O plano contém ações
partilhadas entre o farmacêutico e o paciente, com base nas melhores
evidências disponíveis e alinhadas com o restante da equipe de
saúde envolvida no cuidado.
No atendimento da tosse são possíveis as seguintes condutas
(Conselho Federal De Farmácia, 2013a; b):
• Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde;
• Terapia não farmacológica;
• Terapia farmacológica;
• Outras intervenções resultantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUIA DE PRÁTICA CLÍNICA: SINAIS E SINTOMAS
RESPIRATÓRIOS. Conselho Federal de Farmácia, 2018.
Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/Profar%20-
%20Guia%20tosse.pdf. Acesso em: 20 Novembro 2022.

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