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DISCIPLINA: ESTÁGIO EM FARMÁCIA HOSPITALAR

PROFESSORA: ZAIRA AUGUSTA LUTOSA VIEIRA VIRGÍNIO


ALUNA: TAYRINE DHESMAN NASCIMENTO RIBEIRO

1º Atividade
Resumo do Manual de Fracionamento

O fracionamento é o procedimento composto pela subdivisão da embalagem de um


medicamento em partes individualizadas e pela dispensação dessas partes ao usuário de
medicamentos, em quantidade suficiente para atender ao tratamento clínico prescrito ou
ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescrição, sob
orientação e responsabilidade do farmacêutico. A embalagem que pode ser fracionada,
chamada de embalagem primária fracionável, é especialmente desenvolvida pelo
fabricante e aprovada pela Anvisa para essa finalidade e vem acondicionada em uma
embalagem externa, chamada de embalagem original para fracionáveis, identificada
pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”, na cor vermelha. Esse
procedimento deve ser realizado sob a supervisão e responsabilidade do farmacêutico e
deve observar as Boas Práticas para Fracionamento estabelecidas pela RDC nº 80/2006.
O procedimento de fracionamento integra a dispensação de medicamentos, sendo
desnecessária a expedição de nova licença ou autorização de funcionamento para a
execução desse procedimento. Portanto, o fracionamento de medicamentos, a partir das
embalagens especialmente desenvolvidas para essa finalidade, pode ser realizado em
qualquer farmácia ou drogaria que esteja funcionando regularmente perante os órgãos
de Vigilância Sanitária competentes, desde que disponham de instalações adequadas ao
procedimento e atendam às condições técnicas e operacionais estabelecidas na RDC n°
80/2006 e seus anexos.
Além das condições sanitárias normalmente exigidas para o funcionamento regular de
uma farmácia ou drogaria, elas devem possuir: área de fracionamento - espaço
identificado e visível para o usuário, destinado às operações relacionadas ao
fracionamento, com bancada(s) revestida(s) de material liso, resistente e de fácil
limpeza; placa de identificação do farmacêutico; Indicação, em local visível para o
público, contendo informações legíveis e ostensivas de que o fracionamento deve ser
realizado sob a responsabilidade do farmacêutico; documentos comprobatórios quanto à
regularidade de funcionamento do estabelecimento, expedidos pelos órgãos sanitários
competentes e Certificado de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
Farmácia; capacidade e equipamentos apropriados; e local adequado para o
armazenamento das embalagens fracionáveis, que, além de observar as características
de organização comuns à estocagem de medicamentos, deve estar identificado de forma
legível e ostensiva, com a indicação “Embalagens Fracionáveis”, a fim de permitir a
fácil distinção entre as embalagens fracionáveis e as embalagens comuns (não
fracionáveis).
Os medicamentos nas apresentações de bisnaga monodose, frasco-ampola, ampola,
seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope, blister e strip podem ser fracionados e
dispensados de forma fracionada. Também são passíveis de fracionamento os que se
apresentam nas formas farmacêuticas de comprimidos, cápsulas, óvulos vaginais,
drágeas, adesivos transdérmicos e supositórios. É preciso ainda que estejam
acondicionados em embalagens especialmente desenvolvidas pelo fabricante para essa
finalidade, com mecanismos que permitam a subdivisão em frações individualizadas.
Desse modo, visa-se garantir a manutenção das características asseguradas no produto
original. Essas embalagens são registradas na Anvisa e são facilmente identificadas pela
inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL” no rótulo da embalagem secundária.
A embalagem primária fracionada é a menor unidade da embalagem obtida a partir da
embalagem primária fracionável e deve estar acompanhada dos seguintes dados de
identificação: nome comercial do medicamento, quando não se tratar de medicamento
genérico, isento de registro, homeopático isento de registro e imunoterápico;
denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, Denominação Comum
Internacional (DCI), em letras minúsculas, ou nomenclatura botânica (gênero e espécie),
no caso de fitoterápicos; concentração da substância ativa por unidade posológica, com
exceção de medicamentos com mais de quatro fármacos. Vigilância Sanitária; nome do
titular do registro ou logomarca, desde que esta contenha o nome da empresa; número
do registro (contendo até nove dígitos), número do lote e data de validade (mês/ano);
via de administração, quando restritiva; expressão “Medicamento genérico Lei nº 9.787,
de 1999” ou o logotipo caracterizado pela letra “G” estilizada e as palavras
“Medicamento” e “Genérico”, conforme legislação específica, quando se tratar de
medicamento genérico; a expressão “Exija a bula”.
A farmácia e drogaria devem manter registro de todas as operações relacionadas com a
dispensação de medicamentos na forma fracionada de modo a garantir o rastreamento
do produto. No entanto, a forma da escrituração ficará à critério do próprio
estabelecimento, podendo ser manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica
das operações, mantidos atualizados e permanecer à disposição das autoridades
sanitárias por um período de cinco anos, contendo, no mínimo, as seguintes
informações: data da dispensação; nome completo e endereço do paciente;
medicamento, posologia e quantidade prescritos, de acordo com o sistema de pesos e
medidas oficiais; nome do titular do registro do medicamento; número do registro no
órgão competente da vigilância sanitária, contendo os treze dígitos; número(s) do(s)
lote(s), data(s) de validade e de fabricação do medicamento fracionado; data da
prescrição; e nome do prescritor, número de inscrição no respectivo conselho
profissional, nome e endereço completo do seu consultório ou da instituição de saúde a
que pertence.
Quanto aos itens para inspeção do cumprimento das Boas Práticas para Fracionamento
de Medicamentos nas farmácias e drogaria, A RDC nº 80/2006 apresenta o Roteiro de
Inspeção para Fins de Verificação das Boas Práticas para Fracionamento de
Medicamentos, a fim de orientar e uniformizar os procedimentos de inspeção de um
modo geral, destacando os seguintes itens: relacionados com a administração e
informações gerais; relacionados com o armazenamento e a dispensação de produtos; e
relacionados diretamente com o fracionamento. Os critérios para avaliação dos itens do
Roteiro de Inspeção para Fins de Verificação das Boas Práticas para Fracionamento de
Medicamentos estão estabelecidos no Anexo III da RDC nº 80/2006.

2º Atividade
1 - FARMÁCIA HOSPITALAR
O que é farmácia hospitalar?
De acordo com a Resolução nº 568, do Conselho Federal de Farmácia (CFF) define-se
Farmácia Hospitalar como a unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde
se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida
exclusivamente por Farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e
integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao
paciente.
2 - SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
Qual a importância da etapa de seleção de medicamentos no ambiente hospitalar?
No ciclo da Assistência Farmacêutica, a seleção constitui o ponto de partida, sendo,
portanto, uma atividade fundamental. A seleção é um processo de escolha de
medicamentos eficazes e seguros, imprescindíveis ao atendimento das necessidades de
uma dada população, tendo como base às doenças prevalentes, com a finalidade de
garantir uma terapêutica medicamentosa de qualidade nos diversos níveis de atenção a
saúde. Deve estar fundamentada em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos
como, também, na estrutura dos serviços de saúde. É um processo dinâmico e
participativo, que precisa ser bem articulado e envolver um número representativo de
profissionais da área da saúde.
Quem seleciona os medicamentos e quais as etapas e critérios de seleção para os
medicamentos da farmácia hospitalar?
As etapas e critérios de seleção consistem em:
Constituir Comissão de Farmácia e Terapêutica - CFT, por meio de instrumento legal,
para legitimar o processo, envolvendo os profissionais de saúde (médicos,
farmacêuticos, enfermeiros e dentistas) e estabelecendo normas e critérios para o seu
funcionamento (Estatuto);
 Estabelecer critérios para: a inclusão e exclusão de medicamentos; os
medicamentos de uso restrito (exemplo: psicofármacos e antimicrobianos); a
prescrição e a dispensação; a periodicidade da revisão. Obs: Somente incluir
medicamentos se comprovada a vantagem em relação aos medicamentos já
selecionados;
 Identificar referências bibliográficas e disponibilizar material para subsidiar a
execução dos trabalhos;
 Selecionar os medicamentos de acordo com o perfil epidemiológico local;
 Priorizar os medicamentos considerados básicos e indispensáveis para atender à
maioria dos problemas de saúde da população;
 Comparar custo/tratamento;
 Analisar as informações levantadas e definir o elenco de medicamentos que irá
constituir a RME;
 Relacionar os medicamentos por grupo terapêutico, utilizando a denominação
genérica e especificações (concentração, forma farmacêutica e apresentação);
 Promover fórum de discussão para submeter a RME à apreciação dos demais
profissionais de saúde da rede, que não tenham participado diretamente do
processo;
 Estruturar a apresentação da RME, definindo a forma e tipos de anexos a serem
incluídos (formulários, portarias, legislação e informações complementares);
 Publicar, divulgar, distribuir;
 Avaliar a utilização na rede de saúde.
Reconhecendo a importância da seleção para definição de uma Política de
Medicamentos, a Organização Mundial da Saúde elaborou e publicou no Relatório
Técnico n° 615, de 1997, critérios técnicos a serem observados na seleção de
medicamentos, entre os quais:
 Utilizar a Denominação Comum Brasileira - DCB ou a Denominação Comum
Internacional – DCI;
 Selecionar medicamentos que possuam eficácia e segurança terapêutica
comprovadas.
Observar: disponibilidade no mercado, menor risco/benefício, menor custo/tratamento,
maior estabilidade e propriedade farmacocinética mais favorável, apresentação de
melhor comodidade de uso para o paciente e facilidade de armazenamento.

3 - PROGRAMAÇÃO
O que é a programação para aquisição de medicamentos pela farmácia hospitalar?
Programar medicamentos consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para
atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo, possuindo
influência direta sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento. É uma etapa
imprescindível do ciclo da Assistência Farmacêutica.
Hipoteticamente você farmacêutico do Hospital Municipal de Imperatriz, de que forma
você se programaria para receber os pedidos de 15 em 15 dias. Quais passos e critérios
você usaria para organizar a rotina de programação de pedidos (explique a sequência)?
Utilizaria o método e consumo histórico. Ele consiste na análise do comportamento de
consumo do medicamento numa série histórica no tempo, possibilitando estimar as
necessidades. Nesse caso, são utilizados os registros de movimentação de estoques,
dados de demanda (atendida e não atendida), inventários com informações de, pelo
menos, 12 meses, incluídas as variações sazonais (que são alterações na incidência das
doenças, decorrentes das estações climáticas). Com esses dados, consolidam-se as
necessidades, desde que não ocorram faltas prolongadas de medicamentos e que as
informações fornecidas sejam confiáveis.
Procedimentos operacionais para a programação:
 Levantar uma série histórica de consumo de medicamentos, representativa no
tempo. Calcular o consumo de cada medicamento, somando-se os quantitativos
do medicamento consumido e dividindo-se pelo número de meses de utilização;
 Analisar a variação dos consumos de cada medicamento, em função do tempo;
 Recomenda-se definir um ponto de reposição, considerando o CMM e o tempo
médio para aquisição/ressuprimento;
 Quantificar os medicamentos;
 Deduzir do quantitativo programado o estoque existente (inventário).
4 - AQUISIÇÃO
Para a aquisição de medicamentos, quais os critérios você utilizaria para qualificar
o fornecedor/ fornecedores?
Fornecedores que mantenham o fornecimento de medicamentos que atendam os
critérios de qualidade, bem como prazo de entrega satisfatório e preços acessíveis.
Deve- se também levar em consideração se o fornecedor tem uma estrutura adequada
para atender à solicitação, se possui habilidade técnica para produzir e fornecer a
matéria-prima ou item. Outras características que devem ser levadas em consideração
são os serviços pós-venda (sistema de suporte), a localização do fornecedor que seja
preferencialmente próximo do comprador, esta consideração, na medida do possível,
leva a redução de tempo de entrega evitando a falta do medicamento, principalmente
para aqueles itens de alto consumo e rotatividade.
5 - ARMAZENAMENTO
Após a aquisição desses medicamentos, no momento do recebimento na farmácia
hospitalar. Quais passos e critérios você usaria para armazenar os medicamentos e
correlatos (como você farmacêutico organizaria o estoque)?
 Estocar os produtos por nome genérico, lote e validade, de forma que permita
fácil identificação;
 Os medicamentos com datas de validade mais próximas devem ficar à frente;
 Manter distância entre os produtos, produtos e paredes, piso, teto e
empilhamentos, de modo a facilitar a circulação interna de ar. Não existe uma
regulamentação ou padrão oficial estabelecido para o estabelecimento desta
distância, que será definido segundo o espaço disponível. O que não se deve é,
encostar medicamentos junto às paredes, ao teto, ou em contato com o chão, por
causa da umidade;
 Conservar os medicamentos nas embalagens originais, ao abrigo da luz direta.
Estocar os medicamentos de acordo com as condições de conservação
recomendadas pelo fabricante. Em caso de não haver recomendação específica,
devem-se estocar os produtos em temperatura ambiente (15-30°C);
 Estocar os medicamentos isolados de outros materiais, principalmente, os de
limpeza, perfumaria, cosméticos, material de consumo e outros;
 Embalagens abertas devem ser identificadas com o número do lote e validade;
 Não armazenar medicamentos diferentes no mesmo estrado ou prateleira, para
evitar possíveis trocas na hora da expedição;
 Materiais passíveis de quebras (ampolas e frascos de vidros) devem ser
guardados em local menos exposto a acidentes;
 Manter próximo à área de expedição os produtos de grande volume e
rotatividade. Embalagens abertas devem ser destacadas e identificadas com o
número do lote e validade;
 Proteger os produtos contra pragas e insetos, colocando telas finas nas janelas;
 Exercer um controle diferenciado dos psicofármacos, por serem produtos que
causam dependência física e psíquica, sujeitos a controle específico (Portaria
SVS n° 344/98). Esses medicamentos devem ficar em local seguro, isolados dos
demais, sob controle e responsabilidade legal do farmacêutico;
 Manter em local separado os produtos inflamáveis, sob condições especiais (área
sinalizada, instalações apropriadas, equipamentos de prevenção contra incêndio,
normal e procedimentos escritos, afixados no local), tendo em vista os riscos
potenciais que esses produtos podem causar (ocupacionais e coletivos);
 Manter os medicamentos termolábeis em áreas específicas, por serem produtos
sensíveis a temperatura em torno de 20°C +/-2°C. O local de armazenagem
desses medicamentos exige controle de temperatura, através de termômetros,
com registro diário.
6 - DISTRIBUIÇÃO
O que é a distribuição? A distribuição é a mesma coisa que dispensação?
Distribuição não é o mesmo que dispensação. A distribuição é a atividade que consiste
no suprimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade, qualidade e
tempo oportuno, para posterior dispensação à população usuária.
Hipoteticamente você farmacêutico do Hospital Municipal de Imperatriz. Quais
passos você utilizaria para organizar a distribuição de insumos para os setores do
hospital (caso você não tenha acesso a um sistema operacional)?
Partindo do princípio de que qualquer sistema de distribuição tem início a partir de uma
solicitação de medicamentos (por parte do requisitante) para o nível de distribuição
envolvido, visando suprir as necessidades desses medicamentos por um determinado
período de tempo.
Seriam utilizadas as seguintes etapas:
 Análise da Solicitação – Onde a partir da solicitação, faz-se uma avaliação
criteriosa para proceder ao atendimento requerido, verificando as quantidades
distribuídas, o consumo, a demanda (atendida e não atendida), o estoque
existente, a data do último atendimento e a solicitação anterior;
 Processamento do pedido - Onde após a análise das informações e a
identificação das necessidades, atende-se à solicitação mediante documento
elaborado em duas vias, sendo uma cópia para a unidade requisitante e a outra
para o controle da distribuição;
 Preparação e liberação do pedido - A preparação do pedido deve ser feita por um
funcionário e revisada por outro, para evitar falhas na conferência;
 Conferência - Após a separação do pedido, o solicitante deverá conferir todos os
itens e assinar as duas vias do documento (nome por extenso, número da
identidade ou da matrícula, local, setor de trabalho e data do recebimento). Para
otimizar o tempo, recomenda-se confeccionar um carimbo com os referidos
dados;
 Registro de saída - Após a entrega do pedido, registram-se as informações do
documento de saída em livro ata, ficha de controle ou computador, dependendo
do sistema de controle;
 Arquivo da documentação - Deve-se manter o arquivo das cópias de todos os
documentos por um período de cinco anos.
7 - DISPENSAÇÃO
Quais os tipos de dispensação são possíveis na farmácia hospitalar?
Na farmácia hospitalar teoricamente existe duas maneiras na dispensação de
medicamentos definidas pelo hospital, são elas: dispensação extra-hospitalar que tem
como destino os pacientes que estão nos ambulatórios, e a dispensação intra-hospitalar
que visa a dispensação para pacientes que estão internados
Qual papel do farmacêutico durante e para o processo de dispensação?
Analisar a prescrição médica; identificar as necessidades do paciente em relação ao uso
dos medicamentos e prover as informações necessárias; manter-se atualizado para uma
adequada prestação de serviços e qualidade da atenção farmacêutica; conhecer,
interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da legislação pertinente; manter
atualizados os registros referentes a dispensação; coletar e registrar ocorrências de
reações adversas e efeitos colaterais relativos ao uso de medicamento, informando à
autoridade sanitária local; orientar o usuário sobre os cuidados e guarda dos
medicamentos, especialmente os termolábeis e aqueles sob controle especial
(psicotrópicos e entorpecentes); e acompanhar e avaliar as tarefas do pessoal de apoio.
Quais habilidades e atitudes são importantes que o farmacêutico tenha para o
processo de dispensação?
A dispensação de medicamentos é uma prática que exige além de conhecimentos
técnico-científicos, algumas habilidades e atitudes, necessárias para propiciar a adesão
do usuário ao tratamento, tais como: saber comunicar-se, ser paciente, saber ouvir,
atitude pessoal de empatia e consideração ao usuário e saber desenvolver técnicas de
abordagem ao usuário.
8 - ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA FARMÁCIA HOSPITALAR
O que é a farmácia clínica e qual a importância do farmacêutico clínico e quais
campos de atuação possíveis?
Farmácia Clínica congrega conhecimentos e habilidades para uma prática farmacêutica
especializada, com a responsabilidade de assegurar o uso de medicamentos de forma
apropriada em função dos cuidados ao paciente. É a área voltada para o cuidado do
paciente que visa à promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de seus
agravos, devido ao uso inadequado de medicamentos.
As condutas do farmacêutico clínico buscam otimizar a farmacoterapia, promover o uso
racional de medicamentos e, sempre que possível, melhorar a qualidade de vida do
paciente. Por meio da análise da terapia farmacológica do paciente, atuação
interprofissional e uso de ferramentas de pesquisa, o farmacêutico deve oferecer o
melhor cuidado ao paciente e a melhor informação disponível à equipe assistencial, com
o intuito de reduzir ocorrências de eventos adversos a medicamentos e aumentar a
segurança do paciente.
O Conselho Federal de Farmácia através da Resolução nº 585/2013 regulamenta as
atribuições clínicas do Farmacêutico. O farmacêutico clínico pode atuar em hospitais e
clínicas, farmácias com ou sem manipulação, consultório farmacêutico; além de poder
fazer atendimento domiciliar
Segundo os conhecimentos adquiridos quais seriam as ferramentas necessárias
para um desenvolvimento pleno da atenção farmacêutica clínica no ambiente
hospitalar?
Seria através da educação em saúde (incluindo promoção do uso racional de
medicamentos), orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico,
acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico, registro sistemático das atividades,
mensuração e avaliação dos resultados.

3º Atividade
Elaborar uma tabela de Classificação e posologia dos ATB Disponíveis no HMI
Penicilinas
Princípio Ativo Posologia
Penicilinas Amoxicilina Suspensão Crianças menores de 12 anos: 20
mg/kg/dia de 8/8h.
Amoxicilina Comprimido 500 mg de 8/8 horas ou 875 mg de 12/12
horas.
Adulto: 1 – 2g a cada 4 - 6 horas ou 50 –
Ampicilina Frasco/Ampola 250 mg/kg/dia divididos a cada 4 – 8
horas;
Pediatria: 100 – 400mg/kg/dia de 6/6h
Adulto: 250 – 500mg a cada 6 a 8 horas,
Ampicilina Comprimidos por um período mínimo de 7 dias;
Pediatria: 50 – 100 mg/kg/dia de 6/6h.
Benzilpenicila Adulto: IM: 1,2-2,4 MUI, dose única;
Pediatria: IM: 25-50 MUI/kg, dose única.
Aminoglicosídeos
Princípio Ativo Posologia
Adultos: 15 – 20 mg/kg/dia a cada 24h;
Amicacina Ampola Pediatria: 5 – 15 mg/kg/dia a cada 8 ou
12 horas.
Adultos: 5mg/kg/dia;
+Gentamicina Ampola Pediatria: Menores de 5 anos de idade: IM e
EV: 5mg/kg/dia e Maiores de 5 anos de
idade: IM e EV: 7,5mg/kg/dia.
Macrolídeos
Princípio Ativo Posologia
500mg/dia por 3 dias ou 500mg no
Azitromicina Comprimido primeiro dia e 250mg, 1 vez/dia, do
segundo ao quinto dia.
Azitromicina Suspensão 10mg/kg/dia por 3 dias ou 10mg/kg no
primeiro dia e 5mg/kg, 1 vez/dia, do
segundo ao quinto dia.
Eritromicina Suspensão 30-50mg/kg/dia divididos em 2-4 doses.
Cefalosporinas
Princípio Ativo Posologia
Adultos: 250-500mg a cada 6 horas;
Cefalexina Pediatria: 25-100mg/kg/dia doses
divididas a cada 6-8 horas.
Cefalotina Adultos: 500 - 2.000mg a cada 4-6 horas;
Pediatria: 100-150mg/kg/dia, dividida a
cada 4-6 horas; dose máxima 10g/dia.
Adultos: EV: 500mg, a cada 6-8h.VO:
250-750mg, a cada 8h.1
Pediatria: 1 semana a 4 semanas: Dose de
Metronidazol ataque de 15mg/kg seguida de
manutenção de 7,5mg/kg a cada 12h.
Maior de 4 anos: Dose de ataque de
15mg/kg seguida de manutenção de
7,5mg/kg a cada 8 horas.
Quinolonas
Princípio Ativo Posologia
Cefalexina Comprimido Adultos: 250-750mg a cada 12h.
Sulfonidas
Princípio Ativo Posologia
Adultos: 2 comprimidos de
sulfametoxazol + trimetoprima 400mg +
80mg ou 1 comprimido de
sulfametoxazol + trimetoprima 800mg +
Sulfametoxazol + Trimetoprima 160mg a cada 12 horas.
Pediatria: De 6 meses a 5 anos: 5 mL de
sulfametoxazol + trimetoprima suspensão
a cada 12 horas. De 6 a 12 anos: 10 mL
de sulfametoxazol + trimetoprima
suspensão a cada 12 horas

4º Atividade
RESUMO: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA PARA BOAS PRÁTICAS DE
ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
TERMOLÁBEIS
Os medicamentos termolábeis devem ser submetidos a uma condição especial de
armazenagem, em ambiente refrigerado, para que se mantenha as suas características. É
importante ressaltar que o armazenamento incorreto de termolábeis pode resultar na
falta de ação medicamentosa ou potencialização de efeitos adversos, afetando
diretamente a saúde dos pacientes. Portanto, trata-se de um ciclo que requer manutenção
e monitoramento constantes sendo necessário a implementação das Boas Práticas de
Distribuição, Armazenamento e Transporte de medicamentos de acordo com o
preconizado pela RDC 430/2020.
No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto a sua documentação e
fisicamente inspecionada para verificar as condições de integridade das embalagens,
rotulagem adequada, tipo insumo e quantidade. Para o recebimento de um produto com
mais de um lote de fabricação, ele deve ser subdividido em quantos lotes forem
necessários e estocados dessa forma.
O local de estocagem deve manter uma temperatura constante, entre 2 e 8 °C. O
refrigerador é o equipamento que permite temperaturas entre 4ºC e 8ºC, e a câmara de
conservação é o equipamento que permite temperaturas entre 2ºC e 8ºC.
O refrigerador deve ser utilizado exclusivamente para a guarda de medicamentos, não
sendo permitida a manutenção de alimentos ou qualquer outro produto, inclusive na
porta. O armazenamento na porta expõe os produtos a uma maior variação de
temperatura, enquanto a presença de alimentos permite contaminações e colabora para
que o refrigerador seja aberto com maior frequência, dificultando a manutenção da
temperatura apropriada. O congelador (interno) deve ser totalmente preenchido com
bobinas de gelo recicláveis (gelox) que têm por finalidade retardar a elevação de
temperatura e proteger os medicamentos em caso de falta de energia elétrica ou defeito
no refrigerador. As bobinas atuam, portanto, como uma reserva térmica nestas
situações.
O controle diário da temperatura é essencial para assegurar a qualidade dos
medicamentos termolábeis. Para isso são utilizados termômetros digitais ou analógicos.
Considerando que muitos modelos utilizados são fabricados fora do país, é necessário
verificar se existe uma chave de alternância de leitura entre Fahrenheit e Celsius e
posicioná-la em graus Celsius. O termômetro deve ser fixado no lado externo da porta,
sendo introduzido o cabo extensor pelo lado de fixação das dobradiças, localizando o
seu sensor (ou bulbo) na parte central da segunda prateleira. O bulbo não deve ser
colocado dentro de líquidos, pois a recomendação de manter a temperatura de
armazenamento entre 2°C e 8°C é baseada no ar circulante e não em temperaturas de
líquidos.
Para manter as condições ideais e adequadas de conservação dos medicamentos deve-se
fazer degelo e limpeza a cada 15 dias ou quando a camada de gelo for superior a 0,5 cm.
Assim, recomenda-se: Transferir os medicamentos para uma caixa térmica previamente
organizada com bobinas de gelo reutilizáveis (gelox) e após estabilização da
temperatura. Vedar a caixa com fita adesiva larga. O tempo de acondicionamento nas
caixas de isopor não deverá ser superior a 4 horas. Não mexer no termostato. Desligar a
tomada e abrir a porta (inclusive do congelador), até que todo o gelo se desprenda. Não
usar faca ou outro objeto pontiagudo para remoção mais rápida do gelo, pois esse
procedimento pode danificar os tubos de refrigeração.

5º atividade
5º atividade
Discorra sobre elas, explicando as atividades e a importância da participação do
farmacêutico nessas equipes.
1. Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
Cabe à CFT selecionar os medicamentos que melhor atendam às necessidades
terapêuticas dos pacientes que utilizam aquele hospital. As atribuições desta comissão
incluem: Participar na elaboração da política de medicamentos da instituição, incluindo
seleção e dispensação de medicamentos; estipular critérios para obtenção de
medicamentos que não constem na padronização; participar na elaboração de protocolos
de tratamento elaborados por diferentes serviços clínicos; investigar a utilização de
medicamentos na instituição; avaliar interações de medicamentos dos pontos de vista
farmacodinâmico e farmacocinético; avaliar incompatibilidades físico-químicas entre os
componentes utilizados; participar ativamente da educação permanente dirigida à
equipe de saúde e assessorar todas as atividades relacionadas à promoção do uso
racional.
2. Comissão de Licitação e Parecer Técnico
Nos órgãos públicos, as compras de materiais e medicamentos devem obedecer à Lei
Federal nº 8.666/1993. Nos processos licitatórios, o farmacêutico hospitalar pode:
elaborar editais de compras e especificação técnica; participar de licitações e aquisições
por meio de avaliação técnica; colaborar de forma decisiva na qualificação de
fornecedores. Os farmacêuticos que atuam como servidores públicos federais, estaduais
ou municipais, envolvidos de alguma forma com a utilização de dinheiro público,
devem conhecer profundamente esta Lei, pois o descumprimento pode acarretar pena de
detenção e multa.
3. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Em 1998, foi publicada a Portaria GM/MS nº 2.616, pela qual o farmacêutico é
considerado parte fundamental na prevenção e controle das infecções hospitalares. É
obrigatória a participação de um profissional de nível superior representante do serviço
de farmácia do hospital na CCIH, normatizada por esta Portaria.
As principais atribuições desta comissão são: participar da elaboração do guia de
utilização de antimicrobianos e do manual de germicidas; observar os indicadores de
controle de infecção e sensibilidade dos antimicrobianos, consumo e taxa de letalidade;
monitorar as prescrições de antimicrobianos; verificar a ocorrência de resistência
microbiana e estabelecer rotina de dispensação de antimicrobianos; monitorar as
prescrições de antimicrobianos; auxiliar no controle de custos; elaborar relatórios de
consumo.

4. Comissão de Terapia Nutricional


Suas competências principais são: participar da elaboração de materiais educativos
sobre nutrição parenteral; observar os indicadores de controle; monitorar as prescrições;
verificar a ocorrência de queixas técnicas; auxiliar no controle de custos e elaborar
relatórios de consumo.
5. Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
Seu objetivo é zelar pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das
atividades técnicas desenvolvidas nos serviços de atendimento pré-hospitalares, na
farmácia hospitalar e em outros serviços da saúde, atendendo às normas sanitárias e de
saúde ocupacional.
6. Comissão de Gerenciamento de Riscos Hospitalares
Tem como objetivo desenvolver ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como
detecção de reações adversas a medicamentos; queixas técnicas; problemas com
produtos para saúde, domissanitários, kits diagnósticos e equipamentos.
6º atividade
Discorra sobre a Dispensação de Medicamentos Psicotrópicos.
No ambiente hospitalar, para os pacientes internados, para prescrição dos medicamentos
à base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e
"B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e "C3" (imunossupressoras),
não é exigido a Notificação de Receita, sendo a dispensação destes medicamentos
realizada perante receita ou prescrição diária de medicamento subscrita em papel
privativo (prescrição médica), assinada e carimbada pelo médico prescritor. Os
medicamentos À base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) poderão ser aviados ou dispensados
a pacientes internados ou em regime de semi-internato, mediante receita privativa do
estabelecimento, assinada e carimbada por profissional em exercício no mesmo. Para
pacientes em atendimento ambulatorial a prescrição deverá acontecer em Receita de
Controle Especial em duas 2 (vias) e/ou em Receita acompanhada com a Notificação de
Receita específica.

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