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TÍTULO II
Art. 7º São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”,
“em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, “em DO INGRESSO NA CORPORAÇÃO MILITAR
atividade” ou “em atividade militar”, conferida aos militares ESTADUAL
estaduais no desempenho de cargo, comissão, encargo,
incumbência ou missão militar, serviço ou atividade militar CAPÍTULO I DOS REQUISITOS ESSENCIAIS
ou considerada de natureza ou interesse militar, nas Art. 10. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de
respectivas Corporações Militares estaduais, bem como em Bombeiros Militar do Ceará dar-se-á para o preenchimento de
outros órgãos do Estado, da União ou dos Municípios, quando cargos vagos, mediante prévia aprovação em concurso
previsto em lei ou regulamento. público de provas ou de provas e títulos, promovido pela
Art. 8º A condição jurídica dos militares estaduais é definida Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social em conjunto
pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, com a Secretaria do Planejamento e Gestão, na forma que
por este Estatuto e pela legislação estadual que lhes dispuser o Edital do concurso, atendidos os seguintes
outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres requisitos cumulativos, além dos previstos no Edital:
e obrigações. (Redação dada pela Lei n° 14.113, de 12.05.08).
Art. 15. O concurso público para os cargos de Oficiais do VI - Ter sua conduta abonada pela autoridade eclesiástica de
Quadro de Saúde, dar-se-á na seguinte sequência: sua religião;
I -Exame Intelectual, que constará de provas escritas geral e VII - ter o consentimento expresso da autoridade eclesiástica
específica; competente da respectiva religião;
II -Inspeção de Saúde, realizada por uma Junta de Inspeção VIII - ser aprovado e classificado em prova escrita geral de
de Saúde Especial, com a convocação respectiva acontecendo Português e específica de Teologia.
de acordo com a aprovação e classificação no Exame
Intelectual, dentro do limite de vagas oferecidas. § 1º os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite de
vagas estipuladas, participarão do Curso de Formação de
§ 1º Os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual serão
de vagas estipuladas, participarão de Curso de Formação de equiparados a Cadete do 3.º ano do Curso de Formação de
Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual serão Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente;
equiparados a Cadete do 3.º ano do Curso de Formação de
Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente. § 2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato
§ 2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado.
Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato (Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15)
será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado.
(Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15) § 3º O ingresso no Quadro de Oficiais Capelães obedecerá ao
disposto no art. 92 desta Lei. (Redação dada pela Lei n°
§ 3º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas de 13.768, de 04.05.06)
acordo com a ordem de classificação final no Curso de
Formação. (Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) § 4º O Serviço Religioso Militar do Estado será
proporcionado pela Corporação, ministrado por Oficial
Art. 16. O Oficial do Quadro de Saúde, quando afastado ou Capelão, na condição de sacerdote, ministro religioso ou
impedido definitivamente ou licenciado do exercício da pastor de qualquer religião, desde que haja, pelo menos, um
medicina, da farmácia ou da odontologia, por ato do Conselho terço de militares estaduais da ativa que professem o credo e
cuja prática não atente contra a Constituição e as leis do País, cumulativamente, até a data de encerramento das inscrições,
e será exercido na forma estabelecida por esta Lei. (Redação os seguintes requisitos:
dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
I - Ser Subtenente do serviço ativo da respectiva Corporação,
Art. 18. O Oficial do Quadro de Capelães, quando afastado e:
ou impedido definitivamente ou licenciado do exercício do
ministério eclesiástico, por ato da autoridade eclesiástica a) possuir o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou o
competente de sua religião, será demitido da Corporação, por Curso de Habilitação a Sargento - CHS;
incompatibilidade para com a função de seu cargo, sendo-lhe b) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS,
assegurado o contraditório e a ampla defesa. ou Curso de Habilitação a Subtenente - CHST;
CAPÍTULO IV c) ter, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na
DO QUADRO DE OFICIAIS DE ADMINISTRAÇÃO Corporação Militar do Estado do Ceará, computados até a
data de encerramento das inscrições do concurso;
Art. 19. Os Quadros de Oficiais de Administração – QOA, da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão d) ser considerado apto, para efeito de curso, pela Junta de
constituídos de Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes, Saúde de sua Corporação; e) ser considerado apto em exame
Capitães e Majores. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, físico;
de 25.05.15) f) estar classificado, no mínimo, no “ótimo” comportamento;
Art. 20. O Quadro de Oficiais de Administração destina-se a g) possuir diploma de curso superior de graduação,
prestar apoio as atividades da Corporação, mediante o reconhecido pelo Ministério da Educação.
desempenho de funções administrativas e operacionais.
II – Não estar enquadrado em nenhuma das situações abaixo:
Art. 21. Os Oficiais do QOA exercerão as funções privativas
de seus respectivos cargos, nos termos estabelecidos nas a) submetido a Processo Regular (Conselho de Disciplina) ou
normas dos Quadros de Organização da respectiva indiciado em inquérito policial militar;
Corporação, observando-se o disposto no artigo anterior.
b) condenado à pena de suspensão do exercício de cargo ou
Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante do função, durante o prazo que persistir a suspensão;
QOA para as funções de Comando e Comando Adjunto de
c) cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis;
subunidades. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de
25.05.15); d) gozando Licença para Tratar de Interesse Particular - LTIP;
Art. 23. Ressalvadas as restrições expressas nesta Lei, os e) no exercício de cargo ou função temporária, estranha à
Oficiais do QOA têm os mesmos direitos, regalias, atividade policial ou bombeiro militar ou à Segurança
prerrogativas, vencimentos e vantagens atribuídas aos Pública;
Oficiais de igual posto dos demais Quadros. (Nova redação
dada pela Lei n.º 14.931, de 02.06.11). f) estiver respondendo a processo-crime, salvo quando
decorrente do cumprimento de missão policial militar ou
bombeiro militar;
Os oficiais QOA são aqueles que ingressaram à Corporação
como praças e que ao logo do tempo foram alcançando níveis g) ter sido punido com transgressão disciplinar de natureza
hierárquicos até que chegassem no oficialato. grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses.
Há alguma particularidades desse quadro que é importante § 1º Para o ingresso no QOE, o candidato deverá ser
que o candidato domine, tais como o último posto (Major aprovado, também, em Exame de Suficiência Técnica da
QOA), a autorização para comandar ou exercer o subcomando Especialidade, conforme disposto no disciplinamento do
de subunidades, como companhias, pelotões e processo seletivo.
destacamentos; além do desempenho de funções
administrativas (chefe de seção, atividade meio) exercem § 2º O candidato aprovado e classificado no processo seletivo
também funções operacionais, como o patrulhamento e que, em consequência, tenha sido matriculado e haja
ostensivo e operações policiais/bombeiro militar. concluído o Curso de Habilitação de Oficiais com
aproveitamento, obterá o acesso ao posto de 2º Tenente do
QOA. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15)
§ 1º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas de § 2ºA ordenação é realizada por postos ou graduações dentro
acordo com a ordem de classificação final no Curso de de um mesmo posto ou de uma mesma graduação e se faz pela
Habilitação. antiguidade ou precedência funcional no posto ou na
graduação.
Seção III
§ 3º O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de
Das Promoções nos Quadros acatamento à sequência crescente de autoridade.
Art. 26. As promoções no QOA obedecerão aos mesmos § 4º A disciplina é a rigorosa observância e o acatamento
requisitos e critérios estabelecidos neste Estatuto para a integral às leis, regulamentos, normas e disposições que
promoção de oficiais da Corporação, até o posto de Capitão. fundamentam a Corporação Militar Estadual e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto de perfeito cumprimento do dever por parte de todos, com o
Segundo-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de correto cumprimento, pelos subordinados, das ordens
classificação final obtida no Curso de Habilitação de Oficiais. emanadas dos superiores.
(Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15)
§ 5º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos
Art. 27. As vagas do QOA são estabelecidas nas normas em todas as circunstâncias entre os militares.
específicas de cada Corporação.
§ 6º A subordinação não afeta, de nenhum modo, a dignidade
CAPÍTULO V do militar estadual e decorre, exclusivamente, da estrutura
DO QUADRO DE OFICIAIS COMPLEMENTAR hierarquizada e disciplinada da Corporação Militar.
BOMBEIRO MILITAR
QAP! Este assunto já caiu em prova!
Art. 28. O Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro
Militar - QOCBM, é destinado ao desempenho de atividades CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E
bombeirísticas integrado por oficiais possuidores de curso de
nível superior de graduação, reconhecido pelo Ministério da A hierarquia e a disciplina são a base institucional das
corporações militares do estado e devem ser mantidos em
Educação, em áreas de interesse da Corporação que,
todas as circunstâncias entre os militares, não existindo
independente do posto, desenvolverão atividades nas áreas
prevalência entre os mesmos postos ou de uma mesma
meio e fim da Corporação dentro de suas especialidades,
graduação.
observando-se o disposto no art. 24, §4º, desta Lei.
Gabarito: ERRADO.
§ 1º O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar
solicitará ao Governador do Estado, por intermédio da Comentários: Realmente a hierarquia e a disciplinas são os
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, e ouvida a pilares que sustentam as a PM e o BM e o respeito e
Secretaria de Planejamento e Gestão, a abertura de concurso acatamento a elas devem ser mantido em todas as situações
público para o preenchimento de posto de 2º Tenente de pelos militares, inclusive havendo precedência funcional e
Oficiais do Quadro Complementar, com profissionais de antiguidade entre os postos e graduações, pois a aceitação e
nível superior. (Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de obediência refletem a disciplina do militar.
25.05.15)
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
§2º Aplica-se, no que for cabível, em face da peculiaridade A ordenação da autoridade é realizada por postos ou dentro
dos Quadros, aos integrantes do QOCBM, o disposto nesta de um mesmo posto ou de uma mesma graduação e se faz
Lei para os Quadros de Oficiais de Saúde e de Capelães da apenas pela antiguidade.
Polícia Militar.
Gabarito: ERRADO.
§3º O ingresso no QOCBM obedecerá ao disposto no art. 92
desta Lei. (Nova redação dada pela Lei n.º 14.931, de Comentários: A ordenação da autoridade é por postos ou
02.06.11). graduações e dentro de um mesmo posto ou graduação tal
ordem de autoridade se faz pela antiguidade e precedência
CAPÍTULO VI funcional. (por exemplo: entre dois 3º sargentos, haverá
antiguidade ou se for o caso haverá precedência funcional.)
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
(Esquema dado pela lei nº 15.797/15) Os círculos hierárquicos são ambientes de convivência entre
militares de um mesmo posto ou graduação. Por exemplo,
§ 1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido pelo podemos observar os círculos hierárquicos na prática quando
Governador do Estado, correspondendo cada posto a um no quartel há alojamento de cabos e soldados separados do
cargo. alojamento dos subtenentes e sargentos, que também é
separado do alojamento dos oficiais. Então os círculos são
§ 2º Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo ambientes (ou situações) onde os militares de mesmo posto
Comandante-Geral, correspondendo cada graduação a um ou graduação compartilham da camaradagem.
cargo.
Art. 31. A precedência entre militares estaduais da ativa, do (Inciso I com a redação dada pela lei nº 13.768, de 04/05/2006
mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no – DOE nº 085, 08/05/2006).
posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência
funcional estabelecida neste artigo, em lei ou regulamento. II -No Corpo de Bombeiros Militar do Ceará:
§ 1º A antiguidade entre os militares do Estado, em igualdade a) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares - QOBM;
de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas b) Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar -
seguintes condições: QOCBM;
I -data da última promoção; c)Quadro de Oficiais de Administração - QOABM.
II -prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores; § 6º Em igualdade de graduação, as praças combatentes têm
III -classificação no curso de formação ou habilitação; precedência sobre as praças especialistas.
§ 3º Entre os alunos de um mesmo órgão de formação policial I – Revogado pela lei nº 15.797/15)
militar ou bombeiro militar, a antiguidade será estabelecida II - Os Cadetes são hierarquicamente superiores aos
de acordo com o regulamento do respectivo órgão. Subtenentes, Primeiros-Sargentos, Cabos, Soldados e
§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, os militares Alunos-Soldados.
estaduais da ativa têm precedência sobre os da inatividade. Art. 33. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar
§ 5º Em igualdade de posto, as precedências entre os Quadros será organizado o registro de todos os Oficiais e Graduados,
se estabelecerão na seguinte ordem: em atividade, cujos resumos constarão dos Almanaques de
cada Corporação.
I -Na Polícia Militar do Ceará:
§ 1ºOs Almanaques, um para Oficiais e outro para
a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM; Subtenentes e Sargentos, conterão configurações
curriculares, complementadas com fotos do tamanho 3 x 4, de
b) Quadro de Oficiais de Saúde - QOSPM;
frente e com farda, de todos os militares em atividade,
c) Quadro de Oficiais Capelães - QOCplPM; distribuídos por seus Quadros e Qualificações, de acordo com
seus postos, graduações e antiguidades, observando-se a
e) Quadro de Oficiais de Administração - QOAPM; precedência funcional, e serão editadas no formato digital.
(Nova redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15)
§ 2º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar § 3º O militar estadual que ocupar cargo em comissão, de
manterão um registro de todos os dados referentes ao pessoal forma interina, fará jus, após 30 (trinta) dias, às vantagens e
da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas outros direitos a ele inerentes.
numéricas, segundo instruções baixadas pelo respectivo
Comandante-Geral. Art. 37. A cada cargo militar estadual corresponde um
conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que se
Art. 34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou constituem em obrigações do respectivo titular.
Curso de Formação Profissional, para o QOPM, QOBM,
QOSPM, QOCBM e QOCplPM, e o Curso de Habilitação de Parágrafo único. As atribuições e obrigações inerentes a
Oficiais, para o QOAPM e QOABM, e obtida aprovação, cargo militar estadual devem ser, preferencialmente,
serão os concludentes nomeados ou obterão acesso, por compatíveis com o correspondente grau hierárquico, e no
ordem de classificação no respectivo curso, ao posto de caso do militar estadual do sexo feminino, preferencialmente,
Segundo-Tenente, através de ato governamental. (Nova levando-se em conta as diferenciações físicas próprias, tudo
redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15). definido em legislação ou regulamentação específicas.
DO CARGO, DA FUNÇÃO E DO COMANDO I - A partir de sua criação e até que um militar estadual dele
tome posse;
Art. 35. Os cargos de provimento efetivo dos militares
estaduais são os postos e graduações previstos na Lei de II - Desde o momento em que o militar estadual for
Fixação de Efetivo de cada Corporação Militar, compondo as exonerado, demitido ou expulso;
carreiras dos militares estaduais dentro de seus Quadros e § 1º Consideram-se também vagos os cargos militares
Qualificações, somente podendo ser ocupados por militar em estaduais cujos ocupantes:
serviço ativo.
I - Tenham falecido;
Parágrafo único. O provimento do cargo de Oficial é
realizado por ato governamental e o da Praça, por ato II - Tenham sido considerados extraviados;
administrativo do Comandante-Geral.
III - tenham sido considerados desertores.
O provimento do cargo efetivo dos militares estaduais – postos QAP! Este assunto já caiu em prova!
e graduações – previsto na Lei de Fixação de Efetivo de cada
Corporação Militar, é realizado por ato administrativo do AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
Comanda-Geral.
A partir da criação de um cargo militar estadual, até que um
Gabarito: ERRADA. militar dele tome posse, será o mesmo considerado vago.
Comentários: questão muito bem elaborada, onde o erro está Gabarito: CERTO.
na parte final, pois o provimento das graduações (praças) é ato
Comentários: questão simples e objetiva. Por isso ressalto a
do Comandante-Geral, mas o provimento dos postos (oficiais) é
importância da leitura da letra da lei.
ato do Governador do Estado.
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E Art. 49. O compromisso a que se refere o artigo anterior terá
caráter solene e será prestado na presença de tropa ou
Considera-se comando a prerrogativa pessoal do militar guarnição formada, tão logo o militar estadual tenha
investido nessa função, vinculada ao grau hierárquico. Essa
adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito
prerrogativa consiste na soma da autoridade, deveres e
entendimento de seus deveres como integrante da respectiva
responsabilidades de que o militar estadual está legalmente
Corporação Militar Estadual, na forma seguinte:
investido quando conduz subordinados ou dirige uma
organização militar estadual.
QAP! Este assunto já caiu em prova!
Gabarito: ERRADO.
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E.
Comentários: O comando é uma prerrogativa, ou seja, é uma
diferenciação ou privilégio que o militar estadual possui. Tal Ao ingressar na corporação militar estadual, o praça, tão logo
prerrogativa não é para honra e glória da pessoa da militar, é tenha adquirido grau de instrução compatível com o perfeito
vinculada ao grau hierárquico, ao símbolo da autoridade que o entendimento de seus deveres como integrante da respectiva
Estado investe cada militar. Logo, quando o comando da corporação, deve prestar compromisso de honra, de caráter
questão afirma que o comando é uma prerrogativa pessoal solene, na presença de tropa ou guarnição formada, no qual
torna a questão errada, pois o comando é impessoal, não está afirmará a aceitação consciente das obrigações e dos deveres
ligado a pessoa, mas sim ao grau hierárquico, ao cargo em que militares e manifestará a sua livre disposição de bem cumpri-
o militar ocupa. los.
Gabarito: CERTO.
V -percepção de remuneração;
XVII - tratamento especial, quanto à educação de seus XXXIV - a percepção de diárias quando se deslocar, a
dependentes, para os militares estaduais do serviço ativo, serviço, da localidade onde tem exercício para outro ponto do
através dos Colégios da Polícia Militar e do Corpo de território estadual, nacional ou estrangeiro, como forma de
Bombeiros; indenização das despesas de alimentação e hospedagem, na
forma de Decreto do Chefe do Poder Executivo. (Redação
XVIII - recompensas ou prêmios, instituídos por lei; dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06).
XIX - auxílio funeral, conforme previsto em lei;
XX – VETADO.
XXV – VETADO.
Este artigo é de extrema importância para os que pretendem III -se suplente, ao assumir o cargo eletivo será inativado na
prestar o concurso para ingresso na PM ou BM, pois é a parte forma do inciso anterior.
onde o Estatuto deixa expresso o rol de direitos que são
assegurados aos militares estaduais do Ceará. Deste assunto Este artigo também costuma gerar algumas dúvidas nos alunos.
caíram quatro questões no concurso para soldado em Vamos tentar explica-lo de maneira mais simples.
2011/2012.
Se o militar pode votar, então ele pode ser votado. A partir daí
QAP! Este assunto já caiu em prova! temos que diferenciar os militares com menos de 10 anos de
serviço e os que têm 10 ou mais anos de serviço, pois há
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E.
diferenças importantes caso eles venham a se candidatar.
Acerca dos direitos dos militares estaduais, julgue os itens a
O militar que tem menos de 10 anos de serviço e que deseja ser
seguir, de acordo com o disposto no Estatuto dos Militares
candidato a algum cargo eletivo (vereador, prefeito, deputado,
Estaduais do Ceará.
governador, senador ou presidente), deve procurar um partido
- Ao praça é assegurado o livre acesso, independentemente de político e manifestar sua vontade de concorrer às eleições (por
encontrar-se ou não em serviço ou de estar agindo em razão ser militar, não precisar estar filiado ao partido político); o
deste, aos locais que estejam sujeitos à fiscalização da polícia ou partido político vai levar sua candidatura para registro na
do bombeiro militar. Justiça Eleitoral, a partir desse momento, é importante saber
que o militar com menos de 10 anos de serviço será afastado
Gabarito: ERRADO. definitivamente (ou seja, deixa de ser militar) e terá prejuízo
automático, imediato e definitivo do provimento do cargo (ou
Comentários: O livre acesso é assegurado ao MILITAR (claro
seja, deixa de ocupar o cargo em que se encontrava), da
que o enunciado da questão não limita apenas à praça, mas
promoção (se estava prestes a ser promovido, não irá mais) e
sabemos que o livre acesso é aos militares – praças e oficiais)
percepção da remuneração (ou seja, para de receber o salário).
que se encontre de serviço ou razão do serviço, ou seja, é
Vale lembrar que mesmo que não seja eleito, o militar com
necessário que o militar esteja de serviço ou em razão dele.
menos de 10 anos não retorna à Corporação.
- Ao militar estadual da ativa e ao em inatividade, fardado e
Mas se o militar tiver 10 anos ou mais de serviço, ele deverá
mediante a apresentação de sua identidade militar, é garantido
seguir os mesmos passos para registrar sua candidatura, no
o acesso gratuito aos transportes rodoviários coletivos,
entanto, a partir do registro, o militar será agregado (ou seja,
intermunicipais e interestaduais, estabelecida cota máxima de
continua na ativa, permanece no seu quadro, mas fica fora da
dois militares por veículo.
escala.) Caso ele seja eleito, irá para a reserva remunerada com
Gabarito: ERRADO. proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Mas se ele
não for eleito, mas ficar como suplente (se não for eleito, em
Comentários: este direito é garantido apenas ao militar da até 48 horas deixa de ser agregado e retorna ao serviço ativo),
ATIVA e garante acesso gratuito aos transportes coletivos será inativado (reserva remunerada proporcional) se assumir o
rodoviários intermunicipais, ou seja, dentro do Ceará. cargo eletivo.
- Ao militar estadual da ativa e ao em inatividade, fardado e QAP! Este assunto já caiu em prova!
mediante a apresentação de sua identidade militar, é garantido
o acesso gratuito aos transportes rodoviários coletivos, CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E.
intermunicipais e interestaduais, estabelecida cota máxima de
O militar estadual alistável é elegível. No caso de ser suplente,
dois militares por veículo.
ao assumir o cargo eletivo, o militar passará automaticamente,
Gabarito: CERTO. (Art. 52, XI e XII) ano ato da diplomação, para a reserva remunerada, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
Gabarito: CERTO.
Art. 53. O militar estadual alistável é elegível, atendidas as AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
seguintes condições:
O militar estadual alistável é elegível, mas, se contar menos de
I - Se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá 10 (dez) anos de serviço, deverá afastar-se definitivamente da
afastar-se definitivamente da atividade militar estadual a atividade militar estadual a partir do registro de sua
partir do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral, candidatura na Justiça Eleitoral, apresentada pelo Partido e
apresentada pelo Partido e autorizada pelo candidato, com autorizada pelo candidato, com prejuízo automático, imediato
prejuízo automático, imediato e definitivo do provimento do e definitivo do provimento do cargo, de promoção e da
cargo, de promoção e da percepção da remuneração; percepção da remuneração.
§ 2º Não fará jus às férias regulamentares o militar estadual IV - Trânsito: até 30 (trinta) dias.
que esteja aguardando solução de processo de inatividade; Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de
§ 3º As férias a que se refere este artigo poderão ser divididas núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se
em 2 (dois) períodos iguais. solicitado por antecipação à data do evento, e, no segundo
caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o militar
§ 4º O direito destacado neste artigo estende-se aos militares estadual tome conhecimento, de acordo com portaria do
que estão nos cursos de formação para ingresso na Comandante-Geral.
Corporação.
Art. 61. As férias e outros afastamentos mencionados nesta
Seção são concedidos sem prejuízo da remuneração prevista
As férias é uma das melhores coisas que acontecem
anualmente na vida castrense. Pense numa coisa boa!
na legislação específica e computados como tempo de efetivo
Felizmente este direito é respeitado, porém não é absoluto. serviço e/ou contribuição para todos efeitos legais.
Sabemos que quando de férias, o militar fica afastado Esta seção traz alguns casos de afastamento total do serviço e
totalmente do serviço e sua remuneração nesse período virá que o aluno deve atentar-se para pequenos detalhes, tais como:
com um terço a mais do que o normal. Quando elas são no caso de núpcias e luto o prazo de 8 (oito) dias é absoluto, ou
publicadas, o militar é obrigado a usufruir dela, mas ele pode seja, ao conceder o afastamento o prazo será de 8 dias exatos,
escolher pode dividir as férias em dois períodos de 15 dias nem mais e nem menos; na instalação e trânsito o prazo é de
cada. Os militares que estão nos cursos de formação para ATÉ, ou seja, o comandante, ao conceder tal direito ao militar,
ingresso na Corporação (aluno Soldado ou Cadete) também já tem discricionariedade (levando em conta a razoabilidade) no
possuem direito a férias. Mas o militar que esteja aguardando tempo concedido. Ou seja, no trânsito é até 30 dias, mas o
processo de inatividade (militar deu entrada na Reserva comandante pode conceder 15 dias, por exemplo. É importante
Remunerada a pedido e está aguardando o trâmite) não terá também saber os parentes que permitem o luto não engloba os
direito as férias. avós (pode cair questão colocando os avós no rol de parente do
inciso II). É preciso saber o que instalação (quando o militar é
No entanto ela não é absoluta, pois poderá sofrer restrição, transferido para distante de sua residência, a instalação é o
tais como o militar tiver sido punido por uma transgressão tempo necessário para que o militar procure outra residência
grave e tenha que cumprir a punição; ou se for preso para morar no novo local) e trânsito (tempo necessário para o
provisoriamente (não confundir com prisão preventiva. A militar fazer a mudança dos móveis e da sua família para o novo
prisão provisória dura 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias e local de trabalho)
ocorre durante a fase de investigação do Inquérito Policial
para coleta de provas).
VI - À adotante:
Art. 60. Os militares estaduais têm direito, aos seguintes a) por 120 (cento e vinte) dias se a criança tiver até 1 (um)
períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as ano de idade;
disposições legais e regulamentares, por motivo de:
b) por 60 (sessenta) dias se a criança tiver entre 1 (um) e 4
I - Núpcias: 8 (oito) dias; (quatro) anos de idade;
c) por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de
anos de idade. Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
§ 2º A licença à gestante será concedida, mediante inspeção Neste artigo, o aluno precisa atentar-se para os prazos de
médica, a partir do 8.º mês de gestação, salvo prescrição em duração das licenças e dos possíveis prejuízos e consequências
contrário. que pode advir de alguma licença. Sobre este assunto, caiu uma
questão no concurso para soldado no ano de 2011. Vamos lá.
§ 3º A licença paternidade será iniciada na data do nascimento
do filho. QAP! Este assunto já caiu em prova!
Art. 68. As recompensas constituem reconhecimento dos IV - Julgamento por crimes militares, em foro especial, na
bons serviços prestados pelos militares estaduais e serão conformidade das normas constitucionais e legais aplicáveis.
concedidas de acordo com as normas regulamentares da Art. 70. O militar estadual só poderá ser preso em caso de
Corporação. flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
Parágrafo único. São recompensas militares estaduais, além autoridade judiciária competente ou de autoridade militar
das previstas em outras leis: estadual competente, nos casos de transgressão disciplinar ou
de crime propriamente militar, definidos em lei.
I - Prêmios de honra ao mérito;
§ 1º Somente em casos de flagrante delito, o militar estadual
II - Condecorações por serviços prestados; poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando retido
na Delegacia durante o tempo necessário à lavratura do
III - elogios; flagrante, comunicando-se imediatamente ao juiz competente
IV - Dispensas do serviço, conforme dispuser a legislação. e ao comando da respectiva Corporação Militar, após o que
deverá ser encaminhado preso à autoridade militar de patente
superior mais próxima da Organização Militar da Corporação
Para facilitar ao aluno que lembre das recompensas, lembre a que pertencer, ficando esta obrigada, sob pena de
do macete PreCEDi. responsabilidade funcional e penal, a manter a prisão até que
deliberação judicial decida em contrário.
i) tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil IV - Enquanto permanecer na condição de excedente, salvo
temporária, não eletiva inclusive da administração indireta; quando enquadrado em uma das hipóteses previstas no § 1.º
deste artigo;
j) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do
cargo ou função. V - For denunciado em processo-crime pelo Ministério
Público.
§2º (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
§ 9o A agregação se faz por ato do Comandante-Geral,
§3º A agregação do militar estadual, a que se refere a alínea devendo ser publicada em Boletim Interno da Corporação até
"i" do inciso III do § 1º , é contada a partir da data da posse 10 (dez) dias, contados do conhecimento oficial do fato que a
no novo cargo, emprego ou função até o retorno à Corporação motivou, recebendo o agregado a abreviatura “AG”.
ou transferência ex ofício para a reserva remunerada.
§ 10. A agregação de militar para ocupar cargo ou função fora
§4º A agregação do militar estadual a que se referem as da Estrutura Organizacional das Corporações Militares deve
alíneas "a", "c" e "d" do inciso III do § 1º é contada a partir obedecer também ao que for estabelecido em Decreto do
do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar Chefe do Poder Executivo.
o afastamento
Art. 173. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar
§5º A agregação do militar estadual, a que se referem as manterão atualizada a relação nominal de todos os seus
alíneas "b", "e", "f" “g", "h" e "j" do inciso III do § 1o , é militares, agregados ou não, no exercício de cargo ou função
contada a partir da data indicada no ato que torna público o em órgão não pertencente à estrutura da Corporação.
respectivo afastamento.
Parágrafo único. A relação nominal será semestralmente
§ 6º A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez) ou publicada no Diário Oficial do Estado e no Boletim Interno
mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é contada a da Corporação e deverá especificar a data de apresentação do
partir da data do registro da candidatura na Justiça Eleitoral serviço e a natureza da função ou cargo exercido.
até:
II - A data da diplomação;
- incapacidade: temporária (após um ano contínuo de LTSP, § 3º A qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser
julgado por Junta de Saúde). Definitiva (durante o processo para determinada a reversão do militar estadual agregado, exceto
a reforma por incapacidade definitiva, agrega). nos casos previstos nas alíneas “f,” “g”, “h” e “j” do inciso III
do § 1º do art. 172.
- licença: LTIP e LTSD (após seis meses contínuos)
- desligamentos: extravio (oficialmente declarado) e deserção Lembre-se que tanto a agregação quanto a reversão são atos
(após o prazo de graça). do Comandante-Geral e deverão ser publicadas em Boletim
Interno em ATÉ 10 dias. Deve-se saber que a reversão ex ofício
- Penas: militar condenado a pena restritiva de liberdade por
do militar inativo (Art. 184) é ato do Governador (ou seja,
mais de seis meses (exceto se houver suspensão condicional da
somente ato do Governador para obrigar a voltar da
pena) ou condenado a pena de suspensão da função pública.
inatividade para a ativa, os demais casos é ato do
- militar com 10 anos ou mais de serviço candidato a cargo eletivo Comandante-Geral).
(agrega após o registro da candidatura na Justiça Eleitoral)
Art. 184. O militar estadual na reserva remunerada poderá ser Art. 188. A reforma será aplicada ao militar estadual que:
revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da vigência de
I – Atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos: (Nova
Estado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em caso
redação dada pela Lei n.º 15.797, de 25.05.15).
de Mobilização ou de interesse da Segurança Pública.
II - For julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo,
Este artigo trata da designação do militar da reserva para o caso em que fica o militar inativo obrigado a realizar
serviço ativo quando estiver ocorrendo situações fora da avaliação por junta médica da Corporação a cada 2 (dois)
normalidade e que por isso o Estado precise reforçar seus anos, para atestar que sua invalidez permanece irreversível,
quadros ativos. Nesse caso é o Governador do Estado o
respeitados os limites de idade expostos no inciso I do art.
competente para designar a reversão.
182.
Art. 194. O militar estadual reformado por incapacidade Da Demissão, da Exoneração e da Expulsão
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde por junta
Art. 197. A demissão do militar estadual se efetua ex officio.
superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao
serviço ativo ou ser transferido para a reserva remunerada por Art. 198. A exoneração a pedido será concedida mediante
ato do Governador do Estado. requerimento do interessado:
Parágrafo único: O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o I - sem indenização aos cofres públicos, quando contar com
tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2 mais de 5 (cinco) anos de oficialato no QOPM ou no QOBM
(dois) anos. da respectiva Corporação Militar Estadual, ou 3 (três) anos,
quando se tratar de Oficiais do QOSPM, QOCplPM, QOCPM
QAP! Este assunto já caiu em prova! e QOCBM, ressalvado o disposto no § 1º deste
artigo;(Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E
II - Sem indenização aos cofres públicos, quando contar com
O militar estadual reformado por incapacidade definitiva que mais de 3 (três) anos de graduado na respectiva Corporação
for julgado apto em inspeção de saúde por junta superior, em Militar Estadual, ressalvado o disposto no § 1.º deste artigo;
grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo, a
qualquer tempo, por ato do governador do estado. III - com indenização das despesas relativas à sua preparação
e formação, quando contar com menos de 5 (cinco) anos de
Gabarito: Errado.
oficialato ou 3 (três) anos de graduado.
Comentários: O erro da questão está quando afirma que
§ 1º No caso do militar estadual estar realizando ou haver
poderá retornar ao serviço ativo em qualquer tempo, quando
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a 6
na realidade é se o militar não ultrapassou 02 anos na situação
(seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta
de reformado.
do Estado, e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos do seu
término, a exoneração somente será concedida mediante
Art. 195. O militar estadual reformado por alienação mental, indenização de todas as despesas correspondentes ao referido
enquanto não ocorrer à designação judicial do curador, terá curso ou estágio.
sua remuneração paga aos beneficiários, legalmente
reconhecidos, desde que o tenham sob responsabilidade e lhe
dispensem tratamento humano e condigno.
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E Parágrafo único. O militar estadual reaparecido será
submetido a Conselho de Justificação, a Conselho de
Nos termos do estatuto, a deserção do militar estadual acarreta Disciplina ou a Processo Administrativo-Disciplinar.
interrupção do serviço, com a consequente perda da
remuneração. O militar desertor será agregado ao seu quadro ou Art. 208. Lei específica, de iniciativa privativa do
qualificação, até a decisão transitar em julgado. Governador do Estado, estabelecerá os direitos relativos à
pensão, destinada a amparar os beneficiários do militar
Gabarito: CERTO.
estadual desaparecido ou extraviado.
CAPÍTULO III
Do Falecimento, do Desaparecimento e do Extravio Art. 209. Os militares estaduais começam a contar tempo de
serviço na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar
Art. 203. O falecimento do militar estadual da ativa acarreta do Ceará a partir da data da sua inclusão no posto ou na
o desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data graduação.
da ocorrência do óbito.
Parágrafo único. Considera-se como data da inclusão, para
QAP! Este assunto já caiu em prova! fins deste artigo:
CESPE – Soldado PMCE 2008 – C ou E I - A data do ato em que o militar estadual é considerado
incluído em Organização Militar Estadual;
O falecimento de militar estadual da ativa acarreta o desligamento
ou exclusão do serviço ativo a partir da data da ocorrência do II - A data de matricula em órgão de formação de militares
óbito. estaduais;
Gabarito: CERTO. III - a data da apresentação pronto para o serviço, no caso de
nomeação.
I - Passado em licença para trato de interesse particular; Art. 214. Na contagem do tempo de contribuição, não poderá
ser computada qualquer superposição dos tempos de qualquer
II - Passado como desertor; natureza.
III - decorrido em cumprimento de pena e suspensão de
exercício do posto, graduação, cargo ou função, por sentença QAP! Este assunto já caiu em prova!
passada em julgado.
CESPE – Soldado PMCE 2011 – C ou E
Art. 211. O tempo que o militar estadual vier a passar
Na apuração do tempo de contribuição do militar estadual, não
afastado do exercício de suas funções, em consequência de
poderá ser computada superposição de tempos, de quaisquer
ferimentos recebidos em acidente quando em serviço, ou
naturezas.
mesmo quando de folga, em razão da preservação de ordem
pública, de proteção do patrimônio e da pessoa, visando à sua Gabarito: CERTO.
incolumidade em situações de risco, infortúnio ou de
calamidade, bem como em razão de moléstia adquirida
noexercício de qualquer função militar estadual, será
computado como se o tivesse no exercício efetivo daquelas TÍTULO VI
funções.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§1º (VETADO);
Art. 217. Os militares estaduais são submetidos a regime de § 8º O desempenho pelo militar de atividade de reforço ao
tempo integral de serviço, inerente à natureza da atividade serviço operacional com fundamento em convênio celebrado
militar estadual, inteiramente devotada às finalidades e entre o Estado e a União, município ou órgão ou entidade da
missões fundamentais das Corporações Militares estaduais, Administração direta e indireta dos Poderes, enseja o
sendo compensados através de sua remuneração normal. pagamento da indenização prevista no § 3º deste artigo, de
cujo valor será ressarcido o erário estadual pelo convenente.
§ 1º Em períodos de normalidade da vida social, em que não
haja necessidade específica de atuação dos militares em § 9º As atividades de que cuida o § 2º deste artigo, serão
missões de mais demorada duração e de mais denso emprego, disciplinadas por decreto, o qual deverá estabelecer
os militares estaduais observarão a escala normal de serviço, condições, requisitos, critérios e limites a serem observados
alternada com períodos de folga, estabelecida pelo Comando- em relação à Indenização por Reforço do Serviço
Geral. Operacional, inclusive quanto aos tipos de serviços em que
serão empregados os militares estaduais durante as escalas
§ 2º Observado o interesse da otimização da segurança especiais e ao limite de despesas com a concessão da
pública e defesa social do Estado, em períodos de Indenização, ficando o planejamento e a administração da
normalidade, conforme definido no parágrafo anterior, execução das atividades a cargo dos Comandantes-Gerais das
poderá voluntariamente o militar da ativa, a critério Corporações Militares. (Nova redação dada pela Lei n.º
discricionário da Administração, inscrever-se junto à 16.009, de 05.05.16)
Corporação respectiva para desempenhar atividade em
§10. A indenização de que trata o §3º estende-se a militares n.º 10.273, de 22 de junho de 1979, e pelos Decretos nºs.
que atuam no serviço de inteligência das Corporações 13.503, de 26 de outubro de 1979, e 26.472, de 20 de
Militares, aos quais se faculta a prestação de serviço na forma dezembro de 2001, o direito de concorrer ao posto ou à
deste artigo. (Acrescentado pela lei nº 16.828/19). graduação subsequente, na primeira promoção que vier a
ocorrer após a publicação desta Lei.
Art. 218. Os critérios para nomeação e funcionamento de
Junta de Saúde e Junta Superior de Saúde da Corporação Parágrafo único. O cômputo da pontuação para a promoção
serão regulados, no prazo de 60 (sessenta) dias após de que trata o caput será feito na conformidade das normas
aprovação desta Lei, por meio de Decreto do Governador do em vigor antes da vigência.
Estado.
Art. 222. Para fins de contagem de pontos para promoção de
Art. 219. Os critérios para julgamento da capacidade para o militares estaduais, serão considerados equivalentes ao
serviço ativo, bem como a possibilidade da readaptação do Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de
militar estadual para outra atividade dentro da Corporação Bombeiros Militar do Ceará as seguintes punições
quando reduzida sua capacidade, em razão de ferimento, disciplinares de que tratam, respectivamente, os revogados
acidente ou doença, serão regulamentados por Decreto. Regulamentos Disciplinares da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Ceará:
§ 1º Sob pena de responsabilidade penal, administrativa e
civil, os integrantes de Junta de Saúde e de Junta Superior de I – Repreensão – repreensão;
Saúde da Corporação Militar deverão investigar a fundo a
efetiva procedência da doença informada ou alegada pelo II – Detenção – permanência disciplinar;
militar interessado, mesmo que apoiado em atestado ou laudo III – prisão – custódia disciplinar.
médico particular, sempre que a natureza da enfermidade
permitir fraude que possibilite o afastamento gracioso do Art. 223. Para fins de cancelamento de punições
serviço ativo militar. disciplinares, aplica-se a equivalência prevista no artigo
anterior, obedecidos os prazos e demais condições
§ 2º O militar interessado flagrado na prática de fraude nas estabelecidas no Código Disciplinar da Polícia Militar e do
condições previstas no parágrafo anterior terá sua Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
responsabilidade penal, administrativa e civil devidamente
apurada. Art. 224. Os remanejamentos funcionais, inclusive os de
caráter temporário, que devem acontecer dentro dos originais
§ 3º Todos os repousos médicos por período superior a 3 (três) interesses institucionais quanto à conveniência
dias deverão ser avaliados criteriosamente pelas Junta de organizacional ou operacional, observarão o equilíbrio da
Saúde ou Junta Superior de Saúde da Corporação Militar, relação custo-benefício dos investimentos que foram
mesmo quando apoiados em atestado ou laudo médico efetivados em programas de capacitação técnico-profissional,
particular. dentro de regras estabelecidas em Decreto do Chefe do Poder
Art. 220. O militar estadual que, embora efetivo e Executivo.
classificado no Quadro de Organização e Distribuição de uma Art. 225. Excluem-se da exigência da letra “g” do inciso I do
Organização Policial Militar ou Bombeiro Militar, venha a art. 24 os atuais 1.º Sargentos e Subtenentes, na data de
exercer atividade funcional em outra Organização Militar, publicação desta Lei.
ficará na situação de adido.
Art. 226. É vedado o uso, por parte de sociedade simples ou
empresária ou de organização civil, de designação que possa
Adido é quando um militar é lotado em uma unidade, mas tira
serviço em outra. Por exemplo, o Soldado João pertence à 5ª
sugerir sua vinculação às Corporações Militares estaduais.
cia/ 2º bpm, mas exerce seu serviço na 3ª cia/2º bpm. Parágrafo único. Excetua-se das prescrições deste artigo, as
QAP! Este assunto já caiu em prova! associações, clubes e círculos que congregam membros das
Corporações Militares e que se destinem, exclusivamente, a
CESPE – Soldado PMCE 2008 – C ou E promover intercâmbio social, recreativo e assistencial entre
militares estaduais e seus familiares e entre esses e a
O militar estadual que, embora efetivo e classificado no quadro
sociedade, e os conveniados com o Comando-Geral da
de organização e distribuição de uma organização policial
militar ou de bombeiro militar, venha exercer atividade
Corporação.
funcional em outra organização militar ficará na situação de Art. 227. No que tange aos deveres e obrigações, além dos já
adido estabelecidos nesta Lei, aplica-se ao militar estadual o
Gabarito: CERTO. disposto no Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e
do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
Gabarito: ERRADO.
militares ou eletivos;
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11
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Art. 3º - Hierarquia militar estadual é a ordenação Art. 4º - A antigüidade entre os militares do Estado, em
progressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual igualdade de posto ou graduação, será definida,
decorre a obediência, dentro da estrutura da Polícia sucessivamente, pelas seguintes condições:
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, culminando
no Governador do Estado, Chefe Supremo das I - data da última promoção;
Corporações Militares do Estado. II -prevalência sucessiva dos graus hierárquicos
anteriores;
§ 1º. A ordenação da autoridade se faz por postos e
III - classificação no curso de formação ou habilitação;
graduações, de acordo com o escalonamento
hierárquico, a antigüidade e a precedência funcional. IV - data de nomeação ou admissão;
§ 2º - Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido V - maior idade.
por ato do Governador do Estado e confirmado em
Carta Patente ou Folha de Apostila. Parágrafo único - Nos casos de promoção a primeiro-
§ 3º - Graduação é o grau hierárquico das praças, tenente, de nomeação de oficiais, ou admissão de
cadetes ou alunos-soldados prevalecerá, para efeito de
conferido pelo Comandante-Geral da respectiva
antigüidade, a ordem de classificação obtida nos
Corporação Militar.
respectivos cursos ou concursos.
Posto é o grau hierárquico das praças, conferido por ato do CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
comandante-geral da respectiva corporação militar.
Tratando-se de promoção a primeiro-tenente, de
Gabarito: ERRADO. nomeação de oficiais ou de admissão de cadetes ou
alunos-soldados, prevalece, para efeito de antiguidade, a
Comentários: Posto é o grau hierárquico dos oficiais, ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou
conferido pelo Governador. Graduação é o grau concursos.
hierárquico das praças, conferido pelo Comandante-Geral.
Gabarito: CERTO.
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
Comentários: nesse caso, como é o primeiro cargo que
Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da vão ocupar assim que sair da academia, a sua antiguidade
autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a será definida pela classificação no curso de formação ou
obediência, dentro da estrutura da polícia militar e do no concurso.
corpo de bombeiros militar. Nessa hierarquia, o mais alto
grau refere-se ao secretário de segurança pública do
estado, chefe supremo das corporações militares do
estado. Art. 5º - A precedência funcional ocorrerá quando, em
Gabarito: ERRADO. igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a praça:
Comentários: A questão torna-se errada quando afimr a I - ocupar cargo ou função que lhe atribua
que o Secretário de Segurança Pública é o chefe supremo superioridade funcional sobre os integrantes do órgão
das Corporações. Quando na verdade é o Governador do ou serviço que dirige, comanda ou chefia;
Estado. II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos.
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11
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Seção II
Este artigo ao falar da precedência funcional é um pouco
Dos Valores Militares
mais abrangente do que o Estatuto, pois inclui a
Estaduais
precedência entre ativos e inativos como funcional. Mas é
simples de compreender, por exemplo: há dois coronéis. Art. 7º - Os valores fundamentais, determinantes da
Um tem mais tempo no posto (coronel A) e exerce a moral militar estadual, são os seguintes:
função de comandante do policiamento da capital; e outro
possui menos tempo no posto do que o coronel A, mas I - o patriotismo;
ocupa o cargo de Comandante-Geral (coronel B), logo, por
ocupar uma função de comandante-geral, o coronel B II - o civismo;
possui precedência funcional sobre o coronel A. III - a hierarquia;
IV -a disciplina;
V - o profissionalismo;
CAPÍTULO II
VI - a lealdade;
Da Deontologia Policial-
Militar VII – a constância;
Prof. SD De Sousa
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economia e conservação dos bens públicos, cuja QAP! Este assunto já caiu em prova!
utilização lhe for confiada;
XXXIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio CESPE – Soldado PMCE 2008 – C ou E.
ambiente com abnegação e desprendimento pessoal; - Os deveres éticos emanados dos valores militares
XXXIV - atuar onde estiver, mesmo não estando em estaduais e que conduzem a atividade profissional sob o
serviço, para preservar a ordem pública ou prestar signo da retidão moral incluem: dedicação em tempo
socorro, desde que não exista, naquele momento, força integral ao serviço militar, buscando, com todas as
de serviço suficiente; energias, o êxito e o aprimoramento técnico-profissional e
moral; abstenção do uso do posto, graduação ou cargo para
XXXV - manter atualizado seu endereço residencial, em
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
seus registros funcionais, comunicando qualquer
encaminhar negócios particulares ou de terceiros; exercício
mudança;
constante da função pública com honestidade, não
XXXVI - cumprir o expediente ou serviços ordinário e aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie.
extraordinário, para os quais, nestes últimos, esteja
nominalmente escalado, salvo impedimento de força Gabarito: CERTO.
maior.
- Aos militares do estado da ativa são proibidas
§ 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado manifestações coletivas de caráter reivindicatório ou de
exercer atividade de segurança particular, comércio ou cunho político-partidário e em relação a atos de superiores.
tomar parte da administração ou gerência de sociedade
empresária ou dela ser sócio ou participar, exceto como Gabarito: CERTO.
acionista, cotista ou comanditário.
- Ao militar do estado em serviço ativo é vedado exercer
§ 2º - Compete aos Comandantes fiscalizar os atividade de segurança particular e de comércio ou integrar
subordinados que apresentarem sinais exteriores de a administração ou gerência de sociedade empresária ou
riqueza, incompatíveis com a remuneração do dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista
respectivo cargo, provocando a instauração de ou comanditário.
procedimento criminal e/ou administrativo necessário
à comprovação da origem dos seus bens. Gabarito: CERTO.
§ 3º - Aos militares do Estado da ativa são proibidas CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
manifestações coletivas sobre atos de superiores, de
caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, - Ao militar inativo é assegurado o direito de opinar sobre
sujeitando-se as manifestações de caráter individual assunto político e externar pensamento e conceito
aos preceitos deste Código. ideológico, filosófico ou relativo a matéria pertinente ao
interesse público; contudo, ao exercer esse direito, deve o
§ 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo o militar observar os preceitos da ética militar e preservar os
direito de opinar sobre assunto político e externar valores militares em suas manifestações essenciais.
pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo
à matéria pertinente ao interesse público, devendo Gabarito: CERTO.
observar os preceitos da ética militar e preservar os
- Constitui dever ético imposto aos militares emanado dos
valores militares em suas manifesta- ções essenciais.
valores militares estaduais abster-se, exceto se na
inatividade, do uso das designações hierárquicas em
O bizu para este artigo é o inciso XXI e os parágrafos, pois atividade comercial ou industrial.
são os que mais caem em provas e simulados. Claro, não
Gabarito: ERRADO (AINDA QUE NA INATIVIDADE)
deixe de ler todos os incisos e perceba que cada dever
relaciona-se com um valor. Atente-se para a vedação do - Ao militar candidato a cargo eletivo impõe-se o dever ético
uso das designações hierárquicas, que vale para o ativo de abster-se do uso das designações hierárquicas nas
como o inativo; lembre-se da proibição absoluta ao atividades político-partidárias.
militar ativo de exercer segurança particular; que os
comandantes (e não comandante-geral) podem Gabarito: ERRADO. (O candidato a cargo eletivo pode usar
fiscalizar seus subordinados que apresentarem riqueza as designações hierárquicas)
desproporcional com o salário; que os militares não
- É vedado ao militar em serviço ativo exercer atividade de
podem se manifestarem coletivamente contra 1)atos de
segurança particular e comércio, bem como tomar parte da
superiores, 2)caráter reivindicatório, 3)político-
administração ou gerência de sociedade empresária, dela
partidário, podendo manifestar-se individualmente. ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou
comanditário.
Gabarito: CERTO.
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11
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AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E Aqui há duas coisas que o aluno deve prestar bastante
atenção para não confundir, que é a camadagem e a
- Constitui dever ético do militar estadual abster-se, ainda civilidade. Esses dois conceitos podem ser facilmente
que na inatividade, do uso das designações hierárquicas confudidos com os valores dos militares. Camaradagem é
em atividade comercial ou industrial. amizade entre os militares, o companherismo; e a civilidade
é a observação das boa maneiras na caserna, é ser respeitoso
Gabarito: CERTO.
com todos. Civismo é a dedicação no que faz, fidelidade no
trabalho.
Da Disciplina Militar Ordem não manifestamente ilegal é aquela que para o militar
que vai executar é totalmente legal, ele crê que a ordem está
Art. 9º - A disciplina militar é o exato cumprimento dos revestida de legalidade, no entanto, não está.
deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa
observância e acatamento integral das leis, Coação irresistível é aquela em que o militar (ou qualquer
regulamentos, normas e ordens, por parte de todos e de pessoa) é forçado a praticar um ato criminoso para que não
cada integrante da Corporação Militar. ocorra nenhum mal a algum familiar seu que está sob ameaça
(por exemplo: um gerente de banco teve a família
§ 1º - São manifestações essenciais da disciplina:
sequestrada e para não acontecer nenhum mal a sua família
I - a observância rigorosa das prescrições legais e ele foi forçado a entregar o dinheiro do cofre)
regulamentares;
QAP! Este assunto já caiu em prova!
II - a obediência às ordens legais dos superiores;
III - o emprego de todas as energias em benefício do CESPE – Soldado PMCE 2008 – C ou E
serviço; A disciplina militar traduz-se no exato cumprimento dos
IV - a correção de atitudes; deveres, em especial, na rigorosa observância e acatamento
V - as manifestações espontâneas de acatamento dos integral das leis, regulamentos, normas e ordens, na
valores e deveres éticos; obediência às ordens legais dos superiores, no emprego de
VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na todas as energias em benefício do serviço e nas
eficiência da Instituição. manifestações espontâneas de acatamento dos valores e
deveres éticos.
§ 2º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
Gabarito: CERTO.
mantidos, permanentemente, pelos militares do Estado,
tanto no serviço ativo, quanto na inatividade.
§ 1º - Quando a ordem parecer obscura, o subordinado, § 1º - O militar do Estado é responsável pelas decisões
que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas
ao recebê-la, poderá solicitar que os esclarecimentos
missões expressamente determinadas, bem como pela
necessários sejam oferecidos de maneira formal.
não-observância ou falta de exação no cumprimento de
§ 2º - Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento seus deveres.
da ordem recebida à responsabilidade pelo abuso ou
§ 2º - O superior hierárquico responderá
excesso que cometer, salvo se o fato é cometido sob
solidariamente, na esfera administrativo-disciplinar,
coação irresistível ou sob estreita obediência à ordem,
incorrendo nas mesmas sanções da transgressão
não manifestamente ilegal, de superior hierárquico,
quando só será punível o autor da coação ou da ordem. praticada por seu subordinado quando:
de atuar para fazê-la cessar imediatamente; Esta seção trata da violação dos valores e dos deveres,
II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o resultando na degradação da disciplina. Vale lembrar que a
cometimento da transgressão, mesmo não estando violação a eles constitui infração penal ou cível, além, claro,
presente no local do ato. de administrativa.
§ 3º - A violação da disciplina militar será tão mais
grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de O militar é o responsável por suas ações, sejam omissivas ou
quem a cometer. comissivas ou porque não cumpriu perfeitamente. O superior
responde juntamente com o subordinado se: 1) presenciar a
§ 4º - A disciplina e o comportamento do militar transgressão e não fizer nada para fazer cessar (se omitir); 2)
estadual estão sujeitos à fiscalização, disciplina e contribuir para que a transgressão seja cometida, mesmo não
orientação pela Controladoria Geral dos Órgãos de estando presente. Quanto mair o grau hierárquico, maior será
Segurança Pública e Sistema Penitenciário, na forma da a responsabilidade, consequentemente, maior será a punição.
lei:
O responsável por fiscalizar a disciplina e o comportamento
I - instaurar e realizar sindicância por suposta dos militares é a Controladoria Geral (Lei Complementar nº
transgressão disciplinar que ofenda a incolumidade da 98/2011) tendo vários poderes para isso.
pessoa e do patrimônio estranhos às estruturas das
Corporações Militares do Estado; QAP! Este assunto já caiu em prova!
II - receber sugestões e reclamações, dando a elas o CESPE – Soldado PMCE 2008 – C ou E
devido encaminhamento, inclusive de denúncias que
cheguem ao seu conhecimento, desde que diversas das O militar do estado é o único responsável pelas decisões que
previstas no inciso I deste parágrafo, bem como tomar e pelos atos que praticar, inclusive nas missões
acompanhar as suas apurações e soluções; expressamente determinadas, bem como pela inobservância
III - requerer a instauração de conselho de justificação ou pela falta de exação no cumprimento de seus deveres.
ou disciplina ou de processo administrativo- Portanto, o superior hierárquico não responde
disciplinar, bem como acompanhar a sua apuração ou solidariamente na esfera administrativo-disciplinar com seu
solução; subordinado nem incorre nas sanções da transgressão
IV - realizar, inclusive por iniciativa própria, praticada por ele.
inspeções, vistorias, exames, investigações e auditorias
Gabarito: ERRADO. (O superior hierárquico também
administrativas nos estabelecimentos das Corporações
responde juntamente – solidariamente)
Militares do Estado;
V - propor retificação de erros e exigir providências CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
relativas a omissões e à eliminação de abuso de poder;
- O superior hierárquico responde solidariamente, na esfera
VI - requerer a instauração de inquérito policial ou
policial militar, bem como acompanhar a sua apuração administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções
ou solução; da transgressão praticada por seu subordinado, quando
presenciar o cometimento da transgressão e deixar de atuar
VII - realizar os serviços de correição, em caráter
para fazê-la cessar imediatamente.
permanente ou extraordinário, nos procedimentos
penais militares realizados pelas Corporações Militares Gabarito: CERTO.
Estaduais;
VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de - A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto
caráter transitório, para atuar em projetos e programas mais baixo for o grau hierárquico de quem a cometer.
específicos, contando com a participação de outros
Gabarito: ERRADO (quanto maior o grau hierárquico, mais
órgãos e entidades da Administração Pública do Estado.
grave será a transgressão).
§ 5º - Excepcionalmente, Portaria do Secretário da
Segurança Pública e Defesa Social poderá autorizar as AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
Corporações Militares do Estado a instaurarem e
realizarem sindicâncias de que trata o inciso I deste A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto
artigo, competindo à Controladoria Geral acompanhar mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
as suas apurações e soluções.
Gabarito: CERTO.
Prof. SD De Sousa
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Seção II
QAP! Este assunto já caiu em prova!
Da Transgressão Disciplinar
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração
- A aplicação das penas disciplinares previstas no Código
administrativa caracterizada pela violação dos deveres Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
militares, cominando ao infrator as sanções previstas neste Militar do Estado do Ceará independe do resultado de
Código, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil. eventual ação penal ou cível, exceto nos casos de absolvição
criminal do acusado por falta de comprovação da autoria ou
§ 1º As transgressões disciplinares compreendem:
da materialidade do fato.
I – todas as ações ou omissões contrárias à disciplina
Gabarito: ERRADO. (mesmo que seja absolvido em outra
militar, especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes
instância (penal ou cívil), nada impede de ser punido
previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; administrativamente).
II – todas as ações ou omissões não especificadas no artigo
seguinte, mas que também violem os valores e deveres - As transgressões disciplinares correspondem a ações que
militares. violam os valores e deveres militares. Transgressões de
natureza meramente desonrosa são consideradas leves.
§ 2º As transgressões disciplinares previstas nos itens I e II
do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, Gabarito: ERRADO. (Natureza desonrosa é grave. Lembre-
desde que venham a ser: se do roubo, pois é algo vergonhoso para a Corporação).
I – atentatórias aos Poderes Constituídos, àsinstituições ou
ao Estado; AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
II – atentatórias aos direitos humanos fundamentais;
- O rol de transgressões disciplinares previstas no Código
III – de natureza desonrosa. Disciplinar dos Militares do Estado do Ceará é
exemplificativo, podendo outros fatos não expressamente
§ 3º As transgressões previstas no inciso II do § 1º e não previstos caracterizar uma transgressão disciplinar.
enquadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo,
serão classificadas pela autoridade competente como Gabarito: CERTO. (Não é o que está escrito no CD que
médias ou leves, consideradas as circunstâncias do fato. constitui transgressão, mas sim qualquer conduta que viole
a disciplina, os deveres, que seja atentatória, etc.).
§ 4ºAo militar do Estado, aluno de curso militar, aplica-se,
no que concerne à disciplina, além do previsto neste Código,
subsidiariamente, o disposto nos regulamentos próprios
dos estabelecimentos de ensino onde estiver matriculado. Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas, de
acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e leves
§ 5ºA aplicação das penas disciplinares previstas neste
(L), conforme disposto neste artigo.
Código independe do resultado de eventual ação penal ou
cível. § 1º São transgressões disciplinares graves:
Este artigo caracteriza, de modo geral, as transgressões. I – desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato
Toda infração administrativa que viole os deveres e valores da prisão (G);
constitui transgressão disciplinar. Mas não fica só aí. Todas
as 1) ações ou omissões que forem contra a disciplina, 2) II – usar de força desnecessária no atendimento de
crimes previstos no Código Penal, 3) crimes previstos no ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G);
Código Penal Militar, são transgressões disciplinares. Mas
preste atenção! Uma transgressão que também seja crime III – deixar de providenciar para que seja garantida a
não vai ser julgada apenas na área administrativa, não! O integridade física das pessoas que prender ou detiver (G);
mesmo fato, quando constitui crime, será julgado na seara
IV – agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua
administrativa e na penal (se for o caso de crime comum).
guarda ou permitir que outros o façam (G);
Mas para o estudo das transgressões em si, o CD nos ajudou
dando uma dica sobre como identificar uma transgressão V – permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu
grave. Quais são? Se a transgressão 1)atentar contra os poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que
Poderes Constituídos (executivo, Judiciário e Legislativo), possa ferir a si próprio ou a outrem (G);
atentar contra as instituições (por exemplo, atentado
VI – faltar com a verdade (G);
contra a sede da OAB), se atentar contra o Estado; 2)se
atentar conra os direitos humanos fundamentais das VII – ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não
pessoas (tortura, por exemplo); 3) ou se for de natureza declare a verdade em procedimento administrativo, civil ou
desonrosa (roubo, furto, etc), tais condutas são GRAVES. penal (G);
IX – envolver, indevidamente, o nome de outrem para XXIII – deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar
esquivar-se de responsabilidade (G); sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a
remuneração do cargo (G);
X – publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação
irrestrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos XXIV – não cumprir, sem justo motivo, a execução de
ou técnicos de natureza militar ou judiciária, que possam qualquer ordem legal recebida (G);
concorrer para o desprestígio da Corporação Militar:
XXV – dar, por escrito ou verbalmente, ordem
XI – liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência manifestamente ilegal que possa acarretar responsabilidade
sem competência legal para tanto (G); ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G);
XII – receber vantagem de pessoa interessada no caso de XXVI – deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou
furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de pelos praticados por subordinados que agirem em
ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem (G); cumprimento de sua ordem (G);
XIII – receber ou permitir que seu subordinado receba, em XXVII – aconselhar ou concorrer para não ser cumprida
razão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo qualquer ordem legal de autoridade competente, ou serviço,
quando oferecido pelo proprietário ou responsável (G); ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua
execução (G);
XIV – apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio
público ou particular (G); XXVIII – dirigir-se, referir-se ou responder a superior de
modo desrespeitoso (G);
XV – empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar
qualquer meio material ou financeiro sob sua XXIX – recriminar ato legal de superior ou procurar
responsabilidade ou não, para a execução de atividades desconsiderá-lo (G);
diversas daquelas para as quais foram destinadas, em
proveito próprio ou de outrem (G); XXX – ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou
subordinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou
XVI – provocar desfalques ou deixar de adotar providências, não de serviço (G);
na esfera de suas atribuições, para evitá-los (G);
XXXI – promover ou participar de luta corporal com superior,
XVII – utilizar-se da condição de militar do Estado para obter igual, ou subordinado hierárquico (G);
facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
encaminhar negócios particulares ou de terceiros (G); XXXII – ofender a moral e os bons costumes por atos,
palavras ou gestos (G);
XVIII – dar, receber ou pedir gratificação ou presente com
finalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável XXXIII – desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela
em qualquer ato de serviço (G); imprensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou dos
órgãos dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus
XIX – fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, representantes (G);
agiotagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de
serviço, bens da administração pública ou material cuja XXXIV – desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por
comercialização seja proibida (G); palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência
militar ou em outras situações de serviço (G);
XX – exercer, o militar do Estado em serviço ativo, a função
de segurança particular ou administrar ou manter vínculo de XXXV – evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como
qualquer natureza com empresa do ramo de segurança ou resistir a ela (G);
vigilância (G); XXXVI – tendo conhecimento de transgressão disciplinar,
XXI – exercer qualquer atividade estranha à Instituição deixar de apurá-la (G);
Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do XXXVII – deixar de comunicar ao superior imediato ou, na
Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com ausência deste, a qualquer autoridade superior toda
organização voltada para a prática de atividade tipificada informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem
como contravenção ou crime(G); pública ou grave alteração do serviço ou de sua marcha, logo
XXII – exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o que tenha conhecimento (G);
comércio ou tomar parte na administração ou gerência de XXXVIII – omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou
sociedade empresária ou dela ser sócio, exceto como qualquer documento, dados indispensáveis ao
acionista, cotista ou comanditário (G); esclarecimento dos fatos (G);
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XXXIX – subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar LVI – divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação
documentos de interesse da administração pública ou de indevida de fato ou documento de interesse da
terceiros (G); administração pública com classificação sigilosa (G);
XL – deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de LVII – comparecer ou tomar parte de movimento
ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, reivindicatório, no qual os participantes portem qualquer
assim o exigir (G); tipo de armamento, ou participar de greve (G);
XLVI – fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de IV – concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar
substância proibida, entorpecente ou que determine inimizade entre companheiros (M);
dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob
administração militar (G); V – entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que
alguém o faça, sem autorização de autoridade competente
XLVII – ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou (M);
apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (G);
VI – contrair dívida ou assumir compromisso superior às
XLVIII – portar ou possuir arma em desacordo com as suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da
normas vigentes (G); Corporação Militar (M);
XLIX – andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se VII – retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer
achando de serviço (G); ordem legal recebida (M);
L – disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, VIII – interferir na administração de serviço ou na execução
ou desnecessariamente (G); de ordem ou missão sem ter a devida competência para tal
(M);
LI – não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter
cautela na guarda de arma própria ou sob sua IX – procurar desacreditar seu superior ou subordinado
responsabilidade (G); hierárquico (M);
LII – dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação X – deixar de prestar a superior hierárquico continência ou
policial com imperícia, negligência, imprudência ou sem outros sinais de honra e respeito previstos em regulamento
habilitação legal (G); (M);
LIII – retirar ou tentar retirar de local, sob administração XI – deixar de corresponder a cumprimento de seu
militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, subordinado (M);
ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou
proprietário (G); XII – deixar de exibir, estando ou não uniformizado,
documento de identidade funcional ou recusar-se a declarar
LIV – entrar, sair ou tentar fazê-lo, de Organização Militar, seus dados de identificação quando lhe for exigido por
com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade autoridade competente (M);
competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo
comando (G); XIII – deixar de fazer a devida comunicação disciplinar (M);
LV – frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações XIV – deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se
profissionais com caráter de sindicato, ou de associações houver causa de justificação (M);
cujos estatutos não estejam de conformidade com a lei (G);
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XV – não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou XXXIII – comparecer ou tomar parte de movimento
de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao reivindicatório, no qual os participantes não portem
conhecimento da autoridade para isso competente (M); qualquer tipo de armamento, que possa concorrer para o
desprestígio da corporação militar ou ferir a hierarquia e a
XVI – deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem disciplina;
encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou
impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em XXXIV – ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local
que essas circunstâncias serão declaradas (M); sob administração militar, substância ou material inflamável
ou explosivo sem permissão da autoridade competente (M);
XVII – deixar de encaminhar à autoridade competente, no
mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou XXXV – desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou
processo que receber, se não for de sua alçada a solução (M); de navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando
essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M);
XVIII – trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em
qualquer serviço, instrução ou missão (M); XXXVI – autorizar, promover ou executar manobras
perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais,
XIX – retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência
militar que deva promover ou em que esteja investido (M); emergencial (M);
XX – desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judiciária XXXVII – não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou
ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M); inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais
XXI – não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados pertencentes ao patrimônio público ou particular, que
ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do estejam ou não sob sua responsabilidade (M);
dever (M); XXXVIII – negar-se a utilizar ou a receber do Estado
XXII – causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de fardamento, armamento, equipamento ou bens que lhe
serviço ou instrução (M); sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua
responsabilidade (M);
XXIII – apresentar comunicação disciplinar ou representação
sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem XXXIX – deixar o responsável pela segurança da Organização
observar as prescrições regulamentares (M); Militar de cumprir as prescrições regulamentares com
respeito à entrada, saída e permanência de pessoa estranha
XXIV – dificultar ao subordinado o oferecimento de (M);
representação ou o exercício do direito de petição (M);
XL – permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou
XXV – faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou local interditado (M);
assistir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem
a devida autorização (M); XLI – deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar onde
não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia ou
XXVI – afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante
força de dispositivo ou ordem legal (M); ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para
expor a razão de sua presença, salvo as exceções
XXVII – permutar serviço sem permissão da autoridade regulamentares previstas (M);
competente (M);
XLII – adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos
XXVIII – simular doença para esquivar-se ao cumprimento destinados a superior ou onde este se encontre, bem como
do dever (M); qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada (M);
XXIX – deixar de se apresentar às autoridades competentes XLIII – abrir ou tentar abrir qualquer dependência da
nos casos de movimentação ou quando designado para Organização Militar, desde que não seja a autoridade
comissão ou serviço extraordinário (M); competente ou sem sua ordem, salvo em situações de
XXX – não se apresentar ao seu superior imediato ao término emergência (M);
de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que XLIV – permanecer em dependência de outra Organização
souber que o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso Militar ou local de serviço sem consentimento ou ordem da
(M); autoridade competente (M);
XXXI – dormir em serviço, salvo quando autorizado (M); XLV – deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele
XXXII – introduzir bebidas alcoólicas em local sob solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer
administração militar, salvo se devidamente autorizado (M); Organização Militar (M);
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XLVI – apresentar-se, em qualquer situação, mal II – retirar-se da presença do superior hierárquico sem
uniformizado, com o uniforme alterado ou diferente do obediência às normas regulamentares (L);
previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da
Corporação Militar ou norma a respeito (M); III – deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de
apresentar-se ao seu superior funcional, conforme
XLVII – usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração ou prescrições regulamentares (L);
distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M);
IV – deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior
XLVIII – comparecer, uniformizado, a manifestações ou hierárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar
reuniões de caráter político-partidário, salvo por motivo de os demais, de acordo com as normas regulamentares (L);
serviço (M);
V – consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a
XLIX – autorizar, promover ou participar de petições ou sentinela, na formação de grupo ou permanência de pessoas
manifestações de caráter reivindicatório, de cunho junto ao seu posto (L);
político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de
superior, para tratar de assuntos de natureza militar, VI – içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de
ressalvados os de natureza técnica ou científica havidos em autoridade (L);
razão do exercício da função militar (M); VII – dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos,
L – frequentar lugaresincompatíveis com o decoro social ou sem ordem de autoridade competente (L);
militar, salvo por motivo de serviço (M); VIII – conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares
LI – recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições para impróprios (L);
resolver assunto de interesse pessoal relacionado com a IX – deixar de comunicar a alteração de dados de qualificação
corporação militar, sem observar os preceitos estabelecidos pessoal ou mudança de endereço residencial (L);
neste estatuto (M);
X – chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o qual
LII – assumir compromisso em nome da Corporação Militar, esteja nominalmente escalado ou a qualquer ato em que deva
ou representá-la em qualquer ato, sem estar devidamente tomar parte ou assistir (L);
autorizado (M);
XI – deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente,
LIII – deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou a impossibilidade de comparecer à Organização Militar
regulamentares, na esfera de suas atribuições (M); (OPM ou OBM) ou a qualquer ato ou serviço de que deva
LIV – faltar a ato judiciário, administrativo ou similar, salvo participar ou a que deva assistir (L);
motivo relevante a ser comunicado por escrito à autoridade XII – permanecer, alojado ou não, deitado em horário de
a que estiver subordinado, e assim considerado por esta, na expediente no interior da Organização Militar, sem
primeira oportunidade, antes ou depois do ato, do qual tenha autorização de quem de direito (L);
sido previamente cientificado (M);
XIII – fumar em local não permitido (L);
LV – deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as
circunstâncias o exigirem (M); XIV – tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os
permitidos, em local sob administração militar, ou em
LVI – procrastinar injustificadamente expediente que lhe qualquer outro, quando uniformizado (L);
seja encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão
de inquérito policial militar, conselho de justificação ou XV – conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação
disciplina, processo administrativo-disciplinar, sindicância oficial, sem autorização do órgão militar competente, mesmo
ou similar (M); estando habilitado (L);
LVII – manter relações de amizade ou exibir-se em público XVI – transportar na viatura, aeronave ou embarcação que
com pessoas de nótorios e desabonados antecedentes esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou
criminais ou policiais, salvo por motivo relevante ou de material, sem autorização da autoridade competente (L);
serviço (M);
XVII – andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade,
LVIII – retirar, sem autorização da autoridade competente, pelas ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L);
qualquer objeto ou documento da Corporação Militar (M);
XVIII – permanecer em dependência da própria Organização
3º São transgressões disciplinares leves: Militar ou local de serviço, desde que a ele estranho, sem
consentimento ou ordem da autoridade competente (L);
I – deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele
recebida, no mais curto prazo possível (L); XIX – entrar ou sair, de qualquer Organização Militar, por
lugares que não sejam para isso designados (L);
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XXI – usar vestuário incompatível com a função ou descurar - São consideradas transgressões militares graves usar de
do asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L); força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato
de efetuar prisão e agredir física, moral ou psicologicamente
XXII – estar em desacordo com as normas regulamentares de preso sob sua guarda ou permitir que outros o façam.
apresentação pessoal (L);
Gabarito: CERTO. (a conduta foi contra direitos fundamentais,
XXIII – recusar ou devolver insígnia, salvo quando a é grave.)
regulamentação o permitir (L);
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
XXIV – aceitar qualquer manifestação coletiva de
- Ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras ou
subordinados, com exceção das demonstrações de boa e sã
gestos é considerado transgressão disciplinar média.
camaradagem e com prévio conhecimento do homenageado
(L); Gabarito: ERRADO. (é grave, pois vai de encontro à
disciplina).
XXV – discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo
de comunicação, sobre assuntos políticos, militares ou - Simular doença para esquivar-se do cumprimento do dever
policiais, excetuando-se os de natureza exclusivamente constitui transgressão disciplinar média.
técnica, quando devidamente autorizado (L).
Gabarito: CERTO. (é média)
XXVI – transferir o oficial a responsabilidade ao escrivão da
- O oficial que transfira ao escrivão a responsabilidade da
elaboração de inquérito policial militar, bem como deixar de
elaboração de inquérito policial militar e se exima da
fazer as devidas inquirições (L);
responsabilidade pelas devidas inquirições comete
XXVII – acionar desnecessariamente sirene de viatura transgressão disciplinar grave.
policial ou bombeirística (L). Gabarito: ERRADO. (é leve)
4º Aos procedimentos disciplinares, sempre serão AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
garantidos o direito a ampla defesa e o contraditório.
- Segundo o Código Disciplinar dos Militares do Estado do
Este artigo trata das transgressões em sim. As divide em Ceará, constitui infração grave retardar, sem justo motivo, a
graves, médias e leves e nos seus três primeiros parágrafos execução de qualquer ordem legal recebida.
expressa alguns exemplos de transgressões. Como são
Gabarito: ERRADO. (média)
muitos e não é viável comentar uma a um, destacarei
algumas particularidades, mas recomendo a leitura e a - Faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja
resolução de bastante questões sobre as transgressões, pois nominalmente escalado é considerado transgressão
dessa maneira a absorsão é mais fácil. disciplinar grave.
Se prestarmos atenção, a transgressão de dormir em Gabarito: CERTO. (vai contra os valores e os deveres).
serviço pode ser grave e pode ser média, o que vai
diferenciar é a circunstância. Por exemplo, dormir em
serviço quando 1)policiamento, 2)vigilância ou 3)
segurança de pessoas ou instalações é grave; mas se dormir
em serviço sem estar nessas circunstâncias acima, é média. CAPÍTULO V
Comparecer ou tomar parte em movimento reivindicatória
Das Sanções Administrativas Disciplinares
pode ser grave ou média. Se os participantes estiverem
armados é grave; se não é média. Seção I
Além de outras particularidades que só por meio da leitura Disposições Gerais
exaustiva o aluno vai conseguir diferenciar e absorver.
Art. 14. As sanções disciplinares aplicáveis aos militares do
Estado, independentemente do posto, graduação ou função
que ocupem, são:
I – advertência;
II – repreensão;
Seção IV
Seção II
Da Permanência Disciplinar
Da Advertência
Art. 17. A permanência disciplinar é a sanção em que o
Art. 15. A advertência, forma mais branda de sanção, é transgressor ficará na OPM ou OBM, sem estar circunscrito a
aplicada verbalmente ao transgressor, podendo ser feita determinado compartimento.
particular ou ostensivamente, sem constar de publicação,
Parágrafo único. O militar do Estado sob permanência
figurando, entretanto, no registro de informações de
disciplinar comparecerá a todos os atos de instrução e serviço,
punições para oficiais, ou na nota de corretivo das praças.
internos e externos.
Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica-se
Art. 18. A pedido do transgressor, o cumprimento da sanção de
exclusivamente às faltas de natureza leve, constituindo ato permanência disciplinar poderá, a juízo devidamente motivado,
nulo quando aplicada em relação à falta média ou grave. da autoridade que aplicou a punição, ser convertido em
prestação de serviço extraordinário, desde que não implique
Algumas observações devem ser feitas. A advertência 1) é a
prejuízo para a manutenção da hierarquia e da disciplina.
mais leve de todas as sanções; 2)aplicada exclusivamente
de forma verbal; 3) pode ser feita somente na presença do § 1º Na hipótese da conversão, a classificação do
transgressor ou na presença de outros militares; 4) a comportamento do militar do Estado será feita com base na
advertência não é publicada em Boletim Interno; 5) deve-se sanção de permanência disciplinar.
apenas registrar na nota de corretivos de praças ou no
registro de informações de oficiais. 6) a advertência § 2º Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de serviço
somente pode ser aplicada às transgressões leves. extraordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de
permanência, salvo nos casos em que o transgressor não possua
nenhuma falta grave ou média, quando 1 (um) dia de prestação
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Comentários: o militar nessa situação não participa de a) for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena
nenhum serviço, instrução ou atividade. privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos,
por sentença passada em julgado, observado o disposto no
- A custódia disciplinar será aplicada quando houver art. 125, § 4º, e art. 142, § 3º, VI e VII, da Constituição Federal,
reincidência no cometimento de transgressão disciplinar de e art. 176, §§ 8º e 9º da Constituição do Estado;
natureza média.
b) for condenado a pena de perda da função pública, por
Gabarito: ERRADO. sentença passada em julgado;
Comentários: reincidência de transgressão de natureza c) for considerado moral ou profissionalmente inidôneo para
GRAVE.
a promoção ou revelar incompatibilidade para o exercício da
função militar, por sentença passada em julgado no Tribunal
competente;
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A condenação, na justiça comum ou militar, à pena privativa Art. 26. O recolhimento transitório não constitui sanção
de liberdade por tempo superior a dois anos, por sentença disciplinar, sendo medida preventiva e acautelatória da
passada em julgado, implica a aplicação à praça ou ao oficial ordem social e da disciplina militar, consistente no
da pena de demissão. desarmamento e recolhimento domilitar à prisão, sem nota
de punição publicada em boletim, podendo ser
Gabarito: CERTO. excepcionalmente adotada quando houver fortes indícios de
autoria de crime propriamente militar ou transgressão
militar e a medida for necessária:
Parágrafo único. A participação em greve ou em passeatas, b) encontrar-se embriagado ou sob ação de substância
com uso de arma, ainda que por parte de terceiros, configura entorpecente.
ato atentatório contra a segurança das instituições nacionais.
§ 1º A condução do militar do Estado à autoridade
competente para determinar o recolhimento transitório
A expulsão somente será aplicada à praça. Oficial não será
somente poderá ser efetuada por superior hierárquico ou
expulso, mas demitido. Já a praça pode ser expulsa ou
por oficial com precedência funcional ou hierárquica sobre o
demitida, dependendo da transgressão cometida e das
conduzido.
circunstâncias. Lembre-se das circunstâncias que causam a
expulsão: 1)atentar contra a segurança das instituições § 2º São autoridades competentes para determinar o
nacionais (por exemplo, o militar estadual comete um ato recolhimento transitório aquelas elencadas no art. 31 deste
atentatório contra a própria corporação); 2) praticar atos
Código.
desenrosos ou ofensivos ao decoro(por exemplo, policial
que vai preso por estar cometendo assaltos); 3) o legislador § 3º As decisões de aplicação do recolhimento transitório
previu a participação em greves (o que já é vedado) ou serão sempre fundamentadas e imediatamente comunicadas
passeatas, mesmo que outras pessoas estejam armadas. ao Juiz Auditor, Ministério Público e Controlador Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário, no caso de suposto cometimento deste crime,
ou apenas a este último, no caso de suposta prática de
Seção IX transgressão militar. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de
8/6/2011)
Da Proibição do Uso de Uniformes e de Porte de Arma
§ 4º O militar do Estado sob recolhimento transitório, nos
Art. 25. A proibição do uso de uniformes militares e de porte
termos deste artigo, somente poderá permanecer nessa
de arma será aplicada, nos termos deste Código,
situação pelo tempo necessário ao restabelecimento da
temporariamente, ao inativo que atentar contra o decoro ou
normalidade da situação considerada, sendo que o prazo
a dignidade militar, até o limite de 1 (um) ano.
máximo será de 5 (cinco) dias, salvo determinação em
contrário da autoridade judiciária competente.
1)aplica-se ao militar inativo (reserva remunerada, pois o
reformado não está sujeito ao CD), 2)atentar contra o § 5ºO militar do Estado não sofrerá prejuízo funcional ou
decoro ou dignidade militar; 3)até o limite máximo de 01 remuneratório em razão da aplicação da medida preventiva
ano. de recolhimento transitório.
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III – comunicação imediata do local onde se encontra CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
recolhido a pessoa por ele indicada;
O militar sob recolhimento transitório somente poderá
IV – ocupação da prisão conforme o seu círculo hierárquico; permanecer nessa situação pelo tempo necessário ao
restabelecimento da normalidade da situação considerada,
V – apresentação de recurso.
não podendo o recolhimento ultrapassar cinco dias, salvo
§ 7º O recurso do recolhimento transitório será interposto determinação em contrário da autoridade judiciária
perante o Comandante da Corporação Militar onde estiver competente.
recolhido o militar. Gabarito: CERTO.
§ 8º Na hipótese do recolhimento transitório ser
determinado pelo Comandante da Corporação Militar para CAPÍTULO VII
onde for recolhido o militar, o recurso será interposto
perante esta autoridade, que imediatamente o encaminhará Do Procedimento Disciplinar
ao seu superior hierárquico, a quem incumbirá a decisão. Seção I
§ 9º A decisão do recurso será fundamentada e proferida no Da Comunicação Disciplinar
prazo de dois dias úteis. Expirado esse prazo, sem a decisão
do recurso, o militar será liberado imediatamente. Art. 27. A comunicação disciplinar dirigida à autoridade
competente destina-se a relatar uma transgressão
1)não é uma sanção; 2)medida preventiva e acautelatória; disciplinar cometida por subordinado hierárquico, quando
3)o militar é recolhido à prisão; 4)não é publicado nota de houver indícios ou provas de autoria.
punição no Boletim Interno; 5)adotada excepcionalmente;
6)adota quando forte indício apontarem o cometimento de Art. 28. A comunicação disciplinar será formal, tanto quanto
crime militar próprio ou transgressão disciplinar; 7)tem possível, deve ser clara, concisa e precisa, contendo os dados
como objetivo proporcionar um bom andamento das capazes de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o
investigações ou preservar a segurança pessoal do militar local, a data e a hora do fato, além de caracterizar as
(quando estiver agressivo ou embriagado); 8)a condução circunstâncias que o envolveram, bem como as alegações do
será somente por superior hierárquico ou funcional; faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo signatário
9)nenhum prejuízo remuneratório para o militar; das razões da transgressão, sem tecer comentários ou
10)prazo de cinco dias (exceto se a autoridade judiciária opiniões pessoais.
determinar o contrário)
§ 1º Acomunicação disciplinar deverá ser apresentada no
Direitos do militar recolhido: JICOA, cada letra desse
prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação ou
macete iniciar um dos direitos.
conhecimento do fato, ressalvadas as disposições relativas
QAP! Este assunto já caiu em prova! ao recolhimento transitório, que deverá ser feita
imediatamente.
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
§ 2º A comunicação disciplinar deve ser a expressão da
- A condução do militar à autoridade competente para verdade, cabendo à autoridade competente encaminhá-la ao
determinar o seu recolhimento transitório somente poderá indiciado para que, por escrito, manifeste-se
ser efetuada por superior hierárquico ou por oficial com
preliminarmente sobre os fatos, no prazo de 3 (três) dias.
precedência funcional ou hierárquica sobre o conduzido.
§ 3º Conhecendo a manifestação preliminar e considerando
Gabarito: CERTO.
praticada a transgressão, a autoridade competente elaborará
- O recolhimento transitório caracteriza sanção disciplinar, termo acusatório motivado, com as razões de fato e de
sendo medida preventiva e acautelatória da ordem social e direito, para que o militar do Estado possa exercitar, por
da disciplina militar, consistente no desarmamento e escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contraditório, no
recolhimento do militar à prisão, com nota de punição prazo de 5 (cinco) dias.
publicada em boletim. Essa sanção poderá ser adotada
quando houver fortes indícios de autoria de crime § 4º Estando a autoridade convencida do cometimento da
propriamente militar ou transgressão militar. transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar,
mediante nota de culpa ou, se determinar outra solução,
Gabarito: ERRADO. deverá fundamentá-la por despacho nos autos.
Comentários: não caracteriza sanção disciplinar. § 5º Poderá ser dispensada a manifestação preliminar do
indiciado quando a autoridade competente tiver elementos
de convicção suficientes para a elaboração do termo
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Art. 29. A solução do procedimento disciplinar é da inteira - A solução do procedimento disciplinar será dada no prazo
responsabilidade da autoridade competente, que deverá de 30 (trinta) dias, contados da instauração do mesmo,
podendo ser prorrogado, no máximo, por mais 15 (quinze)
aplicar sanção ou justificar o fato, de acordo com este Código.
dias, mediante declaração de motivos.
§ 1º A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias,
Gabarito: ERRADO.
contados a partir do recebimento da defesa do acusado,
prorrogável, no máximo, por mais 15 (quinze) dias, Comentários: o prazo de 30 (trinta) dias será contado a
mediante declaração de motivos. partir do recebimento da defesa do acusado. E não a partir
da instauração do procesimento.
§ 2ºNo caso de afastamento regulamentar do transgressor,
os prazos supracitados serão interrompidos, reiniciada a
contagem a partir da sua reapresentação.
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IV – os Subcomandantes da Polícia Militar e do Corpo de VII – aos oficiais do posto de tenente: as sanções disciplinares
Bombeiros Militar: a todos sob seu comando e das unidades de advertência, repreensão e permanência disciplinar de até
subordinadas e às praças inativas da reserva remunerada; 5 (cinco) dias.
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Seção III
QAP! Este assunto já caiu em prova!
Do Julgamento
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
Art. 33. Na aplicação das sanções disciplinares serão sempre
considerados a natureza, a gravidade e os motivos - Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando a suposta
determinantes do fato, os danos causados, a personalidade e transgressão tiver sido praticada em obediência a ordem
os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau superior, desde que a ordem recebida não seja manifestamente
ilegal.
da culpa.
Gabarito: CERTO
Art. 34. Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando
for reconhecida qualquer das seguintes causas de AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
justificação:
- O subordinado deve obedecer às ordens, ainda que
I – motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente manifestamente ilegais, respondendo o superior hierárquico
comprovados; pela ilegalidade.
II – em preservação da ordem pública ou do interesse Gabarito: ERRADO. (se a ordem é claramente ilegal, o
coletivo; subordinado não deve cumprí-la, pois ordem absurda não se
executa).
III – legítima defesa própria ou de outrem;
- Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando for
IV – obediência a ordem superior, desde que a ordem reconhecida a legítima defesa própria ou de outrem.
recebida não seja manifestamente ilegal;
Gabarito: CERTO.
V – uso de força para compelir o subordinado a cumprir
rigorosamente o seu dever, no caso de perigo, necessidade
urgente, calamidade pública ou manutenção da ordem e da
disciplina. Art. 35. São circunstâncias atenuantes:
Vale ressaltar que antes de uma sanção ser aplicada a algum I – estar, no mínimo, no bom comportamento;
militar transgressor, deve ser levada em consideração
II – ter prestado serviços relevantes;
algumas circunstâncias previstas no artigo 33.
III – ter admitido a transgressão de autoria ignorada ou, se
No artigo 34 temos as causas de justificação, que impedem a
conhecida, imputada a outrem;
aplicação da sanção. (não confundir causa de justificação
com atenuantes). As causas de justificação são semelhantes IV – ter praticado a falta para evitar mal maior;
às excludentes de ilicitudes previstas no CP (estou apenas
fazendo uma analogia). As causas de justificação são cinco. A V – ter praticado a falta em defesa de seus próprios direitos
primeira é quando a transgressão é cometida por força ou dos de outrem;
maior ou caso fortuito, que significa a transgressão ocorreu
por fato externo a vontade do transgressor, ou seja, VI – ter praticado a falta por motivo de relevante valor social;
independe da vontade dele ou por fato proveniente da ação
humana que é imprevisível; o inciso II é remete ao fato de a VII – não possuir prática no serviço;
transgressão ser cometida quando o militar estava atuando
VIII – colaborar na apuração da transgressão disciplinar.
em preservação da ordem pública ou agindo em nome do
interesse coletivo; o inciso III traz a previsão do militar que Art. 36. São circunstâncias agravantes:
comete a transgressão quando atua em legítima defesa
própria ou de terceiros; o inciso IV é quando o militar comete I – estar em mau comportamento;
a transgressão porque cumpriu uma ordem de um superior,
mas a ordem estava revestida de aparente legalidade, vindo II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais
a demonstrar sua ilegalidade após cumprida; o inciso V transgressões;
aconteceu um caso prático quando nas manifestações em
III – reincidência;
São Paulo em 2013 e um militar em meio ao caos se negou a
reprimir a manifestação, momento em que foi agredido por IV – conluio de duas ou mais pessoas;
seu superior hierárquico o obrigando a agir. Nessa situação,
o superior hierárquico não sofrerá sanção, pois agiu para V – ter sido a falta praticada durante a execução do serviço;
obrigar subordinado a cumprir a missão, em caso de
manutenção da ordem. VI – ter sido a falta praticada em presença de subordinado,
de tropa ou de civil;
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Art. 37. A aplicação da sanção disciplinar abrange a análise A publicação das punições disciplinares são feitas no
do fato, nos termos do art. 33 deste Código, a análise das Boletim Interno de cada Corporação. No entanto, a
circunstâncias que determinaram a transgressão, o advertência não é publicada. E em regra, as punições
enquadramento e a decorrente publicação. aplicadas para os sargentos até os oficiais são publicadas
para conhecimento dos integrantes do mesmo círculo
Art. 38. O enquadramento disciplinar é a descrição da
hierárquico a que pertence. No entanto, pode ser publicada
transgressão cometida, dele devendo constar, para que todos vejam como forma de conscientizar a tropa.
resumidamente, o seguinte:
II – tipificação da transgressão disciplinar; Art. 41. Na aplicação das sanções disciplinares previstas
neste Código, serão rigorosamente observados os seguintes
III – alegações de defesa do transgressor;
limites:
IV – classificação do comportamento policial-militar em que
I – quando as circunstâncias atenuantes preponderarem, a
o punido permaneça ou ingresse;
sanção não será aplicada em seu limite máximo;
V – discriminação, em incisos e artigos, das causas de
II – quando as circunstâncias agravantes preponderarem,
justificação ou das circunstâncias atenuantes e ou
poderá ser aplicada a sanção até o seu limite máximo;
agravantes;
III – pela mesma transgressão não será aplicada mais de uma
VI – decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção;
sanção disciplinar, sendo nulas as penas mais brandas
VII – observações, tais como: quando indevidamente aplicadas a fatos de gravidade com
elas incompatível, de modo que prevaleça a penalidade
a) data do início do cumprimento da sanção disciplinar; devida para a gravidade do fato.
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso;
Antes de efetivar a plicação de alguma punição, deverá ser
c) determinação para posterior cumprimento, se o observado o seguinte:
transgressor estiver baixado, afastado do serviço ou à
Se no enquadramento constar mais circunstâncias
disposição de outra autoridade; atenuantes, ou seja, fatos que amenizem, então a sanção não
d) outros dados que a autoridade competente julgar poderá ser aplicada no limite máximo. Mas se constar mais
fatos que agravem a situação, então PODERÁ (e não deverá)
necessários;
aplicar o limite máximo da sanção. Vale ressaltar que o
VIII – assinatura da autoridade. militar não pode ser punido duas vezes pela mesma
transgressão.
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E se ele for punido com uma sanção mais leve do que a que Parágrafo único. A instauração de inquérito ou ação criminal
seria justa, então anula a punição leve e applica a punição não impede a imposição, na esfera administrativa, de sanção
mais justa ao fato. pela prática de transgressão disciplinar sobre o mesmo fato.
III – as faltas graves são puníveis com permanência Vale ressaltar que a punição do militar não impede que ele
disciplinar de até 10 (dez) dias ou custódia disciplinar de até seja punido também pelo mesmo fato na área penal e cívil.
8 (oito) dias e, na reincidência, com permanência de até 20 Não é porque foi instaurado um inquérito ou uma ação
criminal contra o militar que ele não será punido na esfera
(vinte) dias ou custódia disciplinar de até 15 (quinze) dias,
administrativa.
desde que não caiba demissão ou expulsão.
Temos também os casos em que o militar comete duas ou
Aqui observamos o princípio da proporcionalidade, onde a mais transgressões. Nesse caso deve-se observar se as
sanção aplicada deve ser proporcional à gravidade da transgressões possuem ligação entre si. Se elas possuem,
transgressão. então as transgressões menos graves servirão como
agravantes da transgressão principal; mas se elas não
Para o militar que comete transgressão leve somente
possuem ligação entre si, então será aplicada uma sanção
poderá ser punido com advertência ou reprensão, mas see
para cada transgressão.
ele voltar a cometer outra transgressão leve, pode ser
punido com uma permanência disciplinar de até 5 (cinco) QAP! Este assunto já caiu em prova!
dias.
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Se o militar cometeu uma transgressão média ele deverá ser
punido com uma permanencia disciplinar de até 8 (oito) Na ocorrência de mais de uma transgressão, havendo ou
dias, mas se ele voltar a cometer uma transgressão grave não conexão entre elas, serão impostas as sanções
será punido com uma permanência de 15 (quinze) dias. correspondentes a cada uma delas isoladamente.
Se o militar cometeu uma transgressão grave ele poderá ser Gabarito: ERRADO. (se houver conexões entre elas, as mais
punido com uma permanência disciplinar de até 10 (dez) leves serão agravantes da principal; se não houver conexões
dias ou uma custódia disciplinar de até 8 (oito) dias, mas se entre elas então aplica-se uma sanção a cada uma.)
ele voltar a cometer transgressão grave será punido com
permanência disciplinar de até 20 (vinte) dias ou custódia
de até 15 (quinze) dias.
Art. 46. Na ocorrência de transgressão disciplinar
envolvendo militares do Estado de mais de uma Unidade,
caberá ao comandante da área territorial onde ocorreu o fato
Art. 43. O início do cumprimento da sanção disciplinar apurar ou determinar a apuração e, ao final, se necessário,
dependerá de aprovação do ato pelo Comandante da remeter os autos à autoridade funcional superior comum aos
Unidade ou pela autoridade funcional imediatamente envolvidos.
superior, quando a sanção for por ele aplicada, e prévia
publicação em boletim, ressalvados os casos de necessidade Art. 47. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos
da medida preventiva de recolhimento transitório, prevista diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o transgressor,
neste Código. conhecerem da transgressão disciplinar, competirá à de
maior hierarquia apurá-la ou determinar que a menos
Art. 44. A sanção disciplinar não exime o militar estadual graduada o faça.
punido da responsabilidade civil e criminal emanadas do
mesmo fato. Parágrafo único. Quando a apuração ficar sob a incumbência
da autoridade menos graduada, a punição resultante será
aplicada após a aprovação da autoridade superior, se esta
assim determinar.
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Art. 48. A expulsão será aplicada, em regra, quando a praça Art. 52. O início do cumprimento da sanção disciplinar
militar, independentemente da graduação ou função que deverá ocorrer no prazo máximo de 5(cinco) dias após a
ocupe, for condenado judicialmente por crime que também ciência, pelo militar punido, da sua publicação.
constitua infração disciplinar grave e que denote
incapacidade moral para a continuidade do exercício de suas § 1º A contagem do tempo de cumprimento da sanção
funções, após a instauração do devido processo legal, começa no momento em que o militar do Estado iniciá-lo,
garantindo a ampla defesa e o contraditório. computando-se cada dia como período de 24 (vinte e
qua- tro) horas.
Quando militares de unidade diferentes cometem § 2ºNão será computado, como cumprimento de sanção
transgressão juntos (por exemplo, um militar de uma disciplinar, o tempo em que o militar do Estado passar em
companhia e outro de outra), o comandante da área onde gozo de afastamentos regulamentares, interrompendo-se a
foi cometida a transgressão é quem é competente para contagem a partir do momento de seu afastamento até o seu
apurar ou determinar a apuração do fato. Quando concluir retorno.
a apuração ele encaminha, se necessário, ao comandante
comum aos militares envolvidos (por exemplo, dois § 3º O afastamento do militar do Estado do local de
militares de unidade diferentes cometeram transgressão. cumprimento da sanção e o seu retorno a esse local, após o
Um militar é da unidade A e o outro é da unidade B. A afastamento regularmente previsto no § 2º, deverão ser
transgressão foi cometida no bairro X que é área de outra objeto de publicação.
unidade. Então o comandante da unidade do bairro X é
quem deve apurar o fato ou determinar quem apure. QAP! Este assunto já caiu em prova!
Quando concluir ele manda pra autoridade superior que
seja ao mesmo tempo comandante dos dois militares CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
envolvidos. Digamos que a unidade A e B que pertecem os
militares são duas companhias de um Batalhão, então o Nenhum militar pode ser interrogado ou sofrer sanção se
comandante da unidade do bairro X encaminha os autos estiver em estado de embriaguez ou sob a ação de
para o Comandante do Batalhão pois ele é comandante dos substância entorpecente ou que determine dependência
dois militares ao mesmo tempo.) física ou psíquica, sendo vedado, nesse caso, o recolhimento
transitório preventivo.
V – Mau – quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sido II – recurso hierárquico.
aplicadas mais de 2 (duas) permanências disciplinares ou
mais de 1 (uma) custódia disciplinar. Art. 57. O pedido de reconsideração de ato é recurso
interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade que
§ 1º A contagem de tempo para melhora do comportamento praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa
se fará automaticamente, de acordo com os prazos irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine.
estabelecidos neste artigo.
§ 1º O pedido de reconsideração de ato deve ser
§ 2º Bastará uma única sanção disciplinar acima dos limites encaminhado, diretamente, à autoridade recorrida e por uma
estabelecidos neste artigo para alterar a categoria do única vez.
comportamento.
§ 2º O pedido de reconsideração de ato, que tem efeito
§ 3º Para a classificação do comportamento fica estabelecido suspensivo, deve ser apresentado no prazo máximo de 5
que duas repreensões equivalerão a uma permanência (cinco) dias, a contar da data em que o militar do Estado
disciplinar. tomar ciência do ato que o motivou.
§ 4º Para efeito de classificação, reclassificação ou melhoria § 3º A autoridade a quem for dirigido o pedido de
do comportamento, ter-se-ão como bases as datas em que as reconsideração de ato deverá, saneando se possível o ato
sanções foram publicadas. praticado, dar solução ao recurso, no prazo máximo de 10
(dez) dias, a contar da data de recebimento do documento,
Art. 55. Ao ser admitida, a praça militar será classificada no dando conhecimento ao interessado, mediante despacho
comportamento “bom”. fundamentado que deverá ser publicado.
São 5 (cinco) níveis de comportamento em que a praça pode § 4º O subordinado que não tiver oficialmente conhecimento
estar submetida e estão diretamente ligados às sanções. O da solução do pedido de reconsideração, após 30 (trinta)
excelente é quando o militar completa 10 (dez) anos de dias contados da data de sua solicitação, poderá interpor
serviço sem sofrer nenhum punição; o ótimo é quando recurso hierárquico no prazo previsto no inciso I do § 3º, do
durante 5 (cinco) anos o militar só sofreu até 2 (duas) artigo seguinte.
repreensões; o bom é quando a praça ingressa na
corporação ou quando durante 2 (dois) anos tenha sofrido § 5º O pedido de reconsideração de ato deve ser redigido de
até 2 (duas) permanências disciplinares; o regula é quando forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões que o
no período de 1 (um0 ano a praça tenha sofrido até 2 (duas) fundamentam, sem comentários ou insinuações
permanências disciplinares ou 1 (uma) custódia desnecessários, podendo ser acompanhado de documentos
disciplinar; e mau é quando em 1 (um) ano a praça tenha comprobatórios.
sofrido mais de 2 (duas) permanências disciplinares ou
mais de 1(uma) custódia disciplinar. § 6º Não será conhecido o pedido de reconsideração
intempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou
QAP! Este assunto já caiu em prova! argumentos novos que modifiquem a decisão anteriormente
CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E tomada, devendo este ato ser publicado, obedecido o prazo
do § 3º deste artigo.
Para fins disciplinares e outros efeitos, o comportamento do
militar classifica-se em ótimo quando, no período de dez Art. 58. O recurso hierárquico, interposto por uma única vez,
anos, não lhe tenha sido aplicada qualquer sanção terá efeito suspensivo e será redigido sob a forma de parte
disciplinar, mesmo em decorrência de falta leve. ou ofício e endereçado diretamente à autoridade
imediatamente superior àquela que não reconsiderou o ato
Gabarito: ERRADO. (esse é o comportamento excelente) tido por irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
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II – após solucionado o recurso hierárquico. Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção em
razão da interposição de recurso disciplinar pelo militar
Art. 61. Os prazos para a interposição dos recursos de que acusado.
trata este Código são decadenciais.
Art. 66. Anulação é a declaração de invalidade da sanção
Quando o militar é punido por alguma transgressão há a disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por
possibilidade de ele interpor recursos administrativos, que são autoridade subordinada, quando, na apreciação do recurso,
2 (dois): verificar a ocorrência de ilegalidade, devendo retroagir à
O pedido de reconsideração de ato é destinado à autoridade
data do ato.
que puniu para que ele reconsidere sua decisão. Tal recurso só
Parágrafo único. A anulação de sanção
poderá ser feito uma vez e tem efeito suspensivo da pena. Tal
pedido deve ser feito em 5 (cinco) dias a partir do
administrativo-disciplinar somente poderá ser feita no prazo
conhecimento da punição e a resposta ao pedido deve ser dada de 5 (cinco) anos, a contar da data da publicação do ato que
no prazo de 10 (dez) dias. se pretende invalidar, ressalvado o disposto no inciso III do
art. 41 deste Código.
O recurso hierárquico é quando a autoridade não reconsiderou
a decisão e então o militar ingressa com o recurso hierárquico As autoridades que podem rever os atos disciplinares são o
à autoridade superior àquela que não mudou a decisão. Ele tem
Tenente-Coronel, Coronel, Coronel Comandante-Geral,
efeito suspensivo e deve ser interposto em 5 (cinco) dias a
Secretário da SSPDS, Controlador Geral de Disciplina e o
partir do conhecimento da resposta do pedido de
Governador do Estado.
reconsideração de ato, sendo que a autoridade tem 3 dias para
comunicar a autoridade que não reconsiderou e mais 10 (dez) Retificar significa mudar o ato disciplinar, ou seja, reformar.
dias para dar solução. Se mesmo assim a decisão não mudar, o
Atenuar significa reduzir a sanção ou os dias. Agravar
militar tem 3 dias para iniciar o cumprimento da punição tendo
significa piorar a sanção ou os dias. E Anular significa
esgotado os recursos na área administrativa.
cancelar a sanção aplicada dentro de 5 (cinco) anos.
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b) para o cancelamento de repreensão: 3 anos; §1º O processo regular poderá ter por base investigação
preliminar, inquérito policial-militar ou sindicância
c) para o cancelamento de permanência disciplinar ou,
instaurada, realizada ou acompanhada pela Controladoria
anteriormente a esta Lei, de detenção: 7 anos;
Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
d) para o cancelamento de custódia disciplinar ou, Penitenciário. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de
anteriormente a esta Lei, de prisão administrativa: 10 anos. 8/6/2011)
§ 2º Independentemente das condições previstas neste §2º A inobservância dos prazos previstos para o processo
artigo, o Controlador Geral de Disciplina poderá cancelar regular não acarreta a nulidade do processo, porém os
uma ou mais punições do militar que tenha praticado membros do Conselho ou da comissão poderão responder
qualquer ação militar considerada especialmente meritória, pelo retardamento injustificado do processo.
que não chegue a constituir ato de bravura. Configurado ato
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na impossibilidade. Quando o justificante for oficial da §4º Aos membros do Conselho de Justificação é lícito
reserva remunerada, um dos membros do Conselho poderá reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da
ser da reserva remunerada. acusação e propor diligências para o esclarecimento dos
fatos. O reconhecimento de firma somente será exigido
§2º Não podem fazer parte do Conselho de Justificação: quando houver dúvida de autenticidade.
I – o Oficial que formulou a acusação; §5º Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção,
II – os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o perante o Conselho de Justificação, de todas as provas
acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta ou permitidas no Código de Processo Penal Militar. A
até o quarto grau de consanguinidade colateral ou de autenticação de documentos exigidos em cópias poderá ser
natureza civil; feita pelo órgão administrativo.
III – os Oficiais que tenham particular interesse na decisão do §6º As provas a serem colhidas mediante carta precatória
Conselho de Justificação; e serão efetuadas por intermédio da autoridade
Policial-Militar ou, na falta desta, da Policia Judiciária local.
IV – os Oficiais subalternos.
Art. 80. O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de
§3º O Conselho de Justificação funciona sempre com a três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três
totalidade de seus membros, em local que a autoridade testemunhas e requerer a juntada de documentos que
nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para a entender convenientes à sua defesa.
apuração dos fatos.
Art. 81. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à
Art. 78. O Conselho de Justificação dispõe de um prazo de inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em
60(sessenta) dias, a contar da data de sua nomeação, para a número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar.
conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais
15 (quinze) dias para deliberação, confecção e remessa do Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada
relatório conclusivo. disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do
Conselho de Justificação, não serão computadas no número
Art. 79. Reunido o Conselho de Justificação, convocado previsto no caput, sendo desconsiderado seu depoimento.
previamente por seu Presidente, em local, dia e hora
designados com antecedência, presentes o acusado e seu Art. 82. O acusado e seu advogado, querendo, poderão
defensor, o Presidente manda proceder à leitura e a autuação comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo
dos documentos que instruíram e os que constituíram o ato Conselho de Justificação, sendo para tanto intimados,
de nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação ressalvado o caso de revelia.
e o interrogatório do justificante, previamente cientificado Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à sessão
da acusação,sendo o ato reduzido a termo, assinado por secreta de deliberação do Conselho de Justificação.
todos os membros do Conselho, pelo acusado e pelo
defensor, fazendo-se a juntada de todos os documentos por Art. 83. Encerrada a fase de instrução, o oficial acusado será
este acaso oferecidos em defesa. intimado para apresentar, por seu advogado ou defensor
público, no prazo de 15 (quinze) dias, suas razões finais de
§1º Sempre que o acusado não for localizado ou deixar de defesa.
atender à intimação formal para comparecer perante o
Conselho de Justificação serão adotadas as seguintes Art. 84. Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho
providências: de Justificação passa a deliberar sobre o julgamento do caso,
em sessão, facultada a presença do advogado do militar
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com processado, elaborando, ao final, relatório conclusivo.
circulação na respectiva OPM ou OBM;
§1º O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender à do Conselho de Justificação, deve decidir se o oficial
publicação, sendo desnecessária sua intimação para os justificante:
demais atos processuais.
I – é ou não culpado das acusações;
§2º Ao acusado revel será nomeado defensor dativo, por
solicitação do Controlador Geral de Disciplina, para II – está ou não definitivamente inabilitado para o acesso, o
promover a defesa do oficial justificante, sendo o defensor oficial considerado provisoriamente não habilitado no
intimado para acompanhar os atos processuais.(Redação momento da apreciação de seu nome para ingresso em
dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) Quadro de Acesso;
§3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo no III – está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na
estágio em que se encontrar, podendo nomear advogado de situação em que se encontra na inatividade.
sua escolha, em substituição ao defensor público.
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§2º A decisão do Conselho de Justificação será tomada por QAP! Este assunto já caiu em prova!
maioria de votos de seus membros, facultada a justificação,
por escrito, do voto vencido. CESPE – Soldado PMCE 2012 – C ou E
Art. 85. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo O Conselho de Justificação destina-se a apurar as
de encerramento, com a remessa do processo, pelo transgressões disciplinares cometidas pela praça e a
Presidente do Conselho de Justificação, ao Controlador Geral incapacidade desta para permanecer no serviço ativo
de Disciplina.(Redação dada pela Lei nº 14.933, de militar.
8/6/2011) Gabarito: ERRADO.
Art. 86. Recebidos os autos do processo regular do Conselho Comentários: O conselho de Justificação destina-se
de Justificação, o Governador do Estado decidirá se aceita ou SOMENTE para apurar as transgressões praticadas por
não o julgamento constante do relatório conclusivo, OFICIAIS ativos ou da reserva remunerada e tem como
determinando: objetivo verificar se o oficial tem a capacidade moral de
permanecer nos quadros da Corporação a que pertence.
I – o arquivamento do processo, caso procedente a
justificação;
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§6º A instauração de Conselho de Disciplina importa no Conselho de Disciplina serão adotadas as seguintes
afastamento da praça do exercício de qualquer função providências:
policial, para que permaneça à disposição do Conselho.
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com
Art. 89. As autoridades referidas no artigo anterior podem, circulação na respectiva OPM ou OBM;
com base na natureza da falta ou na inconsistência dos fatos
apontados, considerar, desde logo, insuficiente a acusação e, b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender à
em consequência, deixar de instaurar o Conselho de publicação, sendo desnecessária sua intimação para os
Disciplina, sem prejuízo de novas diligências. demais atos processuais.
Art. 90. O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado, §2º Ao acusado revel será nomeado defensor público,
independentemente da existência ou da instauração de indicado pela Defensoria Publica do Estado, por solicitação
inquérito policial comum ou militar, de processo criminal ou do Comandante-Geral da Corporação, para promover a
de sentença criminal transitada em julgado. defesa da praça, sendo o defensor intimado para
acompanhar os atos processuais.
Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do Conselho
surgirem indícios de crime comum ou militar, o presidente §3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo no
deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os, por ofício, à estágio em que se encontrar, podendo nomear advogado de
autoridade competente para início do respectivo inquérito sua escolha, em substituição ao defensor público.
policial ou da ação penal cabível. §4º Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito
Art. 91. Será instaurado apenas um processo quando o ato ou reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da
atos motivadores tenham sido praticados em concurso de acusação e propor diligências para o esclarecimento dos
agentes. fatos. O reconhecimento de firma somente será exigido
quando houver dúvida de autenticidade.
§1º Havendo 2 (dois) ou mais acusados pertencentes a
Corporações Militares diversas, o processo será instaurado §5º Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção,
pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, ou pelo perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas
Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança permitidas no Código de Processo Penal Militar. A
Pública e Sistema Penitenciário. (Redação dada pela Lei autenticação de documentos exigidos em cópias poderá ser
nº 14.933, de 8/6/2011) feita pelo órgão administrativo.
§2º Existindo concurso ou continuidade infracional, deverão §6º As provas a serem colhidas mediante carta precatória
todos os atos censuráveis constituir o libelo acusatório da serão efetuadas por intermédio da autoridade
portaria. policial-militar ou bombeiro-militar, na falta destas, da
Polícia Judiciária local.
§3º Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos de
autoria e materialidade de infração disciplinar conexa, em Art. 94. O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de
continuidade ou em concurso, esta poderá ser aditada, três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três
abrindo-se novos prazos para a defesa. testemunhas e requerer a juntada de documentos que
entender convenientes à sua defesa.
Art. 92. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 45
(quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua nomeação, Art. 95. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à
para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em
de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar.
remessa do relatório conclusivo. Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada
Art. 93. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do
previamente por seu Presidente, em local, dia e hora Conselho de Disciplina, não serão computadas no número
designados com antecedência, presentes o acusado e seu previsto no caput, sendo desconsiderado seu depoimento.
defensor, o Presidente manda proceder a leitura e a autuação Art. 96. O acusado e seu advogado, querendo, poderão
dos documentos que instruíram e os que constituíram o ato comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo
de nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação Conselho de Disciplina, sendo para tanto intimados,
e o interrogatório da praça, previamente cientificada da ressalvado o caso de revelia.
acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos
os membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor, Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à sessão
fazendo-se a juntada de todos os documentos por este acaso secreta de deliberação do Conselho de Disciplina.
oferecidos em defesa.
Art. 97. Encerrada a fase de instrução, a praça acusada será
§1º Sempre que a praça acusada não for localizada ou deixar intimada para apresentar, por seu advogado ou defensor
de atender à intimação formal para comparecer perante o
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público, no prazo de 8 (oito) dias, suas razões finais de para estas se efetivarem, da data da publicação no Boletim da
defesa. Corporação.
Art. 98. Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho Art. 101. Cabe à autoridade que instaurou o processo regular,
de Disciplina passa a deliberar sobre o julgamento do caso, em última instância, julgar o recurso interposto contra a
em sessão, facultada a presença do advogado do militar decisão proferida no processo do Conselho de Disciplina, no
processado, elaborando, ao final, o relatório conclusivo. prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento
do processo com o recurso.
§1º O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça acusada: Art. 102. A decisão do Secretário de Segurança Pública e
Defesa Social e do Controlador Geral de Disciplina, proferida
I – é ou não culpada das acusações; em única instância, caberá revisão processual ao Governador
II – está ou não incapacitada de permanecer na ativa ou na do Estado, e nos demais casos ao Controlador Geral de
situação em que se encontra na inatividade. Disciplina, desde que contenha fatos novos, será publicada
em boletim, e o não atendimento desta descrição ensejará o
§2º A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por indeferimento liminar. (Redação dada pela Lei nº 14.933,de
maioria de votos de seus membros, facultada a justificação, 8/6/2011).
por escrito, do voto vencido.
O Conselho de Disciplina destina-se a apurar a
Art. 99. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo responsabilidade da praça que tenha 10 (dez) anos ou mais
de encerramento, com a remessa do processo, pelo de serviço. Quando a praça é subtida ao Conselho de
presidente do Conselho de Disciplina, à autoridade Disciplina, geralmente é para decidir se ela permanece ou
competente para proferir a decisão, a qual dentro do prazo não na Corporação.
de 20 dias, decidirá se aceita ou não o julgamento constante
do relatório conclusivo, determinando: QAP! Este assunto já caiu em prova!
III – a adoção das providências necessárias à efetivação da Comentários: O Conselho de Disciplina é para PRAÇAS com
reforma administrativa disciplinar ou da demissão ou da 10 ano ou mais de serviço.
expulsão;
- O Conselho de Disciplina dispõe do prazo de quarenta e
IV – a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar do cinco dias, a contar da data de sua nomeação, para a
Estado, caso a acusação julgada administrativamente conclusão dos trabalhos relativos ao processo, e de mais
procedente seja também, em tese, crime. quinze dias para deliberação, confecção e remessa do
relatório conclusivo.
§1º A decisão proferida no processo deve ser publicado
Gabarito: CERTO.
oficialmente no Boletim da Corporação e transcrita nos
assentamentos da Praça. Comentários: o aluno deve se atentar aos prazos de cada
processo regular. Esta questão é de acordo com o exposto
§2º A reforma administrativa disciplinar da Praça é efetivada
no Código de Disciplina.
no grau hierárquico que possui na ativa, comproventos
proporcionais ao tempo de serviço.
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CAPÍTULO XIV
Disposições Finais
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LEI COMPLEMENTAR Nº 98, DE 13/6/2011 Art. 2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina
serão executados por meio de atividades preventivas,
Dispõe sobre a criação da Controladoria Geral educativas, de auditorias administrativas, inspeções in loco,
de Disciplina dos órgãos de segurança pública correições, sindicâncias, processos administrativos
e sistema penitenciário, acrescenta disciplinares civis e militares em que deverá ser assegurado
dispositivo à Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro
o direito de ampla defesa, visando sempre à melhoria e o
de 2007 e dá outras providências.
aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e eficácia dos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ serviços prestados à população, o respeito ao cidadão, às
normas e regulamentos, aos direitos humanos, ao combate a
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu desvios de condutas e à corrupção dos servidores abrangidos
sanciono a seguinte: por esta Lei Complementar.
Art. 1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta do
Novamente a lei reforça os objetivos da CGD e expressa as
Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral de atividades pelas quais a CGD realizará seu trabalho. Tal
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema trabalho será realizado por meio de atividades preventivas
Penitenciário do Estado do Ceará, com autonomia (atua antes do acontecimento do fato), educativas (atua
administrativa e financeira, com a competência para realizar, para conscientizar o profissional a não cometer desvios ou
requisitar e avocar sindicâncias e processos administrativos abusos), sindicâncias, processos administrativos civis e
para apurar a responsabilidade disciplinar dos servidores militares (são procedimentos para apuração da
integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, responsabilidade disciplinar tanto para a polícia civil,
policiais militares, bombeiros militares e agentes militar, bombeiros e policiais penais).
penitenciários, visando o incremento da transparência da
gestão governamental, o combate à corrupção e ao abuso no
exercício da atividade policial ou de segurança penitenciaria,
buscando uma maior eficiência dos serviços policiais e de Art. 3º São atribuições institucionais da Controladoria Geral
segurança penitenciária, prestados à sociedade. de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário do Estado do Ceará:
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina poderá
avocar qualquer processo administrativo disciplinar ou I – Exercer as funções de orientação, controle,
sindicância, ainda em andamento, passando a conduzi-los a acompanhamento, investigação, auditoria, processamento e
partir da fase em que se encontram. punição disciplinares das atividades desenvolvidas pelos
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agentes
Segurança Pública e Sistema Penitenciário (doravante CGD) penitenciários, sem prejuízo das atribuições institucionais
é órgão responsável pela manutenção e fiscalização da destes órgãos, previstas em lei;
disciplina tanto nas Corporações Militares do Estado,
quanto na Polícia Civil, como também no Sistema II – Aplicar e acompanhar o cumprimento de punições
Penitenciário, além da PEFOCE. disciplinares;
O aluno precisa saber que ela possui autonomia III – Realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias
(independência) administrativa e financeira, podendo administrativas, visando à verificação da regularidade e
realizar por vontade própria, requisitar (solicitar) e avocar eficácia dos serviços, e a proposição de medidas, bem como
(trazer para si) sindicâncias e processos administrativos a sugestão de providências necessárias ao seu
para que ela (CGD) apure a responsabilidade aprimoramento;
administrativo-disciplinar (mesmo que já estejam em
andamento, quando ela conduz a partir da fase em que o IV – Instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou por
processo se encontra) dos membros das instituições acima determinação do Governador do Estado, os processos
citadas. Ela tem o objetivo de tornar transparente a gestão administrativos disciplinares, civis ou militares para
governamental quanto à disciplina dos servidores sujeitos apuração de responsabilidades;
à CGD, combater a corrupção e o abuso desses servidores.
V – Requisitar a instauração e acompanhar as sindicâncias
QAP! Este assunto já caiu em prova! para a apuração de fatos ou transgressões disciplinares
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E praticadas por servidores integrantes do grupo de atividade
de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares,
É possível afirmar que, entre outros, os objetivos da servidores da Perícia Forense, e agentes penitenciários;
Controladoria Geral de Disciplina são o combate à
corrupção e o incentivo da transparência da Gestão VI – Avocar quaisquer processos administrativos
Governamental. disciplinares, sindicâncias civis e militares, para serem
apurados e processados pela Controladoria Geral de
Gabarito: CERTO. Disciplina;
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VII – Requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria de §2º O descumprimento do disposto no parágrafo anterior
Segurança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de ensejará a apuração da responsabilidade do infrator e, em
Justiça e Cidadania toda e qualquer informação ou sendo o caso de improbidade administrativa, comunicação
documentação necessária ao desempenho de suas atividades ao Ministério Público.
de orientação, controle, acompanhamento, investigação,
auditoria, processamento e punição disciplinares; §3º Quando se tratar de documentos de caráter sigiloso,
reservado ou confidencial, será anunciado com estas
VIII – Criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter classificações, devendo ser rigorosamente observadas as
transitório, para atuar em projetos e programas específicos, normas legais, sob pena de responsabilidade de quem os
podendo contar com a participação de outros órgãos e violar.
entidades da Administração Pública Estadual, Federal e
Municipal; (Nova redação dada pela Lei Complementar nº Este artigo apresenta as atribuições da CGD, expressando
104, de 6/12/2011) todas as prerrogativas inerentes a ela. Este assunto é muito
provável de ser cobrado em provas.
IX – Acessar diretamente quaisquer bancos de dados
funcionais dos integrantes da Secretaria da Segurança QAP! Este assunto já caiu em prova!
Pública e Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania;
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
X – Encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado
cópia dos procedimentos e/ou processos cuja conduta
- A Controladoria Geral de Disciplina não poderá
apurada, também constitua ou apresente indícios de ilícitos avocar processo administrativo disciplinar ou
penais e/ou improbidade administrativa, e a Procuradoria sindicância que esteja em andamento.
Geral do Estado todos que recomendem medida judicial e/
ou ressarcimento ao erário; Gabarito: ERRADO.
XI – receber sugestões, reclamações, representações e Comentários: A CGD pode avocar, ou seja, tomar
denúncias, em desfavor dos servidores integrantes do grupo para si, qualquer processo administrativo, mesmo
de atividade de polícia judiciária, policiais militares,
que esteja em andamento, passando a conduzi-lo
bombeiros militares, servidores da Perícia Forense, e
agentes penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos a partir da fase em que se encontra.
fatos e a responsabilização dos seus autores;
- A Controladoria Geral Disciplinar tem acesso a
XII – ter acesso a qualquer banco de dados de caráter público qualquer banco de dados de caráter público no
no âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como aos âmbito do Poder Executivo Estadual, bem como
locais que guardem pertinência com suas atribuições;
aos locais que guardem pertinência com suas
XIII – manter contato constante com os vários órgãos do atribuições.
Estado, estimulando-os a atuar em permanente sintonia com
as atribuições da Controladoria Geral de Disciplina e apoiar Gabarito: CERTO
os órgãos de controle externo no exercício de suas missões
institucionais, inclusive firmando convênios e parcerias;
XVI – expedir recomendações e provimentos de caráter Art. 5º São atribuições do Controlador Geral de Disciplina:
correicional.
I – o controle, o acompanhamento, a investigação, a auditoria,
§1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria o processamento e a punição disciplinar das atividades
Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito do Poder desenvolvidas pelos policiais civis, policiais militares,
Executivo, documentos públicos necessários à elucidação e/ bombeiros militares e agentes penitenciários;
ou constatação de fatos objeto de apuração ou investigação,
II – dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e estabelecer
sendo assinalados prazos não inferiores a 5 (cinco) dias para
as políticas, as diretrizes e as normas de organização interna,
a prestação de informações, requisição de documentos
bem como as atividades desenvolvidas pelo Órgão;
públicos e realização de diligências.
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III – assessorar o Governador do Estado nos assuntos de sua Governador do Estado, além das atribuições previstas nos
competência, elaborando pareceres e estudos ou pro- pondo arts. 82 e 84 da Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
normas, medidas e diretrizes, inclusive medidas de caráter
administrativo/disciplinar; XVII – constituir comissões formadas por um militar e um
servidor civil estável para apurarem, em sede de sindicância,
IV – fixar a interpretação dos atos normativos disciplina- res fatos que envolvam, nas mesmas circunstâncias, servidores
de sua competência, editando recomendações a serem civis e militares estaduais; (Redação dada pela Lei
uniformemente seguidas pelos Órgãos e entidades Complementar nº 104, de 6/12/2011)
subordinados à Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania; XVIII – delegar a apuração de transgressões disciplinares.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de
V – unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar de 6/12/2011).
sua competência, garantindo a correta aplicação das leis,
prevenindo e dirimindo as eventuais controvérsias entre os Estes dois artigos (4º e 5º) tratam do cargo de Controlador
órgãos subordinados à Secretaria da Segurança Pública e Geral (que é o chefe desse órgão) e suas atribuições (seus
poderes). Este assunto tem grande probabilidade de ser
Defesa Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania;
cobrado nesse concurso que está por vir. Perceba que o
VI – editar enunciados de súmula administrativa/disciplinar Controlador não pode integrar nenhum órgão submetido à
de sua competência, resultantes de jurisprudência iterativa CGD. Ele deve ser bacharel em Direito e é escolhido pelo
dos Tribunais e das manifestações da Procuradoria Geral do Governador do Estado passando a ocupar um cargo em
Estado; comissão que pode ser nomeado e exonerado livremente
pelo Chefe do poder Executivo.
VII – dispor sobre o Regimento Interno da Controladoria
Geral de Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do
Poder Executivo;
Art. 6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral Adjunto de
VIII – processar as sindicâncias e processos administrativos Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação e
disciplinares civis e militares avocados pela Controladoria exoneração pelo Governador do Estado, escolhido dentre
Geral de Disciplina e aplicar quaisquer penalidades, salvo as Bacharéis em Direito, de reputação ilibada, sendo o
de demissão; substituto do Controlador Geral em suas ausências e
IX – ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de impedimentos, com atribuições previstas na forma dos arts.
processos administrativos disciplinares de sua competência, 83 e 84 da Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
ressalvadas as proferidas pelo Governador do Estado;
QAP! Este assunto já caiu em prova!
X – convocar quaisquer servidores públicos estaduais para
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
prestarem informações e esclarecimentos, no exercício de
sua competência, configurando infração disciplinar o não O Cargo de Controlador Geral Adjunto de Disciplina é de
comparecimento; provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração
pelo Presidente da República.
XI – requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o
desempenho das atividades da Controladoria Geral de Gabarito: ERRADO.
Disciplina sendo-lhes assegurados todos os direitos e
Comentários: questão bastante fácil para quem leu a letra
vantagens a que fazem jus no órgão ou entidade de origem,
da lei. Sabemos que como a CGD é um órgão estadual, logo
inclusive a promoção;
só poderá estar subordinada ao Governador. Portanto, é o
XII – representar pela instauração de inquérito policial civil Governador do Estado quem nomeia e exonera o
ou militar visando a apuração de ilícitos, acompanhando a Controlador Geral e o Controlador Geral Adjunto (adjunto
documentação que dispuser; significa uma espécie de “vice”)
Gabarito: CERTO Art. 13. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador-
Geral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanente de
Disciplina, compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam
Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
Art. 11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de Armadas, dos quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre
Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) membros, o mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará como
que serão indicados mediante ato do Controlador-Geral de interrogante e o último como relator e escrivão. (Nova
Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre redação dada pela Lei nº 104, de 6/12/2011)
Delegados de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo: Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos praticados por
I – Um presidente; policiais militares e bombeiros militares estaduais revelar
conexão, sobretudo envolvendo praças estáveis e não
II – Um secretário; estáveis, a competência para apuração será do Conselho de
Disciplina previsto no caput deste artigo.
III – um membro.
Art. 14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral de
§1º Os relatórios finais dos processos administrativos Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral de Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo Tático de
Disciplina, antes do envio para publicação ou, se for o caso, Atividade Correicional – GTAC, com as seguintes
do envio ao Governador do Estado, para decisão que seja de competências:
competência legal; podendo este determinar quaisquer
outras providências que se fizerem necessárias à I – realizar atividades de fiscalização operacional, bem como
regularidade do processo e decisão. outras necessárias investigações;
§2º Nos processos administrativos disciplinares em que a II – realizar correições preventivas e repressivas, por meio
pena seja a de demissão, após decididos pelo Controlador- de inspeções em instalações, viaturas e unidades;
Geral de Disciplina e, antes do envio ao Governador do
Estado, deverá ser encaminhado para a Procuradoria Geral III – apurar condutas atribuídas a servidores civis, militares
do Estado, com o fito de atestar a regularidade do e bombeiros militares estaduais de que trata esta Lei
procedimento. (Nova redação dada pela Lei Complementar Complementar, inclusive, a observância dos aspectos
nº 104, de 6/12/2011) relativos a jornada de trabalho, área de atuação,
apresentação pessoal, postura e compostura, bem como a
legalidade de suas ações;
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V – exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo Art. 16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao
Controlador Geral. Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Segurança
Pública e Defesa Social e aos Comandantes Gerais da Polícia
QAP! Este assunto já caiu em prova! Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, respectivamente, a
informação do oficial ou da praça a ser submetido a Conselho
AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E de Justificação e de Disciplina, acompanhada da
documentação necessária.
Faz parte das atribuições do Grupo Tático de Atividade
Convencional – GTAC realizar correições preventivas e Art. 17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao
repressivas, por meio de inspeções em instalações, viaturas Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Segurança
e unidades. Pública e Defesa Social e quando for o caso, ao Delegado Geral
Gabarito: ERRADO. da Polícia Civil, ao Perito Geral da Perícia Forense do Estado
do Ceará e ao Diretor da Academia Estadual de Segurança
Comentários: esta questão foi questão polêmica pelo fato Pública, respectivamente, a informação do servidor a ser
do erro encontrar-se na palavra “convencional”, pois submetido a sindicância ou a processo administrativo
acreditou-se que o erro seria de digitação (na hora de disciplinar, acompanhada da documentação necessária.
elaborar a prova quando digitaram correicional, o corretor
automático mudou para convencional), por isso muito Art. 18. Compete ao Governador do Estado e ao Controlador-
marcaram como certa a questão (inclusive eu), no entanto Geral, sem prejuízo das demais autoridades legalmente
a banca não anulou a questão, apenas mudando o seu competentes, afastar preventivamente das funções os
gabarito para ERRADA pois quis dizer que escreveram a servidores integrantes do grupo de atividade de polícia
palavra convencional com intenção. Logo o erro está na judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agentes
palavra “convencional” que trocaram por “correicional”. penitenciários que estejam submetidos à sindicância ou
processo administrativo disciplinar, por prática de ato
incompatível com a função pública, no caso de clamor
público ou quando necessário à garantia da ordem pública, à
Art. 15. Os policiais civis, militares e bombeiros militares instrução regular da sindicância ou do processo
estaduais e outros servidores que desempenhem suas administrativo disciplinar e à viabilização da correta
atividades na Controladora Geral de Disciplina, inclusive os aplicação de sanção disciplinar.
presidentes, membros e secretários das Comissões Civis
Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de Justificação, §1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é ato
terão seu desempenho e produtividade avaliados discricionário, atendendo à sugestão fundamentada do
mensalmente e consolidado anualmente, com base nos Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e do
seguintes critérios sem prejuízo de outros estabelecidos em Secretário de Justiça e Cidadania, do Controlador Geral
regulamento: Adjunto, dos Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e
dos Presidentes de Comissão.
I – assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtividade;
§2º O afastamento das funções implicará na suspensão do
II – correção formal e jurídica dos processos administrativos pagamento das vantagens financeiras de natureza eventual,
e sindicâncias; e das prerrogativas funcionais dos servidores integrantes do
grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares,
III – cumprimento dos prazos processuais administrativos;
bombeiros militares e agentes penitenciários, podendo
IV – cumprimento dos planos de metas e das tarefas perdurar a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias,
determinadas pelo Controlador Geral. prorrogável uma única vez, por igual período.
Comentários: a avaliação de desempenho é realizada §4º Os processos administrativos disciplinares em que haja
MENSALMENTE e consolidada anualmente. suspensão tramitarão em regime de prioridade nas
respectivas Comissões e Conselhos.
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11
Art. 22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de Direção Art. 27. Os servidores estaduais designados para servirem na
e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete) símbolo DNS-2, Controladoria Geral de Disciplina deverão ter, no mínimo, os
23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13 (treze) símbolo DAS-1, 1 seguintes requisitos:
(um) símbolo DAS-2 e 2 (dois) símbolo DAS-3.
I – ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em
Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput deste Administração ou Gestão Pública;
artigo serão consolidados por Decreto no quadro de Cargos
de Direção e Assessoramento Superior da Administração II – se militar ou policial civil, possuir, preferencialmente, no
Direta e Indireta. mínimo 3 (três) anos de serviço operacional prestado na
respectiva Instituição;
Art. 23. Fica autorizada a instituição de estágio acadêmico no
âmbito da Controladoria Geral de Disciplina para estudantes III – não estar respondendo a qualquer processo
do curso de graduação em Direito, Administração, Gestão administrativo disciplinar, Conselho de Justificação ou de
Pública, Sociologia, Psicologia, Informática, dentre outros, Disciplina;
conforme decreto regulamentador. IV – possuir conduta ilibada;
Art. 24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos, V – não estar denunciado ou respondendo a qualquer
vinculada administrativamente à Superintendência da processo criminal;
Polícia Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral de
Disciplina, cujas competências serão definidas em Decreto. VI – não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos, com
pena de custódia disciplinar ou suspensão superior a 30
Parágrafo único. Os integrantes do Grupo Ocupacional (trinta) dias.
Atividade Polícia Judiciária, lotados e em exercício na
Delegacia de Assuntos Internos, prevista no caput deste QAP! Este assunto já caiu em prova!
artigo, gozarão de todas as prerrogativas e atribuições
previstas em Lei. AOCP – Soldado PMCE 2016 – C ou E
Art. 25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma do art. O servidor estadual designado para servir na Controladoria
8° desta Lei, poderá constituir de acordo com a necessidade Geral de Disciplina deve ser, preferencialmente, Bacharel
de cobertura e expansão, unidades avançadas, temporárias em Direito, Administração ou Gestão Pública.
ou permanentes, para atender demandas ordinárias ou Gabarito: CERTO
excepcionais, sem prejuízo das ações de fiscalização e
correições disciplinares realizadas por meio do GTAC.
§1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Art. 28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o
Defesa Social somente será desativada após a entrega e recebimento do processo proferirá a sua decisão.
transferência de todos os feitos, em tramitação e os já
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da sua
arquivados, para a Controladoria Geral de Disciplina.
competência, o processo será encaminhado ao Governador
§2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e Processos do Estado.
Administrativos Disciplinares em trâmite nas corporações
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções,
militares, na Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS, e na
o julgamento caberá à autoridade competente para a
Procuradoria Geral do Estado deverão continuar até sua
imposição da pena mais grave.
conclusão, oportunidade em que, juntamente com os já
arquivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser enviados §3º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, o
para a Controladoria Geral de Disciplina para as providencias Controlador-Geral de Disciplina determinará o seu
que couber, salvo os avocados pela Controladoria Geral de arquivamento, salvo se flagrantemente contrária às provas
Disciplina. (Nova redação dada pela Lei Complementar nº dos autos.
104, de 6/12/11)
§4º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
§3º Fica autorizada a transferência para a Controladoria quando contrário às provas dos autos.
Geral de Disciplina, dos bens patrimoniais, móveis,
equipamentos, instalações, arquivos, projetos, documentos e §5º Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos
serviços existentes na Corregedoria Geral, integrante da autos, o Controlador-Geral de Disciplina poderá, determinar
estrutura organizacional da Secretaria de Segurança Pública diligências ou outras providências necessárias a adequada
e Defesa Social. instrução, sem possibilidade de recurso, poderá ainda,
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
ou isentar o servidor de responsabilidade.
Gabarito: CERTO
Prof. SD De Sousa
@michel_simplicio11