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Noções de Direito Penal Militar:
Dos crimes militares em tempo de paz: Dos
crimes contra a autoridade ou disciplina militar.
Dos crimes contra o serviço e o dever militar.
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INTRODUÇÃO
AO DIREITO
MILITAR
(arts. 1º a 28, CPM/69)
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Histórico: O Direito Militar adquiriu importância com
a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808,
a partir do primeiro tribunal da nação, o Conselho Militar
e de Justiça, que se transformaria no Superior Tribunal
Militar – STM, atualmente com sede em Brasília, cuja
jurisdição atinge todo o território nacional. De acordo
com a constituição, o STM é considerado um Tribunal
Superior, mas na prática funciona como um tribunal de
segundo grau, já que não existe na estrutura judiciária
nacional um Tribunal Regional Militar.
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Histórico: Muitos defendem a extinção da justiça militar,
por considerarem sua simples existência um privilégio, já
que em várias ocasiões esta prevê julgamento em
separado para militares que cometeram a mesma infração
do civil. Já os seus defensores entendem que o direito
militar visa proteger não apenas os militares em si, mas
sim as instituições militares, estaduais, do Distrito Federal
ou da união. Na área penal, inclusive, as penas são em
grande parte mais rígidas que aquelas que se encontram
estabelecidas no vigente Código Penal Brasileiro.
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O Código Penal Militar: O Decreto-Lei nº 1001/69
de 21 de outubro de 1969 foi estruturado em três
livros distintos: i) parte geral; ii) parte especial:
dos crimes militares em tempo de paz; iii) dos
crimes militares em tempo de guerra. Desde o
início de sua vigência foi alterado apenas 5 vezes
(1978, 1996, 1998, 2011 e 2012) não possuindo, até
o momento, revogação expressa de nenhum
dispositivo. Possui duas ADIn (2004) e uma ADPF
(2013)1. Desde 2015 o STM prepara uma série de
propostas para atualização do CPM e do CPPM.
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Conceito: Ramo especializado do Direito Penal
que estabelece as regras jurídicas vinculadas à
proteção da instituições militares e ao
cumprimento de sua destinação constitucional.
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Conceito (Art. 22, CPM/69): É considerada
MILITAR, para efeito da aplicação do CPM,
qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra,
seja incorporada às forças armadas, para nelas servir
em posto (oficial), graduação (praça), ou sujeição à
disciplina militar (assemelhado).
Quem são?
Art. 142 CF/88 – Forças Armadas (Marinha, Exército e
Aeronáutica).
Art. 42 CF/88 – Membros das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares.
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TERMINOLOGIA – SEGUNDO EB, PM E CBM
•SUBALTERNOS (TENENTES)
•INTERMEDIÁRIOS (CAPITÃO)
OFICIAIS - POSTOS
(comando, chefia e coordenação) •SUPERIORES (MAJOR, TENENTE-
CORONEL E CORONEL)
•GENERAIS (Não existem na PM e CBM)
•ESPECIAIS (CADETES E ASPIRANTES)
PRAÇAS - GRADUAÇÃO
(execução) •ORDINÁRIAS (SOLDADO, CABO,
SARGENTOS E SUB-TENENTE)
•ATIVA (art. 22, CPM).
•RESERVA REMUNERADA (Sujeitos ao
CPM desde que empregados na administração
militar por força do art.12, CPM).
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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
Art. 1º, CPM/69. Reserva Legal: União. Taxatividade: lei penal
Legalidade
deve ser certa, vedando-se a analogia para criar tipos penais ou para
(4X1) agravar situações.
Intervenção mínima Interferência do DPM somente nos casos onde nenhum outro ramo
(ou da ultima ratio ou da direito puder ser aplicado e quando identificados os bens jurídicos
subsidiariedade) protegidos pelo CPM/69.
STM defende que não deve ser aplicado nos crimes militares, em
face da especialidade do CPM. STF defende que se aplica em caso
concreto, exemplificando o art. 290, CPM (porte de pequena
Insignificância (bagatela) quantidade de droga para consumo pessoal em local sujeito à
administração militar), cuja análise diverge da 1ª (discorda do
princípio) para a 2ª Turma (concorda com o princípio).
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APLICAÇÃO
DA LEI PENAL
MILITAR
(arts. 1º a 28, CPM/69)
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Artigos 1º a 28 do CPM/69;
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Art. 2º – Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude
dela, a própria vigência de sentença condenatória
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENIGNA e
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS SEVERA.
§ 1º - A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se
retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória
irrecorrível.
APURAÇÃO DA MAIOR BENIGNIDADE DA LEI PENAL.
§ 2º - Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior
devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas
aplicáveis ao fato.
Lei Penal Militar no Tempo:
Figura das modificações de texto legal previstas no direito: novatio
legis (in mellius e in pejus), lex mitior, lex gravior e abolitio criminis.
Caput possui a mesma redação (e aplicação) do art. 2º do CP e o §1º
igual ao parágrafo único do mesmo artigo.
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Art. 3º – As medidas de segurança regem-se pela lei vigente
ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a
lei vigente ao tempo da execução.
Revogado tacitamente. Lei benéfica sempre retroage. Medida de
segurança é parte integrante da “lei penal”, embora no CPM/69
possa ser aplicada ao imputável.
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Art. 5º – Considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o do resultado.
Tempo do crime: Teoria da Atividade.
Mesma redação e aplicação do art. 4º do CP.
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Art. 6º – Considera-se praticado o fato, no lugar
em que se desenvolveu a atividade criminosa, no
todo ou em parte, e ainda que sob forma de
participação, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado. Nos crimes
omissivos, o fato considera-se praticado no lugar
em que deveria realizar-se a ação omitida.
Lugar do Crime. O CPM/69 adota duas teorias:
Ubiquidade (ou mista) para condutas comissivas
(consumadas ou tentadas) = jurisdição / circunscrição do
momento do “toque” no território nacional.
Atividade para condutas omissivas.
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Art. 7º – Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido, no todo ou em parte, no território
nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente
esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça
estrangeira.
› No Direito Penal Comum a territorialidade é regra
(art. 5º do CP). A extraterritorialidade é exceção (art.
7º do CP). No Direito Penal Militar ambas são regras.
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Art. 7º - Caput.
• Território nacional por extensão
• § 1º - Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do
território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se
encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados
por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade
privada.
• Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros
• § 2º - É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo
de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à
administração militar, e o crime atente contra as instituições militares.
• Conceito de navio
• § 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda
embarcação sob comando militar.
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Pena cumprida no estrangeiro.
Art. 8º – Cumprimento de pena no exterior atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.
› Mesma redação e aplicação do art. 8º do CP.
› Conforme Paulo Tadeu Rosa, caso o militar brasileiro seja julgado
no exterior e condenado, a pena que for cumprida no estrangeiro
será descontada da pena que tiver que ser cumprida no Brasil. Se
a pena for diversa o quantum a ser cumprido no Brasil será
atenuado, mas se a pena for idêntica será computada para todos
os efeitos legais, inclusive para a concessão dos benefícios
previstos na legislação, como por exemplo, o livramento
condicional, ou mesmo a concessão de indulto, quando este
benefício exige que parte da pena tenha sido cumprida pelo
interessado, ou seja, o reeducando.
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Militares estrangeiros
Art. 11 – Os militares estrangeiros, quando em comissão ou
estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar
brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções
internacionais.
› A cooperação entre os países é uma realidade tanto no âmbito das relações
comerciais, como também nas questões de segurança pública e nacional, o que
em muitos casos leva inclusive a formação de Organismos Internacionais de
Natureza Militar, como ocorre, por exemplo, com a OTAN, Organização do
Tratado do Atlântico Norte. Desta forma, se um militar estrangeiro se encontrar
em comissão ou mesmo em estágio nas Forças Armadas Brasileiras ficará a
princípio sujeito ao Código Penal Militar Brasileiro, ou seja, será processado e
julgado perante a Justiça Militar da União, ou se estiver em estágio nas Forças
Militares Estaduais de Segurança Pública poderá, em teoria, ser processado e
julgado perante a Justiça Militar Estadual, a não ser que o país de origem tenha
feito alguma ressalva com base em tratado internacional celebrado com o Brasil.
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Militar equiparado ao da ativa.
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Militares R/R ou REF.
Art. 13 – O militar da reserva, ou reformado, conserva as
responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação,
para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando
pratica ou contra ele é praticado crime militar.
› Via de regra, o militar R/R ou REF será tratado como
civil quando sujeito ativo do crime militar, porém,
quando sujeito passivo, deverá SEMPRE ser observado o
posto ou a graduação do mesmo (com exceção dos casos
previstos no art. 47, I e II do CPM/69).
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Art. 14 – O defeito do ato de incorporação não exclui a
aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou
conhecido antes da prática do crime.
› Ex.: Artigo aplicável especificamente nas Forças Armadas, diretamente
relacionado à prática do crime de Insubmissão (art.183, CPM/69). São
apenas 3 os defeitos admitidos doutrinariamente: arrimo de família,
inaptidão médica ou antecedentes criminais positivos.
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Art. 10 – Crimes militares em TEMPO DE GUERRA:
I – os especialmente previstos no CPM/69 para o tempo de
guerra (Arts. 355 a 408, do CPM/69);
II – os crimes militares previstos para o tempo de paz;
III – os crimes previstos no CPM/69, embora também o sejam com
igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados,
quaisquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a
preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer
outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem
expô-la a perigo;
IV – os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não
previstos no CPM, quando praticados em zona de efetivas operações
militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado.
› Em resumo, pode-se afirmar que TODOS os crimes
permanecerão válidos em tempo de guerra.
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Situações aplicáveis em tempo de guerra:
• Art. 15 – O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar,
começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o
decreto de mobilização se nêle (sic) estiver compreendido aquêle (sic)
reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades.
Início e término do “tempo de guerra”.
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Situações aplicáveis em tempo de guerra:
• Art. 20 – Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo
disposição especial, aplicam-se as penas cominadas para o tempo
de paz, com o aumento de um têrço.
Aumento da pena em 1/3 para os crimes militares previstos como
crimes em tempo de paz praticados em tempo de guerra.
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Art. 17 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados
por lei penal militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os
efeitos penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da
sentença.
› Com exceção da referência ao salário mínimo, a redação deste artigo é similar à
do art. 12 do CP.
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Art. 21 – Considera-se ASSEMELHADO o servidor, efetivo ou
não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em
virtude de lei ou regulamento.
› Não existem mais. Eram funcionários civis (efetivos ou não) dos
Ministérios Militares (Marinha, Exército e Aeronáutica) extintos em
1998, ainda no governo FHC, quando da criação do Ministério da
Defesa.
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Art. 22 – Militar da ativa.
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Art. 24 – O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre
outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito
da aplicação da lei penal militar.
› São duas as hipóteses na Lei Penal Militar: superior hierárquico e
superior funcional (antiguidade no posto ou na graduação).
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Art. 27 - Quando o CPM/69 se refere a funcionários,
compreende, para efeito da sua aplicação, os juízes, os
representantes do Ministério Público, os funcionários e
auxiliares da Justiça Militar.
› Sem exceções. Todos os envolvidos na administração da justiça
militar estão incluídos no conceito de funcionário.
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VISÃO GERAL
DO CRIME
MILITAR
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Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
• I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso
na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente,
salvo disposição especial;
• II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual
definição na lei penal comum, quando praticados...
• III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por
civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos...
• Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra
a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum,
salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na forma do
art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de
Aeronáutica (Redação dada pela Lei nº 12.432, de 2011).
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Para a classificação dos crimes militares em tempo de paz existem hoje
diversas teorias, pelo que podemos destacar as teorias clássica (Célio Lobão e
Jorge César de Assis), topográfica (Paulo Tadeu Rodrigues Rosa aliado a
Fernando Capez e Celso Delmanto), processual (Jorge Alberto Romeiro,
Cícero Robson Coimbra Neves e Marcelo Streifinger) e tricotômica. Adotamos
neste material a teoria tricotômica proposta por Ione de Souza Cruz e Cláudio
Amin Miguel (Elementos de Direito Penal Militar, 2011, p. 23 e 24):
› Crimes propriamente / essencialmente militares: Art. 5º, LXI. Não existe
descrição exata. Entende-se serem os crimes que só podem ser praticados
por militares;
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INCISO II
ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO
Militar da ativa (art. 22 CPM/69),
Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da
da reserva ou reformado
a) reserva ou reformado empregado na -
empregado na administração
administração militar (art. 12 CPM/69)
militar (art. 12 CPM/69)
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CRITÉRIOS LEGAIS DETERMINANTES DO CRIME MILITAR NO BRASIL
Em razão da lei: é crime militar todo aquele
1. RATIONE LEGIS
elencado no CPM/69.
Em razão da pessoa: é crime militar aquele cujo
2. RATIONE PERSONAE
sujeito ativo é militar.
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FATO TÍPICO
NEXO DE
CONDUTA RESULTADO TIPICIDADE
CAUSALIDADE
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Vinculado à competência
Se o bem jurídico Repelir injusta agressão, territorial e material para a Ações do cidadão comum
sacrificado for inferior ao atual ou iminente, contra si ação. O militar (agente autorizadas pela existência
protegido, teremos mesmo ou terceiro, usando público) em serviço, estará de um direito. Ex.:
excludente de moderadamente dos acobertado por essa Esportes, Intervenções
antijuridicidade. meios. excludente. Observar os Cirúrgicas, etc...
meios moderados.
Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das
situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos
de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há
consenso.
Tomar para si ou
Apatia diante da Pavor Ausência de ações
Entregar-se ao para outrem,
calamidade ou do generalizado que concatenadas com Art. 149, CPM/69
inimigo. objetos, por meio
perigo leva à inação. o fim comum.
de violência.
68
ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)
Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa
meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de
perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição,
a revolta e o saque.
Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das
situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos
de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há
consenso.
Tomar para si ou
Apatia diante da Pavor Ausência de ações
Entregar-se ao para outrem,
calamidade ou do generalizado que concatenadas com Art. 149, CPM/69
inimigo. objetos, por meio
perigo leva à inação. o fim comum.
de violência.
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ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)
Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa
meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de
perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição,
a revolta e o saque.
Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das
situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos
de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há
consenso.
Tomar para si ou
Apatia diante da Pavor Ausência de ações
Entregar-se ao para outrem,
calamidade ou do generalizado que concatenadas com Art. 149, CPM/69
inimigo. objetos, por meio
perigo leva à inação. o fim comum.
de violência.
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ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)
Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa
meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de
perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição,
a revolta e o saque.
Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das
situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos
de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há
consenso.
Tomar para si ou
Apatia diante da Pavor Ausência de ações
Entregar-se ao para outrem,
calamidade ou do generalizado que concatenadas com Art. 149, CPM/69
inimigo. objetos, por meio
perigo leva à inação. o fim comum.
de violência.
71
CULPÁVEL
EXCLUDENTES
POTENCIAL
EXIGIBILIDADE DE
IMPUTABILIDADE CONSCIÊNCIA DA
CONDUTA DIVERSA
ILICITUDE
72
CULPÁVEL
EXCLUDENTES
POTENCIAL
EXIGIBILIDADE DE
IMPUTABILIDADE CONSCIÊNCIA DA
CONDUTA DIVERSA
ILICITUDE
73
CULPÁVEL
EXCLUDENTES
POTENCIAL
EXIGIBILIDADE DE
IMPUTABILIDADE CONSCIÊNCIA DA
CONDUTA DIVERSA
ILICITUDE
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CULPÁVEL
EXCLUDENTES
POTENCIAL
EXIGIBILIDADE DE
IMPUTABILIDADE CONSCIÊNCIA DA
CONDUTA DIVERSA
ILICITUDE
75
IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR
AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS O SUJEITO ATIVO
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO, PODE SER
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO) PROCESSADO E
CÓDIGO PENAL ESTÃO PREVISTAS JULGADO PELA
MILITAR DE 1969? NAS HIPÓTESES DO JUSTIÇA MILITAR?
ART. 9º DO CPM/69?
- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria
do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um
CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da
ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.
76
IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR
AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS O SUJEITO ATIVO
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO, PODE SER
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO) PROCESSADO E
CÓDIGO PENAL ESTÃO PREVISTAS JULGADO PELA
MILITAR DE 1969? NAS HIPÓTESES DO JUSTIÇA MILITAR?
ART. 9º DO CPM/69?
- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma
matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará
diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise
da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.
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IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR
AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS O SUJEITO ATIVO
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO, PODE SER
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO) PROCESSADO E
CÓDIGO PENAL ESTÃO PREVISTAS JULGADO PELA
MILITAR DE 1969? NAS HIPÓTESES DO JUSTIÇA MILITAR?
ART. 9º DO CPM/69?
- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma
matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará
diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise
da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.
78
IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR
AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS O SUJEITO ATIVO
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO, PODE SER
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO) PROCESSADO E
CÓDIGO PENAL ESTÃO PREVISTAS JULGADO PELA
MILITAR DE 1969? NAS HIPÓTESES DO JUSTIÇA MILITAR?
ART. 9º DO CPM/69?
- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma
matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará
diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise
da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.
79
IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR
AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS O SUJEITO ATIVO
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO, PODE SER
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO) PROCESSADO E
CÓDIGO PENAL ESTÃO PREVISTAS JULGADO PELA
MILITAR DE 1969? NAS HIPÓTESES DO JUSTIÇA MILITAR?
ART. 9º DO CPM/69?
- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma
matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará
diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise
da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.
80
DO CRIME
MILITAR
(arts. 29 a 47, CPM/69)
81
Arts. 29 a 47 do CPM/69;
Art. 29 – O resultado de que depende a existência do crime somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
• § 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos
anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
• § 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a
quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a
quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o
risco de sua superveniência.
82
› Teoria da equivalência dos antecedentes causais
(conditio sine qua non);
› Nexo de causalidade é a linha invisível que liga a
conduta ao resultado.
› Pode ser rompido por causas supervenientes.
› Devemos nos ater ao §2º que impõe a relevância da
omissão como causa, quando o omitente devia e podia
agir para evitar o resultado. Dever / posição de garante
(legal, contratual e gerencial).
› Mesma redação e aplicação do art. 13, CP.
83
Art. 30 – Diz-se o crime:
› I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal;
› II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
› Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao
crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de
excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado.
84
Art. 31 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir
na execução ou impede que o resultado (consumação) se
produza, só responde pelos atos já praticados.
› Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz.
› Mesma redação e aplicação dada ao art. 15 do CP.
› No CPM não existe previsão, NEM VEDAÇÃO, para o Arrependimento
Posterior (art. 16 do CP), que pode ser aplicado por analogia.
Art. 32 - Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado
ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável.
› Crime Impossível.
› Redação muito similar e aplicação idêntica à do art. 17 do CP.
85
Art. 33 – Diz-se o crime:
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;
• II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela,
atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado
em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever
ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que
poderia evitá-lo.
Neste ponto o CPM apresenta uma redação mais detalhada quanto ao
crime culposo previsto no art. 18, II do CP, pelo que distingue claramente
a linha que separa a culpa consciente da culpa inconsciente, embora o
legislador não tenha observado tal medida quando das penas na parte
especial do CPM.
Aplicação similar ao art. 18 do CP: dolo direto (em alguns casos,
específico), dolo eventual, culpa consciente e culpa inconsciente.
86
Art. 33, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
› Mesma redação e aplicação do Art. 18, parágrafo único do CP.
88
Art. 36 – É isento de pena quem, ao praticar o crime,
supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de
circunstância de fato que o constitui ou a existência de
situação de fato que tornaria a ação legítima.
• §1º - Se o erro deriva de culpa, a este título responde o
agente, se o fato é punível como crime culposo.
• §2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá este
pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme o caso.
89
Comentários ao Art. 36:
› Erro de Fato (Falta de domínio da situação fática, devendo afastar
o dolo e a culpa). Similaridade com o erro de tipo (art. 20) do CP.
› A parte final do caput do art. 36 do CPM se refere às
descriminantes putativas (também disponíveis no art. 20, §1º do
CP).
› O §1º do art. 36 do CPM se refere ao erro culposo.
› O §2º do art. 36 do CPM se refere ao erro determinado por
terceiro.
› Exemplo: Transportar, a pedido, carregamento de sal de Goiás para
São Paulo e, ao ser abordado pela PRF descobrir que, na verdade,
trata-se de cocaína. O motorista tem ciência de que transportar cocaína
é crime, porém desconhecia a qualidade da substância.
90
Art. 37 - Quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios
de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outra,
responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que
realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições e
qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para configuração,
qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena.
• § 1º - Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem
jurídico diverso do visado pelo agente, responde este por culpa, se
o fato é previsto como crime culposo.
• § 2º - Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou,
no caso do parágrafo anterior, ocorre ainda o resultado
pretendido, aplica-se a regra do art. 79.
91
› Comentários ao art. 37, CPM:
92
Art. 38 – Não é culpado quem comete o crime:
• a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir
segundo a própria vontade;
• b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico,
em matéria de serviços.
• §1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem.
• §2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato
manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da
execução, é punível também o inferior.
93
Comentários sobre Coação (Moral) Irresistível e
Obediência Hierárquica.
› CMI: sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de
agir segundo a própria vontade. Na coação temos a presença de
três sujeitos: COATOR (quem coage), COAGIDO (quem sofre a
coação) e COACTO (vítima naturalística).
› OH: Em estrita obediência a ordem direta de superior
hierárquico, em matéria de serviços.
94
Uma ordem hierárquica pode ser de 3 espécies:
→ Ordem Legal: não há crime, estão acobertados pela excludente de
ilicitude do estrito cumprimento de dever legal;
95
Art. 39 – Estado de Necessidade Exculpante: Não é
igualmente culpado quem, para proteger direito próprio
ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de
parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não
provocou, nem podia de outro modo evitar, SACRIFICA
direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido,
desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta
diversa.
› Redação similar (aplicação diferente) à do art. 24 do CP.
› No Estado de Necessidade do CPM/69 temos a adoção da Teoria
Diferenciadora (pois o ele figura como excludente de ilicitude e como
excludente de culpabilidade), enquanto no CP tivemos a adoção da Teoria
Unitária.
96
Art. 40 - Nos crimes em que há violação do DEVER
MILITAR (arts. 187 a 204 do CPM/69), o agente não pode
invocar coação irresistível senão quando física ou material.
97
Art. 42 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
• I - em estado de necessidade;
• II - em legítima defesa;
• III - em estrito cumprimento do dever legal;
• IV - em exercício regular de direito.
• Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante
de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou
grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a
executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou
vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a
revolta ou o saque.
Com exceção do parágrafo único, redação similar à do art. 23 do CP.
98
Art. 43 – Considera-se em estado de necessidade quem
pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de
outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua
natureza e importância, é consideravelmente inferior ao
mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a
arrostar o perigo.
› No Estado de Necessidade do CPM/69 temos a adoção da Teoria
Diferenciadora (pois figura como excludente de ilicitude OU como
excludente de culpabilidade), enquanto no CP tivemos a adoção
da Teoria Unitária (somente excludente de ilicitude).
99
Art. 44 - Entende-se em legítima defesa quem,
usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem.
› Mesma redação e aplicação do art. 25 do CP.
100
Art. 45 - O agente que, em qualquer dos casos de
exclusão de crime, excede culposamente os limites
da necessidade, responde pelo fato, se este é
punível, a título de culpa.
• Parágrafo único. Não é punível o excesso
quando resulta de escusável surpresa ou
perturbação de ânimo, em face da situação.
Lembra razoavelmente o parágrafo único do art. 23 do CP.
101
Art. 47 - Deixam de ser elementos constitutivos do
crime:
• I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não
conhecida do agente;
• II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial
de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia,
ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a
agressão.
102
DA
IMPUTABILIDA
DE PENAL
(arts. 48 a 52, CPM/69)
103
Arts. 48 a 52 do CPM/69;
104
Sistema Vicariante (CPM) ≠ Duplo Binário: NÃO se
aplica PENA e MEDIDA DE SEGURANÇA. Contudo, no
CPM/69 existe a previsão de MEDIDA DE SEGURANÇA
para imputável.
106
Inimputáveis por embriaguez:
Art. 49 - Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez
completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior,
não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Redação e aplicação similar ao art. 28, §1º e §2º do CP.
107
Embriaguez completa fortuita ou por força maior (art. 49,
CPM/69). São três as fases da embriaguez: excitação – sempre
incompleta (macaco), depressão – divergência (leão) e sonolência –
sempre completa (porco).
NÃO- ACIDENTAL PATOLÓGICA PRÉ-ORDENADA
ACIDENTAL
Consequência:
Consequência: Exclui Exclui a Consequência:
Consequência: Não a imputabilidade OU imputabilidade. Além de não excluir a
exclui a aplica-se art. 49, Aplica-se art. 48, c/c imputabilidade, tem
imputabilidade. CPM/69 (redução da art.113 CPM/69 pena agravada. Art.
pena de 1/3 a 2/3). (internação para 70, II, c, CPM/69.
108
tratamento).
Inimputáveis por menoridade:
109
Inimputáveis por menoridade:
Equiparação a maiores (revogação tácita)
Art. 51 - Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que não tenham
atingido essa idade:
• a) os militares;
• b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que, dispensados
temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o prazo de
licenciamento;
• c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direção e
disciplina militares, que já tenham completado dezessete anos.
Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito e
maiores de dezesseis inimputáveis, ficam sujeitos às medidas educativas,
curativas ou disciplinares determinadas em legislação especial.
110
MENORIDADE
3) A não-responsabilização
penal não significa
1) O menor de 18 anos não
2) O registro do A.I. cabe do impunidade. O militar
comete crime militar e sim
Delegado de Polícia Civil. adolescente será
ato infracional.
responsabilizado de acordo
com a lei penal militar.
4) A Justiça menorista
(Infância e Adolescência) 6) Postula-se a redução da
5) Havendo aplicação da
poderá deixar de aplicar maioridade penal, mas ainda
internação, a mesma deverá
medida de proteção ou socio- no mundo das ideias. Se
ser feita em estabelecimento
educativa, se entender houver a alteração o melhor
adequado (quartel);
substituí-las por sanção seria alterar o CPM/69.
disciplinar.
111
CONCURSO DE
AGENTES
(arts. 53 e 54, CPM/69)
112
Art. 53 - Similar ao art. 29 do CP/40.
113
Art. 53 - Similar ao art. 29 do CP/40.
114
Art. 53. Similar ao art. 29 do CP/40.
› Atenuação de pena
› § 3º A pena é atenuada (1/6 a 1/3 no CP/40) com relação ao
agente, cuja participação no crime é de somenos importância.
› CABEÇAS (figura exclusiva do CPM/69)
› § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária,
reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou
excitam a ação.
› § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais
oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os
inferiores que exercem função de oficial.
115
Art. 53. Similar ao art. 29 do CP/40.
› Casos de impunibilidade
› Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição em contrário, não são
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser
tentado.
MORAL MATERIAL
Induzimento: Plantio de Instigação: Reforço de uma
uma ideia inexistente na ideia pré-existente na mente
mente do induzido. do indivíduo. Auxílio: Ajuda, apoio, sem
praticar a conduta descrita no
Ajuste: Distribuição de Determinação: tipo penal.
tarefas. Comandamento.
116
Art. 54 - O ajuste, a determinação ou instigação e
o auxílio, salvo disposição em contrário, não são
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser
tentado.
› Exemplo de disposição em contrário: para os crimes de
concurso necessário cuja tipificação penal está na
preparação. Ex.: Conspiração (art.152), Concerto para
deserção (art.191) e incitamento (art.155).
117
O concurso de agentes (como elementar do tipo) sempre
ocorrerá nos delitos de concurso necessário
(plurissubjetivos). Ex.: Motim (art.149) e Conspiração
(art.152).
Também pode ocorrer nos delitos de concurso eventual
(monossubjetivos), tais como homicídio, furto, etc...
As condutas nos delitos de concurso de agentes podem
ser:
120
Art. 55 – Penas Principais:
Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra
Capital
– crimes específicos previstos no CPM/69).
PPL Reclusão (01 a 30 anos).
PPL Detenção (30 dias a 10 anos).
PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).
Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,
PRL
CPM/69.
129
Art. 60 - Assemelhado;
130
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça
Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de
cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.
131
Art. 64 - PRD. Suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função. Consiste na agregação,
afastamento, licenciamento ou na disponibilidade do
condenado por tempo determinado em sentença, sem
prejuízo de seu comparecimento regular à sede do serviço,
por tempo e período determinado também na sentença, já
que a lei não versa a esse respeito.
› Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a sentença, já
estiver na reserva, ou reformado ou aposentado, a pena prevista
neste artigo será convertida em pena de detenção, de três meses a
um ano.
132
Art. 65 - Reforma. Condena à inatividade
permanente. A doutrina majoritária entende ser
inconstitucional, pelo caráter perpétuo da pena, o
que é vetado pela CF/88. Não confundir com a
Reforma Administrativa Disciplinar, por razões
de saúde ou funcional. Em caso de aplicação, o
condenado não poderá perceber mais de um vinte
e cinco avos do soldo, por ano de serviço, nem
receber importância superior à do soldo.
133
Art. 66 - O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser
recolhido a manicômio judiciário ou, na falta deste, a outro
estabelecimento adequado, onde lhe seja assegurada custódia e
tratamento.
134
DAS PENAS
ACESSÓRIAS
(arts. 98 a 108, CPM/69)
135
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
Praças
IV – a exclusão das forças Condenação a Reclusão ou Detenção
armadas; superior a dois anos. 136
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
Praças
IV – a exclusão das forças Condenação a Reclusão ou Detenção
armadas; superior a dois anos. 137
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
Praças
IV – a exclusão das forças Condenação a Reclusão ou Detenção
armadas; superior a dois anos. 138
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
Praças
IV – a exclusão das forças Condenação a Reclusão ou Detenção
armadas; superior a dois anos. 139
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
Praças
IV – a exclusão das forças Condenação a Reclusão ou Detenção
armadas; superior a dois anos. 140
Art. 98 – Penas Acessórias:
Quem? Qual? Requisitos
146
Art. 99 - A perda de posto e patente resulta da condenação a pena
privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda
das condecorações.
147
Art. 103 - Perda da função pública - civil ou assemelhado.
Art. 104 - Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo
prazo de dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro
anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do
dever militar ou inerente à função pública.
› Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao
termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta
em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena.
148
Art. 106 - Durante a execução da pena privativa de liberdade
ou da medida de segurança imposta em substituição, ou
enquanto perdura a inabilitação para função pública, o
condenado não pode votar, nem ser votado.
Art. 107 - Salvo os casos dos artigos 99, 103, número II, e 106, a
imposição da pena acessória deve constar expressamente da
sentença.
149
DOS EFEITOS
DA
CONDENAÇÃO
(art. 109, CPM/69)
150
Art. 109 - São efeitos da condenação:
› Efeito civil da condenação: I - tornar certa a obrigação de reparar
o dano resultante do crime;
› Efeito penal da condenação (Confisco): II - a perda, em favor da
Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
boa fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a sua prática.
151
DA AÇÃO
PENAL
(arts. 121 e 122, CPM/69)
152
Art. 121 - Sempre ação penal pública incondicionada por
oferecimento de denúncia do MP da Justiça Militar.
153
DA EXTINÇÃO
DA
PUNIBILIDADE
(arts. 123 a 135, CPM/69)
154
Art. 123 - Extingue-se a punibilidade:
› I - pela morte do agente;
› II - pela anistia (fato, não pessoa) ou indulto (coletivo: grupo de pessoas
determinadas, não fatos); no CP existe ainda a Graça, que pode ser
traduzida como o “indulto indivivual”.
› III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso (Abolitio criminis).
› IV - pela prescrição; No CP ainda temos a perempção e a decadência.
› V - pela reabilitação; Apaga-se o passado. Devolução dos direitos e
deveres na sua plenitude. Pode ser pedido 5 anos depois do cumprimento
da sentença ou fim do prazo prescricional. Em caso de negação, novo
pedido em 2 anos após sentença. Diferente do CP (2 anos + 1 dia no caso
de negação, desde que a fundamentação mude);
155
Art. 123 - Extingue-se a punibilidade:
› VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (Art. 303, § 4).
156
Art. 124 - A prescrição refere-se à ação penal ou à
execução da pena.
157
Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo o disposto no
§1º deste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
› V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não
excede a quatro;
› VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou,
sendo superior, não excede a dois;
› VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
158
Causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva (o prazo fica
suspenso, não sendo contabilizado no período): questões prejudiciais
obrigatórias ou enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
159
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 160
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 161
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 162
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 163
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 164
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO
Reforma ou Suspensão de
exercício do posto,
Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
graduação, cargo ou
função
Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.
Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso
Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido (trânsfuga).
Art. 131 do CPM/69. 165
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA, COM BASE NA PENA EM
CONCRETO
Reconhecida no momento da aplicação da pena.
Retroativa (Passado)
166
DÚVIDAS?
167
OBRIGADO!
E-MAIL: kellercsb@gmail.com
Periscope: @kellercsb
Facebook: Keller Cristian Silva Borges
168