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Do Crime Consumado

Conceito: determina o art. 14, I, do CP, que o crime de diz consumado quando nele se
reúnem todos os elementos de sua definição legal; a noção da consuimação expressa total
conformidade do fato praticado pelo agente com a hipótese abstrata descrita pela norma
penal incriminadora.

Crime exaurido: o crime consumado não se confunde com o exaurido; o iter criminis se
encerra com a consumação.

A consumação nos crimes materiais: nos crimes materias, de ação e resultado, o


momento consumativo é o da produção deste; assim, consuma-se o homicídio com a morte
da vítima.

- Crimes culposos: a consumação ocorre com a produção do resultado; assim, no homicídio


culposo, o momento consumativo é aquele em que se verifica a morte da vítima.

- Crimes de mera conduta: a consumação se dá com a simples ação; na violação de


domicílio, uma das formas de consumação é a simples entrada.

- Crimes formais: a consumação ocorre com a conduta típica imediatamente anterior à fase
do evento, independentemente da produção do resultado descrito no tipo.

- Crimes de perigo: consumam-se no momento em que o sujeito passivo, em face da


conduta, é exposto ao perigo de dano.

- Crimes permanentes: a consumação se protrai no tempo desde o instante em que se


reúnem os seus elementos até que cesse o comportamento do agente.

- Crime omissivo próprio: tratando-se de crime que se perfaz com o simples comportamento
negativo (ou ação diversa), não se condicionando à produção de um resultado ulterior, o
momento consumativo ocorre no instante da conduta.

- Crime omissivo impróprio: a consumação se verifica com a produção do resultado, visto


que a simples conduta negativa não o perfaz, exigindo-se um evento naturalístico posterior.

Iter Criminis: é o conjunto das fases pelas quais passa o delito; compõe-se das seguintes
etapas: a) cogitação; b) atos preparatórios; c) execução; d) consumação.

Da Tentativa

- Conceito: é a execução iniciada de um crime, que não se consuma por


circunstâncias alheias à vontade do agente; seus elementos são o início da
execução e a não-consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente.
- Tentativa perfeita e imperfeita: quando o processo executório é interrompido
por circunstâncias alheias à vontade do agente, fala-se em tentativa imperfeita ou
tentativa propriamente dita; quando a fase de execução é integralmente realizada
pelo agente, mas o resultado não se verifica por circunstâncias alheias à sua
vontade, diz-se que há tentativa perfeita ou crime falho.
- Infrações que não admitem tentativa:
- os crimes culposos;
- os preterdolosos;
- os omissivos próprios;
- os crimes habituais;
- os crime que a lei pune somente quando ocorre o resultado, como a participação
em suicídio;

- Crime continuado: Só é admissível a tentativa dos crimes que o compõe; o


todo não a admite.

- Crime complexo: a tentativa ocorre com o começo de execução do delito que


inicia a formação da figura típica ou com a realização de um dos crimes que o
integram.

- Aplicação da pena:

pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída


de um a dois terços; a diminuição de uma a dois terços não decorre da
culpabilidade do agente, mas da própria gravidade do fato constitutivo da
tentativa; quanto mais o sujeito se aproxima da consumação, menor deve ser a
diminuição da pena (1/3); quando menos ele se aproxima da consumação, maior
deve ser a atenuação (2/3).

Da Desistência Voluntária, do arrependimento eficaz e do


arrependimento posterior

1. Da Tentativa Abandonada - Artigo 15, do CP


Há duas espécies de tentativa abandonada, estando ambas previstas no artigo 15,
do CP, a desistencia voluntária e o arrependimento eficaz
Observação Importante: Tanto a desistência voluntária e arrependimento eficaz
(conhecidos como “tentativa abandonada”) apresentam comum características de
ordem objetiva e conotação subjetiva. Nos três institutos ocorre a ação dirigida a
um resultado ilícito que não chegou a consumar-se. Após isso, há distinções.
Na tentativa a consumação não ocorre por circunstancias alheias à vontade do
agente, na desistência voluntária, o agente abandona a execução do crime quando
ainda lhe sobra uma margem de ação, ocorre uma abstenção da atividade, já no
arrependimento eficaz não há mais margem alguma, pois o processo de execução
esta encerrado, a atuação é para evitar que sobrevenha o resultado, além disso,
possui natureza positiva.
Há discussões a respeito da natureza jurídica da desistência voluntária e do
arrependimento eficaz. Há quem entenda que a natureza jurídica dos mencionados
institutos é extinção da punibilidade não prevista no artigo 107, do Código Penal.
A segunda entende que é causa de exclusão da tipicidade. Esta última é mais
coerente, pois, na tentativa abandonada, o fato não deixa de ser punido, só
adquire tipicidade diferente.
A doutrina denomina o artigo 15 do Código Penal como sendo ponte de ouro, pois
o Estado oferece ao delinqüente a recompensa de responder apenas pelos atos já
praticados.
2. Arrependimento posterior:
Nos termos do art. 16 do CP, “nos crimes cometidos sem violência ou grave
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um
a dois terços.
Trata-se de causa obrigatória de redução de pena. Tem-se que, em regra, para
que o autor seja beneficiado pelo arrependimento posterior é necessário que a
reparação seja realizada antes da denuncia ou queixa, pois se for somente após,
ocorrerá, exclusivamente, a incidência da atenuante genérica prevista no inciso
III, alínea b do artigo 65, do CP

Exercício 1:

Nos termos do inciso I, do artigo 14, do Código Penal, temos que:

A)

O crime é consumado somente quando exaurido

B)

O crime é consumado quando o fato praticado pelo agente corresponde a todos


elementos previstos na hipótese legal

C)

Tão somente com a verificação do resultado é que o crime pode ser considerado
consumado.

D)
Tão somente com a verificação da conduta do agente é que o crime pode ser
considerado consumado.

E)

A fase da cogitação é suficiente para constatação da consumação do crime

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Exercício 2:

A respeito do crime de violação de domicilio, podemos dizer que:

A)

Basta a conduta do agente, adentrar em domicilio alheio, sem autorização, para a


consumação.

B)

É indispensável a produção de resultado, caso contrário, não há que se falar em


consumação.

C)

Trata-se de crime de perigo

D)

É crime permanente.

E)

É crime omissivo impróprio.

Comentários:

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Exercício 3:

O inter criminis é composto, respectivamente e em ordem cronológica, crescente,


das seguintes fases:
A)

Atos preparatórios, cogitação, execução e consumação.

B)

Atos preparatórios, execução, cogitação e consumação.

C)

Cogitação, atos preparatórios, execução e consumação.

D)

Atos preparatórios, cogitação, execução e arrependimento posterior.

E)

Basta a execução.

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Exercício 4:

A respeito dos crimes omissivos impróprios, pode ser dito que:

A)

A consumação ocorre mediante a verificação de mera conduta.

B)

A consumação se prolonga no tempo, tal como ocorre com os crimes


permanentes.

C)

Não há previsão legal no Código Penal

D)

São equiparados aos crimes omissivos próprios.


E)

Exige-se o resultado naturalístico.

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Exercício 5:

A respeito dos crimes omissivos próprios, pode ser dito que:

A)

São praticados somente por aqueles que possuem o dever legal de agir, nos
termos do artigo 13 e seguintes do Código Penal.

B)

Exige-se a produção de resultado naturalístico.

C)

São equiparados aos crimes comissivos e omissivos impróprios.

D)

A consumação se perfaz com o mero comportamento negativo, não se


condicionando a produção de um resultado ulterior.

E)

O momento consumativo é limitado à fase da cogitação.

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Exercício 6:

A tentativa perfeita ou crime falho é verificada quando:


A)

O agente realiza todos os atos executórios e se arrepende

B)

É causa obrigatória de aumento de pena

C)

O agente sequer consegue chegar à fase de execução do crime

D)

O agente realiza toda a fase de execução do crime, integralmente, mas o resultado não se verifica por
circunstancias alheias à sua vontade

E)

O agente é impedido de realizar, integralmente, toda a execução do crime por circunstancias alheias a
sua vontade.

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Exercício 7:

Assinale a alternativa correta

A)

Quanto mais próximo o agente do crime chegar à consumação da tentativa, menor será a diminuição de
pena atribuída ao crime

B)

Quanto maior a culpabilidade do agente do crime menor será a diminuição de pena atribuída

C)

A mera tentativa é atenuante

D)
A mera tentativa é agravante

E)

A pena ao crime de tentativa é aplicada conforme o comportamento social do


agente

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Exercício 8:

A tentativa propriamente dita

A)

É verificada quando a fase de execução do inter criminis é desenvolvida sem


qualquer interrupção

B)

É verificada quando a fase da preparação do inter ciminis é interrompida

C)

É verificada quando a fase de execução do inter ciminis é interrompida, por


circunstancias alheias à vontade do agente

D)

É verificada quando a fase de execução do inter ciminis é abandonada

E)

É verificada quando ausentes todas as fases do inter ciminis

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Exercício 9:

Considerando o crime continuado, tem-se que a tentativa


A)

Nunca é punível

B)

É admissível nos crimes que o compõe, mas não no todo

C)

Nunca é admissível

D)

Somente será admissível se todos os crimes forem omissivos próprios

E)

Somente será admissível se todos os delitos que o compõem forem contravenções penais

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Exercício 10:

Não se admite tentativa

A)

Nos crimes próprios

B)

Nos crimes comissivos

C)

Nos crimes dolosos

D)
Nos crimes que exigem resultado naturalístico

E)

Nos crimes culposos

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Exercício 11:

A respeito da tentativa abandonada pode ser dito que

A)

Ocorre quando o agente espontaneamente evita a produção do resultado naturalístico

B)

Não esta prevista em nosso ordenamento jurídico

C)

Ocorre quando o agente é impedido na fase de execução do crime, por circunstancias totalmente alheias
à sua vontade, a consumar o resultado

D)

Ocorre quando o agente somente cogita e prepara a prática do crime

E)

É excludente de ilicitude

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Exercício 12:

A respeito da desistência voluntária pode ser dito

A)
Ocorre quando o agente é impedido, na fase de execução do crime, por circunstancias totalmente alheias
à sua vontade, à consumar o resultado

B)

Ocorre quando o agente somente cogita e se prepara para a prática do crime

C)

Ocorre quando o agente, ainda na fase de execução, espontaneamente, desiste de consumar o resultado
do crime

D)

Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, mas evita, de modo
eficaz, a produção do resultado

E)

Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, produz o resultado,
mas repara o dano

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Exercício 13:

A respeito do arrependimento eficaz, pode ser dito

A)

Ocorre quando o agente é impedido, na fase de execução do crime, por circunstancias totalmente alheias
à sua vontade, à consumar o resultado

B)

Ocorre quando o agente somente cogita e se prepara para a prática do crime

C)

Ocorre quando o agente, ainda na fase de execução, espontaneamente, desiste de consumar o resultado
do crime

D)
Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, mas evita, de modo
eficaz, a produção do resultado

E)

Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, produz o resultado,
mas repara o dano

Comentários:

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Exercício 14:

A respeito do arrependimento posterior, pode ser dito

A)

Ocorre quando o agente é impedido, na fase de execução do crime, por circunstancias totalmente alheias
à sua vontade, à consumar o resultado

B)

Ocorre quando o agente somente cogita e se prepara para a prática do crime

C)

Ocorre quando o agente, ainda na fase de execução, espontaneamente, desiste de consumar o resultado
do crime

D)

Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, mas evita, de modo
eficaz, a produção do resultado

E)

Ocorre quando o agente esgota todos os atos executórios para a prática do delito, produz o resultado,
mas repara o dano

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Exercício 15:
Assinale a alternativa correta

A)

O arrependimento posterior tal como o arrependimento eficaz é causa de exclusão da culpabilidade

B)

As hipóteses de tentativa abandonada são consideradas, para parte da doutrina, como sendo excludentes
de tipicidade e o arrependimento posterior é causa de diminuição obrigatória de pena

C)

As hipóteses de tentativa abandonada são consideradas, para parte da doutrina, como sendo excludentes
de tipicidade e o arrependimento posterior é causa de diminuição facultativa de pena

D)

O arrependimento posterior tal como o arrependimento eficaz é causa de exclusão da ilicitude

E)

O arrependimento posterior tal como o arrependimento eficaz é causa de exclusão da culpabilidade

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