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Consumação e Tentativa
“Diz-se o crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal.”
Diz-se o crime tentado “quando, iniciada a execução, não se consuma, por circunstâncias alheias a vontade do
agente”.
• Critério subjetivo: pune-se pela vontade do agente de infringir a lei penal, não distinguindo o crime consumado
do tentado;
• Critério objetivo: a execução se caracteriza pela prática de ato inequívoco de execução da ação nuclear (verbo)
constante do tipo penal. O crime tentado é punido de forma mais branda que o crime consumado. É o critério
adotado pelo Código Penal Brasileira.
Imperfeita Branca
Perfeita Cruenta
Reduz-se a pena de 1 a 2/3, variáveis de acordo com o grau de execução do crime. Ou seja, quanto
mais próximo o agente chegar da execução do crime, menor será o percentual de redução.
1. Desistência voluntária
• Conceito: É a desistência do agente em prosseguir na execução do crime, impedindo a sua consumação,
embora fosse possível a obtenção do resultado;
• Exemplos: Ladrão dentro da casa que desiste de subtrair qualquer objeto; Homicida com a arma
carregada que, após errar um disparo, desiste de desferir os demais.
• "O agente que não prossegue na ação delituosa, porque, ao romper o cadeado guarnecia a porta do local
onde pretendia ingressar, fez barulho, ficou temeroso de ser pressentido, recolheu os instrumentos e de lá
se retirou, não responde por tentativa, em face da desistência voluntária" (TACRIM)
2. Arrependimento Eficaz
• Exemplos: Agente que fere a vítima e após a socorre, impedindo o resultado letal; Agente
que após ministrar veneno à vítima, arrepende-se e ministra o antídoto.
“Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será
reduzida de um a dos terços.”
•Requisitos necessários:
•Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa;
•Voluntariedade do agente;
•Reparação efetuada até o recebimento da denúncia ou da queixa.
"Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade
do objeto, é impossível consumar-se o crime.".
• Ineficácia absoluta do meio: O meio empregado ou instrumento utilizado para a execução do crime
jamais o levarão a consumação.
• Exemplos: Tentar matar alguém com um revólver estragado; Tentar praticar estelionato com
documentos grosseiramente falsificados.
• Impropriedade absoluta do objeto: O bem jurídica que se tenta afetar não é idôneo para o resultado
pretendido pelo agente.
• Exemplos: Tentar furtar algo de um bolso vazio; Tentar matar um cadáver; Tentar praticar aborto
em uma mulher que não está grávida.
• O flagrante preparado: Súmula 145 do STF: "Não há crime quando o preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a consumação."
Vídeos – Aulas Complementares
https://www.youtube.com/watch?v=SXi7uwwp3eg
https://www.youtube.com/watch?v=IfXGDlntlG4