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CURSO EQUIPE ALFA

DIREITO PENAL – PMERJ


PROF. ALBERTO ANTUNES

TEORIA DO DELITO

DO CRIME
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE RELEVÂNCIA DA OMISSÃO

Art. 13 - O resultado, de que depende a § 2º - A omissão é penalmente relevante


existência do crime, somente é imputável a quando o omitente devia e podia agir para evitar
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido. a) tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância;
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA
INDEPENDENTE b) de outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado;
§ 1º - A superveniência de causa
relativamente independente exclui a imputação c) com seu comportamento anterior, criou
quando, por si só, produziu o resultado; os fatos o risco da ocorrência do resultado.
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou.
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ART. 18 - DIZ-SE O CRIME:
CRIME DOLOSO CRIME CULPOSO

I - doloso, quando o agente quis o resultado II - culposo, quando o agente deu causa ao
ou assumiu o risco de produzi-lo; resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

QUESTÕES DE CONCURSOS

1 - Prova: CONSULPLAN - TSE - Analista b) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por
Judiciário - Área Judiciária imprudência.
Tício resolve matar Mévio, seu desafeto. Para c) prevê o resultado, mas espera, sinceramente,
tanto, coloca uma bomba num avião no qual que não ocorrerá.
ele viajava do Rio de Janeiro para São Paulo.
d) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por
Partindo do pressuposto de que a explosão de
negligência.
uma bomba no avião, necessariamente,
causaria a morte dos outros passageiros, mas e) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por
sem que Tício desejasse a morte deles, pode- imperícia.
se afirmar que de acordo com a moderna
doutrina do direito penal, o dolo de Tício será3 - Prova: VUNESP - PC-SP - Papiloscopista
a) direto de primeiro grau em relação a Mévio Policial
e direto de segundo grau em relação aos demais Aquele que assume o risco de produzir um
passageiros. resultado criminoso comete crime movido
b) determinado em relação a Mévio e por
alternativo em relação aos demais passageiros. a) culpa.
c) indireto em relação a Mévio e direto em b) imprudência.
relação aos demais passageiros.
c) dolo.
d) normativo em relação a Mévio e natural em
relação aos demais passageiros. d) imperícia.
e) negligência.
2 - Prova: FCC - TJ-PE - Oficial de Justiça -
Judiciária e Administrativa
Na culpa consciente, o agente
a) prevê o resultado, mas não se importa que o
mesmo venha a ocorrer.
2
4Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PC- 6 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-SC - Prova:
SP Prova: VUNESP - 2013 - PC-SP - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito
Investigador de Polícia
Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um
Em relação aos crimes dolosos e culposos, é caçador que, confiando em sua habilidade de
correto afirmar: atirador, dispara contra a caça, mas atinge
um companheiro que se encontra próximo ao
A a culpa estará caracterizada se o agente
animal que ele desejava abater.
previu o resultado e assumiu o risco de produzi-
lo. CERTO OU ERRADO
B o dolo estará caracterizado quando o agente
7 - Diz-se que o crime é doloso quando o
quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
agente quis o resultado ou assumiu o risco de
lo.
produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o
C a culpa consciente estará caracterizada agente deu causa a resultado previsível por
quando o agente assumiu o risco de produzir o imprudência, negligência ou imperícia.
resultado do crime.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
D o dolo estará caracterizado se o agente previu
a) o dolo direto de segundo grau também é
o resultado, mas não assumiu o risco de produzi- conhecido como dolo de consequências
lo.
necessárias;
E com fundamento na parte geral do Código b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a
Penal, o agente será responsabilizado pela culpa integram a culpabilidade;
prática de crime culposo se praticar uma
conduta prevista na lei como crime doloso, mas c) no crime culposo, a imprudência se
tenha agido com imprudência, imperícia ou caracteriza por uma conduta negativa, enquanto
negligência, independentemente da previsão a negligência, por um comportamento positivo;
legal do crime na modalidade culposa. d) o crime culposo admite como regra a forma
tentada;
5 - Existe algum ponto de semelhança entre
e) na culpa consciente, o agente prevê o
as condutas praticadas com culpa consciente
resultado como possível, mas com ele não se
e com dolo eventual?
importa.
a) Sim, pois, tanto na culpa consciente quanto
no dolo eventual, há aceitação do resultado. 8 - De acordo com a expressa definição do
b) Não, pois não há ponto de semelhança nas CP, art. 18, I, é considerado doloso o crime
condutas em questão. cometido

c) Sim, pois em ambas o elemento subjetivo da a) com imperícia.


conduta é o dolo. b) com negligência.
d) Não, pois a aceitação do resultado na culpa c) com imprudência.
consciente é elemento normativo da conduta.
d) com voluntariedade.
e) Sim, pois, tanto na culpa consciente quanto
no dolo eventual, o agente prevê o resultado.
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e) em circunstância em que o agente assume o Considera-se crime toda ação ou omissão
risco de produzir o resultado. típica, antijurídica e culpável.
CERTO OU ERRADO
9 - Age com dolo eventual o agente que prevê
possíveis resultados ilícitos decorrentes da
14 - Infração penal significa uma ofensa real
sua conduta, mas acredita que, com suas
ou potencial a um bem jurídico, levando-se
habilidades, será capaz de evitá-los.
em consideração os elementos subjetivos do
CERTO OU ERRADO tipo, a ilicitude e a culpabilidade.
CERTO OU ERRADO
10 - Banca: IBFC - Órgão: TJ-PR - Prova:
Titular de Serviços de Notas e de Registros
15 -Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE
Em relação ao dolo o Código Penal adota as Órgão: TC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE -
teorias: 2021 - TC-DF - Auditor Conselheiro Substituto
a) Da vontade e do assentimento. O ordenamento jurídico brasileiro admite
que fato típico capaz de caracterizar um
b) Da vontade e da cognição.
crime pode decorrer de uma conduta
c) Da representação e do assentimento. comissiva ou omissiva.
d) Da probabilidade e da cognição. CERTO OU ERRADO

11 - A doutrina brasileira majoritária adota 16 - Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AL-


o conceito analítico de crime, definindo-o CE Prova: CESPE / CEBRASPE AL-CE -
como toda conduta típica, antijurídica, Analista Legislativo - Direito
culpável e punível.
No âmbito penal, é relevante a omissão nas
CERTO OU ERRADO circunstâncias em que o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado.
12 - FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC CERTO OU ERRADO
- TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área
Administrativa
17 - Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF
Não há crime sem: Prova: CESPE / CEBRASPE - PRF - Policial
A - dolo. Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª
Prova
B - resultado naturalístico.
Em crimes omissivos impróprios a omissão é
C - imprudência. penalmente relevante para quem tenha por
D - conduta. lei obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância, o que se aplica ao policial, quando,
em serviço, assume a posição de garante.
13 - Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-
DFT Prova: CESPE - - TJ-DFT - Técnico CERTO OU ERRADO
Judiciário - Área Administrativa

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18 - Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Quando o agente quis o resultado ou assumiu
Prefeitura de Novo Hamburgo - RS Prova: o risco de produzi-lo, ele comete o crime de
INSTITUTO AOCP Prefeitura de Novo forma:
Hamburgo - RS - Guarda Municipal
A - agravada.
A omissão, prevista no Código Penal
B - culposa.
Brasileiro, é penalmente relevante quando o
omitente devia e podia agir para evitar o C - punível.
resultado. O dever de agir incumbe àquele D - dolosa.
que
E - tentada.
A - tenha por lei obrigação de cuidado, proteção
ou vigilância.
21- Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE
B - agiu de forma prudente, mas sem sucesso no Órgão: PO-AL Provas: CESPE / CEBRASPE -
resultado. 2023 - PO-AL - Papiloscopista
C - mesmo sem dar causa ao risco da ocorrência, Em cada um do item a seguir é apresentada
deixou de agir. uma situação hipotética seguida de uma
D - ainda que de outra forma, não assumiu a assertiva a ser julgada. Julgue cada um deles
responsabilidade de impedir o resultado. no que se refere ao fato típico e a seus
elementos.
19 - Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP
Órgão: Governo do Distrito Federal Prova: Gonzalez, desejando eliminar a vida de
INSTITUTO AOCP - 2022 - Governo do Oliveira, que se encontrava em praça pública,
Distrito Federal - Policial Penal instalou no local uma poderosa bomba, a qual,
ao ser detonada, matou todas as pessoas que
Em relação ao direito penal, julgue o seguinte ali estavam. Nessa situação hipotética,
item. Gonzalez agiu com dolo direto de primeiro
Imagine que Caio, com animus necandi grau contra Oliveira e as demais pessoas que
(INTENÇÃO DE MATAR) ministre dose letal morreram no local.
de veneno na comida de Ana. No entanto, CERTO OU ERRADO
antes que a substância produza o efeito
almejado, Ana é atingida por um raio,
22 - Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE
morrendo eletrocutada. Nessa situação, em
Órgão: PO-AL Provas: CESPE / CEBRASPE -
decorrência da quebra da relação de
2023 - PO-AL - Papiloscopista
causalidade, Caio deverá responder por
tentativa de homicídio. Em cada um do item a seguir é apresentada
uma situação hipotética seguida de uma
CERTO OU ERRADO
assertiva a ser julgada. Julgue cada um deles
no que se refere ao fato típico e a seus
20 - Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEJUC - elementos.
SE Prova: IBADE - 2018 - SEJUC - SE -
Guarda de Segurança do Sistema Prisional Túlio, de posse de sua pistola, atirou cinco
Masculino vezes contra Flávio, com a intenção de matá-
lo, tendo errado a pontaria em todas as
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ocasiões. Nessa situação hipotética, houve 25 - Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: FGV -
tentativa cruenta. TJ-AL - Técnico Judiciário - Área Judiciária
CERTO OU ERRADO Julia, primária e de bons antecedentes,
verificando a facilidade de acesso a
23 - Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ determinados bens de uma banca de jornal,
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador subtrai duas revistas de moda, totalizando o
Policial de 3ª Classe valor inicial do prejuízo em R$15,00 (quinze
reais). Após ser presa em flagrante, é
Determinado agente pretende matar uma denunciada pela prática do crime de furto
vítima por asfixia e, achando simples, vindo, porém, a ser absolvida
equivocadamente que ela estaria morta, joga sumariamente em razão do princípio da
o corpo no rio, causando a morte por insignificância.
afogamento.
De acordo com a situação narrada, o
Em tal cenário, o agente responderá por: magistrado, ao reconhecer o princípio da
A - crime culposo; insignificância, optou por absolver Julia em
razão da:
B - crime preterdoloso;
A - atipicidade da conduta;
C - dolo genérico;
B - causa legal de exclusão da ilicitude;
D - dolo de perigo;
C - causa de exclusão da culpabilidade;
E - dolo geral.
D - causa supralegal de exclusão da ilicitude;
24 - Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP E - extinção da punibilidade.
Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP -
2021 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense 26 - Banca: FUNIVERSA Órgão: SEAP-DF
O princípio da insignificância constitui causa Prova: FUNIVERSA - SEAP-DF - Agente de
de Atividades Penitenciárias
A - exclusão da tipicidade. O princípio da insignificância deve ser
analisado em correlação com os postulados
B - exclusão da ilicitude. da fragmentariedade e da intervenção
C - exclusão da culpabilidade. mínima do direito penal para excluir ou
afastar a própria tipicidade da conduta.
D - extinção da punibilidade.
CERTO OU ERRADO
E - extinção da pena.

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27 - Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: 29 - Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL
SEJUSP-MG Prova: SELECON - 2022 - Prova: FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário
SEJUSP-MG - Policial Penal - Agente - Área Judiciária
Penitenciário
Leandro, pretendendo causar a morte de José,
No REsp 672.225-RS, julgado em 07.08.2008, o empurra do alto de uma escada, caindo a
a Sexta Turma do Superior Tribunal de vítima desacordada. Supondo já ter alcançado
Justiça julgou o caso de uma contadora, que o resultado desejado, Leandro pratica nova
recebeu de uma cliente a quantia de R$ 500,00 ação, dessa vez realiza disparo de arma de fogo
para quitar contribuições em atraso junto ao contra José, pois, acreditando que ele já
INSS e protocolar pedido administrativo para estaria morto, desejava simular um ato de
a concessão de auxílio-doença, não fazendo assalto. Ocorre que somente na segunda
nem uma coisa, nem outra. Denunciada por ocasião Leandro obteve o que pretendia desde
apropriação indébita majorada pelo Ministério o início, já que, diferentemente do que
Público, a contadora foi absolvida pelo pensara, José não estava morto quando foram
Tribunal de Justiça. A absolvição foi efetuados os disparos.
confirmada pelo STJ. Em seu voto-vista, o
Em análise da situação narrada, prevalece o
Ministro Nilson Naves sustentou que “as
entendimento de que Leandro deve
relações aqui descritas bem podem ser
responder apenas por um crime de homicídio
resolvidas na esfera cível (...)”
consumado, e não por um crime tentado e
(Fonte Informativo STJ nº 0362) outro consumado em concurso, em razão da
aplicação do instituto do:
A decisão do STJ, tal como descrita, é
amparada no princípio da: A - crime preterdoloso;
A - legalidade B - dolo eventual;
B - culpabilidade C - dolo alternativo;
C - insignificância D - dolo geral;
D – subsidiariedade E - dolo de 2º grau.

28 - Ano: 2022 Banca: COPESE - UFPI Órgão: 30 - Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC
Prefeitura de Oeiras - PI Prova: COPESE - Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Técnico Judiciário
UFPI - 2022 - Prefeitura de Oeiras - PI - Agente Auxiliar
Municipal de Trânsito
Durante uma tragédia causada pela natureza,
Ao crime de peculato é cabível a aplicação do Júlio, que caminhava pela rua, é arrastado
princípio da insignificância quando o bem pela força do vento e acaba se chocando com
apropriado, desviado ou subtraído for de uma terceira pessoa, que, em razão do choque,
pequeno e inexpressivo valor patrimonial. cai de cabeça ao chão e vem a falecer.
CERTO OU ERRADO Sobre a consequência jurídica do ocorrido, é
correto afirmar que:

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A - a tipicidade do fato restou afastada por C - o fato é típico, ilícito e culpável, mas Júlio
ausência de tipicidade formal, apesar de haver será isento de pena em razão da ausência de
conduta por parte de Júlio; conduta;
B - a tipicidade do fato restou afastada, tendo D - a conduta praticada por Júlio, apesar de
em vista que não houve conduta penal por parte típica e ilícita, não é culpável, devendo esse ser
de Júlio; absolvido;
E - a conduta praticada por Júlio, apesar de
típica, não é ilícita, devendo esse ser absolvido.
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Por menor que seja o seu tempo de estudo, estude! Não tenha medo de
crescer lentamente, tenha medo apenas de ficar parado!

DEUS SEJA LOUVADO

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