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GESTÃO E INTELIGÊNCIA
EM SEGURANÇA PRIVADA
Crédito: Wordervendy/Shutterstock.
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1. Fisiológicas: as necessidades vitais, chamadas aqui de fisiológicas,
aparecem como a principal necessidade de qualquer ser humano, como
respirar, comer, beber e dormir;
2. De segurança: a necessidade de se sentir seguro aparece no segundo
nível na hierarquia das necessidades do ser humano para sentir-se
satisfeito, representada pela segurança de si próprio e de seus familiares.
Nesse grupo, inclui-se a sensação de segurança quanto a emprego, saúde
e propriedade;
3. Sociais: é o terceiro nível da pirâmide de Maslow, em que se inserem as
necessidades envolvendo família, amigos e amor. Reflete-se na
necessidade de ter amigos, constituir família, afeto de um parceiro etc.;
4. De estima: a quarta necessidade definida por Maslow refere-se à
autoestima do indivíduo, englobando seu sentimento de confiança e
respeito dos outros e para com os outros. Ou seja, é a necessidade que
uma pessoa tem de se orgulhar de si própria, sentir a admiração e orgulho
de outros indivíduos, ser respeitada por si e pelos outros, entre outras
características que envolvam o poder, o reconhecimento e o orgulho, por
exemplo;
5. De autorrealização: o topo da pirâmide das necessidades de cada ser
humano representa o sentimento de autorrealização do indivíduo por meio
de crescimento pessoal e profissional, autocontrole, independência e,
principalmente, desafios que a vida lhe impõe para superar.
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Ou seja, sentir-se seguro, em todos os aspectos da vida, é uma
necessidade básica de toda pessoa.
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Nos Estados Unidos, por exemplo, as primeiras empresas de segurança
privada datam do século XIX. A Brink’s Inc., por exemplo, foi fundada em 1859 e,
no início, transportava apenas caixas e bagagens de homens de negócios que
viajavam para a cidade em missões comerciais usando carroças. Até que em 1891
a Brink’s realizou uma entrega bancária – seis sacos de dólares em moedas de
prata – para o Home National Bank, tornando-se oficialmente a primeira
transportadora de valores do mundo (Brink´s, S.d.).
Crédito: Slonomysh/Shutterstock.
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seja, a violência, permitida pelo homem, é exercida pelo próprio homem. Por isso,
homem pelo homem.
Porém, dada a magnitude das atividades do Estado, denotam-se falhas,
especialmente quanto à segurança pública. Dessa forma, com os permissivos
legais devidamente alinhados, abrem-se a oportunidade e a possibilidade para
organizações privadas exercerem a atividade de prestação de serviços de
segurança privada.
Segundo Leite (2016):
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Ou seja, o Estado, diante da verificação de falha no aspecto da segurança
pública, especialmente para proteção de agências bancárias, frequentemente
atacadas por grupos contrários ao Regime Militar, autorizou a atuação de uma
segurança não pública (ou seja, nasce a figura de uma segurança que possa ser
exercida pela área privada).
O Decreto-lei n. 1.034/1969 determinou que, em um ano, todos os
estabelecimentos deveriam instalar dispositivos contra roubos e assaltos, que
consistiam, nas palavras da lei, em:
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• Estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor: dada a
abrangência e o leque de atividades envolvendo a segurança privada,
torna-se o objetivo da política de segurança pública o fomento do
crescimento dessa demanda para o consequente crescimento do setor e
das empresas que nele atuam.
[...]
I - empresa especializada: pessoa jurídica de direito privado autorizada
a exercer as atividades de vigilância patrimonial, transporte de valores,
escolta armada, segurança pessoal e cursos de formação;
II - empresa possuidora de serviço orgânico de segurança: pessoa
jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de
vigilância patrimonial ou de transporte de valores, nos termos do art. 10,
§ 4º da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;
III – vigilante: profissional capacitado em curso de formação, empregado
de empresa especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico
de segurança, registrado no [Departamento da Polícia Federal] DPF, e
responsável pela execução de atividades de segurança privada; e,
IV - Plano de segurança: documentação das informações que detalham
os elementos e as condições de segurança dos estabelecimentos
referidos no Capítulo V [da Lei 7.102/1983, que trata “Da fiscalização da
segurança dos estabelecimentos financeiros]. (Portaria n. 3.233/2012)
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REFERÊNCIAS
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<https://gestaodesegurancaprivada.com.br/conceito-de-seguranca-privada/>.
Acesso em: 12 jul. 2019.
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GESTÃO E INTELIGÊNCIA NA
SEGURANÇA PRIVADA
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• A atuação da segurança privada não é somente prevenir ações criminais,
mas também repelir danos e perdas decorrentes de comportamentos
antissociais/criminosos.
• empresas especializadas;
• empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança;
• vigilante (principal profissional executor da segurança privada);
• plano de segurança.
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Nos estudos anteriores, verificamos que as empresas especializadas foram
definidas como sendo as pessoas jurídicas de direito privado autorizadas a
exercer as atividades de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta
armada, segurança pessoal e cursos de formação.
Passamos agora a estudar as atividades das empresas especializadas,
uma a uma, iniciando a vigilância patrimonial.
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V - possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante
certificado de segurança, observando-se:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento, separado das
instalações físicas de outros estabelecimentos e atividades estranhas às
atividades autorizadas;
b) dependências destinadas ao setor administrativo;
c) dependências destinadas ao setor operacional, dotado de sistema
de comunicação;
d) local seguro e adequado para a guarda de armas e munições,
construído em alvenaria, sob laje, com um único acesso, com porta de
ferro ou de madeira reforçada com grade de ferro, dotada de fechadura
especial, além de sistema de combate a incêndio nas proximidades da
porta de acesso;
e) vigilância patrimonial ou equipamentos elétricos, eletrônicos ou de
filmagem, funcionando ininterruptamente; e,
f) garagem ou estacionamento para os veículos usados na atividade
armada.
VI - contratar seguro de vida coletivo. (Brasil, 2012)
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I - possuir capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem mil) Ufir
[valor, portanto, variável conforme o estado em que a prestação de
serviços se dará];
II - prova de que os sócios, administradores, diretores e gerentes da
empresa de segurança privada não tenham condenação criminal
registrada;
III - contratar, e manter sob contrato, o mínimo de dezesseis vigilantes
com extensão em transporte de valores;
IV - comprovar a posse ou propriedade de, no mínimo, dois veículos
especiais;
V - possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante
certificado de segurança, observando-se:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento, separado das
instalações físicas de outros estabelecimentos e atividades estranhas às
atividades autorizadas;
b) dependências destinadas ao setor administrativo;
c) dependências destinadas ao setor operacional, dotado de sistema
de comunicação;
d) local seguro e adequado para a guarda de armas e munições,
construído em alvenaria, sob laje, com um único acesso, com porta de
ferro ou de madeira, reforçada com grade de ferro, dotada de fechadura
especial, além de sistema de combate a incêndio nas proximidades da
porta de acesso;
e) garagem exclusiva para, no mínimo, dois veículos especiais de
transporte de valores;
f) cofre para guarda de valores e numerários com dispositivos de
segurança;
g) alarme capaz de permitir, com rapidez e segurança, comunicação
com órgão policial próximo ou empresa de segurança privada;
h) vigilância patrimonial e equipamentos elétricos, eletrônicos ou de
filmagem, funcionando ininterruptamente; e,
i) sistema de comunicação próprio, que permita a comunicação
ininterrupta entre seus veículos e a sede da empresa em cada unidade
da federação em que estiver autorizada;
VI - contratar seguro de vida coletivo. (Brasil, 2012)
A terceira atividade definida pela legislação (Brasil, 2012) para ser prestada
por empresas especializadas é a escolta armada.
Segundo a Portaria n. 3.233/2012, escolta armada é a atividade que visa
garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da
equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, realizados os
pernoites estritamente necessários.
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Crédito: Africa Studio/Shutterstock.
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REFERÊNCIAS
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GESTÃO E INTELIGÊNCIA NA
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1. Empresas especializadas;
2. Empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança;
3. Vigilante;
4. Plano de segurança.
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de autorização prévia da Polícia Federal, a empresa deverá seguir,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
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III. possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante certificado
de segurança, observando-se:
a. uso e acesso exclusivos ao estabelecimento, separado das instalações
físicas de outros estabelecimentos e atividades estranhas à atividade
autorizada;
b. dependências destinadas ao setor administrativo;
c. local seguro e adequado para a guarda de armas e munições, construído
em alvenaria, sob laje, com um único acesso, com porta de ferro ou de
madeira, reforçada com grade de ferro, dotada de fechadura especial,
além de sistema de combate a incêndio nas proximidades da porta de
acesso;
d. vigilância patrimonial ou equipamentos elétricos, eletrônicos ou de
filmagem, funcionando ininterruptamente;
e. no mínimo três salas de aula adequadas, possuindo capacidade mínima
para formação mensal simultânea de sessenta vigilantes, limitando-se o
número de quarenta e cinco alunos por sala de aula, ressalvadas
exceções previstas na própria Portaria;
f. local adequado para treinamento físico e de defesa pessoal, e, além
disso, os cursos de formação poderão realizar convênio com academias
de ginástica, centros de treinamento de defesa pessoal ou artes marciais
para realização de suas atividades de ensino;
g. sala de instrutores;
h. estande de tiro próprio ou de outra instalação da empresa na mesma
unidade da federação ou convênio com organização militar, policial,
curso de formação ou clube de tiro; e,
i. caso possua máquina de recarga, o local específico para a guarda da
máquina e petrechos pode ser o mesmo utilizado para a guarda de
armas e munições, desde que a pólvora e as espoletas sejam
armazenadas separadamente, sem contato entre si ou com qualquer
outro produto.
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b. sistema de alarme ou outro meio de segurança eletrônica, conectado
com a unidade local da polícia militar, civil ou empresa de segurança
privada; e,
c. local seguro e adequado para a guarda de armas e munições.
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Por outro lado, na visão do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região
(S.d.) diante da situação do segmento:
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VI. seguro de vida em grupo, feito pelo empregador; e, por fim,
VII. prisão especial por ato decorrente do serviço.
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REFERÊNCIAS
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AULA 4
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estabelecimento, as quais deverão permanecer armazenadas em meio
eletrônico por um período mínimo de trinta dias;
IV - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua
perseguição, identificação ou captura; e
V - anteparo blindado com permanência ininterrupta de vigilante durante
o expediente para o público e enquanto houver movimentação de
numerário no interior do estabelecimento. (Brasil, 2012)
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2. Estabelecer objetivos e metas de acordo com suas necessidades;
3. Possibilitar a realização do plano estratégico da organização por meio das
ações e atividades de segurança.
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as ameaças e o que fazer, além de entender os controles e as medidas a serem
empregadas.
Para tanto, estabelecer um mecanismo que busque, analise e dissemine
as informações é de extrema importância para a previsão de riscos potenciais a
tudo que a segurança privada pretende proteger.
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Transparência: todo e qualquer procedimento deve ser compreendido,
admitido e aprovado por todos os envolvidos internamente no processo;
Sigilo: as informações contidas no Plano de Segurança devem ser
restringidas exclusivamente às pessoas envolvidas no processo,
limitando-se ao máximo o acesso deste a outras pessoas. (Aster, [S.d.],
grifos do original)
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documentos, patrimônios, especificações ou inovações a se assegurar.
Assim, ser discreto e manter o sigilo absoluto sobre tais situações é parte
fundamental das atividades profissionais.
6. Boa comunicação: a boa comunicação verbal e escrita é fundamental – e
um diferencial – na grande maioria das profissões, tanto para se expressar
quanto para saber e entender o que se recebe, razão pela qual, ao
profissional de segurança, essa regra também se aplica. Expressar-se
corretamente, de forma polida, formal, sem gírias e sem erros de português
é de suma importância, pois transmite confiabilidade, autoridade e
credibilidade à equipe de segurança, facilitando o cumprimento dos
procedimentos. Também é importante estar atento às boas práticas da
comunicação via rádio e telefone.
7. Boa capacidade de reação: ter boa capacidade de reação no momento
de lidar com sinistros é uma característica fundamental para um bom
profissional de segurança, posto que uma equipe de segurança eficiente
deve ser calma e ao mesmo tempo proativa, corajosa e ágil para que as
ações definidas em procedimentos sejam fielmente cumpridas.
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REFERÊNCIAS
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AULA 5
GESTÃO E INTELIGÊNCIA NA
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almejada. Riscos e ameaças à segurança de condomínio residencial se
apresentam em todas as condições e/ou situações com a possibilidade de causar
danos ou perdas, não só aos moradores, mas também aos frequentadores desse
local.
Dessa forma, passamos a seguir aos itens básicos que devem estar
presentes no Plano de Segurança para Condomínio Residencial:
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Ausências ou falhas no plano de segurança elaborado;
Falhas nos sistemas de segurança (como portões eletrônicos com defeito
e sistema de segurança ou monitoramento sem gerador/bateria);
Falhas de engenharia e arquitetura do condomínio (como ausência de
muros e/ou barreiras em determinados pontos de acesso);
Falta de capacitação e treinamento da equipe de segurança;
Desmotivação da equipe de segurança;
Descumprimento de regras e procedimentos pelos moradores e/ou
visitantes.
Por fim, passamos agora a analisar exemplos das ameaças mais comuns
à segurança condominial:
Assaltantes;
Sequestradores;
Vândalos;
Oportunistas;
Empregados do condomínio insatisfeitos e com falta de caráter.
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TEMA 3 – PLANEJAMENTO DA SEGURANÇA PATRIMONIAL
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1. Identificar a necessidade de segurança da organização;
2. Identificar e estabelecer objetivos e metas para a segurança da
organização;
3. Organizar e estruturar a segurança da organização;
4. Identificar e quantificar os meios necessários para segurança atingir
os seus objetivos;
5. Possibilitar a utilização dos recursos de forma eficiente (com a
economia que se espera -> melhor serviço pelo menor valor);
6. Definir as responsabilidades e estimular o comprometimento dos
envolvidos;
7. Determinar tarefas e prazos, viabilizando o controle e os ajustes que
forem necessários;
8. Implementar os mecanismos de medição e indicadores de
desempenho nos processos da segurança patrimonial; e,
9. Dar suporte aos setores para conseguir credibilidade e apoio
financeiro, material e humano.
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especial, dos itens que se pretende proteger, levando-se em consideração a
cultura organizacional da empresa.
Para estudar na prática como se realiza um planejamento de segurança
patrimonial para o atendimento das necessidades básicas de um bom plano,
podemos dividir a elaboração do plano em oito etapas (Marcondes, 2017).
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considerando a cultura organizacional e suas políticas, processos, atividades,
normas e modelos, além da estrutura governamental.
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Em especial, é preciso definir a gestão dos recursos humanos neste ponto
do planejamento, por meio de recrutamento, seleção, treinamentos,
especializações e definições de cargos e formação de equipes.
Portanto, são partes indispensáveis na análise e na elaboração do
planejamento tático as seguintes definições: os objetivos e metas; política de
segurança patrimonial; a estrutura da segurança patrimonial; formas de emprego
das equipes de segurança (por exemplo, orgânica própria e/ou terceirizada); e
ainda política de gestão dos recursos humanos necessários/utilizados.
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Normas de condutas para empregados, prestadores de serviços,
entregadores e visitantes;
Normas para uso de celulares no interior da organização;
Normas para uso de impressoras, copiadoras e, principalmente nos dias de
hoje, para utilização da internet; entre outras.
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Os ativos da organização podem ser quaisquer pessoas, sua infraestrutura,
seus equipamentos, seus materiais, as atividades que nela se desenvolvem ou,
ainda, informações que tenham valor para a instituição.
Após a definição do risco, é necessário identificar as suas origens, posto
que, no que tange à segurança patrimonial de uma organização, o risco pode ter
origem interna – possivelmente adequados com medidas de controle internos – e
origem externa, quando o controle foge da alçada da organização.
Normalmente, os riscos internos se evidenciam quando não são
observados os processos de forma adequada, resultando em ineficiência ou falta
de controles internos, ou ainda quando estamos diante de falhas ou má conduta
de colaboradores.
Dessa forma, definidos os riscos e compreendida a sua origem para o
tratamento, é necessário realizar a sua avaliação, para entender como serão
tratados e corrigidos, objetivando finalmente a sua anulação.
Entendidos os passos iniciais e burocráticos, passamos agora a estudar na
prática como os riscos se apresentam (Global Seg, 2017).
De todos os riscos a que uma empresa poderá estar exposta, os que têm
relação direta com a segurança patrimonial são os riscos de crimes contra o
patrimônio. Tais infrações são aquelas que atentam contra o patrimônio de uma
pessoa ou organização, sendo equivalentes a ameaças direcionadas tanto para
os bens materiais quanto para os recursos humanos e intelectuais do local,
havendo a intenção premeditada.
Nesse tipo de risco, podemos incluir as possibilidades de:
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Apropriação indébita;
Danos à propriedade;
Espionagem industrial;
Estelionato;
Extorsão mediante sequestro;
Fraude;
Furto simples ou qualificado;
Homicídio;
Latrocínio;
roubo, assalto;
Sabotagem;
Terrorismo (global ou doméstico).
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5.4 Riscos sociais
Alagamentos;
Deslizamentos;
Queda de granizo;
Queda de raio;
Tempestades;
Tremor de terra.
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Concluindo o tema, os riscos da Segurança Patrimonial são bem amplos e
muito abrangentes, motivo pelo qual o planejamento e a execução do plano de
segurança privada são de grande valia às pessoas que compõem as
organizações.
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REFERÊNCIAS
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crescimento em função dos elevados índices de violência e da dificuldade do
governo de prover segurança à população, conforme já estudamos na evolução
histórica da segurança privada no Brasil.
Assim, há tendência de aquecimento do setor, crescendo a procura por
profissionais especializados e capacitados que possam buscar melhor relação de
custo-benefício às pessoas e suas organizações, principalmente por meio do uso
da tecnologia do setor.
Em decorrência de tais fatos, segundo a Federação Nacional de Empresas
de Segurança e Transporte de Valores, a Fenavist, existem no Brasil, de forma
registrada e legalizada, mais de duas mil empresas no segmento de segurança
privada.
Diante de tal fato, com a devida capacitação, abre-se mercado para que o
profissional de segurança privada também possa gerenciar equipes de segurança
patrimonial e pessoal terceirizadas, atuando, como já verificamos, em empresas
de segurança, transporte de valores, escolta e segurança pessoal.
Outro segmento que cresce de forma exponencial é o da Consultoria em
Segurança Privada, a qual, inclusive, estudaremos mais a fundo nos próximos
temas abordados.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a FGV, em pesquisa divulgada nesta
década (“A educação profissional e você no mercado de trabalho”), a
empregabilidade dos cursos de especialização em geral é de cerca de 90%,
contando com quase 80% dos graduados trabalhando na sua área de formação.
Dessa forma, elencamos a seguir, com breve explicação, um rol com os
principais segmentos e atividades em que o profissional da segurança privada
pode atuar:
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IV. Segurança privada: atuar na segurança de residências e imóveis privados
para evitar riscos à integridade patrimonial. Cuidar da segurança de
empresários e suas famílias, montando o esquema de acompanhamento,
que deve prevenir assaltos e sequestros;
V. Gestão da Segurança Privada: em departamentos, setores e áreas
relacionadas à segurança patrimonial de empresas públicas e privadas;
VI. Segurança Pessoal: lidera equipes que cuidam da segurança e escolta de
indivíduos;
VII. Projetos de Segurança: por meio de análise socioeconômica, política,
cultural e de índices de violência e criminalidade, define políticas de
segurança e planos de ação;
VIII. Segurança do Trabalho: atua na prevenção de acidentes, preservação da
integridade física de funcionários e melhoria do ambiente de trabalho;
IX. Investigação e Perícia Judicial: apoia essas atividades como autônomo ou
em empresas de consultoria;
X. Eventos: gerenciamento de pessoas e processos de segurança coletiva ou
individual em eventos públicos e corporativos;
XI. Gestão de Equipes: lidera times de segurança privada, coordena o
trabalho, distribui tarefas, orienta e garante a execução dos procedimentos
de segurança;
XII. Tecnologia: gerencia a segurança em ambientes eletrônicos, envolvendo
procedimentos, definição de equipamentos e implantação de programas;
entre outros.
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TEMA 2 – GESTÃO DE SEGURANÇA PRIVADA
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Nesse sentido, o investimento das organizações na gestão da segurança
privada de seus bens (leiam-se todos os seus bens, intangíveis ou não) mostra-
se inerente à continuidade de suas atividades, posto que o profissional e/ou a
empresa de segurança privada devem estar inseridos nas decisões estratégicas
da empresa, todos com propósito único de prevenir qualquer tipo de perda, furto,
fraude, desvio, dentre outras ações criminosas.
Dessa forma, elencamos abaixo as ações essenciais que uma organização
que pretende minorar ao mínimo os seus riscos, por meio da
contratação/implantação de uma gestão de segurança privada, que deve:
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TEMA 3 – O GESTOR DA SEGURANÇA PRIVADA
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Cabe, portanto, ao gestor da segurança, realizar este processo de trabalhar
com as pessoas que compõem a organização, engajando-as nos objetivos e
metas da empresa.
Para tanto, ele deve dispor de conhecimentos não só teóricos, mas também
práticos para aplicação no seu processo de gestão, por meio do planejamento, da
organização, da direção e do controle das atividades de segurança privada.
Segundo o Consultor José Marcondes, o gestor da segurança privada tem
quatro funções principais: planejamento, organização, direção e controle.
Analisemos cada uma destas funções.
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Controle envolve: estabelecer indicadores de desempenho; elaborar
rotinas de monitoramento das atividades; atribuir responsabilidades de aferição
de resultados; e elaborar rotinas para aplicação de ações corretivas.
Ainda segundo o Consultor de Segurança Privada José Marcondes, o
gestor de segurança, para ser bem-sucedido e ter sucesso em sua área, deve
apresentar competências técnicas, humanas e conceituas. Estudemos cada uma
delas.
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Por fim, com a experiência de atuação no segmento, descrevemos a seguir
as qualidades que o mercado de trabalho espera que o gestor tenha:
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meio do desenvolvimento e da viabilização de projetos de segurança, de acordo
com as necessidades específicas de cada cliente.
Trata-se de uma atividade em franca expansão, em decorrência do
crescimento e da evolução das ameaças, além das frequentes alterações de
ambiente e crescimento da competitividade e mudanças nas organizações, de
maneira que se torna absolutamente indispensável a adoção de medidas de
segurança mais profissionais, precisas e adequadas a cada organização.
Nessa linha, são princípios da consultoria em segurança privada:
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Vamos verificar juntos, portanto, os principais nichos de negócios da
consultoria em segurança privada segundo o consultor em segurança privada
José Sérgio Marcondes:
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Desenvolvimento e/ou revisão de políticas, procedimentos e/ou normas de
segurança;
Facilitação/treinamento para implantação de novas
ferramentas/tecnologias/práticas de segurança;
Aconselhamento sobre dúvidas relacionadas a soluções de segurança e/ou
atividades pontuais.
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Ou seja, eventual vulnerabilidade encontrada (ex.: uma falha na cerca de
segurança; um ponto cego de câmeras; a proximidade com uma região perigosa;
etc.), indica um estado de fragilidade que pode se referir tanto à segurança
privada física quanto ao comportamento de pessoas e situações e, portanto, deve
ser reduzido ao máximo, pela descoberta, avaliação e, é claro, correção de tais
pontos vulneráveis.
Segundo o Consultor José Sérgio Marcondes, faz-se absolutamente
necessário estar sempre à frente de qualquer ameaça à segurança de uma
organização. Dessa forma, a seguir estão pontuadas as principais
vulnerabilidades que você, como consultor ou gestor da segurança privada de
uma organização, deve identificar:
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3. Vulnerabilidade Estrutural: envolve qualquer problema relacionado à
estruturação da equipe de segurança privada e dos recursos necessários
para execução destes serviços, tais como:
Falta de equipe especializada ou contingente menor do que o necessário;
Deficiência ou mau uso de equipamentos e recursos materiais e
tecnológicos;
Recursos Humanos inadequado para a necessidade de segurança
corporativa;
Ausência ou falha nas normas e políticas de segurança;
Falta de conhecimento das responsabilidades de segurança de cada
colaborador.
4. Vulnerabilidade no Planejamento: as vulnerabilidades de planejamento
acontecem normalmente por medidas de segurança impróprias e/ou mal
planejadas, que não condizem com a necessidade real da corporação e
possuem origem na falta de conhecimento das três vulnerabilidades que
estudamos anteriormente (RH, Física e Estrutural).
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REFERÊNCIAS
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GESTÃO de segurança privada: o que é e como ingressar na área? Escola Brasil
de Segurança. Disponível em: https://blog.escoladeseguranca.com.br/gestao-de-
seguranca-privada/. Acesso em: 27 ago. 2019.
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