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RETA FINAL TJRN
DIREITO PENAL
QUESTÕES FGV –
CULPABILIDADE
(FGV/2023/CGE-SC/AUDITOR)
Arthur é servidor público de determinado órgão da Administração
Pública, quando recebe uma ligação ameaçadora, informando que
sua esposa, Aline, está em poder de sequestradores, devendo Arthur
praticar determinado ato administrativo, em benefício dos criminosos,
sob pena de grave ofensa à integridade física de Aline. Arthur se
sente ameaçado e apavorado, com justo receio pela integridade física
de sua esposa.
No caso narrado, na hipótese de Arthur efetivamente praticar o ato
de ofício requerido, é correto afirmar que
(...)
(FGV/2023/CGE-SC/AUDITOR)
(...)
A) Arthur responderá por prevaricação caso não se comprove o
efetivo risco à integridade física de Aline.
B) Arthur age em excludente de ilicitude, uma vez que a situação
narrada representa estado de necessidade.
C) Arthur age em excludente de culpabilidade, uma vez que a
situação narrada é de coação moral irresistível.
D) se Aline estiver realmente sob poder de criminosos, é o caso de
coação física irresistível.
E) Arthur age em erro de tipo, por não saber se Aline está
efetivamente sob o poder dos criminosos, excluindo-se a tipicidade.
(FGV/2022/TRT13)
Mário estava em uma festa e ficou completamente embriagado após ingerir um
refrigerante sem saber que o barman tinha incluído uma substância entorpecente
em sua bebida. Nessa situação, Mário subtraiu o celular de Alice e foi embora do
local. Posteriormente, foi constatado, na perícia, que Mário estava completamente
embriagado e sem capacidade de determinar o caráter ilícito do fato.
Nesse caso, é correto afirmar que Mário
A) não responderá por crime, tendo em vista que houve exclusão da ilicitude, em
razão do exercício regular de direito.
B) não responderá por crime, tendo em vista que houve exclusão da culpabilidade,
em razão do exercício regular de direito.
C) não responderá por crime, tendo em vista que, em razão da imputabilidade do
agente, existe uma excludente de culpabilidade.
D) não responderá por crime, tendo em vista que, em razão da inimputabilidade,
houve exclusão da culpabilidade.
E) praticou o crime de furto, previsto no art. 155, caput do CP.
(FGV/2022/SEAD-AP)
Alice, 16 anos, foi sequestrada por Túlio, três dias antes de Túlio
completar 18 anos. Após passar 9 dias em cativeiro, as investigações para
encontrar Alice foram bem sucedidas e Alice foi então libertada.
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que Túlio
A) deve responder por ato infracional análogo ao crime de sequestro e
cárcere privado.
B) será considerado inimputável e não será penalmente responsabilizado.
C) será considerado inimputável e será penalmente responsabilizado.
D) será considerado imputável para todos os fins penais, porque trata-se
de crime continuado, em que a consumação se prolonga no tempo.
E) será considerado imputável para todos os fins penais, porque trata-se
de crime permanente, em que a consumação se prolonga no tempo.
(FGV/2022/SENADO)
Durante assalto a uma joalheria, dois homens armados obrigaram a gerente,
mediante grave ameaça, a abrir o cofre e a acondicionar as joias que estavam
guardadas ali em uma mochila, que eles levaram consigo na fuga.
Com base no caso descrito e no conceito tripartite de crime, assinale a
afirmativa correta.
A) A cooperação da gerente com os roubadores é um fato penalmente
atípico.
B) Em razão da ameaça, a gerente não agiu com dolo ao colaborar com os
roubadores.
C) A gerente não agiu de forma culpável, apesar de haver cometido um
injusto penal.
D) A gerente cometeu o crime de roubo em concurso de agentes, mas é
favorecida por uma escusa absolutória.
E) A gerente agiu em legítima defesa, razão por que a sua colaboração com
os roubadores é justificada.
(FGV/2022/TJDFT)
Constituem elementos da culpabilidade:
A) inimputabilidade, potencial consciência da lei e inexigibilidade
de uma conduta diversa;
B) maioridade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de
uma conduta diversa;
C) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e
exigibilidade de uma conduta diversa;
D) maioridade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade
de uma conduta diversa;
E) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e
inexigibilidade de uma conduta diversa.
(FGV/2022/PCAM)
O conceito analítico de crime o divide em Fato Típico; Ilícito ou
Antijurídico e Culpável. A culpabilidade, por sua vez, é composta pela
imputabilidade, pela potencial consciência da ilicitude e pela
inexigibilidade de conduta diversa.
Dentre as causas que excluem a imputabilidade penal encontram-se:
A) coação física irresistível, menoridade e embriaguez acidental
completa.
B) embriaguez acidental incompleta, menoridade e obediência
hierárquica.
C) embriaguez acidental completa, menoridade e doença mental.
D) embriaguez preordenada, coação moral irresistível e erro de
proibição.
E) coação moral irresistível, exercício regular de direito e menoridade.
(FGV/2021/TJSC/NOTÁRIO)
Flávia, pessoa humilde, presta serviços de faxineira em serventia
extrajudicial localizada na cidade de Florianópolis. Em determinada data,
Flávia foi abordada na saída de sua residência por pessoas ligadas ao
tráfico dominante na localidade, que determinaram que ela transportasse
e guardasse arma de fogo em seu trabalho, pois terceiro iria no dia
seguinte ao local para buscar o material bélico. Os traficantes afirmaram
que se Flávia não atendesse àquela determinação, seria expulsa de sua
casa, não tendo mais onde morar, bem como que sua mãe também
sofreria as consequências. Em razão disso, Flávia transportou um revólver,
de calibre de uso permitido, mas com numeração de série suprimida,
para o trabalho, escondendo o material em uma lixeira.
Após receber denúncia, a autoridade policial determinou a realização de
diligência no local. (...)
(FGV/2021/TJSC/NOTÁRIO)
(...) Com autorização dos responsáveis, os policiais civis apreenderam a
arma guardada por Flávia, que esclareceu o ocorrido.
Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que
Flávia agiu:
A) sob coação moral resistível, devendo ser reconhecida a prática do
crime de porte de arma de fogo de uso permitido, com causa de
diminuição de pena;
B) sob coação física irresistível, afastando-se a culpabilidade de sua
conduta;
C) sob coação moral irresistível, afastando-se a culpabilidade de sua
conduta;
D) sob coação moral irresistível, afastando-se a ilicitude de sua conduta;
E) em legítima defesa, afastando-se a ilicitude de sua conduta.
(FGV / 2020 / MPE-RJ)
Ramon foi denunciado pela prática de um crime de estupro
simples, sendo constatado ao longo da instrução, por meio
de exame de insanidade mental, que, na data dos fatos, ele
era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
em razão de desenvolvimento mental incompleto.
Confirmada a autoria e a materialidade, no momento das
alegações finais, caberá ao promotor de justiça buscar:
(...)
(FGV / 2020 / MPE-RJ)
(...) A) o reconhecimento da autoria e materialidade, sendo, porém, o
agente isento de pena, de modo que caberá aplicação de medida de
segurança em razão da inimputabilidade de Ramon;
B) a absolvição própria do agente, não sendo aplicada qualquer pena
privativa de liberdade ou medida de segurança, diante da
inimputabilidade do agente;
C) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se pena privativa de
liberdade, com causa de diminuição de pena em razão da
inimputabilidade;
D) a condenação do réu, reduzindo-se a pena aplicada, porém, em um a
dois terços em razão da semi-imputabilidade do agente;
E) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se medida de segurança,
diante da semi-imputabilidade do agente.
(FGV / 2018 / TJAL)
Gabriel, 25 anos, desferiu, de maneira imotivada, diversos golpes de
madeira na cabeça de Fábio, seu irmão mais novo. Após ser denunciado
pelo crime de lesão corporal gravíssima, foi realizado exame de
insanidade mental, constatando-se que, no momento da agressão,
Gabriel, em razão de desenvolvimento mental incompleto, não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato.
Diante da conclusão do laudo pericial, deverá ser reconhecida a:
(A) inimputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
(B) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
(C) inimputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade;
(D) semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de
redução de pena;
(E) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade.
(FGV / 2015 / TCM-SP)
Dois prefeitos de cidades vizinhas, Ricardo e Bruno, encontram-se em um
bar, após uma reunião cansativa de negócios. Ricardo bebia doses de
whisky e, mesmo não sendo essa sua intenção, acabou ficando
embriagado. Enquanto isso, Bruno bebia apenas refrigerante, mas foi
colocado em seu copo um comprimido de substância psicotrópica por
um eleitor de sua cidade, que também o deixou completamente
embriagado. Após, ainda alterados, cada um volta para a sede de sua
prefeitura e apropriam-se de bens públicos para proveito próprio.
Considerando o fato narrado, é correto afirmar que:
(...)
(FGV / 2015 / TCM-SP)
(...)
(A) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez de ambos
decorreu de força maior;
(B) Ricardo deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é
isento de pena;
(C) Ricardo e Bruno deverão responder pelos crimes praticados, pois a
embriaguez nunca exclui a imputabilidade penal;
(D) Ricardo e Bruno, caso sejam denunciados, responderão
criminalmente perante a Câmara de Vereadores;
(E) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez do primeiro
foi culposa e do segundo decorreu de força maior.
Prof. Renan Araujo
QUESTÕES FGV – CRIMES
FUNCIONAIS
(FGV/2023/CGE-SC/AUDITOR)
João é servidor público do Estado de Santa Catarina. Vendo que sua
repartição conta com computadores modernos, muito valiosos no
mercado, acerta com José, seu amigo, que usualmente pratica roubos
e furtos (o qual se sabe já ter sido condenado, com pena extinta há
um ano pelo seu cumprimento), a subtração dos referidos
computadores para posterior revenda.
No dia combinado, João, valendo-se do acesso facilitado à repartição
pública, ingressa no local, permite a entrada de José, e ambos
subtraem, para si, cerca de 10 computadores portáteis. Considerando
a situação narrada, sobre o concurso de pessoas, assinale a afirmativa
correta.
(...)
(FGV/2023/CGE-SC/AUDITOR)
(...)
A) João e José deverão responder por peculato, ainda que apenas
João seja servidor público, pois esta circunstância é elementar do
tipo.
B) A circunstância de João ser servidor público é personalíssima, não
podendo atingir José, que responderá por crime patrimonial comum.
C) De acordo com a teoria do domínio do fato, apenas João poderia
ser considerado autor, pois é o único com acesso à repartição pública.
D) A reincidência de José, por repercutir na reprovação do ilícito, é
uma circunstância objetiva, que se comunica aos demais coautores.
E) De acordo com a teoria monista, ainda que José não soubesse do
fato de João ser servidor público, deveria responder por peculato.
(FGV / 2023 / SEFAZ-MG)
Ana é servidora pública e passou por severa crise pessoal, em
decorrência do nascimento de sua filha, portadora de grave
doença genética. Como o tratamento da filha era extremamente
custoso, Ana passou a levar para casa, com intenção de
economizar recursos para custear o tratamento de sua filha,
pequenos materiais como papel higiênico, café, canetas, itens
subtraídos da repartição pública. Ao descobrir os fatos, Rodolfo,
superior imediato de Ana, e conhecedor do drama pessoal de
sua subordinada, deixa de instaurar o procedimento
administrativo cabível.
(...)
(FGV / 2023 / SEFAZ-MG)
(...)
Nesse caso, é certo que
A) a conduta de Ana é desprovida de tipicidade material, o que
ocasiona também a atipicidade da conduta de Rodolfo.
B) Ana praticou o delito peculato, ao passo que Rodolfo praticou
o delito de prevaricação.
C) Ana praticou o delito de peculato culposo, ao passo que
Rodolfo praticou o delito de advocacia administrativa.
D) Ana e Rodolfo praticaram peculato, sendo Ana autora e
Rodolfo partícipe por omissão.
E) Ana praticou o delito de peculato, ao passo que Rodolfo
praticou o delito de condescendência criminosa.
(FGV / 2023 / TCE-ES / AUDITOR)
João, auditor da Receita Estadual, no dia 20 de novembro de 2022,
procede à fiscalização de diversos estabelecimentos comerciais,
exercendo o poder de polícia previsto em lei para tanto. No primeiro
local visitado, uma lanchonete, João exige, perante diversos clientes,
que o proprietário pague R$ 1.000,00 à guisa de ICMS, muito embora
disponha de conhecimento prévio de que o valor já fora objeto de
pagamento. No segundo local visitado, uma padaria, João solicita R$
1.000,00 ao proprietário, para fechar os olhos para potenciais
irregularidades. No terceiro local visitado, um pet shop, o proprietário
Tício, sabedor da fama de João, oferece ao agente público R$ 1.000,00
para que ele não efetue qualquer fiscalização, ocasião em que é preso
em flagrante. Com base no caso concreto narrado, João praticou:
(...)
(FGV / 2023 / TCE-ES / AUDITOR)
(...)
A) na lanchonete, o crime de excesso de exação, enquanto, na padaria, foi
perpetrado o delito de corrupção passiva; a conduta de Tício, por sua vez, se
amolda à descrição típica do crime de corrupção ativa;
B) na lanchonete, o crime de excesso de exação, enquanto, na padaria e no
pet shop, foi perpetrado o delito de corrupção passiva; a conduta de Tício, por
sua vez, se amolda à descrição típica do crime de corrupção ativa;
C) na lanchonete, o crime de concussão, enquanto, na padaria, foi perpetrado
o delito de corrupção passiva; a conduta de Tício, por sua vez, se amolda à
descrição típica do crime de corrupção ativa;
D) na lanchonete e na padaria, o crime de corrupção passiva; a conduta de
Tício, por sua vez, se amolda à descrição típica do crime de corrupção ativa;
E) na lanchonete e na padaria, o crime de concussão; a conduta de Tício, por
sua vez, se amolda à descrição típica do crime de corrupção ativa.
(FGV / 2022 / SEAD-AP)
A zelosa advogada Dra. Suellen diligenciou junto a determinada repartição
pública para acompanhar determinado processo administrativo. O servidor
Hélio exigiu certo numerário para que o processo seguisse seu rumo
devido. Como era uma situação na qual o cliente da Dra. Suellen precisava,
com urgência, do valor pleiteado no referido processo e estava com risco
de perder a vida, a advogada entregou o valor exigido, mesmo estando o
processo devidamente instruído e o direito pleiteado legítimo.
Assim, em relação à conduta da advogada, é correto concluir que é
A) atípica.
B) tipificada como corrupção passiva.
C) tipificada como concussão.
D) tipificada como corrupção ativa.
E) tipificada como peculato.
(FGV / 2022 / MPE-GO / PROMOTOR)
Ao exercer as atribuições de promotor de justiça durante a fase de
investigação preliminar, determinado membro recebe um procedimento
em que há apuração da conduta de ex-parlamentar estadual, não mais
ocupante de cargo com foro por prerrogativa de função, em que se aponta
o recebimento de propina para que, no exercício do seu mandato,
influenciasse na votação de projetos e na fiscalização de atividades a cargo
da Assembleia local. Ficou demonstrado que o investigado, em razão do
valor recebido, efetivamente praticou os atos infringindo dever funcional, o
que atrairia a incidência da causa de aumento de pena do Art. 317, §1º, do
Código Penal. De igual forma, havia no relatório final da investigação a
referência pela incidência da causa de aumento de pena do Art. 327, §2º,
do Código Penal, em razão da condição de parlamentar.
(...)
(FGV / 2022 / MPE-GO / PROMOTOR)
(...) De acordo com a orientação atual do Supremo Tribunal Federal, é
correto afirmar que:
A) é incabível a causa de aumento do Art. 327, §2º, do Código Penal, pelo
mero exercício do mandato parlamentar;
B) são incabíveis as causas de aumento dos Art. 317, §1º, e 327, §2º, do
Código Penal, pelo mero exercício do mandato parlamentar;
C) as causas de aumento dos Art. 317, §1º, e 327, §2º, do Código Penal, são
incompatíveis entre si, independentemente do exercício do mandato
parlamentar;
D) a causa de aumento do Art. 327, §2º, do Código Penal, dispensa uma
imposição hierárquica ou de direção;
E) o exercício do mandato parlamentar revela, por si só, a existência de
imposição hierárquica ou de direção.
(FGV / 2021 / TJSC / NOTÁRIO)
Gabriel, funcionário público responsável pela emissão de certidões em
órgão público, verificou que o solicitante Pedro tinha extrema urgência
na obtenção da certidão solicitada. Informou o fato a seu vizinho Luiz,
que estava desempregado, e juntos decidiram ir até a residência de
Pedro e exigir R$ 1.000,00 para cada um para que Gabriel agilizasse a
concessão da certidão pretendida. Pedro prometeu efetuar o
pagamento no dia seguinte, mas decidiu não atender à exigência e
comparecer em sede policial para narrar o ocorrido.
Considerando as informações expostas, Gabriel deverá responder pelo
delito de concussão:
(...)
(FGV / 2021 / TJSC / NOTÁRIO)
(...)
A) na forma consumada, assim como Luiz, apesar de não ser funcionário
público e da natureza de crime próprio do delito;
B) na modalidade tentada, assim como Luiz, apesar de não ser
funcionário público e da natureza de crime próprio do delito;
C) na forma consumada, enquanto Luiz será responsabilizado pelo
crime de extorsão consumado;
D) na modalidade tentada, enquanto Luiz será responsabilizado pelo
crime de extorsão tentado;
E) na forma consumada, enquanto Luiz será responsabilizado pelo
crime de extorsão tentado.
(FGV / 2021 / TCE-AM / AUDITOR)
Relativamente ao tema dos crimes contra a administração pública,
especificamente quanto ao conceito penal de funcionário público, é
correto afirmar que:
A) o funcionário público, para os efeitos penais, é todo aquele que
exerce cargo, emprego ou função pública, desde que de forma
remunerada;
B) a pessoa que exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal não pode ser equiparada a funcionário público para fins
penais;
(...)
(FGV / 2021 / TCE-AM / AUDITOR)
(...)
C) se o funcionário público for ocupante de cargo em comissão, a
pena pelo crime funcional será aumentada da terça parte;
D) a pessoa que trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública não pode ser equiparada a funcionário
público para fins penais;
E) o particular que atua em coautoria ou participação com o
funcionário público na prática do crime funcional não responde
pelos crimes de funcionário público, mesmo que tenha
conhecimento da qualidade funcional de seu comparsa.
(FGV/2021/PCRN)
Jonas, agente policial de determinado estado, e seu primo Hélio,
desempregado, subtraíram da delegacia na qual o primeiro exercia suas
funções, computadores que haviam sido substituídos por equipamentos
novos e que se encontravam guardados, tendo a dupla se aproveitado das
facilidades decorrentes do cargo exercido por Jonas.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a autoridade policial deverá reconhecer
que Jonas praticou:
A) crime de peculato, devendo Hélio responder pelo mesmo delito;
B) crime de furto qualificado, assim como Hélio;
C) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por peculato culposo;
D) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto qualificado;
E) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto simples.
(FGV/2021/PCRN/DELEGADO)
João, fiscal de um Município do Estado Alfa, passava por uma rua de comércio
popular com a família, quando seu filho avistou um comerciante vendendo
balões de personagens infantis e insistiu que queria um. João, então, se dirigiu
ao vendedor e exigiu que ele lhe desse o balão pretendido pelo filho, que
estava sendo vendido para outro casal, dizendo que trabalhava para
a Prefeitura e que,se não fosse atendido, chamaria a guarda municipal para
apreender os objetos e lavrar o auto próprio. Ao proceder da forma
narrada, João praticou, em tese, a conduta tipificada como:
A) extorsão;
B) concussão;
C) corrupção passiva;
D) exercício arbitrário das próprias razões;
E) corrupção passiva, mas João terá sua tipicidade afastada pelo princípio da
insignificância.
(FGV / 2020 / TJRS)
A respeito dos crimes praticados por funcionário público
contra a Administração Pública, é correto afirmar que:
A) no crime de concussão, o funcionário público solicita a
vantagem indevida à vítima;
B) na corrupção passiva, o funcionário público sempre
toma a iniciativa de propor o pagamento da vantagem
ilícita;
C) no crime de advocacia administrativa, o funcionário
público patrocina interesse próprio e ilícito perante a
administração pública;
(...)
(FGV / 2020 / TJRS)
(...)
D) responde por prevaricação, e não corrupção passiva, o
funcionário público que deixa de praticar ato de ofício sem
ser remunerado, atendendo a pedido de outra pessoa;
E) no crime de inserção de dados falsos em sistema de
informação, o funcionário público autorizado exclui ou
altera dados corretos nos sistemas informatizados ou em
banco de dados da Administração Pública.
(FGV / 2020 / TJRS)
Oficial de justiça que deixa de dar cumprimento integral a
mandado de penhora em razão de sentir pena do
proprietário do bem penhorado comete, em tese, o crime
de:
A) corrupção passiva privilegiada;
B) abandono de função;
C) violação de sigilo profissional;
D) corrupção passiva simples;
E) prevaricação.
(FGV / 2020 / TJRS)
Ao receber a intimação para efetuar pagamento decorrente de
condenação judicial, o réu, pessoa de baixa instrução, entrega o valor
pertinente ao oficial de justiça Roberto, que o utiliza para o pagamento
de uma dívida própria.
Sobre a conduta praticada por Roberto, é correto afirmar que:
A) o fato é atípico porque o Código Penal não pune o chamado peculato
de uso;
B) foi cometido o crime de peculato mediante erro de outrem, já que o
oficial de justiça não colaborou para o erro do sujeito passivo;
C) Roberto deve responder pelo crime de peculato na modalidade
apropriação, definido no art. 312 do Código Penal;
D) Roberto cometeu o crime de corrupção passiva porque recebeu
vantagem indevida em razão do cargo;
E) não há crime devido ao exercício regular de um direito.
(FGV / 2020 / TJRS)
João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais
para não cumprir rapidamente um mandado de citação, o
que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o
crime de:
A) concussão;
B) corrupção passiva simples;
C) prevaricação;
D) corrupção passiva com aumento de pena;
E) tráfico de influência.
(FGV/2018/TJ-AL)
Caio, Oficial de Justiça, após cumprir diversos mandados de citação
referentes a várias ações penais, retornou para sua residência com os
documentos que comprovavam a efetiva citação dos denunciados. Em razão
de seu descuido e do grande número de mandados, colocou dois deles em
cima de seu carro enquanto guardava sua bolsa na mala do veículo, mas os
esqueceu lá quando deu a partida do carro, acabando por extraviar os
documentos, o que gerou prejuízo no curso da ação penal e benefício para
os acusados dos respectivos processos.
Considerando apenas as informações narradas, o comportamento de Caio
configura:
A) crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento;
B) crime de subtração ou inutilização de livro ou documento;
C) crime de sonegação de papel ou objeto de valor probatório;
D) crime de prevaricação;
E) conduta atípica.
Prof. Renan Araujo
QUESTÕES FGV – CRIMES
PRATICADOS POR
PARTICULAR CONTRA A
ADM. EM GERAL
(FGV / 2022 / TJMG / JUIZ)
Com base no Código Penal e na jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores
acerca do crime de desacato, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O tabelião pode ser sujeito passivo primário do crime de desacato.
( ) O crime de desacato foi recepcionado pela Constituição da República de 1988.
( ) Se o réu, que comete o crime de desacato, for reincidente em crime doloso e
portador de maus antecedentes, o juiz, na sentença condenatória, pode fixar o regime
fechado para cumprimento da pena.
( ) Considerando as circunstâncias do caso, o juiz pode deixar de aplicar a pena privativa
de liberdade e condenar o réu, que cometeu o crime de desacato, apenas ao
pagamento de multa pela prática do delito.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
A) V – F – F – V.
B) F – V – V – F.
C) F – V – F – V.
D) V – F – V – V.
(FGV / 2021 / SEFAZ-ES)
Durante uma fiscalização de rotina in loco de um determinado
estabelecimento comercial, dois fiscais solicitam ao comerciante a
documentação pertinente. O comerciante exibe os documentos aos
fiscais e estes constatam a ocorrência de irregularidades que os
obrigariam a autuar o estabelecimento. Os fiscais comunicam ao
comerciante que ele será autuado, momento em que este oferece a
quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para que eles deixassem de
fazer a autuação. Os fiscais responderam que estariam de acordo
mediante o pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). O
comerciante afirma que não tem essa quantia e os fiscais realizam a
autuação na forma da lei. (...)
(FGV / 2021 / SEFAZ-ES)
(...) Diante da narrativa, assinale a afirmativa correta.
A) O comerciante e os fiscais não cometeram nenhum crime, pois
não foi efetivado o pagamento de dinheiro e o estabelecimento foi
regularmente autuado.
B) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais
cometeram o crime de concussão, todos na modalidade tentada.
C) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa na
modalidade tentada e os fiscais não cometeram nenhum crime.
D) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa e os fiscais
cometeram o crime de corrupção passiva.
E) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais
cometeram o crime de prevaricação.
(FGV / 2018 / CÂM. DE SALVADOR-BA / ANALISTA)
Caio, funcionário da ouvidoria de determinado órgão público, no exercício de
suas funções, é surpreendido por João, totalmente insatisfeito com a demora
em seu atendimento. Quando chega a sua vez de ser atendido, João passa a
afirmar, na frente de diversas pessoas, que Caio é um “incompetente”, que
“certamente teria retardo mental” e que explicaria suas necessidades “com
bastante calma para que até uma pessoa como Caio pudesse entender”. Caio,
então, sentindo-se humilhado, informa o fato a Policiais Militares que faziam a
segurança em frente ao órgão em que exercia suas funções. Considerando
apenas as informações narradas, a conduta de João, de acordo com as
previsões do Código Penal, configura:
A) resistência;
B) desobediência;
C) desacato;
D) violência arbitrária;
E) atipicidade.
(FGV / 2018 / CÂM. DE SALVADOR-BA)
Bruno foi preso em flagrante e encaminhado para Delegacia pela suposta
prática do crime de condução de veículo automotor sob influência de
álcool. Chegando em sede policial, quando encontravam-se na sala apenas
Bruno e o inspetor Cláudio, Bruno ofereceu a Cláudio R$5.000,00 para que
não fosse lavrado o flagrante, com sua imediata liberação. Revoltado com
o comportamento de Bruno, de imediato Cláudio recusou a oferta, não
recebeu qualquer valor e realizou nova prisão em flagrante, dessa vez em
razão do oferecimento de vantagem indevida. Diante das informações
narradas, a conduta de Bruno configura crime de:
A) corrupção passiva, consumada;
B) corrupção ativa, na modalidade tentada;
C) concussão, na modalidade tentada;
D) corrupção passiva, na modalidade tentada.
E) corrupção ativa, consumada.
(FGV/2015/PREF. PAULÍNIA-SP/ADVOGADO)
Tício, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a
determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma
pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a José que parasse de
imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação.
Ocorre que José, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do
funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado.
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a
conduta de José no momento de sua fuga:
a) configura crime de resistência;
b) é atípica, pois estava no seu legítimo direito de tentar fugir;
c) configura crime de desobediência;
d) configura crime de desacato;
e) configura, unicamente, crime de lesão corporal dolosa.
Prof. Renan Araujo
QUESTÕES FGV – CRIMES
CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO DA
JUSTIÇA
(FGV/2023/MPE-SP)
As opções a seguir apresentam hipóteses de crime contra a Administração
da Justiça, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Mário, gerente de instituição financeira, recebeu ordem judicial de
prestação de informações sobre correntista, deliberadamente
descumprida.
(B) Marcos, suspeito de homicídio, alterou a posição do cadáver para
induzir em erro a atividade de polícia técnico-científica.
(C) Marcelo, funcionário do Ministério Público, solicitou dinheiro de parte
em processo criminal, sob pretexto de influir em manifestação do órgão.
(D) Messias induziu em erro um concorrente, mediante fraude, com intuito
de obter vantagem em arrematação judicial.
(E) Moisés continuou a exercer a atividade empresarial de que foi afastado
por decisão judicial, mesmo após devidamente intimado da decisão
respectiva.
(FGV/2023/MPE-SP)
As opções a seguir apresentam hipóteses de coação no curso do
processo, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) João, a fim de preservar seu filho Luiz, réu em processo criminal,
proferiu ameaças contra Ana, testemunha arrolada pela acusação,
para que esta deixasse de prestar depoimento.
(B) Carlos, para garantir interesse próprio, valeu-se de ardil para
enganar o oficial de justiça, e, assim, evitar a conclusão do ato
judicial de penhora ordenado em seu desfavor.
(...)
(FGV/2023/MPE-SP)
(...)
(C) Antônio, no curso de procedimento de arbitragem em que não é
parte, proferiu ameaças em desfavor do filho de um dos árbitros do
procedimento, a fim de garantir de vantagem em favor de seu
amigo Paulo.
(D) André agrediu Mauro, servidor público do MPSP, com vistas a
evitar a sua intimação para ser ouvido no curso de inquérito civil em
tramitação no âmbito da Promotoria de Justiça local.
(E) Enéas, visando frustrar execução de título judicial contra si,
proferiu ameaças contra Pedro, o avaliador, visando impedir a
conclusão da avaliação dos bens destinados ao leilão.
(FGV/2021/PCRN/DELEGADO)
Gustavo, ouvido na condição de testemunha em ação penal, prestou
declarações falsas em busca de auxiliar seu amigo Luiz, que figurava como
réu no processo. Dias depois, após alegações finais apresentadas pelo
Ministério Público, mas antes da sentença, Gustavo se arrependeu de sua
conduta, comparecendo em juízo e apresentando declarações no sentido
de que tinha prestado informações na condição de testemunha que
não condiziam com a realidade, se retratando daquelas
declarações prestadas em audiência. O magistrado competente
determinou a reprodução da prova, bem como a extração de cópias para
apurar o ocorrido. Com base nas informações expostas, a autoridade
policial deverá concluir que Gustavo praticou a conduta tipificada
abstratamente como crime de: (...)
(FGV/2021/PCRN/DELEGADO)
(...) A) falso testemunho, punível na modalidade tentada, com causa de
aumento de pena pela circunstância de as declarações se destinarem a
produzir prova em processo penal;
B) falso testemunho, punível na forma consumada, com causa de aumento
de pena pela circunstância de as declarações se destinarem a produzir
prova em processo penal;
C) falso testemunho, punível na modalidade tentada, sem qualquer causa
de aumento de pena;
D) falso testemunho, punível na forma consumada, sem qualquer causa de
aumento de pena;
E) falso testemunho, mas o fato não será punível em razão da retratação
realizada.
(FGV/2021/OAB)
Francisco foi vítima de uma contravenção penal de vias de fato, pois,
enquanto estava de costas para o autor, recebeu um tapa em sua cabeça.
Acreditando que a infração teria sido praticada por Roberto, seu desafeto
que estava no local, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido,
apontando, de maneira precipitada, o rival como autor.
Diante disso, foi instaurado procedimento investigatório em desfavor de
Roberto, sendo, posteriormente, verificado em câmeras de segurança que,
na verdade, um desconhecido teria praticado o ato. Ao tomar
conhecimento dos fatos, antes mesmo de ouvir Roberto ou Francisco, o
Ministério Público ofereceu denúncia em face deste, por denunciação
caluniosa.
(...)
(FGV/2021/OAB)
(...)
Considerando apenas as informações expostas, você, como
advogado(a) de Francisco, deverá, sob o ponto de vista técnico,
pleitear
A) a absolvição, pois Francisco deu causa à instauração de investigação
policial imputando a Roberto a prática de contravenção, e não crime.
B) extinção da punibilidade diante da ausência de representação, já
que o crime é de ação penal pública condicionada à representação.
C) reconhecimento de causa de diminuição de pena em razão da
tentativa, pois não foi proposta ação penal em face de Roberto.
D) a absolvição, pois o tipo penal exige dolo direto por parte do
agente.
(FGV/2018/TJAL/OJA)
Jorge, de origem humilde, atua como Oficial de Justiça em determinado Tribunal
de Justiça. Quando cumpria ordem de busca e apreensão na comunidade em que
nasceu, viu, de longe, que seu irmão dispensou uma sacola plástica com grande
quantidade de drogas, empurrou um policial militar e tentava empreender fuga e
evitar o flagrante de crime de tráfico, crime este punido com pena mínima de cinco
anos de reclusão. Diante disso, quando seu irmão corre em sua direção, o auxilia,
escondendo-o dentro de seu veículo particular, enquanto continua a cumprir o
mandado pendente.
Descobertos os fatos, considerando apenas a situação narrada, o ato de Jorge
configura:
A) crime de evasão mediante violência contra a pessoa;
B) conduta típica, mas não punível;
C) crime de favorecimento pessoal;
D) crime de favorecimento real;
E) conduta atípica.
(FGV/2017/TRT-SC/OJA)
Caio, oficial de justiça, todos os dias da semana chega em sua residência
cansado após um longo dia de trabalho e passa a ficar incomodado com
o fato de que Bruno, namorado de sua filha, com 26 anos, recebe um
salário alto para a quantidade de serviço que realiza no órgão criminal do
Ministério Público em que trabalha. Diante disso, objetivando que Bruno
trabalhe mais, afirma para a Promotora de Justiça chefe de Bruno, que
era sua conhecida, que sua esposa foi vítima de um crime de estelionato
e que o fato deveria ser investigado, informando nada saber sobre a
autoria delitiva. Diante disso, foi instaurado procedimento investigatório
criminal no órgão. Caio, então, se arrepende e procura seu advogado
para saber as consequências de sua conduta, caso seja descoberto que o
fato narrado era falso.
(...)
(FGV/2017/TRT-SC/OJA)
(...)
Considerando as informações narradas, o advogado deverá
esclarecer que Caio:
a) não praticou crime, em razão do arrependimento posterior;
b) praticou crime de denunciação caluniosa, consumado;
c) praticou crime de comunicação falsa de crime ou contravenção,
consumado;
d) praticou crime de falso testemunho, consumado;
e) praticou crime contra administração da justiça na modalidade
tentada.
(FGV/2017/ALERJ/PROCURADOR)
Após constatar a subtração de grande quantia em dinheiro do seu escritório
profissional, João Carlos promoveu o devido registro na Delegacia própria,
apontando como autor do fato o empregado Lúcio, já que possuía razões para
desconfiar dele, por ser o único que sabia da existência do dinheiro no cofre do
qual foi subtraído. Instaurado o respectivo inquérito policial, Lúcio foi ouvido e
comprovou não ter sido ele o autor da subtração, reclamando do
constrangimento que passou com o seu indevido indiciamento. Por falta de justa
causa, o inquérito foi arquivado a requerimento do Ministério Público.
Diante da situação narrada, é correto afirmar que a conduta de João Carlos
configura:
a) crime de calúnia;
b) fato típico, mas lícito;
c) crime de denunciação caluniosa;
d) crime de comunicação falsa de crime;
e) fato criminal atípico.
(FGV/2016/OAB)
Patrício, ao chegar em sua residência, constatou o desaparecimento de um
relógio que havia herdado de seu falecido pai. Suspeitando de um empregado
que acabara de contratar para trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por
todo o dia no local, Patrício registrou o fato na Delegacia própria, apontando, de
maneira precipitada, o empregado como autor da subtração, sendo instaurado o
respectivo inquérito em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, o
inquérito foi arquivado a requerimento do Ministério Público, ficando
demonstrado que o indiciado não fora o autor da infração.
Considerando que Patrício deu causa à instauração de inquérito policial em
desfavor de empregado cuja inocência restou demonstrada, é correto afirmar que
o seu comportamento configura
A) fato atípico.
B) crime de denunciação caluniosa dolosa.
C) crime de denunciação caluniosa culposa.
D) calúnia.
(FGV/2016/OAB)
Após realizarem o roubo de um caminhão de carga, os roubadores não
sabem como guardar as coisas subtraídas até o transporte para outro
Estado no dia seguinte. Diante dessa situação, procuram Paulo, amigo
dos criminosos, e pedem para que ele guarde a carga subtraída no seu
galpão por 24 horas, admitindo a origem ilícita do material. Paulo, para
ajudá-los, permite que a carga fique no seu galpão, que é utilizado como
uma oficina mecânica, até o dia seguinte. A polícia encontra na mesma
madrugada todo o material no galpão de Paulo, que é preso em
flagrante.
Diante desse quadro fático, Paulo deverá responder pelo crime de
A) receptação.
B) receptação qualificada.
C) roubo majorado.
D) favorecimento real.
(FGV/2012/OAB)
Baco, após subtrair um carro esportivo de determinada
concessionária de veículos, telefona para Minerva, sua amiga, a
quem conta a empreitada criminosa e pede ajuda. Baco sabia
que Minerva morava em uma grande casa e que poderia esconder
o carro facilmente lá. Assim, pergunta se Minerva poderia
ajudá-lo, escondendo o carro em sua residência. Minerva,
apaixonada por Baco, aceita prestar a ajuda. Nessa situação,
Minerva deve responder por
a) participação no crime de furto praticado por Baco.
b) receptação.
c) favorecimento pessoal.
d) favorecimento real.
Prof. Renan Araujo
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